Memento Mori escrita por Nightshade


Capítulo 8
Cartas do Destino


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, primeiramente me desculpem, eu deveria postar ontem a noite, mas tive uma crise de dor de cabeça tão forte que somente me deitei. Mas vou tentar postar mais um hoje mais tarde para pagar a falta de ontem! kkkkkk

Se tiverem qualquer dúvida sobre a fanfic, ou apenas quiserem conversar, se sintam a vontade para mandar MPs, porque eu amo conversar kkkkkkk

TUMBLR DA FANFIC: https://nightshadefanfics.tumblr.com/post/175158340223/memento-mori



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"O destino embaralha as cartas, mas somos nós que as jogamos."

— William Shakespeare

 

Quinta-feira amanheceu chuvosa, com os céus nublados e sem nenhum raio de sol à vista. Jessica Dawson não se incomodava com isso; gostava do clima mais frio e chuvoso da região das Terras Altas da Escócia, onde Hogwarts era localizada. Durante o café da manhã, ficou quieta, perdida nos muitos pensamentos que rodeavam sua mente, enquanto Amy, Claire e Isabelle reclamavam de como a chuva as atrapalhariam em seus tempos livres já que não poderiam aproveitar fora do castelo. Aura Mors também estava calada, apenas assentindo com um sorriso suave quando se dirigiam a ela. Mors tinha o primeiro tempo livre, assim como ela, e as outras três precisaram correr para a aula de Estudo dos Trouxas. Mors permaneceu sentada e serena, e Jessica a encarou.

Mors era realmente uma incógnita. Não sabiam de onde ela vinha e nem quem eram seus pais, mas se fora educada em casa era de família bruxa. Não que sangue importasse alguma coisa para Jessica, ela mesma era mestiça. Mãe bruxa e pai trouxa. Seu pai era um homem tradicional inglês, trabalhava para o governo de rei George VI; o que significava que ele não gostara tanto de descobrir que sua esposa e filha eram bruxas. Mas ele as amava, a garota não tinha dúvidas quanto a isso.

— Você quer me perguntar alguma coisa. - Aura sorria para ela - Pergunte, se quiser.

Ela realmente queria conversar um pouco com Mors, e ficou espantada que a colega conseguisse ler isso tão facilmente em seu rosto.

— É só que... ontem você contou a história da rainha Boadicea, e discutimos sobre como... - Jessica pigarreou - Sobre como tudo é tão injusto com as mulheres e como quase não são lembradas...

— Sim, eu lembro. - Mors sorriu - E você disse que tudo continuaria assim.

Jessica corou.

— Eu nunca quis ser tão conformada, Aura. Mas eu sei que meu pai não irá aceitar que eu siga a carreira que eu quero no Ministério da Magia. Minha mãe por exemplo, largou tudo para casar com meu pai. - suspirou - E eu não quero ter que fazer isso. Não quero largar tudo.

As mãos frias de Aura Mors apertaram as suas, de forma gentil, enquanto a encarava com um olhar acolhedor.

— Não temos a capacidade de conhecer o futuro, Jessica, mas temos a capacidade de agir. - ela disse - Algumas vezes, precisamos pensar em nossa felicidade também. Se você não quer deixar sua herança mágica de lado, não deixe. Mas tenha em mente que haverá consequências, suporte-as e será feliz.

***

A Morte caminhava lentamente.

Um vento frio soprava, trazendo a chuva do leste e logo as gotas de água começaram a molhar o solo. Um céu triste que refletia a tristeza que pairava sobre todas as casas daquela rua. Mais mortos. Dessa vez não bruxos, mas trouxas, que não tinham nenhuma forma de se defender, mas aquilo não fora obra de Grindelwald, e sim de Adolf Hitler. E o crime desses homens e mulheres massacrados era apenas serem judeus.

Mas a guerra terminaria em breve.

E a Morte mal podia esperar para escoltar pessoalmente Herr Hitler até os portões do inferno.

***

Tom Riddle admirava a professora Galatea Merrythought. Ela já tinha seus cabelos completamente grisalhos, mas seu ar animado e brincalhão não deixava que ela parecesse velha. Presava mais as aulas práticas do que as teóricas e sem dúvida teria sido uma das melhores duelistas de sua época. Quando o Herdeiro de Slytherin entrou na sala de aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, a primeira coisa que percebeu foi que as mesas haviam sido afastadas e um grande espaço no centro da sala. Sorriu, aquilo significava duelos. Iriam praticar. Do outro lado, estavam os corvinais, e não foi difícil encontrar Aura Mors no meio dos uniformes azul e bronze. Outra vez, ela retribuiu seu olhar intensamente.

— Alguma coisa aconteceu entre você e a Mors? - Avery perguntou, embora a pergunta se referisse a Tom, ele não conseguia desviar os olhos da garota.

— Isso não seria da sua conta, seria Avery? - Riddle respondeu, suavemente, feliz por ver que o colega ficara quieto.

— Queridos, se aproximem aqui! - Merrythought se colocou no centro da sala - Hoje teremos aula prática, e os colocarei para duelar e testar suas habilidades. Usem todos os feitiços que aprenderam desde o primeiro ano e oh! - ela parou, olhando para a garota Mors - Senhorita Mors, é um prazer vê-la em minha aula, já que estudou em casa. Acha que conseguirá duelar?

— Eu acredito que não terei nenhum problema, professora. - a garota sorriu irritantemente.

— Bom, eu admito que estou curiosa para ver como a senhorita se sairá. - a professora pareceu pensativa.

— Professora Merrythought. - Riddle chamou, colocando uma tonalidade polida em sua voz - Se me permite, eu gostaria de ajudar a senhorita Mors a duelar.

— Ora, isso é perfeito! - a professora sorriu - Você não se incomoda, não é minha cara? o senhor Riddle é um dos melhores alunos.

— Claro que não me incomodo. - os olhos da garota brilharam novamente com aquele brilho estranho.

— Então está resolvido. - a professora gesticulou - O restante, afastem-se. Riddle, Mors, curvem-se um para o outro.

Riddle admitia que só tomara a decisão de ficar frente a frente com Mors em um duelo porque queria coloca-la em seu devido lugar. Ainda o irritava pensar nas últimas palavras que trocaram, perto da faia nos campos da escola. Quem aquela garota pensava que era? Ele queria ver se ela era tão afiada com sua varinha quanto era com sua língua.

Mors se curvou, educadamente, fazendo os cabelos negros balançarem suavemente ao redor dos ombros. Ergueu a varinha mas não atacou. Isso o surpreendeu; geralmente os outros alunos atacavam primeiro. Pois bem, ele ergueu a varinha e lançou um feitiço simples.

Ela o defendeu, e devolveu com um feitiço mudo que quase o surpreendeu. Aliás, ela mandou dois feitiços depressa e ele começou a se irritar. Mors parecia se divertir com isso. Ele disparou feitiços simultaneamente, sabendo que ela não teria como se defender - mas ela se defendeu! De um de cada vez, aliás, como que para mostrar que não era dificuldade alguma. Ele voltou a erguer a varinha, enquanto a garota ainda se defendia do último feitiço, mas ela foi mais rápida.

O feitiço que o atingiu no peito o fez voar e bater fortemente na parede, atordoado. Quando abriu os olhos novamente, percebeu que estava no chão e Aura Mors estava de pé com duas varinhas - a dela e a sua— nas mãos, enquanto recebia cumprimentos animados dos corvinais. Ele se levantou, sentindo o rosto esquentar de raiva - e de uma pequena parcela de vergonha.

— Ora, mas isso foi uma surpresa, senhorita Mors! - professora Merrythought parecia realizada - Ninguém nunca havia derrotado o senhor Riddle em um duelo!

Aura Mors sorriu, e se aproximou dele, estendendo sua varinha. Ele a pegou sem agradecer, mas Mors se inclinou levemente em sua direção e por um momento inexplicável ele achou que a garota iria beija-lo, mas ela apenas deu uma risadinha.

— Para tudo tem uma primeira vez, não é Thomas? - murmurou.


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Notas finais do capítulo

E então, amores, o que acharam da Aura derrotando o grande Riddle em um duelo? Ele deve ter achado que seria fácil acabar com ela! Coitado, foi tapeado! kkkkk

Uma pergunta, pessoal: se eu escrevesse uma estória original, vocês iriam ler?

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