Finalmente Nath havia deixado de arrastar Lili, os 2 estavam em frente à Universidade.

— Ehm... - Lili se aproximou dele timidamente - Q...Quem era aquela?

Nath a olhou por momentos. Lili era uma completa estranha para ele, mas ele ia ficar com ela por algum tempo, podia se abrir só um pouco não?

— Uma minha ex... Nada sério... - mentira, isso era o que ele pensava, mas Lili não precisava de saber isso - Tens algum.

A jovem ficou calada por uns momentos até que um sorriso apareceu na sua cara. Como ela não havia pensado nisso? Kotaro! Kotaro podia ajudar-la!

— Kotaro! - Nath olhou-a algo confuso - Kotaro é o meu namorado... Ele pode me ajudar!

— Porque não disses-te mais cedo? - ele pegou no telemóvel e entregou-o a Lili - Liga-lhe!

Ela marcou o numero sem dificuldade.

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Kotaro estava a escrever a mensagem quando o seu telemóvel começa a tocar. Ele assusta-se ao ver um numero estrangeiro.

— Vá atende pode ser a tua namorada! - o tio dele insentivou-o.

O rapaz obedeceu. Nervoso ele foi atender.

— Kotaro? - o seu coração acelarou quando ouviu esta voz.

— Lili! Estás bem? - ele perguntou cauteloso fazendo o seu tio extranhar.

— Estou! Consegui fugir do Henri e um rapaz francês chamado Nathaniel me ajudou! - junto a Lili, Nath riu um pouco achava engraçado a maneira como ela dizia o seu nome em sotaque  Japonês "Nathanieru".

Kotaro pelo contrário não gostou de saber que ela estava com um rapaz. Mas não podia dar a entender que se incomodava.

— Estás com o teu primo? - Kotaro cerrou o punho.

— Não... - ele falou friamente - Porque estaria com ele?

Lili estranhou o comportamento dele.

— Ehm... o nosso plano... - ela falou algo nervosa.

— Lili... Eu preciso de ir ok? Depois falamos... - os olhos dele encheram-se de lagrimas e com dificuldade desligou o telemóvel. Cheio de raiva atirou o telemóvel ao chão.

— Mas que raios... - o tio dele falou confundido.

Kotaro olhou para ele cheio de raiva de seguida suspirou e apanhou o telemóvel. Olhou para ele por uns instantes.

— Manda os teus homens atrás dela! - ele falou com uma voz seria.

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Enquanto isso Lili olhava o telemóvel sem reação. Kotaro nunca se havia comportado assim.

— Que foi? - Nath colocou a mão no ombro dela.

— Ele... Ele... Desligou-me na cara... A única pessoa que tinha deixou-me... - Nathaniel olhou-a com pena e por momentos imaginou-se quando Marta o havia deixado.

— De certeza que ele estava ocupado com algo e liga-te mais tarde... - Lili olhou-o, mas ele desviou o olhar. Claro que ele não acreditava nisso - Mudando de assunto... Tu estudas?

— Sim... Estudo literatura estou no ultimo ano... Mas reprovei de certeza... - ela baixou a cabeça - Faltei aos últimos exames ... Aliás o primeiro era hoje...

— Parece que vamos ser colegas daqui a alguns meses! - ele piscou-lhe o olho fazendo-a corar um pouco - Eu faltei muito... Demasiadas festas...  Bom não importa os motivos!

— Como queres que pague os meus estudos? Os meus pais nunca me vão ajudar...

— Vais trabalhar! - Lili olhou-o algo surpresa - Que foi? Eu sou bom... Em todos os sentidos, (7u7) mas nem tanto assim! Vais trabalhar para ganhar o teu dinheiro.

— E onde queres que trabalhe? Não posso utilizar o meu nome espertinho!

Nathaniel abraçou-a por os ombros aproximando-a a ele. Lili corou mais ainda enquanto olhava o loiro.

— Não te preocupes! O Nath aqui vai te ajudar! Vamos tratar já disso Lilian!

— Chamo-me Lili não Lilian...

— Eu sei disso... Lilian será o teu futuro nome! - ele lhe respondeu enquanto começava a caminhar.

— É um nome demasiado obvio! - ela aproximou-se dele algo aborrecida.

— Pfff eu sei disso! Sabes que às vezes o obvio despista mais... - respondeu...

Lili olhou-o por momentos a afastar-se, mas logo o seguiu a correr ao ver que ele estava longe. Não demoraram muito em chegar ao destino de Nathaniel, um cableireiro.

Ele pegou na mão dela e entraram no cableireiro. Ao ver Nath algumas pessoas o olharam com receio e algo surpresas.

— B...Bem vindos... - uma mulher de idade os foi receber - Q...Que desejam?

— Queremos ver um filme? - Lili olhava-o envergonhada - O que acha que viemos aqui fazer? Claro que foi para a minha namorada cortar o cabelo!

Lili olhou-o surpresa. Cortar o cabelo? Nem sequer lhe tinha perguntado nada.

— Ela não entende a nossa lingua por isso não lhe falem nada...

— Co...Com certeza... Let go... - a mulher fez gestos para Lili a seguir, ela sem muitas escolhas seguiu a senhora.

—____

— Eu não queria cortar o cabelo! - Lili falou enraivecida para Nathaniel enquanto caminhavam pelas ruas da cidade.

Nathaniel continuava a caminhar sem dar muita importancia.

— Estás me a ouvir?

Ele parou de caminhar e aproximou o rosto dele ao dela. Mais uma vez Lili corou enquanto olhava os olhos dele.

— Aonde está a menina tímida de ontem? - Lili baixou o olhar tímida, mas não te preocupes... Estás linda...

— Ehm... N...não penses que sou como todas as outras...- ela olhou para baixo vermelha como um tomate. Q...Que fazemos agora?

— Comprar-te umas lentes de contacto! Depois procura-te um emprego.

Lili olhou-o fixamente. Porque ele a ajudava? Eles nem direito se conheciam.

— Porque me ajudas? - Nath olhou-a surpreso por essa pergunta. Nem ele sabia a resposta.

— ... Se queres que te diga... Nem eu sei bem... - ele continuou a caminhar. Lili caminhou ao lado dele enquanto o olhava para o rosto dele que estava coberto com a franja dele.

— Obrigada... - ele levantou a cabeça e olhou-a. Ela estava sorrindo. - És o meu anjo da guarda...

Ele corou com esse comentário. Envergonhado coçou a cabeça.

— Deixa-te de agradecimentos e vamos que o dia é longo... - Lili sorriu-lhe e ambos caminharam sem dizer mais nada.

—_____

Enquanto isso Henri falava com os seus homens enraivecido.

— Onde está ela?!!! Ela não pode ter desaparecido assim!!! - gritou.

— Chefe... Algumas pessoas encontraram-na com um rapaz loiro num café. - um dos homens falou.

— Que café? - Henri agarrou-o por a camisola - Que café?!

— N...Não sei o nome quem me dice foi um bêbado que andava por aí... - o homem respondeu desesperado.

Henri deixou-o ainda mais enervado. Cheio de raiva deu um murro numa parede. Olhou para o céu cheio de raiva.

— Lili...Lili... Eu vou encontrar-te... Nem que seja a ultima coisa que faça!

Fim do capitulo