Mais tarde todos foram para seus quartos tomar banho. Tom e eu fomos juntos. Ao chegar ao quarto, Tom foi abrindo um refrigerante.

- Pode tomar banho antes. – Disse ele enquanto separava a roupa que iria usar.

Entrei no banho de biquíni mesmo. Era uma banheira de hidromassagem enorme. Liguei a torneira e deixei enchendo. Quando a banheira já estava cheia, entrei na água e me senti muito relaxada, até que ouvi a porta abrir. Tom estava lá me observando tomar banho com um sorriso lindo.

- Tom, você vai ficar aí? - perguntei a ele, que agora estava mordendo seus lábios.

- Sim, na TV não está passando nada de bom, então vim assistir algo realmente interessante. – brincou ele.

- Tudo bem, fique aí. Já estou saindo, e aí você pode entrar no banho.

Tom saiu do banheiro para que eu pudesse me trocar, mas logo entrou.

- Se quizer pode ficar aqui também... – falou ele enquanto tirava a camisa pra me provocar.

- Eu vou arrumar minhas coisas. - cortei a situação. - Esqueci de que tenho que arranjar um modo de voltar pra casa. – falei a ele muito decepcionada. Não era uma coisa que eu queria lembrar.

Saí do banheiro com lágrimas nos olhos. No momento que o vi foi o dia mais feliz de minha vida, mas acabou por se tornar o motivo de minha tristeza. No momento que realmente estávamos nos dando bem, eu iria embora e nunca mais nos veríamos.

Após alguns minutos, Tom saiu do banho com uma toalha enrolada.

- Eu tenho uma ideia de como você pode voltar pra casa. Nós podemos te lavar no nosso Tourbus. Não é nosso mesmo, mas alugamos aqui no Brasil. É tão bom quanto o nosso. E aí? Aceita?

- Nossa... É claro! - mal podia acreditar!

- Nós vamos sair hoje à noite, tá bom?

- Ta ótimo...

Tom olhou para mim e sorriu. Aproximou-se, me abraçou e beijou minha testa.

- O que foi? – perguntei.

- Estou feliz porque vou ficar mais tempo com você.

Meu coração disparava a cada vez que Tom demonstrava carinho. Ainda mais porque ele estava quase seminu me abraçando.

- Bom, já está anoitecendo. Que tal sairmos para jantar? Eu estou com fome.

- Eu adoraria!

- Se bem que aqui também tem algo bem gostoso de comer! – disse ele rindo e mordendo meu braço.

Saí rindo para colocar uma blusa mais bonita e me ajeitei. Tom pegou uma roupa e foi até o banheiro se trocar.
Tom estava muito lindo e bem arrumado. Foi me guiando pela cintura até o carro, e chegando lá, dispensou os seguranças.

- Você é louco? Vai acabar sendo morto!

- Não vamos a nenhum lugar muito movimentado.

Tom abriu a porta do carro para mim e entrou logo em seguida. Ligou uma música de hiphop alemão e começou a brincar comigo. Demos muitas risadas e depois conversamos sobre todos os assuntos possíveis. Tom estava me levando ao McDonald’s drive-tru, e cada um pediu seu lanche. Tom ficava roubando minhas batatas fritas e rindo da minha cara de brava. Após comermos toda nossa comida, Tom e eu ficamos conversando dentro do carro e ouvindo música. Voltamos ao hotel e fomos ao quarto de Bill.

- Bill, vamos agora? – perguntou Tom.

- Sim, os pombinhos podem buscar suas malas. - brincou ele.

- Vamos, Tom. Tenho que pegar uma blusa, porque já estou com frio.

Neste instante, Tom tirou seu moletom e vestiu em mim. Aquele casaco, que por sinal batia em meus joelhos, tinha com certeza o melhor cheiro do mundo. Ele pegou suas malas e as minhas e seguimos até o Tourbus.

Dentro do Tourbus era enorme. Havia uma cozinha muito refinada e até mesmo o banheiro era dez mil vezes melhor do que o de minha casa. O quarto era composto por dois beliches.

- Onde eu vou dormir, Tom?

- Comigo, oras... – sorriu ele. Realmente não era uma notícia ruim. Na verdade era maravilhosa!

- Claro... Seria ótimo. – Sorri para ele, que ficou muito feliz com minha resposta.

Bill e Georg estavam colocando música e Gustav ligava seu notebook para ler seus e-mails.
Fui até o quarto para arrumar minhas coisas e Tom foi atrás de mim. Ele fechou a porta e foi me agarrando por trás dando muita risada. Eu me virei e agarrei seu pescoço me pendurando nele, já que ele era bem mais alto.

- Você não fica mais vermelha quando te agarro. – observou ele.

- Já estou me acostumando. – revidei e beijei sua boca ferozmente.

Tom retribuiu o beijo com carinho. Suas mãos agarravam minha cintura e me pressionava cada vez mais. Fui me deitando sobre uma cama ao lado e Tom veio pra cima de mim como um louco arrancado sua camisa. Ficamos nos agarrando por alguns minutos, até Bill nos chamar.

- Vamos comer! Fiz macarrão com molho! - chamou Bill animado escancarando a porta.

- Putz! Você tá ferrada! A comida do Bill é um desastre! – riu Tom para disfarçar o desanimo e saindo rapidamente de cima de mim.

- Ahh, cale essa boca! – Respondeu Bill rindo também.

Fomos todos jantar e rimos até tarde. Bill ligou suas músicas e ficamos vendo ele dançar de um jeito hilário por alguns minutos e depois fomos nos recolher.
Na hora de dormir, Tom me emprestou uma camiseta dele para dormir.

- Está com sono? – perguntou ele enquanto nos deitávamos juntos na mesma cama.

- Sim, mas não quero dormir. Sei que essa será nossa última noite. – falei a ele quase chorando. Ele também ficou estranho. Após um silêncio, senti que Tom estava sério.

- Eu te amo. – disse ele baixinho.

Tom me abraçou muito forte, e eu o abracei. Ficamos lá, nós dois grudados e eu chorando. Eu o beijei e senti minhas lágrimas se misturando no beijo. Ficamos deitados um de frente para o outro. Tom ajeitou meu cabelo e enxugou minhas lágrimas. Seus olhos estavam molhados e ele realmente estava triste.

- Quando eu for embora, nunca te esquecerei. Não me esqueça.

- Tom, como poderia esquecer você? Eu também te amo... – respondi choramingando.

Mais uma vez Tom me abraçou, beijou-me levemente nos lábios e cobriu-me melhor, mas desta vez nós dois adormecemos.