Liga da Justiça: Come Together escrita por Dhampir


Capítulo 3
This Is War




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Nós morremos todos os dias. Mil vezes por hora. Qualquer um que faz este trabalho vê isso. Morte. Os seus próprios… os do seu parceiro… os seus entes queridos. Nós vamos trabalhar de qualquer maneira. A morte é impotente contra você se você deixar um legado de boa qualidade. A morte é impotente contra você se você fizer o seu trabalho. Meu pai salvou a vida de mais de quatro mil pessoas, uma de cada vez… com suas próprias mãos e sua mente. A morte estava com ele o tempo todo.”

Batman

Torre da Justiça

Giovanni não fazia ideia de quantas vezes tinha assistido aquela gravação, apenas repassava procurando alguma detalhe que pudesse revelar a identidade do assassino ou que de alguma forma não fosse J’onn, era apenas uma grande enganação.

— Vamos, só um, pequeno, detalhe. Por favor, J’onn.

Sua mão procurou automaticamente sua lata de energético, estava disposto a assistir quantas vezes necessário, mas por alguns centímetros sua mão apenas acertou a lata azul e a derrubando no chão.

O líquido amarelo espalhou pelo chão.

Apenas fechou o olho imaginando J’onn olhando para aquela bagunça com um sorriso, como se tivesse pego uma criança fazendo arte, e com tranquilidade diria: “Seu pai tem problemas com cigarros e você com energéticos.”

Mas ele sabia que não escutaria J’onn, e seria uma questão de tempo até que esquecesse como era sua voz, risada. Era isso que Giovanni tinha escutado a maioria das pessoas falarem e passou acreditar.

Lágrimas já preenchiam seu rosto, ele ainda não tinha chorado. Sua mente se encontrava vazia de pensamento, mas agora ele apenas chorava.

Parecia a única coisa que ele poderia fazer naquele momento.

— John? — A voz de sua mãe era clara, mas parecia tão distante para ele.

Zatanna olhou para a tela com a imagem do J’onn, não precisava de nenhuma pista para saber o que ele fazia naquele momento.

Apenas fez a única coisa que uma mãe podia fazer naquele momento, abraçar seu filho e dizer que tudo ficaria bem.

Ela sentia a morte de J’onn, haviam participado de várias missões juntos, mas ela estava tempo suficiente naquela vida de vigilante para assistir seus amigos morrerem usando uma máscara. O tempo para o luto não existia mais para eles, apenas erguiam a cabeça e tentavam honrar a memória daquele que tinha partido.

Mas a nova geração? Eles ainda estavam aprendendo a lidar com as perdas dos próximos. Queriam respostas rápido demais e não sabiam assimilar

— É melhor irmos para casa.

— Eu preciso…

— Não, Giovanni, você precisa descansar. — Ela conseguia enxergar a dor em seu filho. — Já estive nessa mesma situação. Você tem que sentir essa dor para continuar adiante, para encontrar o assassino.

Ele apenas assentiu, levantou da cadeira e soltou um suspiro. No final não tinha o que ele fazer, um filho deveria obedecer sua mãe e não seria naquele momento que começaria a virar o garoto problemático. Ele nunca quis ser aquele tipo de garoto.

Mas em cada passo ele se lembrava de algum detalhe compartilhado com J’onn, conselhos que ele não permitira se perder no tempo, levaria com ele para sempre.

O silêncio na Torre era notável, a maioria dos heróis procuravam respostas, indo encontrar antigos inimigos do Caçador de Marte ou pessoas que ele conseguiu prender como John Jones, apenas queriam qualquer coisa que levasse para algum lugar.

Mas ele viu Cynthia Reynolds, Gypsy, seu olho vermelho entregava que tinha chorado um tempo atrás, embora tentasse esconder.

— Zatanna e pequeno John. — Continuou séria, aquele era o dia que heróis não sorriam.

— É o livro? — Zatanna perguntou, seu olho caía sobre a capa marrom.

— Sim. Tenho que entregar para os outros depois. Esse vai ficar com J’onn.

— Livro? — Giovanni não escondia a confusão.

Cynthia entregou o livro para ele e na capa ele era capa de ler “MARTE: A História de J’onn J’onzz”. Por instinto ele abriu e lendo os últimos pensamentos de seu velho amigo.

“[…] Seguida pelo tempo da crise, quando alguns dos nossos maiores heróis desapareceram, e tudo o que me restou a fazer no seu final foi ter a certeza que aqueles que caíram, seriam lembrados no futuro, lado a lado com todos os outros que se sacrificaram suas vidas através dos anos. Não importa as dificuldades que nós podemos nos deparar, há uma coisa que nós sabemos com certeza. Que há sempre o começo. E há sempre o final.

— Bruce quer que cada membro da Liga tenha uma cópia. — Cynthia comentou. Ela parecia mais distante, todos sabiam que era próxima de J’onn. As eternas partidas de xadrez que fazia com J’onn, ela sentiria falta daquelas partidas.

Giovanni entregou o livro novamente para a mulher.

— Antes que eu me esqueça. O enterro será amanhã apenas para heróis, Bruce deve mandar a localização depois.

— Ele não terá um memorial? — Giovanni perguntou, já começava a se recuperar.

— Ele vai ter, mas por segurança vai demorar um pouco. — Cynthia olhou para Zatanna. — Vamos precisar de todos.

Zatanna sabia o que aquilo significava, seria o reencontro da família, a volta de John Constantine.

— Obrigada, Cynthia, pelo aviso.

O garoto apenas esperou ficar um pouco mais longe de Cynthia para questionar sua mãe.

— Meu pai?

— Sim, não podemos eliminar nenhuma ajuda.

— Você está legal com isso?

— Isso não é por mim, Giovanni, é por J’onn. O que aconteceu entre mim e seu pai fica no passado. — Olhou rapidamente para Giovanni, tentava decifrar seu rosto. — Pode ficar feliz por ele voltar, não vou ficar brava.

Ele negou com a cabeça, era mais que isso. Mesmo que os antigos membros da Liga não tivessem apertado o botão de alerta, Giovanni sentia que existia uma preocupação silenciosa.

— Vocês estão com medo?

Zatanna parou e olhou para o filho, seu olho cinza tentava passar tranquilidade, algo que ela não sentia naquele momento.

— Medo? Não. Cautelosos? Muito. — Ela tocou o rosto de Giovanni fazendo uma pequena carícia. — Vocês são novos, cheios de energia, como eu e os outros fomos um dia. Hoje mudamos, assumimos uma postura diferente. Ficamos cautelosos e parece que estamos em uma corrida contra o tempo.

— Estamos em uma corrida contra o tempo?

— Não sei, Giovanni. Quando algo assim acontece… nunca sabemos o nível de perigo do nosso adversário.

Beijou o rosto de Giovanni, não queria preocupá-lo. Mas em seu coração sentia que estavam indo para uma guerra em que seus inimigos ainda não tinham se revelado.

Eles só tinham que estar prontos para ela.

Cena do Crime

Um hotel de classe alta, o que significava que tinha abafador de som, ninguém poderia ter escutado a briga que tinha acontecido ali.

— Como ele atraiu J’onn até aqui? — Connor perguntou, queria encaixar todas as peças. Tomava cuidado para não destruir as evidências.

— Talvez alguma falsa pista. Ele estava procurando Michael Miller. — Helena respondeu. — Ou talvez Libra.

Connor assentiu lentamente, olhou para a bagunça da sala e algumas coisas queimadas, sabia que J’onn tinha lutado, mas não havia sido ali que tudo tinha terminado para ele.

— Devemos procurar o informante de J’onn. Assim saberemos exatamente o que estava procurando aqui.

— Ele entrou aqui sem bater à porta. — Helena começou a imagina o cenário. — Encontrou a sala vazia. Deve ter mexido em algumas coisas, procurado evidências que alguém esteve aqui.

Caminhou até uma faça vazia, poderia ter algum DNA.

Olhou para a porta que dava diretamente para o quarto.

— Então eu saio do quarto antes que você chegue até lá. Antes que faça qualquer coisa uso meu lança-chamas em você. — Connor continuou, caminhou até a porta e tendo uma visão maior da sala. — Eu sei de sua fraqueza, essa é minha carta na mangá contra você. Você não sabe que eu sei.

— Tento me afastar, preciso evitar que você descubra minha fraqueza. Teria atravessado o chão e tentando fazer um ataque surpresa. Porque eu acredito que você é o Human Flame.

Helena passou por Connor e entrando no quarto, era ali que tudo ficava pior. Não parecia a cena de um crime, tudo estava perfeitamente arrumado. Mas naquele chão foi onde J’onn tinha passado os últimos minutos de sua vida.

— Eu tento um ataque pelas suas costas. — Voltou para a encenação. Não podia permitir momentos para fraqueza.

— Então alguém no quarto atira em você, os dados têm alguma substância que te queima.

— Sinto minha pele queimar, fica difícil de assimilar tudo. Preciso ganhar tempo, então tento controlar a mente deles, mas depois eu o resto da minha energia para compartilhar minha história com os membros da Liga.

Connor parou por um instante, como tentasse compreender algumas coisas, a história tinha buracos e ele sabia que Helena também percebia isso.

— Era mais de um. Alguém escondido no quarto. — Caçadora respirou pesadamente. — Algo não se encaixa aqui. J’onn deve ter feito uma varredura antes, ele não cometeria um erro bobo.

— Agora a pergunta é: Como eu coloco mais de uma pessoa nesse lugar sem J’onn saber?

Caçadora apenas se moveu pelo quarto, intocável, o modo detetive de sua máscara não acha vestígio de nenhuma digital.

Connor começava a querer preencher outras lacunas.

— Mas eu preciso livrar do corpo. J’onn está em sua forma marciana, não posso correr o risco de alguém me veja carregando um corpo. — Arqueiro a trouxe para a realidade novamente. — O quarto está reservado no nome Ted Star… mas ele nunca fez o checkout. Nenhuma câmera foi hackeada. Eles saíram daqui sem sair desse quarto.

— Da mesma forma que devem ter chegado nesse quarto sem J’onn saber. Teletransporte…

— Assim chegaram a Blüdhaven sem problemas. — Arqueiro concordou. — Então eles devem ter algum tipo de comunicador, ou câmera para saber o exato momento que ele chegou aqui e fazer o ataque surpresa.

Helena passou novamente por Connor e voltando para a sala, olhando melhor para todo o cenário. Em algum momento eles deviam ter cometido um erro.

— Onde você colocaria a câmera? — Perguntou olhando para a Connor.

Ele caminhou até o lado de Caçadora,

— Preciso ter uma visão completa da sala, só que você não pode saber. Nada na parede, ele perceberia. — Olhou para a estante com objetos. — Tem que ser algo que você vai ignorar, não se importar.

— A televisão. — Caçadora caminhou até, não tinha nenhuma digital na frente, mas era a traseira que importava. — Eu procuraria outra coisa, e considerando o tempo que tudo aconteceu, J’onn não teria perdido tempo observando uma televisão.

Apenas um pedaço de digital, não era possível identificar o suspeito naquele momento, mas para Helena era um começo.

Um beco, era aquilo que parecia para Caçadora e Arqueiro Vermelho, nenhuma evidência tinha sido deixada para trás.

— Isso é algo. Mas que tenham mais sorte em Blüdhaven. — Helena comentou. — Ainda tenho que me arrumar para ir ao tribunal.

Falou enquanto enviava os dados da digital para Oráculo e Cyborg, sabia que eles conseguiriam um nome.

Ela podia ter pedido um adiamento do julgamento, sabia que defensoria e juiz não fariam grande caso, todos estava em luto pela perda de um herói. Mas não se tratava apenas do luto, ela tinha o dever de tirar um homem inocente da cadeia, e poderia demorar meses para o caso ter uma nova data.

— Então acho que te vejo novamente de noite. — Connor aproximou da garota. — Sei que vai vencer.

— Pelo menos uma vitória no dia. — Um beijo rápido que iniciou um longo abraço. — Só se cuida, Arqueiro, por favor.

— Você também, Caçadora.

Blüdhaven

Nightwing apenas respirou pesadamente, ele havia sido responsável por encontrar o corpo de J’onn, antes ele não teve a oportunidade de procurar evidências no local, suas prioridades tinham se tornado outras.

Mas agora essa tinha se tornado sua prioridade. A polícia tinha tomado cuidado para ninguém chegar perto do local e contaminar as evidências.

Hyperman, Jonathan Kent, se fazia presente na cena, queria ajudar e Nightwing tinha aceitado. Um dia ele tinha sido como Jonathan, querendo trazer justiça para um mundo injusto.

O sangue ainda estava no muro, sabia que tinha uma equipe pronta para limpar quando eles terminassem.

— Acha que eles deixaram alguma digital? — Hyperman perguntou, olhou para toda cena ao redor.

— Dificilmente, mas tenho que procurar. — Nightwing comentou aproximando da parede. — Pode usar sua visão de raio-X e tentar alguma coisa suspeita? Vou tentar mandar as digitais para Babs analisar.

— Okay.

Um trabalho lento e cuidadoso, era mais rápido que a polícia, mas ainda se tornava cansativo. Digitais que se misturavam, Dick não era capaz de eliminar ninguém, por isso deixava o trabalho para Barbara, ela tinha acesso ao banco de dados de criminosos e era o suficiente para ter um número baixo de suspeitos.

Consegui alguns nomes para interrogar, Dick, mas não seria surpresa se não levar para lugar nenhum. — Ouviu a voz de Babs do outro lado. — São traficantes, capangas e viciados. É um tiro no escuro.

— É… estou consciente disso. — Seu comentário soou distante. — Se puder repassar os nomes para alguns heróis, pode facilitar nosso trabalho.

Vou enviar. Dick, outra coisa, Martin Waller quer unir forças para encontrar o assassino.

— Batman se posicionou sobre isso?

Uma reunião com todos heróis deve acontecer para uma votação.

Jon tomava cuidado para não prestar atenção na conversa entre Dick e Barbara, queria respeitar a privacidade de ambos.

As latas de lixos não tinham nada que parecesse uma pista, Jon não estava surpreso com isso.

— Por que acham que escolheram deixar o corpo aqui? — Jon perguntou enquanto analisava outros lugares.

Dick olhou por cima do ombro, respirou o ar quente daquele dia, seria uma noite quente em Blüdhaven.

— Uma mensagem. Ameaça. A questão é para quem? Posso pensar que é para mim ou tudo isso é um grande teatro, eles apenas querem tirar o verdadeiro foco das coisas.

Jonathan voltou a procurar alguma coisa, e o pequeno cartão perto chamou sua atenção, era de um clube que ficava em Central City, lembrava de Don comentando sobre o lugar certa vez.

Podia ser nada, mas achava estranho o cartão de um Clube de Central City jogado no beco onde J’onn foi encontrado

— Algo? — Nightwing questionou.

— Só o cartão de um clube de Central City.

— Qual?

— Clube Dark Side. — Jon olhou no verso do cartão, tinha o nome de alguém anotado. — Parece que é para um Michael… O nome do Human Flame não é Michael?

Nightwing aproximou de Hyperman e pegou o cartão analisando, não tinha nenhuma digital o que fazia algo dentro dele ficar em alerta.

— Vou passar isso para a Liga. — Dick olhou para o sol que começar a sumir. — Acho melhor você ir, não quero que se atrase para o tributo ao J’onn.

— Você quer ir?

Dick abriu um sorriso, sabia que Jon só estava sendo legal. Cada grupo de heróis tinham preparado uma forma diferente de homenagear J’onn, cada um com uma história para compartilhar.

— Nah, mas obrigado, Hyperman, pela ajuda.

— Obrigado por me deixar ajudar.

Hall da Justiça

Luke Fox era o mais velho ali, tinha se tornado Batwing contra vontade de Bruce e Tiffany, mas os dois não foram capazes de impedir Luke de honrar seu pai.

Uma cerveja em sua mão parecia tudo que precisava. Não tinha nenhum visitante no Hall da Justiça, estava fechado, apenas heróis estavam ali.

Heróis em luto.

Sentou-se no sofá ao lado de Mareena, a observou por um tempo. A garota que sempre estava disposta a conversar com outros apenas estava perdida em pensamentos, silenciosa demais.

— Você já tem idade para beber, certo? — Luke perguntou. Ofereceu sua garrafa para a garota.

— Obrigada. — Ela pegou, não tentou sorrir. — Tenho, aqui e lá embaixo.

— Bom. — Luke apoiou seu corpo melhor no sofá branco. — Lembro da primeira vez que Bruce me levou para a Torre, estava tão nervoso de conhecer os outros membros. Então lá estava o Caçador de Marte vindo na minha direção e me dando as boas-vindas. Você tem esses outros caras que te recebem bem, mas J’onn J’onzz fazia a sente sentir que merece estar aqui. Você não era um estranho.

Mareena tomou um longo gole da cerveja, conhecia J’onn desde pequena. Lembrava das vezes que seu pai a levava para a Torre da Justiça e J’onn dividia um pacote de bolacha com ela. Ela se lembrava de como ele arrumava a mesa de xadrez e a ensinava a jogar.

— Se precisar de alguém para conversar, Mareena…

Um ombro amigo, era disso que algumas pessoas precisavam. Um dia ele teve Bruce e Selina oferecendo consolo quando seu pai morreu.

— Quando eu fiz minha transição dos Titãs para a Liga da Justiça estava nervosa. Eu conhecia a maioria dos membros, mas tinha medo que não estivesse pronta, sabe? J’onn me chamou e ele tinha um pacote de bolacha e mandou eu ajudá-lo na monitoração dos membros da Liga. Ficamos conversando, aquele foi um dia calmo. Meu primeiro dia como um membro oficial da Liga da Justiça foi completamente diferente do que esperava. — Olhou para os heróis, sem nenhuma máscara e sabia que a maioria tinha uma história sobre J’onn. — Ele foi importante para essa geração. Ele sabia como era se sentir o diferente e fazia questão que ninguém se sentisse desse jeito perto dele.

Luke soltou uma risada, um alien era mais humano que muitas pessoas, ele via ironia naquilo

— Ele amava aquele biscoito. Qual era o nome? — Ele perguntou.

— Choco. — Mareena abriu um sorriso. — Deve ter um armário da Liga cheio. Ele sempre tinha um pacote quando fazia a monitoração ou ia jogar xadrez.

Mais um gole da cerveja e ela colocou a garrafa de lado.

— A gente nunca conversou assim? — Mareena perguntou. Luke sempre estava em missões com outros membros da Liga, mas ela não se lembrava de missão dos dois juntos.

— Não. Deve ser por eu ficar a maior do meu tempo inventando meus brinquedinhos. Se precisar de um upgrade em seu uniforme é só me procurar.

— Espera, essa opção não é exclusivo para a Bat-família? — Ele negou com a cabeça. — Quem sabe, Fox, acho que seria interessante eu evoluir. Estava conversando com J’onn sobre mudar meu codinome.

— Aquawoman?

— Yeah, seguir o legado da minha mãe. E deixar esse nome dos Titãs para trás.

— Um recomeço para Mareena Curry, então?

— Um recomeço. Mas agora não. Eu acho que tenho que pegar o assassino de J’onn como Aquagirl, depois me transformar em Aquawoman.

Luke avaliou aquilo por um tempo, parecia como uma promessa.

— Bem, espero que Aquawoman surja rapidamente. E ele ficaria orgulhoso de você, Mareena, de todos vocês.

Apokolips

A máscara roxa que cobria o rosto de Libra estava colocada ao seu lado no chão, estava de joelhos como uma forma de respeitar o homem na sua frente. Os fios loiros de cabelo cobriam seu rosto.

— Como prometido, o marciano está morto e logo teremos uma equipe para seguir suas futuras ordens.

— Bom! Agora preciso que mate alguém para mim.

Sua voz causava um arrepio na nuca de Libra, sentia que Darkseid podia olhar sua alma, podia devorar sua alma.

— Quem?

— Myrina Black. Ela vive entre os humanos e tem algo que me pertence.

Libra ergueu sua cabeça.

— A considere morta. — Sussurrou. — Algo mais, meu Rei?

Darkseid apenas fez um movimento brusco com a mão ordenando que Libra se retirasse da sala.

Libra andou de costas, tinha medo que desse as costas para Darkseid fosse considerado um sinal de desrespeito e não queria encarar a fúria daquele homem. Colocou sua máscara quando saiu da sala.

— Kanto! — O assassino deu um passo para frente, olhou para Darkseid — Fique de olho em Libra, garanta que ele não me traía. E se acreditar por um momento que ele vá me trair, mate-o. Se ele me trair… traga-o para mim, farei se arrepender pelo resto de sua vida miserável.

Um sorriso nasceu no rosto de Kanto, abaixou sua cabeça em sinal de respeito.

— Farei com prazer, mestre. — Levantou novamente a cabeça e esperou o sinal de Darkseid para poder voltar a sua posição.

Kanto fez uma vênia antes de voltar dar um passo para trás.

Darkseid não precisou chamar Desaad, o conselheiro deu um passo para frente.

— Se me permitir compartilhar uma opinião, mestre. — Darkseid apenas ficou parado, era sua permissão. — Não se esqueça da profecia, precisava eliminá-lo antes de conquistar a terra.

— Eu não esqueci. Seu sangue estará derramado no chão antes da invasão. Ele será minha última morte antes da Terra se tornar apenas uma.

Desaad sorriu.

— É bom saber, mestre, não podemos cometer erros com seu filho.

Darkseid olhou para seus assassinos, sabiam que eles estavam prontos para o início da batalha.

 

Um aviso ao profeta

Para o mentiroso, para o honesto

Isso é guerra

Para o líder, a pária, a vítima, o Messias

Isso é Guerra


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