Deus Salve a Rainha escrita por Lady Led


Capítulo 4
Eu jogo sal, que encontro em qualquer corpo mais perto.




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Afonso tem medo de Catarina quando ela entra na sala do trono vestindo vermelho, dourado e ódio. Ele tem medo porque eles tem uma história no passado que faz com que o corpo de Afonso se arrepie em pensar na cena de Catarina beijando outra mulher no meio das pernas, coisa tão pecaminosa que havia deixado Afonso estático em seu lugar, salivando pela boca, desejando estar no meio daquele pecado. Mas ele tem medo. 

O medo de Afonso sobe pelo seu corpo, mas também tem um pouco de inveja em seus sentimentos quando ele olha para a mulher com um vestido que claramente não se é adequado para alguém como ela. O tecido vermelho aperta as curvas magras de Catarina, e deixa as costas abertas, expondo toda aquela pele para as demais pessoas que não podem pegar. Afonso quando mais novo já caminhou por muitos bares e bordéis onde as mulheres se vestiam de um jeito semelhante ao de Catarina, mas com tecidos visivelmente mais baratos do que aquele que a futura Rainha usa.

Afonso aperta a mão de Amália de um jeito quase obsessivo quando vê os olhos de Catarina passarem pela mulher que é dele. Os olhos da mulher de cabelo preto longo são olhos venenosos e quando olham para Amália naquela sala lotada com todas as pessoas importantes dessas terras, eles não temem em despir e desejar.

“Está tudo bem, querido?” Amália pergunta, claramente angustiada com o aperto de mão quente e forte que Afonso está lhe dando. O homem olha para ela, os olhos grandes e inocentes de Amália estão lhe encarando questionadores, e Afonso se permite um segundo de perdição olhando para eles. Ele não era um homem ruim, ele e todo o povo tem certeza disso, mas quando ele vê a inocência no corpo e nos olhos de Amália, Afonso sente vontade de corromper tudo que é bom dentro dela, deixando o seu rastro por toda a mulher.

“Está.” Ele diz, voltando-se para a frente com o olhar. O corpo de Catarina continua se movendo pela sala como um fantasma sobre todos. Os sorrisos que as pessoas dão em direção a ela são sorrisos plenos de devoção que Afonso não consegue entender. Se as pessoas ao menos soubessem o quão pecaminosa é a princesa. Ele pensa. “Estou apenas preocupada com o reino.”

Amália sorri para ele, voltando o corpo para frente também. O sorriso no rosto dela vacila um pouco quando encontra com o de Catarina.

“Catarina me deixa mal.” Ela sussurra por sobre o ombro, ainda olhando inocentemente para todas as pessoas daquela sala. “O ar parece contaminado quando ela está na sala.”

Afonso engole em seco um pouco. A taça dourada e fria na sua outra mão pesa quase como uma tonelada quando ele levanta o objeto contendo vinho para os lábios rachados. Ele não quer pensar em Catarina, mas a mulher venenosa contaminou seus pensamentos desde aquele dia em que ele viu a verdadeira face do pecado.

Uma mulher. Ele pensa as vezes quando está deitado na cama. Catarina estava com os lábios nas coxas de uma mulher.

“Não podemos a expulsar. O reino dela é importante.” O vinho desce cortando pela garganta de Afonso. Ele observa Catarina se aproximar deles, o sorriso nocivo em seu rosto despejando escuridão e veneno por toda a sala. Afonso acha que Catarina é algum tipo de demônio, algum tipo de bruxa que usa da feitiçaria para encantar todas as pessoas da sala para que elas não enxerguem a verdadeira face do seu ser pecaminoso.

“Afonso. Amália.” Catarina diz com deboche em sua voz quando se aproxima dos dois. O vestido de Catarina é transparente na parte dos seios, e todos da sala que olharem podem ver o marrom do círculo de seus seios quando se aproximam dela. Afonso quer cobrir o corpo da mulher a sua frente apenas porque ele não consegue não olhar para os seus seios.

“Catarina.” Amália diz, com um tipo de raiva caótica na sua voz. Afonso nunca tinha escutado aquele tom sair da boca da mulher ao lado dele, nem mesmo quando as pessoas a acusaram de bruxaria. Amália, a sua pequena e ruiva e inocente Amália nunca tinha erguido a voz para nenhuma pessoa. Catarina deve realmente mexer com algo dentro dela. “Que desprazer te ver aqui ainda.”

“Amália, querida, você ainda me verá por muito tempo nesse castelo. Não irei embora até conquistar tudo que quero.” E com aquelas palavras o corpo de Afonso se acende com medo. Ele vê quando os olhos de Catarina focam nos quadris de Amália, e a língua toca o lábio de uma maneira que ela virá todos os homens copiarem quando desejam uma mulher. Amália não percebe, mas Afonso consegue sentir o desejo da mulher pela ruiva.

“Ele é meu.” Amália aperta a mão de Afonso agora, a raiva fazendo marcas de unha na parte de cima da sua mão. Afonso está assustado com o tanto de ódio e raiva que ele sente vindo da mulher que ama.

“Espero que você esteja falando do trono, Amália.” Catarina diz por final, o sorriso em seu rosto quase como se fosse esculpido em um rosto de mármore, por que não pode ser real aquele tipo de sorriso em um rosto tão concreto como o da mulher na frente deles. Afonso sabe que Catarina não tem nenhum tipo de atração com ele, ou com qualquer homem pelo que ele sabe, então ele entende quando as palavras saem da boca da mulher.

O corpo de Catarina está tão próximo de Amália que bastaria apenas um passo para que ela estivesse com todo o corpo colado com a de sua mulher, e ele sabe que se o salão estivesse vazio, e que se Afonso não estivesse presente, ela faria isso. Ela colocaria a mão na cintura de Amália, a puxaria e colaria os seus corpos apenas para sentir o calor da mulher em suas mãos magras e geladas.

“Catarina, por favor, aqui não.” Afonso coloca a mão entre elas, o polegar roçando levemente nos mamilos visíveis através do vestido de Catarina. Ao mesmo tempo que enoja Afonso, também o excita. “Aqui não.”

Catarina apenas sorri, e se curva, a Amália, um gesto para as Rainhas, mas que ela usa como uma total afronta a mulher. Catarina é apenas isso afinal de contas, uma afronta contra a própria natureza.


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Notas finais do capítulo

HELLO HELLO HELLO!

QUERIA AGRADECER A TODO MUNDO QUE COMENTOU NO ÚLTIMO CAPÍTULO E VEM ME ACOMPANHANDO ATÉ AGORA, CÊS SÃO ZICAS DEMAIS ♥

Bem, temos a visão do menino Afonso sobre a Catarina e a gente pode ver que ele sabe que ela não é muito chegada em um macho, KKKKK. Mas enfim, eu vou tentar colocar uns capítulos com uns pontos de vista diferentes porque quero que vocês entendam como as pessoas enxergam as meninas e como elas realmente são, por exemplo, o Afonso achando que a Amália é inocente, SENTA LÁ, NÉ, FILHÃO!

Enfim, espero que vocês estejam gostando da história e tal, não esqueçam de vir falar comigo, e FANTASMINHAS, EU TAMBÉM ADORO VOCÊS ♥

P.S. O nome desse capítulo é da música Comida Amarga de uma banda alternativa brasileira chamada Carne Doce, e eu recomendo demais, quem escutar a música ganha um beijinho ♥

XOXO, Led.



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