Minecraft: História de Dois Mundos escrita por Luara Uzumaki


Capítulo 2
Capítulo 1: Mechas Azuis




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manhã de sexta-feira...

PÉ! PÉ! PÉ! PÉ! PÉ! PÉ!

?: DANIELLE, LEVANTA LOGO DESSA MERDA DESSA CAMA!

Eu: J... vou.. mã...e

Eu não queria levantar, então soltei o clássico só + 5 minutinhos. Mas não deu nem 10 segundos e já senti um chinelo na minha cara.

Mãe: Pra fica jogando a madrugada inteira vai feliz, AGORA LEVANTA!

Eu: Aff!

Levantei bem devagar e fiquei 30 segundos olhando pra parede antes de pensar em me trocar. De novo, ouço a voz da minha mãe de longe.

Mãe: E arruma esse quarto, que não sô tua empregada!

Eu: Mas por que eu tenho que arrumar o quarto sendo que vou desarrumar de novo?

Mãe: Por que você limpa o cu sendo que vai cagar de novo?

Essa é minha mãe!

Me troco e dou uma olhada no meu quarto. Não é muito grande, mas tem espaço suficiente. As paredes e a colcha são azuis. De um lado, a escrivaninha com meu PC e a "cadeira que gira", com umas prateleiras em cima. Do outro lado tem um armário pequeno de madeira e um espelho na parede do lado. Eu nunca fiz questão de ter espelho no quarto, a ideia foi do meu pai. Quando eu era criança, minha mãe começou a reclamar que eu ficava muito no banheiro, porque gostava de fazer caretas no espelho. Até que meu pai veio e disse: "Se esse é o problema, então bota um espelho no quarto da menina e pronto". O espelho continuou lá, mas agora também havia pôsteres nas paredes.

Dou uma olhada rápida no espelho pra ver se minha roupa não está suja, ou seria mais uma coisa pra mãe me cobrar. Aparentemente tudo em ordem. Usava a mesma calça jeans de sempre, a mesma camiseta azul por cima da blusa branca. Usava tênis preto (por sinal o único que eu tinha). Também tinha um boné vermelho do Pokémon (amo pokémon ). Coloquei o boné por cima do cabelo. Tinha cabelo preto, mas tinha feito mechas azuis nele. Praticamente tudo que eu tinha era azul, exceto os olhos, que eram verdes. Normalmente isso me diferenciava do resto da família, eles todos tinham cabelo e olhos castanhos claros (isso era um saco, porque sempre que alguém me via com eles, me perguntavam: "Ah, você é adotada?". EU JÁ FALEI VÁRIAS VEZES QUE SIM PORRA!)

De qualquer forma, partiu café da manhã!

No caminho até a cozinha, passei pela sala. Pra variar, meu pai tava assistindo o "Bom Dia Cidade", o noticiário matinal. Nem parei pra assistir, certeza que seria outra reportagem sobre o ataque que tinha acontecido na Zona Leste da cidade. Só dei um "oi pai" e fui comer.

Na cozinha, minha mãe resmungava algo sobre "crianças incompetentes" enquanto pegava duas torradas. Francisco e Mariana já estavam espalhando manteiga por todo lugar menos no pão. Eles eram gêmeos, de 7 anos, e minha mãe escolheu os nomes deles, porque não aceita essa moda de "Enzo e Valentina". Sentei no meu lugar de sempre, peguei um pouco de pão, geleia e suco. Minha mãe logo grita:

Mãe: ANTÔNIO, VEM COMÊ HOMEM! NÃO SABE FAZÊ NADA ALÉM DE FICA O DIA TODO NESSE SOFÁ?

Pai: Já vai mulher, parece até que vai tira o pai da forca!

Mãe: VEM LOGO OU EU QUEBRO ESSA TV!!!

Ela não estava mentindo, e todos sabíamos disso. Por isso meu pai logo aparece na cozinha.

Mãe: E vocês dois parem com essa bagunça! Mas será possível?

Pai: Calma Vitória. Eles só estão brincando - os dois deram sorrisinhos mais falsos que nota de 3 reais - e você minha filha, não vai dizer nada?

Eu: Oi? Desculpe, me distraí - estava pensando no sonho que tive. E essa deveria ser a hora em que eu digo que tive alguma revelação importante ou algo assim, mas eu só tinha sonhado com um caminhão gigante de Nutella. Que bela heroína eu sou hein!

Mariana: Ela tava pensando na namorada dela!

Eu: Cala a boca sua pirralha do caralho!

Francisco: Ué, mas é verdade! Ontem quando você tava trabalhando, aquela sua "amiga" ruiva apareceu perguntando de você. Queriam combinar o seu próximo encontro?

Eu: Fecha essa matraca ou sua cara é que vai ter um encontro com a minha mão!

Mãe: Quietos, os três! Ou vão ter uma consulta com o psicólogo! (também conhecido como chinelo)!

Diante dessa ameaça, todo mundo fica quieto. Terminei de tomar café, saí da mesa, pus o prato na pia, voltei pro quarto e peguei minha mochila, que tinha estampa de bolo (sou muito gulosa).

Como de costume peguei o elevador do prédio (morávamos no 3° andar). Passei pela recepção e peguei minha bicicleta, que sempre ficava na frente do prédio (advinha a cor da bike). Isadora e Rafael já estavam me esperando. Os dois irmãos eram ruivos, de olhos acinzentados.

Isadora: Fala Dani! Tá com cara de cansada, ando fazendo hora extra de novo?

Eu: Eu precisava de uma grana extra pra comprar mais Nutella, ok?

Isadora: Um dia eu ainda descubro a fórmula da Nutella infinita. Você vai ver! Vai se chamar fórmula Stone-Dani. Em homenagem a maior viciada em Nutella já vista em todos os mundos.

Eu: Você sabe que tá falando igual ao professor Dito né?

Isadora: Tem aula com ele hoje ué! Por que não?

Rafael estava quieto, algo normal dele, normalmente bem tímido. Mas era impressão minha, ou ele estava UM POUCO mais quieto que o normal? Acabei decidindo não perguntar.

Na quadra seguinte, Júlia tinha acabado de pegar sua bicicleta colorida e veio na nossa direção.

Júlia: Oi gente! Desculpa a demora, é que eu fui dormir mais tarde hoje. Viram o ataque que teve na Zona Leste?

Isadora: TODO MUNDO viu! O jornal não fala de outra coisa! Acho que esse ataque merece entrar pra lista de poucas coisas que superaram a Lava-jato no jornal!

Eu: Mas vendo pelo outro lado da coisa... obviamente saíram zilhões de memes disso na internet! Claro, não sairia se aqui não fosse o Brasil ! COMO EU AMO ESSE PAÍS!!!

Todo mundo riu, até o Rafa! Pois fato é: O Brasil é o país da zoeira.

Quando chegamos na casa do Pro, continuamos no mesmo assunto. O Pro tinha que ser ele, e não poderia ser ele sem ser exibido.

Pro: Tô dizendo, esses guardas de fronteira são uns incompetentes! Precisam urgentemente de recrutas melhores! Se contratassem o papai aqui, nenhum zumbi ia chegar a mais de dez metros da cidade. Essa polícia faz tudo errado! Pode ter certeza que os vigias estavam dormindo! Eles sempre botam os novatos nesse posto! Juram que não deram atacados, deviam saber que mobs podem ignorar a luz se há humanos por perto!

Isadora: Ah claro, como se VOCÊ entendesse tudo da polícia! Você nunca entrou num quartel general Pro.

Pro: Eu sei, mas um dia esse lindo cara com quem vocês vão de bicicleta pra escola vai ser o melhor soldado de quem já se ouviu falar!

Eu: E tu acha que tá aonde, num anime? Não basta ser bom, tem que ser o melhor dos mundos!

O Pro reclamou, se exibiu, disse que nós não sabíamos apreciar o seu incrível potencial e por último disse que o vô dele foi um grande militar na Segunda Guerra Mundial.

Isadora: Nossa Pro, seu avô lutou mesmo na guerra? Por que nunca nos disse?

Eu: Espera, acho que lembro dele mencionar isso uma vez.

Júlia: Ou duas...

Isadora: Ou a vida inteira...

Pro: Tá, tá, que seja. Poderiam fazer o favor de não serem tão estraga prazeres?

Ficamos conversando sobre coisas aleatórias por mais uns 15 minutos, até chegarmos na escola às 7:25, ou seja, 5 minutos antes da 1° aula começar. Deixamos as bicicletas no mini estacionamento e fomos até o laboratório de química (ôh matéria desgraçadq ein!). Tivemos que tentar responder um quiz individual sobre a tabela periódica. Como era de se esperar, Isa conseguiu nota máxima, seguida por Rafa. Química era uma das únicas matérias em que ele era superado, e sempre pela irmã.

O resto do horário era:

 

8:15 - Português

 

9:00 - Português

 

9:45 - Recreio

 

10:15 - História

 

11:00 - História

 

11:45 - Matemática

 

12:30 - Fim da aula

Tivemos que passar por duas loooooongas aulas de gramática, até que finalmente chegou o recreio. Fomos na mesa que mais gostavámos, já que ela ficava afastada das outras, o que significa menos barulho. O lanche que tínhamos normalmente era sanduíche, maçã, cereal, iogurte, etc. Nós tínhamos o costume de trocar comida. É duro ser pobre!

Isadora: Ju, me dá uma bolacha? Que eu te dou uma colher de iogurte.

Júlia: Claro! Pega aqui!

?: Vocês tem comida para trazer pra escola? Nossa, eu não sabia!

Tava demorando...

Eu: Oi pra você também Mirella.

Mirella: Oi pra você também - a simpatia na voz dela era tão falso quanto o aplique rosa no cabelo - eu e minhas amigas estávamos passando por aqui e decidimos dar uma volta no zoológico. Aqui, garotas, é possível avistar os leões.

Ela apontou pro cabelo vermelho vibrante de Isadora e Rafael, o que fez as amigas dela, Carol e Eliana, darem mais risadinhas falsas. Isa fechou a cara, indignada, e Rafa ficou olhando o chão, cabisbaixo.

Eu: É mesmo? Porque eu acabo de avistar a galinha, a piranha e a vaca!

Mirella: Nossa, não sabia que permitiam boca de esgoto nessa escola.

Eu: Permite até vaca, então cuidado!

Mirella: Bem garotas, acho melhor sairmos. Está na hora de retocar minha maquiagem. Além do mais, não quero pegar vermes de esgoto.

Eu: Que bom, porque eu não quero pegar vírus de frescurite.

Elas saíram andando em rebolado de modelo e nariz pra cima. Mirella, Carol e Eliana tinham sido transferidas de um colégio caro na Zona Central, e gostavam de deixar isso bem claro para todos. Acho que os pais delas eram empresários importantes, que foram transferidos pela empresa para a unidade na Zona Sudoeste, onde nós moramos. O nosso não era o colégio mais sofisticado da região, mas o pai da Mirella achou que ela estava ficando muito mimada e resolveu mandar ela e as amigas para um colégio de mensalidade baixa. Porra, ele tinha que escolher justo o nosso? Elas ficaram super revoltadas por ter que estudar com a "ralé" e viraram o grupo do bullying. Mas elas fazem parte do Grupo da Maquiagem, ainda tem o Grupo da Porrada. E foi só eu falar que eles já tão vindo!

Júlia: Lá vem o Ricardo e seu grupo de babacas.

Ricardo: Não gosta de mim? O que vai fazer, jogar suas tintas em mim?

Isadora: E o que VOCÊ vai fazer? O de sempre eu suponho.

Ricardo: É o que digo. Uma vez funcional, sempre funcional.

Ricardo e seu grupo eram como o da Mirella, só que mais radical. Mirella se contentava em criar apelidos e deixar as pessoas pra baixo. Já Ricardo gostava de meter a porrada nos alunos mais novos que não lhe entregassem todo o dinheiro extra do lanche. Ele e Mirella se encontravam as vezes. Esses dias eram o inferno na Terra! Por um acaso do destino, a casa do Ricardo ficava na mesma quadra que o prédio em que eu, Isa e Rafa morávamos. E por algum motivo, nós éramos o alvo favorito dele. 

Ricardo: Sabe otários, depois que vi a notícia do ataque na Zona Leste, lamentei muito vocês não morarem lá. Ficaria muito feliz em me livrar de vocês.

Pro: Que coincidência! Eu quis que acontecesse exatamente a mesma coisa com você! Mas aí eu lembrei que não ia adiantar, você é tão burro que é bem capaz de os zumbis acharem que você é um deles.

Ricardo: Cuidado com a língua, seu Cabeça de Rola. Não vai querer mexer comigo vai? Se acha tão mais forte que eu? - Pro cerra os punhos, tenta se conter.

Eu: Desculpe ó grande rei Ricardo, mas... quantas vezes você reprovou pra ficar com o seu incrível físico?

Que foi? É verdade? Os alunos do 1° ano que tem 18 costumam ser bem... idiotas?

Ricardo: Se acha tão esperta não é? Deveria saber ficar quietinha. Todo mundo sabe que lugar de mulher é na cozinha.

Eu: Nossa Ricardo, sabia que você já reprovou muitas vezes, mas realmente não sabia que você era da época em que lugar de mulher é na cozinha. Quantos anos você tem, 70?

Ele partiu com tudo pra cima de mim. Bem na hora, o sinal tocou.

Ricardo: Você tá morta sua feminazi ridícula! TÃO MORTA!

Eu: Nossa, tô morrendo de medo.

Júlia: Você é muito corajosa desafiando ele assim, mesmo ele sendo maior que você!

Eu: Já dizia Annabeth: " Ele tem a força, é tudo que ele tem. Às vezes, até a força precisa se curvar a inteligência."

Isadora: Nossa, até me emocionei!

Eu: Agora vamos, que a aula de história é a única que vale a pena.

  A sala de história ficava na sala com mais janelas da escola e era recheada de lâmpadas, já que o professor Dito (um tio meio louco de uns 40 anos) tinha medo de que spawnassem mobs na sala. Para a maioria dos alunos, ele era alvo de piadas e risada, mas pra mim, era o melhor professor de todos. Ele adorava contar lendas e histórias que todos consideravam falsas, mas ele jura que são reais. Às melhores excursões eram sempre dele. Um dia, na 6° série, ele levou a turma até um templo na selva! Tínhamos sorte por Mirella ainda não estudar com a gente, ou ela iria reclamar o tempo todo das árvores grandes, das vinhas em todo lugar e da umidade que poderia estragar sua maquiagem caríssima.

  Mas pra mim, a melhor coisa dele era uma espada de ferro encantada, que ele protegia como se fosse um banco inteiro. Os alunos diziam que o brilho roxo na espada era artificial, mas eu sempre dizia que não. Não que eu fosse ingênua a ponto de acreditar em tudo que os outros falam. É que um dia, quando eu tinha 9 anos, eu ACIDENTALMENTE peguei a espada, depois que o professor deixou ela cair quando quis nos mostrar algumas técnicas de combate.

Quando entrei na sala, fui para uma das carteiras da frente. História era a única matéria onde eu não sentava no fundão. Fiquei do lado de Isa e Júlia. Logo depois, o professor Dito chegou.

Professor Dito: Então vocês vieram pra mais uma aula minha? Agradeço o apoio de todos aqueles que não me acham maluco e decidiram não matar aula. E agradeço ainda mais minha aluna favorita, que pela primeira vez na minha história nessa escola conseguiu a nota máxima na prova! Parabéns Danielle Stone, seguida por Isadora e Rafael Silverlight.

Isa e Rafa sorriram, enquanto eu fazia a minha "dancinha da vitória".

  Professor Dito: E como vocês devem ter visto no jornal, ouve um ataque na Zona Leste da cidade. Ninguém sabe ao certo por que um grupo de mobs atacaria a cidade. Há quem diga que na verdade é coisa do governo, depois que vazou o áudio do senador Mathews Mendes dizendo que pobre tinha mais tudo que se f#de! Afinal, as pessoas que vivem perto das fronteiras costumam ser pobres, enquanto os riquinhos e poderosos se fecham no centro. Se querem alguma prova disso é só olhar para sua colega Mirella Shinmerald, que nesse exato momento está passando pó na cara ao invés de me ouvir.

  Ela nem mudou de expressão. Continuou passando sua "maquiagem ultra chique".

  Eu: Dá bola pra essa aí não fessor. É mais amarga que xarope pra tosse.

  Professor Dito: ESSA É MINHA GAROTA! Mas continuando... onde eu tava mesmo?

  Júlia: Estava dizendo que o ataque é armação dos ricos.

  Professor Dito: Isso, obrigado! Então, muitos podem achar que isso é coisa do governo, mas EU sei a verdade!

  Mirella: Afe! Lá vai ele falar coisas sem sentido de novo!

  Professor Dito: Em poucos dias, vai acontecer a lua de sangue! Esse é um fenômeno muito raro, que só acontece a cada vinte anos! Nesse dia, todos os monstros que ficam expostos a lua ficam mais fortes, mais rápidos, mais difíceis de matar! Aposto minha casa, meu emprego, e tudo mais que eu tenho que os monstros estão esperando a lua sangrenta para atacar e invadir a cidade! É isso, tenho certeza! Ou não me chamo Benedito Bardo!

  Pro: Desculpe interromper, professor, mas porque os mobs iriam querer invadir Rumoroso?

Professor Dito: Essa é a pergunta que eu queria ouvir! Parabéns senhor Pronio!

  Pro: Não me chame de Pronio!

  Professor Dito: Tá, tá, tá, tá, tá! De qualquer jeito, se preparem, vou contar uma história. Mas é bom abraçarem alguém, porque é assustadora!

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Essa história começa há muito tempo, antes mesmo da existência do universo. Há bilhões e bilhões de anos, tudo que existia era apenas o void. Até que em um momento, surgiram duas singularidades, que começaram a se afastar. Uma delas originou um mundo baseado em círculos e esferas. A outra originou um mundo baseado em cubos, o mundo onde todos nós vivemos. Para impedir que esses dois mundos se colidissem, surgiu uma barreira entre eles, que apenas poucos seres seriam capazes de atravessar. Esse lugar ficou conhecido como Zona Binária.

 

Os dois mundos passaram a existir, mas não havia quase nada neles além de pedra e grama rala. Até que, certo momento, de dentro da Zona Binária, surgiram outras três formas, e com eles surgiu também árvores , montanhas, água e várias outras coisas, que continuaram surgindo, cada vez mais. Essas três formas foram os primeiros seres vivos que existiram nos dois mundos, e até hoje, são alguns dos únicos que podem transitar pelos dois mundos, o Cúbico e o Esférico.

 

  Desses três seres, de forma humanoide, dois eram masculinos e uma feminina. Eles receberam muitos nomes ao longo dos milênios. Pai-Sol, Mãe-Lua, fantasmas, poltergeist, alienígenas, extraterrestres, deuses, demônios. Às palavras mudam, mas eles não. Logo que nasceram, quiseram ver o que esses incríveis mundos novos tinham a oferecer. Naquela época não havia céu, só se via o azul e branco da Zona Binária.

 

  As três divindades podiam ser irmãos, mas isso não queria dizer que eram iguais. Duas delas eram gentis e defendiam que todo o mundo merecia ter acesso a vida gerada por seu nascimento. Mas a outra achava isso tudo coisa sem graça, e via sua diversão em explodir, incendiar e destruir das piores maneiras possíveis. Isso fez com que os três se separassem.

 

  Após a separação, os dois primeiros "deuses", podemos dizer, criaram a luz do sol e o dia, pois queriam que todas as criaturas que criassem fossem felizes em um lugar claro e cheio de luz. Como eles eram dois, sua luz atingiu os dois mundos, o Esférico e o Cúbico.

 

  A criação de seus irmãos deixou o terceiro deus furioso! Por isso, ele fez com que surgisse a noite e criou suas próprias criaturas, agressivas e com sede de morte, obrigando todos os seres que seus irmãos criaram a se esconderem e viverem com medo de serem atacados. Mas como ele era apenas um, só parte de suas criações chegou a ambos os mundos, fazendo com que o Mundo Esférico fosse poupado dos monstros da noite, mas não do terror que a escuridão trazia.

 

Milhões de anos depois, surgia o homem, uma espécie que se destacou em meio a tantas outras. Os deuses observaram os avanços do ser humano sempre, hora felizes, hora desapontados. Os dois deuses da vida decidiram viver entre os humanos como pessoas comuns, queriam poder ter experiências de gente comum. Eles adoraram os nomes Steve e Alex, que são os nomes que mais usamos para nos referirmos a eles. O terceiro também recebeu um nome, o nominaram "Herobrine", o rei da destruição.

 

  Herobrine nunca aceitou ser proibido de destruir por prazer próprio, o que o fez nutrir um ódio cada vez maior pelo mundo e por seus irmãos. Isso o fez armar um plano traiçoeiro. Ele ficou cada vez mais poderoso, mas ainda hesitava em atacar. Até o dia em que recebeu uma previsão de uma das maiores videntes da época.

 

"Nenhum ser com de sangue divino ou mortal pode derrotar Herobrine"

 

  Essa foi a gota d'água. Herobrine atacou cidades e vilas inteiras por puro prazer. Alex e Steve tentavam contê-lo, mas ele era muito forte. Herobrine nunca se preocupou com nada, afinal ninguém de sangue divino ou mortal pode derrotar Herobrine. Até o dia em que ele descobriu que Alex tinha engravidado de um humano. Semideuses não são impossíveis, embora sejam muito raros.

 

  Herobrine os perseguiu por meses, pois a criança de Alex era o único ser de sangue nem divino e nem mortal. Mas Alex e Steve conseguiram esconder a criança dele. Depois disso, ninguém sabe o que aconteceu. Fim.

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Isadora: PERAÍ! Você tá querendo dizer que o filho que a deusa Alex teve está AQUI? EM RUMOROSO?

Professor Dito: É exatamente o que eu quero dizer!

Mirella: A tá! Conta outra!

TRIIIIIIIIIIIIM

Professor Dito: Bom, parece que nosso tempo acabou. Vejo vocês na próxima aula. Anotem o que eu digo: Herobrine está tentando novamente encontrar o herdeiro de Alex!

 


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