A Bela Fera escrita por HeyIvye


Capítulo 3
Who Are You?


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ;)



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Jungwoo voltou a si com uma dor latejante em sua cabeça e ombro. Não se lembrava do que acontecera direito e definitivamente estava ferido. Ainda cauteloso em abrir os olhos ou se mexer e denunciar que estava acordado caso esteja sendo vigiado, ficou estático alguns segundo, ouvindo o que poderia estar acontecendo ao seu entorno. Depois de um tempo de absoluto silêncio sentiu que era seguro abrir os olhos.

Gemendo baixo e esfregando seus olhos, tentou se acostumar a claridade que invadia o cômodo através da grande janela. Assim que conseguiu, sua mente constatou primeiramente a grande cama em que estava deitado. Os postes acortinados ao redor da cama, e os confortáveis travesseiros. Em seguida, com uma breve investigação visual, reparou que estava em um muito grande quarto com móveis que com certeza já haviam visto dias melhores. Um grande guarda roupas de mogno, um sofá, duas escrivaninhas e um abajour. Havia alguns baús no canto a sua frente e quadro enorme de uma família postado acima de uma velha penteadeira.

Se levantando com cuidado, Jungwoo percebeu que sua mão, cortada pelo espinho, assim como o ombro estavam enfaixados e bastante doloridos. Ele também percebeu com horror, que até sua roupa havia sido trocada. Estando agora com uma camisa branca de linho, calças pretas de seda e um confortável sapato estava no chão próximo a cama. Certamente era para si.

O que diabos aconteceu depois que fora posto ao chão pela besta fera lá fora? Alguém – o dono deste castelo- teria o salvado dela? Se sim, precisava conhecer o homem que salvou sua vida.

Decidido a encontrar o seu Salvador e explorar o lugar no processo, calçou as sandálias disponíveis e caminhou cuidadosamente a porta do quarto, que abriu com um alto rangido.

Ele congelou. Ainda não estava totalmente certo de que não haviam presenças hostis ali, e não queria denunciar logo de cara sua presença nos corredores. Após alguns minutos sem um sinal de que haviam escutado a porta, passou por ela rapidamente sem abrí-la mais um centímetro e saiu no corredor. Checou rapidamente as portas disponíveis ali porém estavam todas trancadas com exceção de uma, que também era um quarto semelhante ao que estava antes.

“Muitos quartos de hóspedes. Somente castelos de famílias renomadas se preocupam tanto com estadias adicionais em sua casa”

Desceu as escadas no fim do corredor e deu de cara com um salão imenso ao fim das escadas duplas. Deve ser o hall de entrada do castelo. Pensei. Aqui haviam estátuas semelhantes as que vi antes nos jardins. Fadas, duendes, sereias e outros seres mágicos eram retratados nas esculturas e nas pinturas que ornamentavam as paredes. Certamente um gosto especial para decoração. Haviam algumas portas que poderia explorar e certamente o faria se não ouvesse escutado barulhos de panela ao fim de um corredor bem abaixo das escadas. Empurrando a grande porta no fim do mesmo, agradecido que não rangeu como os ossos de uma velha senhora, viu que se tratava de uma cozinha tão grande quanto os cômodos de cima. As paredes brancas estavam em perfeito estado assim como as grandes panelas de bronze penduradas nelas. O barulho vinha de uma portinha nos fundos do cômodo, que poderia ser a dispensa da casa.

Respirou fundo para acalmar a ansiedade e finalmente disse: “Olá, quem está aí?”

Para sua agonia, o barulho cessou imediatamente e pensou se não havia cometido o erro da sua vida em denunciar sua presença ali. Cruzou os dedos nas suas costas enquanto barulhos de passos vieram de dentro em direção a saída. No momento que o dono dos passos atravessou a porta, Jungwoo prendeu sua respiração para não suspirar alto.

De pé ali, a sua frente estava o homem que Jungwoo admitiria que rivalizava com ele em questão de beleza. O homem de cabelo escuro e ele se encararam atônitos por alguns segundos antes que qualquer um fizesse algo para quebrar o gelo. E esse foi o tal homem quem fez. Inesperadamente sorrindo amistosamente, o homem falou com uma voz profunda.

— Olá, seja bem vindo ao Castelo de Alttermore.

Ainda muito surpreso para falar, Jungwoo apenas acenou com a cabeça enquanto após um momento, o homem continuou falando animadamente.

— Como está seu ombro? Espero que bem. Estava um pouco preocupado por que você dormiu por 22h seguidas mas vi que você continuava respirando então dei o tempo para o seu corpo se recuperar.

Enquanto falava, o homem fazia gestos nervosos com as mãos e Jungwoo se viu hipnotizado por elas. Em dado momento o homem parou de falar e o encarou como se esperasse algo dele. Balançando sua cabeça, Jungwoo constatou que havia sido questionado sobre algo e não havia prestado atenção em nada do que o homem havia dito.

— Me desculpe, você pode repetir o que disse?

A expressão preocupada que havia se instalado no rosto do outro se suavizou.

— Oh, me desculpe você! Obviamente deve estar confuso com tudo e estou aqui oenchendo de informações sem parar. Riu.

— Me chamo Kim Taeyong. Continuou ele.Sou o proprietário deste castelo.

O sorriso gentil nunca deixou seu rosto enquanto falou e me encontrei abaixando ainda mais minhas defesas a ele.

— Me chamo Jungwoo, sou o primeiro filho da sexta geração real do Condado de Takkeri, e o próximo da linhagem ao trono.

— Takkeri?O que príncipe herdeiro de Takkeri faz sozinho no meio da floresta de Hadachy? Por acaso não são famosas as lendas sobre o lugar nos muros do seu palácio? – Disse ele, parecendo atônito.

Levantei o queixo enquanto falava, de repente chateado que pense que não sou capaz de me virar sem meus criados.

— Eu sou considerado o maior guerreiro da província, por acaso você não ouviu as lendas sobre minha espada incansável? Sou perfeitamente capaz de estar aqui sem guardar costas Senhor.

Taeyong arregalou rapidamente os olhos e sorri satisfeito com sua reação.

— Não não, de maneira nenhuma pensei em colocar em cheque sua bravura Majestade, apenas preocupei-me que seria perigoso tal aventura. Como de fato foi, não é?

Cerrei os olhos no seu tom levemente irônico e lembrei que lhe devia um agradecimento.

—Hum, bom... Falando em perigos, queria agradecer a você pelo que fez por mim. Deduzo que se estou aqui vivo, foi por que me salvou da fera enorme lá fora. Sei reconhecer quando fazem coisas boas a mim.

Enquanto eu falava, Taeyong voltou a se movimentar pelo cômodo com os alimentícios suprimentos em mãos e o acompanhei em torno do balcão central para mantê-lo a minha vista. Percebi que quando mencionei o animal lá fora ele endureceu rapidamente e depois voltou a trabalhar nos alimentos.

— Ah sim, sobre isso acredito que deveria pedir desculpas a você por isso também. Eu.... Mantenho a fera para que eu possa manter o meu santuário seguro e livre de estranhos mal intencionados. Não era minha intenção que você fosse machucado daquela forma.

Mais uma vez meu queixo foi parar no chão ao ouvi-lo falar isso.

— Você? Você mantém aquela... Aquela... COISA no seu jardim de propósito? Você é maluco, como diabos ela não o ataca? Você precisa matá-la, ela oferece perigo aos seres humanos.

Taeyong endureceu novamente com minha palavras e começou a cortar os legumes com mais força.

— O que o faz pensar que... - Virou-se para mim para continuar –ela seja a real ameaça aqui?. Falou.

—Ela estava protegendo seu território, talvez deva começar a reconsiderar os culpados e ver quem realmente estava no lugar errado ali.

Engoli em seco. Ele estava certo. Mas eu não ía sair por baixo tão facilmente.

— Ok, eu estava no lugar errado, manas o que o faz pensar que ela não vá sair do seu controle?

Dessa vez, Taeyong realmente considerou o que eu havia dito, mas em seguida respondeu.

— Em anos a fera nunca perdeu o controle mesmo com invasores da propriedade. A razão pela qual você foi atacado de tão duro foi por ter tocado em algo proibido. Justamente a única coisa que a faz perder o controle.

Franzi a testa, confuso com o quê ele queria dizer quando minha mente clareou.

— A estufa? Falei baixinho.

Taeyong me encarou por alguns milésimos de segundo antes de retornar ao seu trabalho.  Após alguns segundo onde pensei que não obteria resposta, ele terminou de cortar tudo é acendeu o grande fogão a lenha e começou o preparo da comida.

— Sim, a estufa. Mais precisamente as rosas. Falou. Existe um motivo pelo qual eram as únicas flores trancadas a chave no jardim.Me olhou de forma astuta.– É porque não deveriam se mexidas e especialmente não arrancadas do chão.

— Sim. Eu ...hum, reconheço que mexi onde não deveria. Isso foi extremamente deselegante de minha parte. Mas não acho que medidas tão drásticas precisem ser tomadas por meras flores.

— Cabe a mim somente que decisões tomar dentro da minha propriedade para proteger o que me pertence. Disse ele com bom humor apesar das palavras duras.

— Além do mais, continuou, como você mesmo disse ela é só uma besta feroz. Controlada ou não, não espere racionalidade dela.

Comum sorriso de canto, ele colocou pratos e talheres nos meus braços.

— Me ajude a arrumar a mesa, a refeição já vai ser servida.


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Notas finais do capítulo

Beijinhos e até o próximo capítulo cristais.



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