Memento Mori escrita por Nightshade


Capítulo 24
Uma História Contada Por Idiotas


Notas iniciais do capítulo

Muita atenção, pessoal!!! Muitas coisas já estão sendo reveladas!!!

TUMBLR DA FANFIC: https://nightshadefanfics.tumblr.com
CUIDADO! Nele pode haver spoilers!!! Kkkkk



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"A vida é apenas uma sombra ambulante, um pobre cômico que se empavona e agita por uma hora no palco, sem que seja, após, ouvido; é uma história contada por idiotas, cheia de fúria e muita barulheira, que nada significa."

— William Shakespeare

 

 

Não fora necessário usar nenhuma fantasia na festinha que o professor de Poções, o que Tom Riddle agradecia mentalmente; já não bastava ter que aturar estar naquele mesmo ambiente cheio de pessoas enfadonhas e aguentar Avery tagarelando junto de Malfoy sobre Quadribol. Mas ele sabia que, para sua imagem de aluno perfeito, deveria estar ali com um sorriso simpático no rosto. Professor Slughorn o exibia como um troféu para vários de seus convidados, principalmente um ou dois do Ministério da Magia... mas ele não tinha interesses políticos. Não precisaria do Ministério. Não naquele momento.

Se afastou um pouco das pessoas, engolindo levemente a bebida que havia sido servida, e observou o ambiente; podia ver as amiguinhas estúpidas de Aura Mors por ali, conversando entre si, mas a própria ainda não havia chegado. Lestrange também ainda não tinha chegado. Interessante. Então o seu colega ainda estava correndo atrás da garota. Duas garotas, alguns anos mais novas, passaram por ele dando risadinhas, e ele se esforçou para não revirar os olhos. Apenas sorriu de volta. Ficava cada vez mais entediado.

E então ela chegou. Acompanhada de Lestrange, como ele já desconfiava.

Aura Mors estava muito bonita. Naturalmente, ela sempre fora, e não havia muita mudança nela, apenas era a primeira vez que Tom a via de vestido. Aliás, mesmo o vestido era simples - negro e longo, ia até os seus pés - sem nenhum detalhe, mas ressaltava sua pele e destacava ainda mais sua beleza. Os cabelos estavam soltos, como sempre, e não havia nada, nem mesmo uma maquiagem em seu rosto. De certa forma, gostou daquilo; gostou de ver pela primeira vez uma garota sem maquiagem em Hogwarts. E em seguida respirou fundo, cortando os próprios pensamentos.

— Ora, senhorita Mors, por um instante achei que não viria! - a voz alta e animada de Slughorn chegou até os seus ouvidos - Está linda, como sempre! E senhor Lestrange, imagino que tenha escoltado Aura até aqui?

De longe, o Herdeiro de Slytherin pode ver o sorriso de Aura Mors e o jeito que Lestrange não tirava os olhos dela. Mors virou levemente o rosto, deixando seus olhos tempestuosos encontrarem com os seus à distância e ele sentiu um leve arrepio cruzar sua coluna. Ela desviou o olha e ele fez o mesmo.

***

Seren estava deitada na grama, apenas sentindo o calor do sol e o vento fresco, enquanto observava sua mãe organizar as flechas em sua aljava. Guinevere, juntamente com Arthur, era um exemplo para ela. A mãe era uma exímia caçadora e também arqueira, mas nunca participara de uma batalha depois que ela e seu irmão nasceram. Quando tinha seis anos, Seren começara a aprender a manejar o arco com ela, apenas para logo depois mostrar preferencia por lâminas.

Diziam que eram muito parecidas, mas apenas os contornos do rosto e de corpo. Sentia-se lisonjeada cada vez que a comparavam com a mãe. As duas possuíam grande beleza, mas não parecidas no geral. Sua mãe tinha cabelos de um tom vibrante de vermelho. Ela tinha cabelos negros. Sua mãe tinha flamejantes olhos verdes. Ela tinha olhos cinzentos e tempestuosos. Sua mãe sorria muito, e tinha o coração de muitos. Ela sorria também, mas não com tanta frequência.

Guinevere era uma mulher forte, inteligente e persuasiva; poderia convencer quem quer que fosse a fazer suas vontades, e era uma sorte que fosse também uma mulher justa, caso contrário muitas coisas ruins poderiam acontecer.

A mãe pareceu sentir seu olhar e se virou, sorrindo.

— Tudo bem, Seren? - ela perguntou, gentilmente.

— Sim. - Seren sorriu - Só queria sentir o sol e ficar com você. Faz tempo que não passamos um dia juntas, sem ninguém.

Guinevere deixou o arco na bancada de madeira e foi até a filha, sentando graciosamente ao seu lado, elegante como uma corça. Os cabelos ruivos voavam emoldurando seu rosto, ao ritmo do vento.

— O que acha de pegarmos os cavalos e irmos encontrar seu pai e seu irmão nos salões de Gawain?

— Seria bom. Faz tempo que não monto, e sinto falta disso. - respondeu.

— Nisso, você puxou a mim. - Guinevere riu.


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Notas finais do capítulo

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