Back to you-Reneslec escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Bela Adormecida


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/C2eX1BE1D6g-Música tema do relacionamento Reneslec.



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P.O.V. Alec.

Agora que eu usei outra roupa além do uniforme, eu vejo o quanto ele é feio.

—Parece que não sou o único que aprendeu a odiar o uniforme.

—Nem me fale. Isso é muito cafona.

Nós entramos na sala do Trono e Félix e Dimitre estavam com a mesma cara que a gente. Aquela cara de entojo.

—Porque essas caras meus queridos?

—Porque esse uniforme é muito cafona.

—Vá acordar aquela Cullen e traga-a aqui!

—Sim Mestre.

Quando cheguei ao quarto dela, a porta estava entre aberta. Eu a vi e decidi entrar.

Ela estava dormindo pacificamente na cama. Ela era tão doce dormindo, ela era doce de qualquer jeito, mas era ainda mais doce dormindo.

—Ei. Acorde.

—Não, vá embora.

Ela virou do outro lado.

—Vamos Cullen, acorde. O Mestre quer lhe falar.

—Manda ele se foder.

—Vamos Cullen, levanta.

—Você é um mala.

Acho que ela estava tão... entorpecida pelo sono que simplesmente levantou e esqueceu que... estava só de blusa regata... e calcinha.

Aquilo me forneceu uma bela visão de suas lindas pernas e... daquela bundinha maravilhosa.

Infelizmente, ela colocou uma calça cor de rosa que eu acho que era um pijama.

—Vamos. Ah e... Volturi?

—O que?

—Eu te odeio.

—Bem vinda ao clube.

Ela estava descalça e eu vi seus pés. Mais especificamente, suas unhas.

—Você tem unhas cor de rosa?!

—Não. É esmalte.

Disse ela com uma voz mole.

—Porque está falando assim?

—Meu cérebro não tá funcionando direito. São oito horas da manhã e eu passei a noite sem dormir.

Nós chegamos á sala dos Tronos, Aro se dirigiu a ela.

—Bem vinda. Como dormiu?

—Eu não dormi. Lembra? E é por isso que nesse momento o seu bom humor me enoja.

Aro riu.

—Fala logo o que você quer.

—Eu mandei te chamar!

—Então desembucha. Fala logo.

—Por sua causa a guarda está com essas caras de descontentamento.

—Jura? Eu não posso ser responsabilizada por isso não, filho. A culpa é minha que a única alegria da vida desses pobres coitados é fazer outros pobres coitados sofrerem?

Ela ficava coçando os olhos que lacrimejavam.

—O que quer dizer com isso sua peste?!

—Olha em volta. Eles não tem amigos, não tem namoradas, namorados e tem que usar essas roupas horríveis. Quer mais algum motivo pra ser infeliz?

Mestre Caius veio para cima dela, eu fiquei esperando que ela reagisse, que usasse um de seus dons contra ele, mas acho que ela não estava em condições de fazer nada. Nada além de gritar.

E foi o que ela fez. Ela gritou.

Então eu a empurrei para longe e foi a mim que o Mestre Caius acertou.

Nós atravessamos a parede, mas quando Mestre Caius percebeu que não foi ela que ele acertou ele saiu de cima de mim e investiu contra ela novamente. Ela não reagiu, pelas suas pupilas dilatadas e o jeito que o coração dela batia ela estava em choque.

E eu me coloquei entre eles de novo, mas dessa vez eu usei a minha névoa para pará-lo.

—Alec! Alec devolva a minha visão! Alexander devolva meus sentidos!

Eu olhei para ela.

—Vai.

Ela passou pelo buraco recém aberto na parede e saiu correndo.

Depois dela já estar longe. Eu retraí a névoa.

—Alec! Você atacou o Mestre Caius. Como pôde fazer isso? Porque?

—Eu... eu não sei. 

Aquela foi a resposta mais honesta que eu poderia ter dado. O simples pensamento de saber que ele ia machucá-la foi o suficiente para me fazer querer pará-lo de qualquer maneira. Mas, porque?

P.O.V. Renesmee.

Ele me defendeu. Ele se enfiou entre o Caius e eu, mas... porque?

Estava dentro do quarto, tranquei a porta e coloquei um feitiço de proteção no quarto e um em mim mesma. Dai eu tirei a calça e deitei na cama de novo. Não demorei muito pra dormir.

Quando eu acordei estava de noite. 

Eu levantei, tomei banho, sequei o cabelo, fiz chapinha, coloquei uma roupa. Um conjunto de moletom e fui em direção á cozinha fazer o meu café da manhã noturno.

Peguei os ovos na geladeira, o leite, o requeijão e o melado. Dai eu fui até o armário, peguei o prato, o copo, a frigideira e fiz ovos mexidos e leite com chocolate.

P.O.V. Alec.

Eu estava lendo um livro qualquer, mas não conseguia me concentrar na história. 

—Que droga!

Coloquei uma calça de moletom e sai meio sem rumo. Ai, senti cheiro de comida. Comida humana.

—Quem faria comida humana á essa hora da noite?

Eu entrei na cozinha e ela estava sentada no banquinho, comendo.

—Oi Alec. Não conseguiu dormir? Ah, é... você não dorme.

—Aparentemente nem você.

—A festa de ontem confundiu meu relógio biológico. Você quer?

Eu fiz uma careta.

—Ah, desculpe. Esqueci que você não come.

—Acho que falta o Bacon.

—Eu sou vegetariana.

—Uma vampira vegetariana.

—Híbrida.

Disse apontando o garfo pra mim.

—Híbrida.

—Se a sua família se abstém de sangue humano, porque você não?

—Eu passo mal. Desmaios, sangramentos no nariz e...

Ela fez um barulho de alguém vomitando.

—Posso tomar sangue animal também, mas só sangue animal não resolve. Eu tentei quando era criança, quase virei uma estripadora.

—Porque você passa mal?

—Sei lá. O meu avô desenvolveu uma teoria. Ele sempre tem uma teoria.

—E qual é a teoria?

—Como eu sou metade bruxa e faço magia e magia é manipular energia se eu não mantenho a minha estável... eu pifo.

—Magia?

—Eu sou metade bruxa lembra?

—Aquilo era mesmo sério?

—Muito. Eu tive um sonho estranho. Você tava lá, o Aro tava lá, tava todo mundo lá. Ai o Caius pirado me atacou e você se enfiou no meio.

Ela estava bebendo o leite quando eu respondi:

—Não foi um sonho.

Ela se engasgou.

—Porque você se meteria entre o Caius e eu? Você é um fiel seguidor daquele sádico cretino, de acordo com a regra você deveria dar um daqueles sorrisos malignos e apreciar enquanto ele me matava. Como os gregos que iam para o Coliseu ver as pessoas morrerem estraçalhadas pelos leões.

—Não sabia que havia uma regra. E eram os romanos que iam ao Coliseu.

—Tudo bem, eu nunca fui boa de geografia. Deus abençoe o cara que inventou o GPS e a bruxa que inventou feitiço de localização.

—Feitiço de localização?

—É. Funciona super bem. Um mapa, um pouco de sangue, umas velas e pronto. 

—Pode fazer um feitiço de localização pra mim?

—Quem você quer achar?

—Não quem, o que.

—O que você quer achar?

—Um colar que a minha irmã perdeu. Ela tá me enchendo por causa daquela porcaria.

—Tá.

—Eu vou buscar sangue.

—Não! Eu não vou precisar e só pra você saber, tem que ser sangue de um amigo ou melhor ainda, de um parente.

Ela saiu correndo e voltou com um colar.

—Mas, já?

—Não é o colar da Jane. É o meu pingente. Ele é um amuleto.

Ela colocou velas na cozinha inteira. De repente, as velas acenderam.

—Isso foi você?

—Foi. Agora fica quieto e pensa no colar que a Jane perdeu.

Ela fechou os olhos e começou a falar numa língua que eu nem sabia se era uma língua. As chamas das velas foram nas alturas e o amuleto começou a se mexer, a balançar.

—Encontrei. Vem comigo vem.

Nós fomos em direção á Ala dos favoritos de Aro. Ela bateu á porta do quarto de Jane e esta foi aberta.

—O que faz acordada a essa hora?

—Posso entrar?

—Pode.

Ela entrou, abriu uma gaveta, levantou as roupas e tirou de lá de baixo o bendito do colar.

—Tadá! Toma.

—Uau!

—Eu tenho que voltar pra cozinha, esqueci as velas acesas.

Ela saiu correndo.

—Como ela fez isso?

—Feitiço de localização. Feitiço de bruxa.

—Ta brincando né?

—Não Jane. É sério.

P.O.V. Renesmee.

Eu estava lavando o prato e o copo que eu usei quando sinto alguma coisa escorrer do meu nariz. Era quente.

Eu limpei com as costas da mão. E quando vi que era sangue, eu só consegui dizer:

—Que droga.

Dai tudo ficou preto.

P.O.V. Jane.

Estávamos conversando, meu irmão e eu quando ouvimos o barulho de alguma coisa quebrando.

—O que foi isso?

—Vamos olhar.

Foi o cheiro que nos atraiu. Cheiro de sangue.

E encontramos a Cullen inconsciente e o nariz dela sangrava que nem uma cachoeira.

—Cacete!

—Ela falou que o nariz sangrava, mas não que sangrava desse jeito.

—Talvez isso não seja normal. E qual é a das velas?

—Ela usou para achar o seu colar. Não me pergunte como.

—E o que a gente faz? Com ela?

—Não podemos simplesmente levá-la ao hospital.

—Não podemos deixar ela sangrar até morrer!

Então, o Alec fez uma cara, como se tivesse tido um estalo.

—O que?

—Ela falou que as bruxas manipulam energia e que se a energia da bruxa não estiver equilibrada, ela passa mal. Eu não a vi se alimentar nem uma vez desde que chegou aqui. Não de sangue. Jane vá ao hospital e assalte o banco de sangue.

—Mas, os Mestres...

—Se ela morrer, Os Cullens vão acabar com a gente!


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