The Coffee Boy escrita por Ivy Harper


Capítulo 5
Shopping Time


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a todos que acompanham The Coffee Boy. Quero saber de vocês o que estão achando da fanfic até agora. Comentem e me deixem saber suas opiniões.

Boa leitura.



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Naquele mesmo dia, Roy já estava assinando os papéis para começar a trabalhar definitivamente nas Consolidações Queen. Já que seu emprego na lanchonete não tinha carteira assinada, facilitou muito mais a contratação do garoto. Ele não via a hora de chegar em casa e poder contar tudo para Cindy. Assim que terminou de resolver toda a burocracia na empresa e ser liberado, correu para o metrô e pegou o primeiro que viu. Por sorte, aquele cruzava a linha do Glades.

Roy ainda estava desacreditado no que acabara de acontecer. Haviam seis outras pessoas muito mais capacitadas que ele, mas ele havia sido escolhido. Embora estivesse feliz por aquilo, sabia que, de alguma forma Oliver tinha ajudado, mas aquilo não era motivo para desanimar, e sim para mostrar serviço e não decepcionar seu mais novo patrão.

O metrô parou e Roy percebeu que já havia chegado ao Glades. Desceu assim que as portas abriram e seguiu em passos rápidos para a saída da estação. A primeira coisa que fez quando pisou na calçada foi pegar seu celular e ligar para Cindy, que não demorou muito para atender.

— Me diga que deu tudo certo. – falou assim que atendeu ao telefone.

— Eu ainda não acredito que isso aconteceu, mas eu sou o novo estagiário das Consolidações Queen! – falou com uma empolgação tremenda.

— Que maravilha! – comemorou Cindy. – Parabéns, eu estou muito feliz por você. – dizia com alegria do outro lado da linha.

— Estou indo aí na lanchonete, preciso comunicar que vou sair e depois vou às compras. – disse Roy já tomando o caminho da lanchonete.

— Ir às compras? Desde quando você é consumista? Mal entrou na empresa e já está herdando os maus costumes do pessoal de lá? – perguntou Cindy curiosa.

— Não, não é isso! Eu não tenho nenhuma roupa decente para trabalhar lá, preciso comprar roupas novas. Que sorte que guardei um pouco do que venho ganhando esses dias. – comentou Roy.

— Preciso desligar. A gente se fala melhor quando você chegar aqui. – disse Cindy.

— Eu já estou chegando. – Roy desligou o telefone já avistando a lanchonete do outro lado da rua. Ele atravessou cuidadosamente e entrou no local, já podendo ver seu patrão - ou antigo patrão - no balcão. Ele se aproximou dali e contou tudo o que havia acontecido, o homem por sua vez não deu muita atenção e apenas concordou com aquilo, sequer parabenizou Roy. Ele colocou a mão no bolso e tirou algum dinheiro de lá, fazendo uma conta rápida dos dias daquele mês que Roy havia trabalhado e lhe dando a quantia suficiente para os turnos trabalhados. Roy até tentou falar com Cindy, mas seu antigo patrão não permitiu e ele se contentou em falar com ela depois, em sua casa.

Ir às compras nunca foi tão divertido. Roy não dava muita atenção para aquilo, mas trabalhar nas Consolidações Queen exigia não somente responsabilidade e compromisso, mas uma boa imagem era essencial, e logo ele que iria trabalhar diretamente com o presidente da empresa e sua secretária, ambos muito apresentáveis, elegantes e bonitos, tinha que estar ao nível deles.

Roy sabia das suas condições financeiras, não podia simplesmente ir a um shopping e gastar todo o seu dinheiro em apenas um par de meias, os preços abusivos e exagerados não faziam parte da sua preferência. Optou então por continuar no Glades e ir a algumas lojas mais caras em busca de roupas de melhor qualidade e que estivessem dentro do seu orçamento.

Cartões de créditos fizeram falta naquele momento visto que Roy não tinha tanto poder financeiro para comprar roupas como imaginava, mas o que tinha ainda deu para comprar três camisas sociais novas, quatro gravatas e duas calças de linho. O sapato ainda não aparentava estar tão velho, então só comprou um líquido de engraxar da cor do mesmo para que ficasse como novo.

Roy se sentiu tão rico por um momento, andando pelo bairro carregado de sacolas, mas sem nenhum dinheiro no bolso. Não sabia o que comeria aquela noite, mas provavelmente Cindy levaria alguma coisa da lanchonete até a casa dele, e aquilo seria seu almoço e jantar. Já era fim de tarde e Roy voltou para casa. Tratou de retirar suas roupas de dentro das sacolas e guarda-las cuidadosamente no armário, o que enriqueceu muito mais ali. O garoto desabotoou sua camisa, que ainda estava manchada de café e a removeu do corpo, lembrando imediatamente da camisa de Oliver e da enorme mancha que havia feito nela. Pegou-se rindo sozinho ao lembrar-se da cena.

Cindy parecia ter saído mais cedo novamente, visto que chegou bem antes do horário em que era liberada da lanchonete na casa de Roy. O garoto abriu a porta e foi recebido com um abraço apertado e com algumas sacolas batendo em suas costas, provavelmente comida da lanchonete.

— Eu estou tão feliz por você! – ela soltou Roy e deixou que ele visse seu sorriso.

— E eu bem mais feliz, tenha certeza. – o garoto também sorria.

— Trouxe algumas coisas da lanchonete. Pedi pra sair mais cedo hoje, mas amanhã vou compensar ficando os dois horários. – ela levou as sacolas até a mesa e as colocou ali. – Tem quatro hambúrgueres, duas latas de refrigerante e uma porção generosa de fritas. Hoje eu decidi exagerar, mas aposto que ninguém sentirá falta. – Cindy puxou uma cadeira e sentou, observando Roy fazer o mesmo.

— Você não imagina como foi tudo estranho hoje. – Roy retirou um hambúrguer de dentro da sacola e abriu a caixa de fritas, que de fato estava cheia. – Eu derramei café no presidente da empresa e ainda assim fui admitido. Você tem ideia da sorte que tive? – ele mordeu um generoso pedaço do hambúrguer, estava com fome o dia inteiro.

— Como assim? – Cindy retirou as latas de refrigerante da sacola e abriu as duas, colocando uma próxima de Roy e dando um gole breve na outra.

— Eu fui pegar um café pra enganar o estômago, e antes que pergunte, é tudo grátis para funcionários e candidatos. Não vi quem estava vindo em minha frente e esbarrei, e era ninguém mais, ninguém menos que Oliver Queen, o dono da coisa toda. – Roy gargalhou e deu um gole no refrigerante.

— Cara, eu queria ter essa sua sorte. – comentou Cindy pegando algumas fritas. – Mas como foi a entrevista? – perguntou fitando-o.

— Foi estranha. O Sr. Queen pareceu me ajudar de todas as formas possíveis. Eu não sei o que aconteceu, todos ali eram muito mais capacitados que eu pra ficar, mas ele quis que eu ficasse. Eu não entendi o porquê. – Roy ainda estava confuso a respeito da sua admissão.

— Ele deve ter ficado afim de você, nunca se sabe. – Cindy riu e mastigou algumas batatas.

Roy não conseguiu segurar e gargalhou também. – Você é louca? Não sabe a fama dele? Oliver não é do tipo que fica com homens, ele é do tipo que pega mulheres e faz sua imagem. Imagina como a empresa ia cair se ele fosse visto com um homem? Ele nasceu pra ser hétero. – respondeu. Roy nunca havia dito com todas as palavras, nem para Cindy ou para qualquer outra pessoa, mas quem o conhecia muito bem sabia que ele não distinguia sexo em ocasião alguma. Se gostasse de alguém, iria adiante com aquela pessoa, sendo homem ou mulher.

— Ele é tão bonito pessoalmente quanto é por vídeo e foto? – perguntou Cindy já testando o amigo.

— Bonito? Bonito é apelido pra aquele cara. – mais uma vez Roy gargalhou, tentando esconder o constrangimento com uma mordida no hambúrguer.

— Então acho que alguém vai fazer a linha ‘estagiário e patrão’, se pegando em cima da mesa de reuniões. – Cindy deu um gole no refrigerante.

— Para com isso, imbecil! – Roy estava tão feliz que não conseguia parar de rir, embora a situação fosse embaraçosa. – Você já imaginou? Roy Harper trabalhando nas Consolidações Queen. Comendo do bom e do melhor, conhecendo as pessoas mais famosas, viajando para todos os lugares do mundo. É um sonho mesmo. – o garoto conseguiu vislumbrar tudo aquilo em sua mente, não era mais um sonho distante para ele.

— Eu consigo imaginar Roy Harper comprando uma mansão e me levando pra morar com ele. – Cindy agora pegava um hambúrguer da sacola.

— Sua imaginação está muito fértil. Não voe muito alto. – ele gargalhou e recebeu um soco de leve em seu ombro.

A noite passou como um flash. Cindy e Roy ficaram toda a noite comendo e conversando sobre como seria esse novo emprego do rapaz. Ele de fato estava empolgado para aquilo, estava estampado em sua face, não podia esconder. Até chegou a mostrar suas roupas novas para Cindy, que escolheu o que Roy deveria vestir no dia seguinte para o seu primeiro dia de trabalho. Já estava ficando tarde e Cindy foi embora, deixando Roy a sonhar acordado e sozinho pelo resto da noite. O dia seguinte provavelmente seria corrido e bem longo, ele tratou de dormir logo, e embora a ansiedade tomasse conta de si, Roy dormiu como um anjo.


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Notas finais do capítulo

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