Memento Mori escrita por Nightshade


Capítulo 5
Fraquezas Que Nunca Conheceu


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, agradeço a todos que comentaram no capítulo anterior, agradeço muito mesmo! Comentários me motivam e vocês todos são muito gentis!! Responderei a todos amanhã!!

Agora, me perdoem, mas esse capítulo é um pouco menor do que os outros... Mas é necessário!

Espero que gostem!



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"Não; nunca foi teu peito generoso

Insensível às humanas amarguras;

Terno, porém firme, se tortura

Por fraquezas que nunca conheceu."

— Horace Walpole

 

 

A Morte sentou-se calmamente aos pés da cama no lado esquerdo do dormitório. Não se importou com os outros três ocupantes: estavam dormindo e, mesmo que qualquer um ali acordasse, jurariam que ela não estava ali. Observou atentamente seu ocupante. Tom Riddle. Ele era sempre o último a adormecer, com a mente sempre tão cheia de pensamentos e planos. Já havia feito sua primeira Horcruxe, o diário, e estava em busca de uma informação - se poderia fazer mais seis. Ele matara Myrtle Warren no ano anterior - por meio do Basilisco - e também sua família paterna. Rompera a alma quatro vezes.

Ela observou seu rosto; quando adormecido, sua expressão calma não era controlada e sim genuína. Era um menino tão bonito, tão inteligente... ele seria um mago poderoso mesmo se não buscasse o poder, as pessoas o respeitariam, não por medo, mas pelo simples ato de respeitar. Ah, Tom, por que fora me temer tanto? Eu sou a única certeza que pode-se ter na vida. Até mesmo sua mão compreendia isso, e quando busquei sua alma, ela lamentou ter que deixa-lo.

Ergueu a mão e se inclinou levemente; tocou os cabelos castanhos escuros do garoto adormecido. Lentamente, traçou o contorno de seu rosto, desde as sobrancelhas castanhas até o nariz. Era humano, embora no fundo não gostasse de ser. Tom queria ser diferente, o melhor. O sentiu estremecer, claramente sentira o frio que emanava de suas mãos. Sua respiração se tornou vapor, visível para ela. A Morte se ergueu novamente, puxando seu capuz para o rosto. Havia mais vítimas de Grindelwald e de Hitler, de quem precisava recolher as almas. Deu três passos para trás.

E então, estava voando. Avançando através do ar, da luz, do tempo, da distância. Ela era rápida. Sempre chegava na hora certa.

***

Prezada senhorita Mors,

É de meu costume reunir alguns alunos para uma reunião na qual conversamos e nos descontraímos. Gostaria de convida-la para a próxima reunião, que ocorrerá nesta sexta-feira às 20:00h.

Atenciosamente,

Prof. H. Slughorn.

Aura Mors sorriu ao ler o bilhete de Slughorn, embora já soubesse que seria convidada. O ambicioso mestre de Poções gostava de colecionar alunos em que visse um futuro brilhante, assim poderia se exibir por ter seus... contatos no futuro. Apesar de tudo, era um bom homem, tinha noção de moral e era até mesmo agradável. Não havia como detesta-lo, apesar de seu jeito bajulador. Fez e ainda faria, muitas coisas boas, embora fosse ele que tiraria as dúvidas de Tom Riddle sobre as Horcruxes.

— Vejo que foi convidada para o Clube do Slug, não? - uma voz perguntou atrás dela.

Mors não se assustou. Já sabia que ele estava ali fazia uns bons dez minutos, a observando. Virou-se lentamente para encarar Altair Lestrange, que a encarava com um sorriso. Estava apoiado na estante cheia de livros, naquela ala da biblioteca; tinha cabelos escuros e levemente ondulados, e olhos castanhos até mesmo um pouco simpáticos. Uma pena que adorava criar acidentes desagradáveis com os nascidos trouxas, junto com seus colegas.

— Sim, parece que fui. - respondeu, assentindo, e logo em seguida dobrando o pergaminho e o guardando no bolso. O observou.

— Sou Altair Lestrange. - ele estendeu a mão e ela aceitou o cumprimento.

— Aura Mors. - sorriu - Mas acho que já deva saber disso.

— Na verdade, já sabia - seu sorriso pareceu aumentar mais - mas precisava de um pretexto para falar com a garota mais bonita de Hogwarts sem pareceu um inconveniente.

Dessa vez, Mors sorriu com mais vontade.

— Você me lisonjeia, Altair. - disse, rindo - Mas agradeço.

Ela sabia que ele estava ali a mando de Riddle. Tentaria recolher informações sobre ela. E sabia que ele sofreria nas mãos de seu líder caso não descobrisse nada.

— Então, - Lestrange recomeçou após alguns segundos - você estudava em casa. Por que decidiu vir para Hogwarts agora?

— Por necessidade. - ela não mentiu, e o encarou nos olhos - Precisei vir para Hogwarts.

— Oh. - ele desviou o olhar - Seus pais devem ter achado melhor, não é? Quero dizer, estar em uma escola de magia.

— Na verdade, - ela suspirou - mal me lembro de meus pais.

Lestrange a encarou, confuso.

— Preciso ir agora. - sorriu a ele - Vou encontrar com minhas colegas. Espero vê-lo mais vezes.

— Igualmente. - ele balbuciou.

Mors se virou e caminhou entre as estantes de livros, saindo da biblioteca. Sentia o olhar de Altair Lestrange sobre si e balançou a cabeça, sorrindo, mas com pesar. Se não revesse suas atitudes, aquele menino teria um fim terrível.

***

Aura Mors era ainda mais bonita de perto do que distante. Definitivamente, de todas as garotas que vira, ela era a mais bonita. Altair Lestrange mal conseguiu abrir a boca para falar com ela sem passar pelo menos alguns minutos observando todos os contornos de seu corpo esbelto e cabelos longos e negros. Quando enfim a chamou, percebeu o quanto ela era alta; ele era um garoto alto, e ainda assim ela aparentava ser somente três centímetros mais baixa que si mesmo. Era quase uma tradição, diziam, que as alunas mais bonitas eram da Corvinal, e agora ele não duvidaria mais.

Quase se esqueceu das ordens de Riddle ao tê-la em sua frente, o encarando tão intensamente. Um ar de mistério realmente parecia rodeá-la, e sua mão gelada o deu arrepios; na verdade, apenas olhar em seus olhos era difícil, mas ela parecia ser gentil. Não conseguiu muitas informações, mas não seria tão ruim continuar tentando se aproximar dela. Geralmente, as tarefas dadas por Riddle não eram tão agradáveis quanto ficar de olho em uma garota bonita. Só precisava ter cuidado em não esquecer de recolher sutilmente as informações que precisava. Riddle não entenderia caso ele justificasse que se distraíra com a garota.

Pensou novamente em Aura Mors o observando com seus grandes olhos cinzentos, e sorriu.

Definitivamente, não seria uma tarefa ruim.

 


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Notas finais do capítulo

# Pessoal, aviso que estou montando um Tumblr para a fic, onde postarei várias coisas sobre os personagens, gifs e aesthetics que adoro fazer!!! Assim que estiver organizado, postarei o link!!!

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