Vermelho Escuro escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 3
3. O meu Eu




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Capítulo 3 – O meu Eu

POV Edward Cullen

A pressa era inimiga da perfeição, já dizia alguém que ele não se lembrava no momento, por isso Edward ignorou o relógio apitando em seu pulso. O visor digital dizia que eram 20h00 em ponto. Não se importou, mesmo que em algum hotel da cidade uma mulher insatisfeita e provavelmente mal humorada estaria esperando por ele. Revirou os olhos, deveria ter cancelado o encontro com Tânia, assim poderia passar o resto de sua noite sombria e um pouco solitária degustando um copo de uísque seco e pensando no quão malditamente a mulher de mais cedo havia sido petulante.

Edward tinha telefonado para Jasper no fim da tarde questionando sobre o que havia acontecido quando o amigo não retornou para o escritório. Não ficou surpreso quando ouviu do homem que ele havia encontrado uma vaga de sócio Jr para Alice no escritório de Jacob Black, o orgulho o fizera franzir o cenho ao imaginar que outro advogado estaria adquirindo um bem que havia sido precioso para ele, mas sem nenhum arrependimento Edward descartou isso.

Sacou seu celular do bolso quando o mesmo começou a tocar - pela terceira vez naquela noite -, o visor brilhava o nome da mulher que estava esperando por ele. Ignorou, novamente, aquela ligação. Bufou, por que elas eram tão insistentes?

Ele estava saindo com Tânia Denali há quase um mês, tiveram encontros casuais semanais que resumiam em um jantar e sexo por quase toda a noite. Edward não dormia com nenhuma mulher e não abriu exceção quando ouviu o pedido dela para que ele passasse a noite, naquela altura eles estavam no terceiro encontro e ele sabia que ela estava criando esperanças. Obviamente o pedido foi negado, mesmo que a mulher a sua frente fizesse um muxoxo infantil e virasse o rosto emburrada contra ele, não fez que sua opinião sobre o que estava decidido mudasse.

Ele tinha regras a seguir. Regras que ele mesmo impusera se quisesse sair ileso daquele tipo de reação. Ele sempre se encontrava em lugares impessoais, nunca em público. Jamais uma de suas conquistas entrou em sua casa ou fora apresentada a alguém de sua família. Tão pouco ele frequentava o ciclo social de suas amantes, nem suas casas. E nunca, em hipótese alguma, tinha conversa de travesseiros com elas. Não aguentava o clima sonhador que ressonava quando os corpos descansavam sob a cama. Não suportava quando elas lhe perguntavam quando eles se veriam novamente e nem quando seu nome era substituído por algum apelido carinhoso e desnecessário. Ele não era um homem frio com elas, dizia o que era necessário até obter o que gostaria. E nenhuma mulher que estivera com ele poderia reclamar que haviam sido mal tratadas.

Quando o telefone tocou pela quarta vez naquela noite ele entendeu que Tânia estava pronta para ser descartada. Aquele tipo de invasão estava sufocando-o.

— Denali. —  Murmurou Edward quando atendeu ao telefone. —  Eu estou a caminho.

Desligou em seguida sem esperar uma resposta da mulher.

Encarando a mulher que o servia, deu um meio sorriso, pensando que ali ele poderia encontrar alguém a altura de substituir Tânia.

Ele estava no bar de um hotel de luxo em Seattle, bem no centro da cidade. E aqui até às atendentes poderiam lhe atender naquele momento. Não costumava se envolver com mulheres onde ele costumava frequentar, mas hoje estava disposto a abrir uma exceção. O sorriso gentil da mulher que enchia seu copo com mais uísque na mesa que ele ocupava dizia claramente que ela sabia como satisfazer um homem. Edward era expediente o suficiente para saber quando uma mulher estava dando indícios que o queria.

— A senhorita pode trazer a conta, por gentileza. — A voz sedutora que ele lhe lançara havia sido proposital. Assim como a risada que viera acompanhada da frase.

A mulher havia corado. Gostando daquele gesto, Edward investiu um pouco mais.

— É a primeira vez que eu a vejo aqui. Você é nova? — Perguntou de soslaio quando pegou a prancheta de couro que ela lhe oferecia com o valor da conta.

Ele nunca saberia dizer se ela era nova ou não, nunca prestou atenção no rosto das mulheres que o servia. Talvez nas pernas... E essa, a mulher que assentia meio debilmente para ele, tinha pernas muito bonitas.

— Oh, não senhor. Eu estou aqui já faz um tempo. — A voz dela era agradável. Mas não era a gentileza que ele estava a associando.

— Como nunca nos vimos antes? — Perguntou ele, insistindo numa falsa surpresa.

Ele podia ter aberto sua carteira e tirado algumas notas que quitasse a conta e deixasse uma bela comissão para sua atende. Ele podia até mesmo passar um de seus cartões de crédito ou débito. Mas ele preferiu olhar de forma predadora para a mulher à sua frente e fingir-se de bobo enquanto os lábios dela dobravam-se em um sorriso convencido.

— Eu acho que... Já atendi o senhor outras vezes antes de hoje... — Um pouco constrangida a mulher sussurrou.

— Impossível! — Exclamou. — Eu nunca me esqueceria do seu rosto se já o tivesse visto. Você pode ter atendido alguém muito parecido comigo... Será que eu tenho um irmão gêmeo... Um clone?

A risada que ecoara dos lábios dela o deixou satisfeito momentaneamente. Seu ego estava inflado porque a mulher à sua frente estava seguindo exatamente o caminho que ele desejava.

— Eu acho seria justo com as mulheres se o senhor tivesse alguma copia viva por aí. — Ele gostou da resposta dela. Isso o envaideceu mais que o esperado. — E para os homens também, digo... O senhor é um excelente advogado... Eu li em algum lugar.

Bom, ela realmente havia feito o dever de casa. Há quanto tempo àquela mulher estava tentando ser notada por Edward Cullen? Ele sorriu para ela. Recompensaria seu esforço, ela merecia.

— Muito obrigado,... — Ele abriu a conta novamente, lendo ali o nome da sua atendente — Jéssica Stanley.

— Eu que agradeço. — Ela disse em seguida, satisfeita por aquele homem saber seu nome (mesmo que ele tivesse que ter lido na conta e ignorado totalmente quando ela se apresentou naquela noite antes de entregá-lo o menu).

Edward finalmente tirou sua carteira do bolso do terno, tirando algumas centenas de dólares dele.

— Ah, eu vou buscar seu recibo, senhor Cullen. — Murmurou a mulher após pegar a caderneta.

— Jéssica. — Edward pronunciou de forma sensual o nome da mulher, saboreando-o em sua boca. — Eu não preciso do recibo.

Ele se colocou de pé, ajeitando seu terno no corpo e guardando sua carteira no bolso.

— Então o seu troco... — Ela continuou.

— Oh, não... Isto também não... Mas há algo que eu gostaria muito.

— O que eu posso fazer pelo senhor?

Ele a imaginou dizendo aquela frase, deitada sob ele, com nada além de uma pequena calcinha de renda preta. Fechou seus olhos com força, espantando a fantasia e sorriu um pouco de lado. Ela poderia fazer muito por ele... Qualquer coisa que o distraísse do maldito dia que ele havia tido.

— Você pode me deixar pagar uma bebida para você após o seu turno.

Os olhos da mulher brilharam automaticamente e Edward já sabia que sua resposta seria sim.

♥♥♥

Ele estava subindo o elevador, meia hora depois de pegar o telefone de Jéssica Stanley e dizer a ela que a aguardaria às 23h, no final de seu expediente. Ela pareceu insegura quando disse a ele que estava muito cansada e talvez não estivesse à altura para encontrá-lo esta noite. Lógico que ela estava fazendo aquele joguinho que ele já conhecia. A mulher estava impecável, seu rosto era coberto por uma maquiagem e não havia um fio de cabelo fora do lugar. Ela usava aquele terninho executivo que as atendentes do Empire costumavam usar e os saltos que acompanhava seu uniforme deixava suas pernas ainda mais torneadas.

Ele dispensou aquela falsa modéstia em segundos, dizendo que ela com certeza deveria ter uma muda de roupa a mais em seu armário do trabalho. E obviamente garantiu que ela estava ótima.

Agora, voltando para sua atual realidade, subindo o elevador, sabia que estava prestes a mais uma cena humilhante. Quando ele começou a sair com Tânia imaginou que ela fosse mais esperta do que ele pensava. Ele queria mesmo acreditar que ela era, até porque sabia que a mulher já havia saído de um casamento e investigando o passado dela, sabia que ela havia conseguido mais que 50% de tudo que pertencia ao seu último marido. Não imaginou que aquela mulher pudesse demonstrar descontrolada e obcecada, como uma louca que ligava mais de quatro vezes por causa de meia hora de atraso.

Passando o cartão chave no acesso magnético, ele estava preparado para lidar com aquilo.

— Você chegou! —- Impaciente ela declarou para ele.

Edward havia sido pego de surpresa. O ambiente estava decorado com velas aromáticas. A cama, no fundo do quatro estava repleta de pétalas de rosa. Edward encarou um balde com champanhe e duas taças na mesinha de centro na antessala que antecedia ao cômodo principal da suíte que ele havia reservado para se encontrar com Tânia no último mês.

— O que é isso? — Questionou ao se deparar com o cenário.

Ele não podia dizer que estava surpreso, no máximo o que sempre o esperava era alguma bebida e talvez comida. Mas nunca o ambiente havia sido preparado daquela forma e era um pouco assustador o olhar descontente da mulher à sua frente.

— Eu fiz algo para nós. — Ela disse um pouco ofendida e ressentida.

— Por isso a sua insistência em eu te atender.

Bufou, talvez fosse mais difícil se livrar dela então. O rosto desapontado dela pela reação dele não passou despercebido.

— Nós precisamos conversar, Tânia.

— Aconteceu alguma coisa, amor?

"Amor" ele repetiu a frase em sua mente. Esse era o modo como ela estava o chamando nas duas últimas semanas. Não o incomodava, mas não podia dizer que ele também apreciava isso. Simplesmente não lhe despertava nenhuma emoção, assim como a mulher a sua frente, ela havia perdido a graça.

— Aconteceu. — Ele se sentou no sofá, em frente a taça de champanhe e resolveu abrir a garrafa. — Sente-se aqui.

Ela se sentou, observando atentamente o movimento dele quando o mesmo serviu as duas taças ali. Edward direcionou uma a Tânia que aceitou sem cerimônia. Ele bebeu um gole, querendo algo mais forte. Não porque lidar com esse momento fosse algo difícil ou doloroso para ele, mas porque ele tinha tido um dia infinitamente difícil e queria que ele terminasse logo, de preferência, nos braços de Jéssica Stanley.

— Você nem comentou nada... Você gostou? — A mulher sussurrou decepcionada, observando a si mesma. Edward viu a lingerie que ela usava, mas isso não o afetou.

— Claro, mas talvez você devesse se vestir. — Ele continuou.

— Espera, você está... Fazendo o que eu acho que está?

Piscando duas vezes, ele crispou seus lábios tentando não dizer algo tão desagradável que fizesse com que ela dissesse coisas sobre ele, que poderia prejudicar sua vida. Não que uma mulher como ela tivesse tanto poder, mas não queria alimentar ainda mais a rede de fofocas que cercava sua vida e todos os casos que ele tinha.

— Se você estiver pensando em encerrar o que nós temos, então sim.

— Você está terminando comigo? — Ela se levantou, afetada, Tânia levou a mão até a boca.

Algo nesse gesto dela denunciou que ela sempre soube como eles acabariam; não parecia chocada, parecia furiosa. Foi o que a fez espatifar a taça em sua mão no chão. O atrito não assustou Edward, porém.

— Eu não entendo sua reação exasperada, Tânia...

— Você não entende? Você está terminado comigo sem mais, nem menos, e não entende? — Ralhou furiosa. — Tem outra, não tem?

Ele revirou os olhos. Nem sempre era difícil assim. As vezes elas aceitavam rapidamente o seu lugar e não se lamentavam muito. Na maioria das vezes forçavam apenas um choro, sem grandes alardes.

— Nós estamos terminando exatamente o que na sua cabeça, Tânia?

Ele era a imagem da calma. Aquilo não estava o surpreendendo, nem o irritando. Pelo contrário, estava deixando-o confortável. A fúria daquela mulher não era nada comparada com o que ele teve que lidar mais cedo.

— Como o que? O nosso relacionamento!

— Que relacionamento? — Ele continuou. — Eu não quero ser grosso com você, Tânia. Entendo sua chateação, mas olhe ao seu redor. Você acha que encontros em quarto de hotel é relacionamento?

Ela foi fortemente abatida pelo o que ele disse. E Edward sabia que ela se sentia envergonha.

— Você me disse coisas... — Ela murmurou, dessa vez em voz baixa. Tânia fechou o robe que ela vestia. Mas era de renda e transparente, Edward continuava tendo acesso a tudo, porém não tinha interesse em mais nada.

— Que coisas?

— Que eu era boa... — Ela sussurrou.

— E você é. Você é muito boa no que faz. Tânia... Na cama.

— Você disse que eu era especial! — Ela alterou um pouco do seu tom novamente.

— Na cama, Tânia. Você realmente me surpreendeu, na cama. Mas nada disso categoriza relacionamento.

— Eu fui apenas sexo. — Ela murmurou, assentindo para ele.

Edward suspirou um pouco. Ele enfiou a mão em seu bolso do paletó retirando de lá uma caixinha retangular. Tânia observou o movimento dele enquanto ele deixava sob a mesinha de centro.

— É um presente para você. — Disse Edward em um tom sério. Ele se levantou e encarou ela. — Para você entender que o que nós tivemos... — Parando por alguns segundos de falar, ele olhou para cama e ela seguiu seu olhar, depois ele tornou a olhar para ela. — Foi especial para mim. Mas acabou.

Ela não respondeu nada e ele a conhecia suficiente para saber que ela estava ansiosa para olhar o que havia na caixinha retangular de veludo que ele deixara sob à mesa. Quase disse à ela que era uma pulseira de brilhantes. Mas não, deixaria ver e resfolegar sozinha, enquanto era comprada com o presente caro. Ele conhecia bem o tipo dela. E tinha uma coleção de pulseiras iguais a essa, que já havia dado a outras antes dela. Tânia não era a primeira e nem seria a última.

— Boa noite, Tânia.

Ele saiu do quarto sem esperar nenhuma resposta dela. Ansioso, olhando o seu relógio. Demoraria mais uma hora para que ele pudesse buscar Jéssica.

♥♥♥

Dentro do carro, Edward digitava sem parar em seu celular e esperava ansioso pela resposta da pergunta que havia feito há meia hora.

Bloqueou o aparelho olhando pelo vidro escuro de seu carro.

Seu celular apitou então e ele olhou o visor sem nenhuma preocupação.

Saio em dez minutos.”

 A mensagem de Jéssica havia o feito suspirar. Não em ansiedade, mas em profundo tédio.

Havia sido impulsivo quando marcou este encontro e precisou de uma hora e pouco esperando pela moça para saber.

Seu celular tocou e ele se assustou um pouco lendo o nome no visor.

— Ei, eu tenho o que me pediu. — A voz entusiasmada quebrou seu silêncio, finalmente distraindo-o.

— Você tem dez minutos, Rosalie. — Ele disse.

Edward endireitou-se no banco de seu carro para ouvir as novidades.

— Jéssica Stanley, vinte e cinco anos. Nasceu no Oregon e se mudou cedo para Seattle com os pais. Cresceu no subúrbio, mas suas notas escolares são surpreendentes. Ela entrou para universidade assim que deixou o colegial. Ela é uma garota inteligente, então não entendo porque ela está trabalhando no Pallace, não que isso seja demérito. — Rosalie parou por alguns segundos e Edward sabia que ela estava franzindo o cenho.

Essa é Rosalie Cullen-McCoy, sua prima e sim, ela era uma mulher de hífen. Edward a conhecia desde seu nascimento e ela nunca mudara. Aos sete anos ela fora adotada por seus pais, após um acidente trágico levar seus pais biológicos a óbito. Eles cresceram juntos e foram criados como irmãos. Edward viu Rosalie quebrar corações de muitos homens até subir ao altar com Emmett McCoy, seu melhor amigo da escola. Era claro que ela o fazia sofrer o inferno quando ela estava aborrecida e Edward admirava como seu amigo aguentava firmemente os maus momentos de sua esposa... Isso o fazia repensar sobre as escolhas que fizera sobre a própria vida. Estava com seus 27 anos, solteiro convicto com uma impaciência infinita para crises existenciais femininas e filhos.

— Ela é formada em Artes Cênicas, teve um estágio curto no museu de artes contemporânea de Seattle e depois abandonou sua carreira para se casar.

— Ela é casada? — Isso o surpreendera rapidamente.

Ouviu Rosalie soltar uma risadinha sarcástica, como quem dizia "provando do seu próprio veneno".

— Não, Cullen. — Revelou ela. — Recém divorciada. Essa menina está no mercado dos solteiros há dois meses.

— Hm... — Especulou Edward. — Ela é rápida. O sobre o tal marido?

— Ahm... Vejamos... Mike Newton, ele é professor e não há nada demais na ficha dele. Aliás, de nenhum dos dois e eu procurei até na DeepWeb.

Edward soltou uma gargalhada. Ele mal tinha tempo para visitas informais a Rosalie, à medida que seu trabalho consumia totalmente seu tempo e o deixava com tempo livre apenas para diversões. Ele não se sentia mal, porém, sabia que ela entendia. Assim como o restante da família. Fazia muito tempo que ele não era familiar e todos sabiam muito bem o porquê.

— Excelente trabalho Rosalie.

— Disponha, irmãozinho. — Ela soltou uma risadinha. — Então essa é a doida da vez?

Olhando pelo vidro escuro, o tédio de Edward passou em segundos. Ali estava vindo a distração que ele merecia para aquela noite. Jessica Stanley vestia jeans brancos, saltos e uma blusa de cetim preta. Os cabelos castanhos da mulher estava salto e Edward gostou disso. Ele não estava acostumado com morenas, loiras fazia mais o seu tipo, mas hoje ele estava a fim de inovar.

— Não comece. — Ele murmurou para a mulher com tom zombeteiro do outro lado da linha. — Ei, Rose... Preciso que você faça outra pesquisa para mim.

— Oi? Duas ao mesmo tempo? Você está piorando. Eu vou dizer para a mamãe que chegou aquele momento de conversar sobre intervenção.

— Eu a demito. — Ele riu, abrindo a porta do carro e deixando com que Jessica o visse.

— Certo, certo. De quem você quer saber agora?

Ele afastou o telefone do ouvido por alguns segundos quando Jessica chegou. Ele a pegou de surpresa quando passou a mão cintura dela e de um beijo em sua bochecha.

— Espero não ter feito você esperar muito, senhor Cullen. — Ela dissera rapidamente, com um sorriso amplo.

— Valeu a pena. — Garantiu. — E, por favor, é Edward para você.

O sorriso convencido no rosto dela garantiu o que a mulher sempre quis, de acordo com ele, ser notada.

Rodeando o carro com ela, Edward abriu a porta do passageiro para a mulher entrar e a fechou com delicadeza para que ela não pudesse ouvir o final de sua ligação.

— É Edward para você. — Rosalie debochou, fazendo-o rir um pouco.

— Calada. — Ameaçou ele. — Preciso que confira a amiga irmã de Alice.

— Alice, sua atual ex secretária? Jasper me contou tudo. — Edward não estava a fim de ouvir sermão de sua irmã, não naquele momento. Ele revirou os olhos e bufou impaciente. — Eu entendi, qual o nome dela?

— Eu não sei. Quero que você descubra isso e todo o resto.

— E para que você quer isso? — Ela questionou. Edward bufou novamente.

— Eu preciso lembrar que você é paga para isso?

Essa fora a vez de sua irmã bufar.

— Estará amanhã na sua mesa, senhor Cullen. Tenha uma boa noite e tomara que seu pau não suba.

Quando ele iria xingá-la, ela desligou. Edward automaticamente se lembrou de quando os dois eram crianças e Rosalie soltava coisas do tipo quando ficava aborrecida com ele, além de atirar o primeiro objeto que estivesse a sua frente. Claro que ele não se zangava com isso, ela era a segunda mulher em sua vida que merecia seu amor e seu resto. A primeira era a sua a mãe.

— Desculpe a demora. — Ele disse quando entrou no carro. — Trabalho.

— E entendo. — Ela disse.

Ah, se elas fossem sempre assim... Suspirou ele, apreciando a compreensão que ele sabia que logo sumiria com o passar do tempo.

Ligando o carro para dirigir, Edward suspirou esperançoso. Ele esperava pelo menos que alguma coisa boa saísse do dia horrível que ele havia tido. Mas, quando encarou a mulher ao seu lado,  fora os olhos vermelhos e rosto furioso da mulher de mais cedo que ele viu.


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