- Bom dia! - ouvi uma voz grossa mais muito agradável de ouvir. Com certeza era de Tom. Eu fui abrindo meus olhos e ajeitei meus cabelos.

- Bom dia, Tom... - respondi com uma voz rouca. - Ahh, meu cabelo deve estar o terror... Não olhe pra mim!

- Você está linda, deixe de frescuras! - falou Tom com um ar divertido. Ele estava deitado ao meu lado apoiando sua cabeça em sua mão e olhando para mim. Estava com uma calça de moletom e sem camisa, o que era muito bom de ver.

Ele me ajudou a levantar e fui até o banheiro lavar meu rosto. Quando cheguei à cozinha, Bill, Georg e Gustav estavam de pijama ainda, e na mesa estavam servidas várias tigelas de cereal com leite, além de muitas outras coisas gostosas de comer, mas definitivamente nenhuma fruta.

- Bom dia, dorminhoca! - Bill estava sorrindo e acenava alegremente.

- Bom dia... - disse Gustav.

- Está servida? - Georg me passou uma tigela de cereal e eu a erguei.

- Ahh, muito obrigada! Bom dia! - eu respondi muito animada. Era muito legal estar tomando café da manhã com o Tokio Hotel.

- Pode se sentar aqui. Hoje teremos um dia cheio... - chamou Tom com uma cara alegre.

Me aproximei e me sentei ao lado dele, acrescentando leite a minha tigela.

- É? E o que iremos fazer? - perguntei curiosa.

- Nós acordamos mais cedo, o chato do Tom não nos deixou dormir... - começou Georg.

- É, realmente um chato... Tudo isso só porque... - Gustav falava até que Bill interrompeu.

- Ele estava arrasado porque logo você irá embora, e então resolvemos fazer uma surpresa a você!

Eu olhei para Tom, que agora parecia envergonhado por Bill ter dito que ele estava arrasado, porém ele tentou sorrir pra mim.

- É, resolvemos te levar a um lugar legal que nos indicaram. O que você acha de irmos a um parque de diversões? Faz um tempão que nós fomos a um desses, e realmente gostaríamos de ir, mas com você... Com certeza vai ser bem mais legal... - ele parecia envergonhado, mas realmente queria que eu fosse. Como poderia recusar a um convite desses?

- Nossa! Vai ser o máximo! Mas como vocês farão com as fãs?

- Seguranças. - respondeu Bill desanimado.

- Ahh, claro... Bom, a que horas nós vamos?

- Bom, logo chegaremos lá, só precisa se trocar. - respondeu Bill.

Então não perdi tempo, corri para o quarto e peguei a roupa que iria usar. Fui ao banheiro me trocar, coloquei uma calça jeans com uma regata e o meu amigo All Star, ajeitei meu cabelo e olhei pela janela. Já conseguia ver parte do parque, o que me deu um frio na barriga porque lembrei o motivo de não ir muito a parques. Eu tinha pavor de montanha-russa!

Saí do banheiro meio pálida.

- O que aconteceu? - Tom apareceu com uma cara de preocupado, e já estava trocado.

- Não aconteceu nada... Eu estou bem... - respondi.

- Ok... Você está muito bem... - disse ele me puxando pela mão e me roubando um beijo.

Descendo do Tourbus, Georg e Gustav foram caminhando lentamente até a entrada do parque, Bill estava tão empolgado que dava pulinhos e gargalhava, e Tom e eu fomos andando de mãos dadas até o resto dos garotos.

- Ahh! Olha que legal! Vamos na montanha-russa? - Tom perguntou com um sorriso enorme no rosto e me arrastando em direção ao brinquedo.

- Ahnn, Tom! Eu não quero ir a montanha-russa! - implorei.

Tom parou no mesmo lugar e parou de me arrastar.

- Você está com medo? - perguntou ele assustado.

- Não, é claro que não...

- Você está sim! - zombou.

- Tá... Eu estou... - assumi envergonhada.

- Eu sabia! Não tem nada do que ter medo! - Disse ele tentando me convencer a ir. Na verdade, não precisou de muito, porque aqueles olhos eram super persuasivos.

- Tudo bem, mas vamos logo antes que eu me arrependa!

Tom segurou minha mão e me levou até um vagão da montanha-russa vago, onde sentamos juntos com os meninos logo atrás.
Quando a proteção foi travada, senti meu estômago revirar.

- Não precisa ficar com medo, eu estou aqui. - ouvi a voz de Tom que estava ao meu lado e ele segurou minha mão bem firme. Chegando ao topo da maior subida, Tom apertou a minha mão um pouco mais forte.

- Eu te amo! - berrou ele durante a descida mais íngreme que eu já havia descido. Senti um frio na barriga muito forte, mas não sabia se tinha sido pela descida ou pela declaração.

Tentei responder, mas eu não consegui soltar nenhuma palavra. A cada looping que a montanha-russa dava, Tom gargalhava, Georg e Gustav riam e agitavam, e Bill gritava escandalosamente. Se eu estivesse numa posição melhor, eu certamente teria dado muitas risadas.

Quando descemos do brinquedo, senti minhas pernas bambas e me sentei tonta ao lado de Bill, que também estava enjoado. Tom estava mais feliz do que nunca. A adrenalina corria em seu sangue e ele sorria maravilhosamente.

- Tom tem que me ensinar a ser assim... - comentou Bill tomando um gole de água que Georg acabara de trazer.

- Ahh, Bill! Vai dizer que não foi divertido? - perguntou Tom sentando-se ao meu lado.

- Nossa... Super! - ironizou Bill. - Quase morri.

- HAHAHAHAHA! Vamos, temos muito coisa para fazer ainda! - disse Georg.

- É, que tal se fossemos até a montanha-russa aquática? Ela não é tão rápida... - sugeriu Gustav.

- Ótima ideia! - falou Tom levantando Bill e me segurando pela cintura.

Chegando lá, havia vários botes um do lado do outro. Eu fui na frente, Tom atrás de mim, Bill, Georg e Gustav. Todos tinham um bom espaço para sentar, mas Tom estava agarrado em mim. Quando caímos na água gelada, meu corpo se arrepiou inteiro e Tom me agarrou dando risada. Saímos todos ensopados, mas todos riam demais. Bill tentava recuperar seu penteado e Tom tinha a camiseta encharcada e colada no corpo. Eu estava me segurando para não babar!

Fomos até o vestiário para nos trocar e voltamos ao parque. Resolvemos ir ao trem fantasma, mas esse Bill se recusou a ir.

- Vamos, eu te protejo! - falou Tom, estufando o peito.

- Eu espero mesmo! - falei dando-lhe um beijo na bochecha.

Fomos entrando por um quarto estranho em um carrinho que corria rápido. A cada monstro que aparecia eu agarrava Tom, que me abraçava e ria da minha cara... Tinha vezes que ele até me assustava mais só pra se divertir as minhas custas.
Quando saí de lá, a primeira coisa que fiz foi dar um tapa no braço de Tom por não ter me protegido.

- Ahh, o que você queria? Toda vez que você levava um susto, você me agarrava... Tive que aproveitar a oportunidade! - justificou ele.

- Humf... Besta.

Fomos todos lanchar e depois tomar um sorvete. Tom fez o favor de atolar meu nariz em seu sorvete e fazer com que todos rissem.

- Tom! - eu exclamei indignada, mas também caí na gargalhada.

Depois de me limpar, fomos a mais um monte de brinquedos. Todos estavam alegres e muito satisfeitos com o dia que passamos.

Voltando para o Tourbus, Tom me afastou dos outros.

- O que achou deste dia? - perguntou ele calmamente e sorrindo.

- Eu amei! Realmente foi o melhor que eu já tive!

- É, e você até foi na montanha-russa! - disse ele orgulhoso.

- É, mas isso eu não sei se quero repetir...

- Só se for comigo, né? - disse ele se gabando.

Eu ri e olhei para ele. Tom parou onde estava e segurou mina mão, me puxou e me beijou ternamente. Enquanto o beijo ia acontecendo, passei meus braços em torno de seu pescoço e ele me abraçava pela cintura. Quando terminou, ele olhou nos meus olhos e sorriu. Ainda agarrada a ele, eu olhei para o Tourbus.

- Tom, nós temos que ir.

Tom sorriu sem graça e me guiou até o Tourbus pela cintura.