Vermelho Escuro escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 8
8. Entendendo os fatos




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Capítulo 8

POV Edward Cullen.

Ele analisava a imagem da mulher ao seu lado que ressonava baixinho. Finalmente fazendo silêncio e deixando de rebater as palavras rudes de Alice, Edward percebeu que estava fazendo um papel ridículo na frente de uma mulher e finalmente entendeu o motivo de tanto se defender para as acusações de Alice: ele queria impressioná-la. Ela, Isabella, a mulher que dormia agarrada ao seu terno e parecia que sua BMW era melhor que a King size que ele dormia em sua casa. Por alguns segundos, ele sentiu inveja daquela mulher. Quando ele dissera na noite anterior que não podia ajudar Alice e Rosalie porque tinha um compromisso com Jessica, ele estava mentindo. Edward estava indo fazer sua própria investigação. E agora se sentia terrivelmente idiota por ter contado uma mentira que havia sido usada contra ele. Mas, agora a vendo, pelo menos um deles conseguia dormir em paz mesmo com todo o caos que o assombrava.

— Me desculpe. — Ele ouviu Alice sussurrar.

— Você pareceu minha irmã. — Edward retrucou em um tom divertido. — Está tudo bem.

Os dois permaneceram em silêncio observando Bella dormir. Edward dividiu um olhar com sua ex-secretária, sabendo que ela estava compartilhando o mesmo pensamento dele. Os dois estavam com pena de acordá-la.

— Rosalie disse para avisarmos a ela quando chegássemos, Emmett poderia ter novidades. — Sussurrou ela a Edward.

— Certo. Jasper também quer ser avisado. — Ele avisou e Alice assentiu.

Continuaram observando Bella por mais alguns segundos até ela se mexer, assustando os dois.

— Qual é o problema? — Ela bufou mal humorada, sem se mexer.

— Nós chegamos... — Foi Alice que respondeu.

Bella rapidamente se alertou, percebeu Edward. Ela abriu os olhos saltando do banco da BMW de Edward, encarando com desconfiança por alguns segundos até finalmente cair em si, percebendo o que estava acontecendo. Parecia ter acordado de um sonho maravilhoso para o pesadelo que é a vida real.

— Que merda. — Ela balbuciou.

— É, uma merda. — Edward concordou. — Você compra o café da manhã, Alice?

Ele perguntou já abrindo a porta do carro. Alice imitou os movimentos do ex-chefe, assentindo para ele. Edward bateu a porta do carro, sem ver o movimento da mulher sair d dentro do carro.

— Ela parece bugada. — Comentou Alice.

Edward tirou uma nota de cem dólares da carteira e passou para ela.

— Você quer as chaves? — Questionou ele.

— Ora, ora... Você vai me deixar dirigir seu carro?

O tom divertido dela era quase caçoando dele. Edward revirou os olhos estendendo as chaves para ela.

— Qualquer arranhão eu vou cobrar do seu namorado mesmo. — Ele deu de ombros e ela continuou sorrindo como uma criança animada. — Compre algo para todos nós.

— Starbucks é logo ali, mas vou adorar dirigir essa belezinha.

Edward revirou os olhos indo para a calçada e abrindo a porta do passageiro enquanto Alice entrava no banco do motorista.

— Vamos entrar porque essa alucinada parece que vai fazer um racha com pelo próximo quarteirão. — O tom dele era divertido e ele até conseguiu arrancar um meio sorriso de Bella.

Ele observou enquanto ela assentia resignada e deixava o carro. Fechou a porta levemente atrás de si e encarou o prédio onde morava. Edward viu um olhar nostálgico atravessar o rosto dela e se preocupou.

— Você está bem? — Questionou ele.

— Sinceramente? — Ela perguntou e ele assentiu. — Eu estou sim. Eu estou aliviada.

Edward não respondeu a isto, porém. Essa frase poderia ser por vários motivos. Aliviada por ter saído da cadeia, aliviada por estar em casa, aliviada porque vai poder descansar no seu próprio sofá e não em um banco de carro; mas no fundo, Edward sabia que os olhos sombrios daquela mulher não estavam aliviados por nenhum desses motivos, mas sim porque James Hunter estava morto.

Ele não disse nada, porém, mas esta constatação arrepiou até os pelos de sua nuca.

Edward andou atrás dela, enquanto ela entrava na portaria de seu prédio.

— Bom dia Billie. — Ela cumprimentou o porteiro que sorriu alegremente para ela.

— Bom dia, Bella, você está ótima essa manhã.

Ela sorriu de volta. Edward sentiu novamente aquela coisa estranha no peito.

— Bom dia. — Ele disse  para o porteiro.

— Bom dia, senhor. — O homem retribuiu sem muito entusiasmo.

Edward soltou uma risada sarcástica quando entrou no elevador com Bella.

Ele não queria analisar o lugar que ela morava, mas grunhiu dentro de si ao saber que ela um lugar de fácil acesso para qualquer estranho e se James Hunter quisesse cumprir as ameaças que ele bostejava em seus e-mails, nada poderia impedi-lo disso e por alguns segundos analisando esse fato, Edward pôde entender o alivio nos olhos de Bella e até mesmo sentiu-se aliviado por ter menos um crápula no mundo. Ele não era o melhor tipo de homem, mas ao menos ele estava consciente do horror que era e não queria se envolver com nenhuma mulher para fazê-las passar por um inferno, tão pouco transformar a sua própria vida em um.

Deixando o elevador, ele viu Bella dar alguns passos pelo corredor até finalmente parar diante de uma porta branca e bater três vezes na mesma.

— É a mamãe! — Ele ouviu um grito animado dentro da casa.

Seu estomago voltou a revirar e ele sentiu vontade de sair correndo.

— Marie, não abra a porta! — Outra voz gritou, mas era tarde, porque a garotinha havia aberto a porta.

Edward analisou o olhar enfezado de Bella no rosto, enquanto ela encarava a menina atentamente. A garotinha agarrou suas pernas gritando repetidamente “mamãe”, mas ela não tinha nenhuma reação.

— O que eu disse para você sobre abrir a porta? — Rapidamente afastou a menina, segurando-a pelos braços.  — O que eu disse? — Ela gritou.

A criança pareceu perder a voz, Edward sentiu a fúria, mas também preocupação na voz de Bella, enquanto a mesma continuava a sacudir sua filha.

— Ei... — Ele interviu. — Ei, Bella...

O apelido fluiu facilmente pelos seus lábios. Ele viu ela o encarar e finalmente soltar os braços de sua filha. Ele apertou os ombros dela, na intenção de relaxá-la e pareceu funcionar. Bella ajoelhou-se em frente de sua filha, secando uma lágrima dos olhos da criança.

— Marie... — Ela sussurrou. — Você não pode atender a porta. Podia ser um estranho querendo levar você.

— Mas era você, mamãe... — Choramingou a criança.

— Podia não ser. É perigoso abrir a porta. Você quer que algum estranho leve você para longe da mamãe?

— Isabella... — Edward a alertou.

A menininha parecia muito assustada, até para ele que era sem toque nenhum com crianças, percebeu isso.

— Ela vai fazer seis anos, ela precisa saber que o mundo é perigoso, Edward. — Rebateu Bella.

— Eu sinto muito, mamãe.

A menina chorou um pouquinho e Edward suspirou.

— Apenas prometa que não abrirá mais a porta até que um adulto diga que pode, Marie. — A voz rouca e forte não era a de Bella, e sim de Edward e até ela pareceu se surpreender quando ele tomou as rédeas da situação.

— Eu prometo. — Ela respondeu seriamente.

Bella suspirou, abraçando-a.

— Senhora Swan. — Uma quarta voz os alertou, ela vinha de dentro da casa. — Eu sinto muito por isso, ela correu e...

— A culpa não é sua. — Respondeu Bella. — Ela faz isso comigo o tempo todo e não importa o quanto eu diga que não pode.

— Mas agora ela não fará mais isso, certo? — Edward perguntou.

Ela assentiu agarrando-se as pernas de Bella.

Ela tinha medo dele, isso fez Edward sorrir levemente.

— Eu preciso ir, minha mãe está me esperando. — A babá avisou.

— Ah, certo. Alice acertou com você? — Perguntou ela. A babá negou. — Eu...

— Deixe isso comigo. Entre com ela, tome um banho. Alice está vindo com o café da manhã.

— Não precisa Edward, você já fez demais por mim.

— Eu faço questão e...

— Não precisa. — Bella disse novamente, o encarando com seriedade.

Ele bufou contrariado quando ela passou pela porta, Marie correu atrás da porta. Edward encarou a babá e sorriu.

— Quanto ela te deve? — Ele perguntou.

A mulher parecia meio indecisa para responder.

— Bom... Eu passei a noite então são... 200 dólares.

Ele retirou sua carteira do bolso da calça e retirou dela quatro notas de cem, dobrando-as e entregou para a babá.

— Muito obrigado pelos seus serviços...?

— Jane. — Ela respondeu a ele. Edward a viu corar e deu uma risada. Não era sua intenção flertar com a babá de Bella, mas às vezes era involuntário.

— Claro... Jane... É melhor você ir antes que ela volte fazendo aquela coisa de... — Ele acenou com as mãos para cima, balançando-a. — Você sabe, ela é um pouco doida.

A mulher riu assentindo.

— Muito obrigada senhor. Eu fico feliz pela senhora Swan encontrar um namorado gentil como o senhor.

Edward sabia exatamente o que ela queria saber ao pronunciar aquela frase. E ele se fosse a qualquer outra circunstancia, pessoa ou momento de sua vida ele estaria pronto para dizer “aquela louca? Eu nunca namoraria alguém como ela” ou algo do tipo, mas, pela primeira vez, ele apenas se calou, sentindo aquela sensação já familiar subindo por sua garganta. Ele apenas exibiu seu sorriso mais convencido quando segurou a porta para ela.

— A sorte é minha. — Ele se pegou dizendo quando a jovem mulher assentiu um pouco envergonhada passando pela porta e ele a fechou sem um adeus.

Oferecida, pensou.

— Desculpe a demora, eu... — Bella parou de andar quando analisou a sala vazia. — Para onde foi Jane?

— Ela precisava ir, tinha essa emergência com a mãe dela e... Ela não faz mais hora extra.

— Mas ela se quer recebeu... — Bella murmurou em um muxoxo. — Você...

O som era ameaçador em sua voz e ali estava ela... Quem Edward esteve ansioso para ver. O rosto vermelho que ele sonhava todas as noites, uma pequena veia em sua testa saltando, os olhos em chamas e o ódio crescente daquela mulher... Era aquilo, ele finalmente percebeu: ela era o desafio que ele tanto procurava. Uma mulher indomável que ele queria. Aquela adrenalina do impossível, era por isso que ele estava tão vidrado nela. Adoraria curvá-la em sua calma, finalmente, deixando-a submissa por mais difícil que fosse.

— Você é o velho prepotente de sempre. — Ela murmurou em voz baixa, mas em um tom muito perigoso. — Quem você acha que é para pagar a minha babá?

— Um homem muito rico? — Ele disse calmamente, se sentando em seu sofá.

— Oh, não, você só é um homem muito exibido e controlador. O tipo de homem que eu detesto.

— James era esse tipo de homem?

Por alguns segundos ele conseguiu desarmá-la, até sentir novamente o rosto de ela esquentar e ela dar dois passos em direção a ele.

— Saia da minha casa. — Bella sussurrou, puxando-o pela camisa. — Eu jurei a mim mesma que nunca mais deixaria um homem como vocês entrarem na minha vida.

— Eu sou como ele, então? — Edward não se intimidou. Ele deixou-a fingir que estava no controle, se levantando quando ela lhe puxou pela camisa.

— Você está achando graça disso?

O horror na face dela não abalou ele, Edward sorriu cinicamente analisando-a, enquanto ela o empurrava pelo peitoral. No segundo seguinte ele segurou o pulso dela, que gemeu de dor. Então ele finalmente se lembrou da noite difícil que ela tivera. Um arrependimento o pegou de surpresa. Ele estava sendo um idiota, respiro fundo, soltando-a.

— Bella,...

— Cale a sua maldita boca. — Ela choramingou, alisando seu pulso. — Qual é o seu problema, babaca estupido?

Ele permaneceu em silêncio sentindo um soco invisível em seu estomago. As palavras dela o atingiram como faca. Por alguns segundos os olhares ansiosos que ela havia dado a ele, a adrenalina em ela puxá-lo pelo colarinho, nada daquilo fazia mais parte da fantasia sexual que ele havia traçado em sua mente. Que jogo insano era aquele que ele queria jogar?

— Eu sinto muito... — Ele se desculpou.

Ela o encarou e ele viu as lágrimas dela, se sentindo pior.

— Eu... Sou realmente um idiota. Me desculpe, eu...

— Por que você está aqui?

— Por quê? — Perguntando de volta, Edward bufou. — Não sei. A única coisa que eu sei é que nas últimas semanas tudo em que eu pensei referia a você.

Antes que Bella pudesse responder, a porta se abriu. Edward viu o rosto de Isabella corado empalidecer em pura surpresa. Ela o encarou nervosa, virando-se e andando para longe dele, sem nenhuma satisfação.

— O que deu nela? — Alice perguntou, carregando duas bolsas enormes de papel em uma mão e porta copos de papelão com copos de café em outra.

♥♥♥

Rosalie havia trago uma caixa recheada de Donuts, Edward sorria quando a garotinha do seu lado estava sujando todo o rosto de açúcar com creme. Aquela timidez inicial acompanhada de medo havia passado quando os dois foram obrigados a conviverem sozinhos no mesmo ambiente. Alice foi verificar Bella em seu quarto e provavelmente despachou a menina para sala. Edward observou o olhar desconfiado da garotinha, com os olhos perturbadores e verdes como o seu. Ele até ouviu algum comentário infeliz de Rosalie dizendo que quem não os conhecesse diriam que era pai e filha. E viu a menina arregalar seus olhos, o analisando.

Ele piscou duas vezes relembrando do dialogo inicial dos dois.

— Você é mal. — Ela sussurrou do canto da sala. — Tia Alice disse.

Edward sentiu aquele incomodo de novo, ser mal para Alice ou Bella não era nenhum problema que tirasse seu sono (que mentira, ao menos naquele instante ele se preocupava com que Bella pensava dele) mas para aquela garotinha. Ele não sabia se queria parecer mal para ela também, apesar da sua coisa contra crianças.

— Eu não me acho malvado. — Ele disse, porém, sem muito alarde, sentado no sofá tomando seu café expresso com pouco açúcar. Alice não tinha esquecido.

— O que você tem aí? — Ela perguntou se aproximando um pouco.

— Para você? — Assentiu a menina. — Deixe-me ver... Um pouco de chocolate quente com creme duplo? — Ele perguntou para ela, fingindo adivinhar, mas o nome da menina estava escrito no copo.

O sorriso animado dela percebeu que a sua aparência de malvado havia se dissipado um pouco. E agora, vendo-a sentada ao seu lado, devorando a terceira rosquinha enquanto ele a defendia dos olhares furiosos de sua mãe, ele sabia que havia conquistado uma aliada.

— Você já teve açúcar o bastante para toda a semana. — Bella murmurou, encarando a filha.

A menina imediatamente passou seus olhos para Edward, esperando sua defesa. Acontece que ele era o melhor advogado dos EUA, e já tinha vencido Bella três vezes nos argumentos.

— De acordo com a quinta emenda, uma menina tem o direito de comer sua rosquinha em paz sem toda essa arbitrariedade.

— O que é quinta emenda? — Marie perguntou rapidamente, atenta a tudo.

Ele sorriu rapidamente para a garota e decidiu que gostava dela, decidiu também que ela não era uma criança. Parecia mais um robô alienígena super inteligente que invadiu a América para coletar dados sobre a existência humana.

— É o direito de toda criança comer rosquinha, porque ninguém pode ser privado de sua vida, liberdade ou propriedade sem o devido processo legal de todo ser humano.

A garotinha sorriu alegremente para ele, em agradecimento e os dois bateram as mãos. Edward nem se quer reclamou quando as mãos grudentas de doce da menina chocou-se com a sua.

— Quanto tempo eu dormi? — Rosalie declarou chocada observando a cena.

— Eu quero que a quinta emenda funcione para mim quando ela reclamar de dor de barriga. Deixe seu telefone ligado, Cullen.

Bella revirou os olhos dando-se por vencida. Cullen 3 x 1 Swan.

— Ei! — Emmett havia gritado do outro lado da sala, acordando a Alice adormecida nos ombros de Jasper. — Eu achei algo.

Edward se levantou rapidamente correndo para Emmett, que ocupava um mesa no canto lateral da sala. Isabella o seguiu rapidamente.

— Essa é você? — Ele perguntou.

— Sim, essa sou eu.

Rosalie se levantou, se aproximando de seu marido. Edward a viu inclinar-se sobre Bella e todos eles ficaram olhando. Bella estava de pé, Emmett ampliou a foto e a ficou mais nítida e focada.

— Você gosta mesmo de vestidos de noivas... — Grunhiu Rosalie.

Bella estava de pé, observando a vitrine de uma loja de vestidos de noiva. O relógio apontava 20h55. O horário do crime. Então Bella, no vídeo, se vira um pouquinho e o rosto dela continua aparecendo perfeitamente na câmera. Ela caminha no meio fio e se senta ali.

— Amor, você é o cara! — Murmurou a Emmett e eles trocam um toque de mão igual Edward e Marie fez antes.

— Que nada, amor, apenas continuei seu trabalho hackeando as câmeras das lojas do bairro. Sabia que uma delas teria Bella caso ela realmente estivesse caminhando próximo ao parque. Para onde você foi em seguida, Bella?

Então, Edward a encarou após a pergunta de Emmett e viu os olhos lacrimejados dela.

— Eu fiquei sentada mais um pouco aí e então voltei pelo mesmo caminho, de volta para casa.

— É o suficiente. Vou pedir uma copia da câmera de vídeo judicialmente amanhã. De qualquer forma, salvem esse conteúdo, eu não posso perder essa prova.

— Ei, está tudo bem cara, achamos o que precisávamos. Podemos descansar.

Algo não estava certo. Edward continuou encarando o vídeo e Bella continuava sentada na calçada. E fora do vídeo havia uma Bella completamente abalada.

— Mesmo assim. — Continuou ele, encarando ela. — Quando você estiver pronta, precisamos ensaiar seu depoimento.

Ela assentiu, se afastando dele. E a cada segundo o sexto sentido de advogado dele gritava que havia algo de estranho nessa história.


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