Back to you-Reneslec escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Mudanças


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/EszZtS_GGh4-Renesmee põe os vampiros pra dançar e agita o baile.
https://youtu.be/DvIWCjvr1vw-James Brown.



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P.O.V. Renesmee.

Eu finalmente terminei de me arrumar. Então, eu decidi ir ver o que a Jane estava fazendo.

Eu cheguei no quarto dela e bati na porta.

—Entre.

Eu entrei e vi que ela tava fazendo um coque no cabelo.

—Ah, não. De jeito nenhum. Pode desfazer isso ai.

—O que?

—Desfaz esse coque, eu vou catar minhas coisas lá no meu quarto e já venho. Vai tirando isso ai.

Fui correndo até o meu quarto e peguei minha maleta de maquiagem, meu secador de cabelo, meu curler, minha chapinha e meus produtos para o cabelo.

—Tira esse coque agora.

Ela tirou. Não sei porque cargas d'água ela obedeceu.

—Você lavou o cabelo?

—Lavei.

—Passou condicionador?

—Passei.

—Então vai lavar de novo e não passa condicionador.

—Porque?

—Porque eu vou te deixar... linda. Vai. Vai lavar esse cabelo. Faz bastante espuma e lava bem a raiz.

Ela voltou para o chuveiro e quando saiu os cabelos estavam molhados. Eu sequei eles com uma toalha, depois coloquei o secador na tomada e peguei a escova.

—O que é isso ai?

—Secador de cabelo. É barulhento, mas não vai doer. Eu prometo.

Depois de deixar o cabelo úmido eu perguntei:

—Liso ou cacheado?

—Cacheado.

—Fecha o olho pra eu espirrar o produto.

Ela fechou e eu espirrei o meu fixador de cachos no cabelo dela.

—Pode abrir.

Comecei a dividir o cabelo dela e a prender com as piranhas. Então eu fiz escova.

—Pensei que fosse ficar cacheado.

—E vai. Paciência. Fecha os olhos de novo.

Espirrei mais fixador de cachos e coloquei o curler na tomada. Enquanto esquentava, eu ia dividindo o cabelo dela de novo. O cabelo da Jane era lindo, super comprido, tinha um tom de mel.

—Um cabelo bonito desse e tu fica de coque o dia inteiro. Pelo amor de Deus!

P.O.V. Jane.

Ela usou todas aquelas máquinas no meu cabelo e quando terminou, estava... lindo.

—Vou passar um pouco de laquê pra os cachos durarem mais.

Ela espirrou aquele spray nos cachos.

—Me mostra seu vestido.

—Porque?

—Porque vamos precisar de uma maquiagem que combine.

—Maquiagem?

—É.

Eu abri a capa que cobria e protegia o vestido e ela gritou:

—Cruz credo! Que coisa horrenda! Mas, eu posso concertar.

Ela fez o que imaginei ser um feitiço e o vestido mudou completamente. Ainda era longo, mas não haviam mais mangas, tinha uma enorme transparência nas costas, ele era brilhante, de seda preta. E tinha um decote não muito grande.

—Quanto tempo vai durar?

—Relaxa, se quiser que ele vire aquela coisa feia de novo, eu transformo de volta. Agora vai colocar e coloca por baixo, não pela cabeça. 

—Tudo bem.

Eu coloquei o lindo vestido.

—E o sapato?

—Aqui.

—Ao menos isso.

Era um sapato de salto alto e fino, prateado cheio de brilho. Com uma tira no tornozelo.

Ela calçou o sapato em mim.

—Agora, a maquiagem. Senta ai.

Eu sentei-me de frente para a penteadeira e ela abriu uma enorme caixa que tinha três andares.

—Fecha o olho direito. 

Ela fez um contorno no meu olho com um pincel.

—Abre e olha pra cima.

Ela contornou a parte interna do meu olho com aquele pincel que tinha uma tinta preta. E depois fez o mesmo no olho esquerdo.

—Vamos ver que sombra vamos passar. O seu sapato é prateado não é?

—É.

—Então vou usar uma iluminadora.

A sombra era fraca, quase não dava para perceber que eu estava usando.

—Agora, os lábios. Um vermelho bem vermelho.

Ela pintou meus lábios de vermelho com um pincel. E passou perfume em mim.

—Agora sim. Agora tá uma gata. Os boy vão cair matando. Pronto.

—Espera, o meu colar.

Eu coloquei o colar com o brasão dos Volturi. 

—Bem, ninguém é perfeito.

Disse ela.

Então, nós saímos do meu quarto e topamos com Alec.

—Irmã?

—Gostou da minha obra de arte?

—Nossa! Jane, eu nem te reconheci.

—Meu Deus! Me diz que você não vai pro baile usando isso.

—Vou.

—Ah, mas não vai mesmo. Pode ir indo Jane.

Ela empurrou Alec de volta para dentro do quarto.

P.O.V. Alec.

Ela me empurrou de volta para o quarto.

—Castigos, domicos, eternus.

—Eu...

Eu tentava abrir a porta, mas não conseguia.

—Nem tente. Enfeiticei o trinco da porta.

Ela abriu o meu armário e cavocou lá dentro.

—Finalmente! Uma coisa aproveitável. Toma. Veste.

Ela atirou a muda de roupas pra mim.

—Porque?

—Vai vestir o que eu mandar e eu garanto, vai adorar.

Era uma camisa social azul escura, um blazer e calça social preta. E um sapato de couro.

Eu vesti e me olhei no espelho. Era com certeza melhor do que o uniforme.

—Perfeito. Alohomora. Agora podemos sair.

Ela arrumou todos os membros da Alta Guarda. Ela encheu o cabelo de Dimitre de gel.

—Eu gostei do seu penteado.

—Obrigado.

P.O.V. Aro.

Estávamos conversando com os convidados quando todos param para olhar e eu vejo uma pessoa no topo da escada, com certeza uma vampira. Seus longos cabelos cacheados, o lindo vestido negro e brilhante, então... eu vi no pescoço dela o brasão Volturi.

—Não sabia que tínhamos recrutado uma nova vampira.

—Nem eu irmão.

Ela desceu as escadas e todos encaravam. Eu fui até ela.

—Quem é você? Porque está usando o brasão do meu Clã?

A resposta não poderia ter me chocado mais:

—Sou eu Mestre, a Jane.

O cheiro e a voz confirmavam. Era Jane.

—O que... aconteceu com você?

—Foi a Cullen. Ela me ajudou.

Então Félix e Dimitre desceram.

—Ela fez aquilo também?

—Imagino que sim.

P.O.V. Alec.

Eu estava bem nervoso. Estava muito fora da minha zona de conforto.

—Mudanças são difíceis. Pode segurar minha mão se quiser.

Ela me estendeu a mão com um sorriso no rosto. E eu peguei a mão dela.

Nós descemos as escadas e todos nos olharam.

P.O.V. Aro.

Eu não acredito no que estou vendo. 

—Alexander?

Ele e a Cullen estavam de mãos dadas. Eles desceram as escadas de mãos dadas. E vieram até nós.

—Ai, a minha mão!

—Desculpe.

—E ai? Eu sou um gênio não sou?

—Porque eles não estão de uniforme?!

—Relaxa! Eles ainda estão usando o brasão dos Volturi. Não seja mala Caius, seja adaptável. Você vai viver pra sempre, tem que ser adaptável. Só porque você não muda, não significa que o mundo faça o mesmo. E... eu trouxe uma surpresa.

O vestido dela era curto. Acima do joelho.

Ela deixou entrar um bando de gente carregando um bando de coisas.

—Deixa baixo tá?

—Qual é?

—Por favor. Eles tem o mesmo problema que eu. Deixa baixo.

—Tudo bem. 

—Quem é ele?

—É o Nicky  ou Niks Zhou, é o melhor DJ que eu conheço. O cara nunca perde uma festa.

O rapaz colocou aquele monte de fios pra tudo o que era lugar e então ele falou no microfone:

—Isso aqui é uma festa ou é um velório? Bom, de um jeito ou de outro, alguém vai sair carregado!!

Ele começou a mexer nos botões e foi como uma explosão. Luzes coloridas, um som muito alto.

A Cullen começou a dançar. Era música.

Ela começou a puxar os outros para o meio do salão, fazendo os vampiros dançarem.

Ela foi até o garoto. Nicks.

—Ai Nicks, coloca Thriller.

—Qual é?

—Eu to pagando. E pagando caro. Coloca Thriller do Michel Jackson.

—Eu sei qual é a música.

—Ótimo. Aperta o botão ai.

De repente, todos estavam dançando. Geralmente, os convidados arrumavam desculpas para poderem ir embora.

—Aro, você tem que parar essa insanidade!

—Caius, a insanidade está fazendo as pessoas ficarem! Se não fosse o que você chama de insanidade, os convidados já estariam arrumando desculpas para partir.

O rapaz falou no microfone:

—Essa para as garotas! As garotas apimentadas!

—Spice Girls! Tell me what you want, what you really, really want!

A música fez os convidados dançarem, fez eles ficarem. Quem diria que algo tão simples quanto a música faria os meus convidados ficarem no baile?

P.O.V. Renesmee.

Eu, Renesmee Cullen... ensinado os vampiros a dançar. Quem diria?

Eles não conheciam os passos mais básicos. O Nicks colocou pra tocar Usher DJ Got Us Falling in Love, Fire e Walking in my shoes do Camp Rock.

Mas, depois que eles aprenderam... a festa bombou!

—Vem Bieber! Dança comigo!

Eu puxei o Alec e nós dançamos juntos. Com um movimento da minha mão o vestido preto da Jane encurtou, ficou acima do joelho. Era melhor para dançar, dava mais liberdade ao movimento.

Ele colocou James Brown. Estávamos dançando quando ele virou o disco e quando a música começou a tocar eu me apavorei.

—Não! Nicks! Não!

Ele tinha colocado Yeah, do Usher e essa música não era para o público que estava presente. Um bando de vampiros com séculos de idade e um puritanismo enraizado.

—Muda! Agora!

—E o que eu coloco?

—Coloca Freaky like me do Madcon.

—Sim senhora.

Felizmente, ele mudou antes que os convidados pudessem ouvir a letra.

P.O.V. Alec.

Quando o DJ mudou a música ela respirou aliviada.

—Qual é o problema com a outra música?

—Um bando de vampiros centenários, ouvindo Yeah, do Usher... é... não ia prestar.

—Porque não?

—Muito puritanismo da parte deles.

De tempos em tempos, ela bebia alguma coisa. Já que ela suava. Seu penteado despencou. Mas, ainda assim pra mim... ela continuava linda.

P.O.V. Marcus.

Até eu dancei aquela música. O ritmo te prendia, te levava como uma onda.

Logo, o sol começou a despontar no horizonte. O Baile durou até o raiar do dia. Os convidados ficaram até o raiar do dia.

—Demais!

Gritou a Cullen, levantando os braços e fazendo um sinal com as mãos que pareciam chifres.

—Isso sim é uma festa.

Ela foi falar com o seu amigo. 

—Foi demais Nicks.

—Eu sou o Rei das festas. E por acaso, alguma dessas suas amigas super gostosas são solteiras?

—Sei lá, mas se eu fosse você eu não me metia.

O rapaz guardava toda aquela parafernalha. Ela deu um maço de dinheiro na mão dele.

—Não gaste tudo de uma vez.

—Eu não prometo nada.

Os convidados a parabenizaram e agradeceram.

—Foi o melhor baile em que eu já estive. Apesar de ter sido difícil acompanhar com esse vestido.

—Da próxima, venham com um vestido acima do joelho ou de calça.

Eles falaram com ela primeiro, depois vieram falar conosco.

—Meus parabéns. Eu achei que não iria durar dez minutos e durou até o raiar do dia. Se for assim no próximo, contem com a gente. Ela merece o crédito pelo baile. Mas, vocês merecem o crédito por terem aceitado as sugestões dela.

—Como ousa dizer isso?

—Isso o que exatamente?

—Que o baile não iria durar!

—E não ia. Não sem ela e o amigo humano dela. Eu confesso que o plano inicial era vir, ficar um pouco e depois ir embora. Mas... aquelas coisas, as músicas, as danças... fizeram a gente querer ficar.

—Obrigado pela honestidade Alistair.

—Jane... Uau! Você está... incrivelmente bonita. Não que... não fosse antes, mas valorizou sua beleza.

—Obrigado.

Os convidados foram se retirando até o salão ficar vazio.

—Parece-me que a sua surpresa fez sucesso.

—É bom mudar de vez em quando. Bom, agora se não se importam, eu vou dormir. Porque eu to destruída! E Jane?

—O que?

—Deixei algodão e demaquilante na sua penteadeira. Leia as instruções e use pra tirar a maquiagem. Bom dia pra vocês.

Ela se recolheu.

—Bom dia, de fato.


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