Vermelho Escuro escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 20
20. Primeira noite


Notas iniciais do capítulo

Esse é o maior capítulo até aqui! Queria dividir, mas acho que não ficaria legal... Esse momento devia ser vivido de uma vez.



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Capítulo 20 – Primeira noite

Pov Edward

Sentado à mesa, ele observava como o apetite da pequena garotinha era voraz. Ela havia devorado sem cerimonia seu prato de spaghetti à bolonhesa, uma das receitas que Edward havia aprendido com sua mãe especialmente para essa viagem. Isso o fez sorrir, significava que ele estava sendo aprovado pela sua pequena família.

Ele observava em silêncio como era bonitinho o modo que a mulher que ele se apaixonou respondia as perguntas e curiosidades de sua filha com toda a paciência do mundo. Bella, raramente, perdia a paciência e essa era uma das pequenas coisas que ele gostava nela. Era por isso que ele havia deixado de lado os momentos ruins que esteve vivendo na última semana e respirou fundo para viver esse momento com as suas duas garotas preferidas no mundo.

— Você deveria ir para a cama agora. — Murmurou Bella observando sua filha fazer um muxoxo com os lábios.

Edward manteve seu sorriso no rosto ao observar a relutância de Marie em ceder para a mãe. Ele não opinou sobre aquilo, não queria ser aquele a concordar com a namorada a dispensar a pequena garotinha para cama, mesmo que ela tivesse bocejado no mínimo três vezes sob seu prato de macarrão.

— Diga boa noite ao Edward. — Ela insistiu, dizendo para a filha.

Derrotada, Marie assentiu. Ele a viu se levantar contra a vontade e andar para sua direção. O gesto o surpreendeu tão rapidamente que Edward quase não teve uma reação quando a pequena garotinha lançou os bracinhos franzinos sobre ele para abraça-lo. Seu coração apertou um pouquinho e os olhos arderam, retribuindo o abraço, Edward ainda depositou um beijo na testa da menina quando ela se afastou.

— Boa noite Edwa... — Outro bocejo o fez rir, ele bagunçou o cabelo dela e Marie bufou.

— Boa noite gatinha, durma bem.

Ela andou de volta para sua mãe, acenando em despedida.

Um longo suspiro e se levantou recolhendo os pratos da mesa. Não foi nenhum bicho de sete cabeças jogar as sobras no lixo, lavar os pratos, talheres e copos e guardar o restante na geladeira. Ele estava um pouco tenso quando terminou sua primeira tarefa domestica. Até então, tudo estava saindo sob seu controle.

Abrindo um dos armários, ele achou a garrafa de vinho que havia entrado em sua lista de compra, entregue através de um e-mail para os caseiros. No prateleira ao lado encontrou duas taças.

Caminhando calmamente e sentando-se no sofá da sala, observou a garrafa de vinho ao abri-la com cuidado. Ele encheu sua taça, apenas, não sabia se Bella gostaria de acompanha-lo, nem queria parecer pretensioso ao supor que sim. Relaxou no sofá, sentindo o cansaço do seu dia, a tensão de uma audiência chata, lembrando-se da aventura de fugir dos paparazzi também do longo voo até a ilha. Sabia que assim como ele, Bella também estaria exausta.

Algum tempo depois, enquanto Edward assistia tv em um volume baixo e já estava na sua segunda taça de vinho, barulhos de passos suaves o alertaram. Ele não precisou olhar para saber que ela estava chegando.

— Hm, vinho? — A pergunta era um tanto curiosa e acompanhava um sorriso surpreso.

— Achei que merecíamos. Você gostaria de uma taça?

Com um sorriso de consentimento, Edward a serviu. Bella se sentou ao lado dele, fitando a tv por alguns segundos após capturar sua taça e beber um gole.

— Ela está muito agitada com tudo, estava caindo de sono, porém demorou para dormir. — Comentou ela, explicando o motivo da sua demora.

— Eu imaginei que fosse esse o caso. Você acha que ela vai direto?

Isabella mordeu os lábios de uma maneira que para Edward fora bastante convidativa, mas ele sabia que ela estava apenas pensando. Observou quando ela bebeu mais vindo, levantando e descendo seus ombros calmamente. Ela se aconchegou um pouco mais no sofá e ele puxou as pernas dela sob a sua, massageando levemente as coxas de Bella expostas pelo short do pijama de ursinhos que ela vestia. Ele riu mentalmente, ela estava parecendo uma adolescente em uma festa de pijama, mas ainda assim ele a achava sensual pra caramba.

— Eu espero que sim. — Finalmente respondeu. — Assim como eu espero que ela não acorde no meio da noite chorando e procurando por mim. Eu durmo com ela todos os dias, isso é novo.

— Ôh... — Edward balbuciou. — 100% compreensível, baby. Você gostaria de ficar com ela por essa noite? Você pode deitar com ela na nossa cama e...

— Não... — Bella sussurrou o interrompendo. — Hm, isso é bom, não pare...

Ele riu quando ela fechou os olhos, bebendo mais vinho e aproveitando a massagem que ele fazia em sua perna.

— Se eu dormir com ela essa noite terei que dormir em todas as outras... Vamos apenas ver como ela se sai por hoje.

— Ok, ela merece um voto de confiança. De qualquer forma, deixaremos a porta aberta e...

— Shhh... Você é muito doce, sabia? — O interrompendo novamente, Bella abriu os olhos e o encarou. — Eu não esperava ver esse seu lado, tipo, nunca.

Ele já ouviu aquelas palavras da mãe dele, de forma como ela dizia que ele estava irreconhecível e incapaz de voltar a ser o homem que um dia foi. Mas perceber que Bella também o via como boa parte das pessoas que ele convivia via fez seu estomago tremer um pouco. Ele sempre se orgulhou de ser como era, seu único modo de sobrevivência era aquele... Mas agora, ele queria desesperadamente não ser mais aquele cara. Porque aquele cara havia metido os dois em grandes problemas com a mídia e uma ex-amante louca.

— Nunca, hein? É uma palavra muito forte. — Ele, porém, disfarçou o abalo.

— Você sabe... Aquele homem impenetrável que gritou com sua secretária porque ela chegou com uma criança no trabalho...

— Eu não sou mais assim. — Essa foi sua vez de interrompe-la. — De qualquer forma, eu entendo. Eu também estou surpreso.

— Edward...

O jeito que ela sussurrou seu nome o deixou meio tenso. Bella terminou sua primeira taça de vinho e puxou suas pernas da dele, sentando-se no sofá e virando para ele. Seus olhos ficaram vidrados nos verdes dos olhos de Edward, enquanto ele se sentia um pouco invadido pela forma intimidadora que ela o encarava.

— O que aconteceu entre você e Irina? — Ele não estava esperando por aquela pergunta.

De todas as coisas que Bella poderia dizer, essa era uma coisa que ele não queria que ela dissesse. Ela poderia atacar o passado dele e acusa-lo de ser um idiota e ele iria rapidamente concordar, mas ele odiava ter que olhar para o seu passado e se lembrar de tudo que viveu. Mas, ele sabia que não podia mais ocultar isso dela, mesmo que ele quisesse muito.

— Ela me traiu. — Ele sussurrou. — Eu acho que ela sempre me traiu, pensando bem. Mas, naquela época, eu não pensei sobre isso quando quis perdoar.

— Você quis perdoar? — Ela estava além de surpresa com aquela revelação.

Ele assentiu, servindo mais vinho para os dois. Seria melhor que seu nível alcoólico tivesse além do permitido se ele iria contar aquela história. E de uma forma incontrolável, sua mente voltava para aquele dia desastroso.

Eu não amo você!” os gritos de Irina ocuparam sua mente, mas a mão quente de Bella em seu braço o trouxe de volta para o presente.

— Eu não costumava ser do jeito que você ouviu falar e até viu no dia que nos conhecemos. Eu era um cara... Normal. — Se interrompendo, ele esperou ela adicionar algum comentário, mas Bella continuou segurando e dando sua total atenção. Então ele continuou: — Lembro-me de quando a conheci, era difícil não se apaixonar por ela. Eu sempre pensei que ela fosse diferente e eu facilmente me apaixonei por ela.

— Você era jovem e ingênuo, não foi sua culpa. — Bella disse, segurando o braço dele.

De alguma forma as palavras dela o confortaram, ele sempre soube que não tinha sido sua culpa, tinha feito tudo que podia e até um pouco mais por Irina e por eles. Não havia desistido nem um segundo de seus sonhos, porque sabia que quando alcançasse, daria a ela a vida que ela merecia. Foi isso que ele achou naquela época, mas não imaginava que estava muito errado.

— Nós namorados e todos adoravam ela. Eu a venera de uma forma cega e muito doentia. Eu confiava de olhos fechados nela e por muitas vezes achei que eu não fosse bom o bastante. Veja bem, eu estava me formando... Eu não tinha um nome, nem tinha feito meu próprio dinheiro ainda. Eu queria ser quem eu sou hoje, mas pelos motivos certos, ou melhor, motivos que eu julguei serem certos.

— Quais motivos? — Bella quis saber.

Mordendo os lábios, ele se virou para ela deixando sua taça sob a mesinha de centro da sala.

— Casar e dar a ela a vida confortável que ela merecia. — Edward admitiu.

— Isso é doce. — Bella alisou o rosto dele, sorrindo brevemente. — Eu sinto um pouco de inveja dela.

Edward riu observando o quanto ela era inacreditável. Se ela simplesmente soubesse o quanto ele estava enganado sobre o que sentia em relação a Irina assim que a conheceu...

— Não sinta, amor. Eu ainda assim cheguei além do que eu pretendia, não por ela, mas sim pela mulher que eu conheceria no futuro. Essa mulher é você, Bella. — Ela sorriu amplamente e ele se inclinou para beijá-la.

— Continue... — Pediu ela.

— Eu nunca notei que algo tivesse errado ou eu realmente nunca quis ver. Depois que tudo acaba, quando a venda finalmente deixa nossos olhos, somos obrigados a ver as coisas como são. E eu vi que Irina sempre estava nervosa quando seu telefone tocava e em sua família sempre tinha alguém doente em algum dia do final de semana. E por um longo tempo ela sempre esteve com dor de cabeça para dormir, evitando a mim, e como ela desviava seu olhar quando dizia que me amava. Eu percebi isso no dia que o convite de casamento dela chegou para mim.

A mão de Bella tremeu um pouco na mão de Edward e ele sabia que ela estava analisando suas feições. Quando Edward contava essa história, antes, no seu passado, ele sentia-se terrivelmente balançado. Mal, choroso e arrependido. Ele achava que aquela mulher era realmente a única mulher que ele havia amado e não encontrava nenhum motivo para tal ato da parte dela. Mas agora, olhando nos olhos de Isabella, ele sentia-se mais aliviado por compartilhar aquilo com ela. Não havia nenhum sentimento de tristeza quando ele dizia, não havia dor. Um pouco de vergonha em seu ego ferido por ter sido feito de idiota da forma mais cruel, mas ele não se lamentava mais pelo o que tinha acontecido.

— Mas, antes dela se casar com outro, ela foi minha noiva. Na noite que eu a pedi em casamento, eu tinha acabado de conseguir meu primeiro emprego em um bom escritório. Ela ficou tão eufórica quanto eu e nós fizemos um monte de planos naquela noite. Nós estávamos novamente juntos como uma sombra um do outro e por algum tempo as dores de cabeça sumiram, mas elas voltaram logo depois.

— Você está bem? — Bella perguntou quando ele pausou.

— Estou... É que... Fazia muito tempo que eu não falava disso. Era um assunto proibido e superado, eu dizia, mas agora, contando para você, parece que um monte de coisas que se passaram despercebidas naquela época começam a fazer sentido agora, entende?

— Eu entendo. — Ela disse rapidamente.

— Sabe, teve um dia que nós voltamos de uma festa de fim de ano do escritório que eu trabalhava, isso fazia uns seis meses... O telefone de Irina tocou e eu só percebi porque ela havia esquecido no balcão da cozinha do nosso apartamento. Estava no silencioso e a chamada era restrita...

Edward pausou, levando a mão até o queixo e suspirando, sabendo que as partes ruins finalmente estavam chegando.

— Eu iria atender, mas parou de tocar. Ouvi o barulho do chuveiro, eu nunca acreditei em destino... Mas aquele dia, algo dentro de mim me impulsionou para aquilo. Eu sabia que ela estava no banho e cara, era muita sorte ou realmente destino, era para ser, ela nunca desgrudava do celular e pela primeira vez o deixou quase que jogado na cozinha. Eu não resisti em olhar. Sabe os aparelhos antigos que você precisava só pressionar uma tecla para desbloquear? Era fácil. Não existia tanta segurança que há hoje com os smartphones da vida, naquela época isso nem se quer existia. E o que eu vi no celular de Irina foi devastador.

Bella se aproximou um pouco mais, encarando-o e apertando a mão dele. Não havia nenhum bolo na garganta de Edward ao se recordar daquele momento.

— O que você viu? — Bella perguntou baixinho.

— Eu vi que ela estava me traindo. Eram dezenas de SMS, longas conversas sobre encontros, horários disponíveis, sobre mim e nossa vida conjugal. Ela estava tendo um caso por um par de meses e ela descrevia como um sacrifício os dias que ela não podia vê-lo, pois teria que ficar comigo.

— Eu não acredito que ela foi capaz disso... — Sussurrou Bella encarando-o, a expressão enojada no rosto dela era a expressão que ele fazia sempre que se lembrava disso.

— Ela fez. E quando eu a questionei, ela assumiu tudo friamente. Naquele instante a mulher que eu havia conhecido morreu, ela se tornou uma espécie robótica que transmitia tanta frieza em seu olhar e me direcionava palavras duras, mesmo que eu dissesse dezenas de vezes que a perdoava. Oras, estávamos noivos e como eu disse, a venerava.

Essa era a parte que ele começava a se sentir uma completa merda. Se encolheu um pouco no sofá, porque o olhar piedoso de Bella estava o deixando ainda pior.

— Querido... Isso é... Normal. Você estava em um relacionamento com uma pessoa merda, mas você era bom, malditamente muito bom para ela. Veja o meu caso, eu permaneci tanto tempo ao lado de um homem que... Espancava-me. E ainda assim, eu achava que o amava.

Ela o consolou, Edward respirou fundo, sabendo que havia encontrado uma valiosa amiga. Isabella era o ombro que ele sabia que podia se sustentar, ela era um pilar firme e mesmo quando ele dizia sobre suas fraquezas e vergonhas, ela continuava ao seu lado e não o julgava.

— Você tem razão. Agora eu fodidamente acredito que tudo acontece da forma como precisa acontecer e céus... Eu queria que tivesse sido você desde o começo, detesto saber de tudo que você passou com aquele idiota... E fico tão aliviado em saber que aquele pulha não colocou as mãos sobre a minha garotinha lá em cima.

O sorriso brilhante de Bella inundou a sala e ela saltou para cima de Edward, abraçando-o com força.

— Ela é mais sua do que um dia foi dele. Se aquiete, eu sei que você vai cuidar de nós duas. — Disse em seu ouvido.

Edward a apertou com mais força ainda, beijando o pescoço dela.

— Não tenha duvidas disso, amor. — Prometeu.

Ela voltou para seu lugar, encarando-o, esperando que ele continuasse.

— Ela só não foi embora quase que imediatamente porque descobriu que estava grávida. Eu fiquei radiante com aquilo, achei que tudo se resolveria então. Ela mudou o comportamento frio para fora de orbita. Por alguns dias ela saia para o trabalho e voltava e dizia que não entendia como aquilo havia acontecido. Nós fomos para a primeira consulta juntos. Bella, eu seria pai e aquilo era meio que uma forma de prende-la a mim... — Ele parou para rir. — Mas durante a consulta, quando a médica disse quanto tempo gestacional ela estava, ela disse que o bebê não era meu.

A mão dele tremeu um pouco, era como se alguém tivesse arrancado Marie de seus braços, foi assim que ele comparou. Aquela criança, Edward havia se afeiçoado a ela desde o momento que descobrira que ela existia e quando Irina o olhou nos olhos, gritando e dizendo que pelas suas contas o bebê não era seu, ele simplesmente entrou em pânico.

— Como você pode ter certeza que não é seu? — Bella perguntou e a palavra pânico transparecia em seu rosto.

Edward sorriu para ela, segurando sua mão.

— DNA, amor. É claro que eu no ápice do meu desespero disse que ela estava mentindo e ela reafirmou o que dizia. Eu, ainda mais desesperado, disse que não tinha nenhum problema. Eu a queria e aquele filho já era meu. Eu o amava... Eu sempre sonhei ser pai e ela sabia disso, ela sabia de todos os meus sonhos, Bella. Ela sabia de tudo e ela pisou em mim, ela me olhou friamente dizendo que estava apaixonada por outro homem e que iria embora. Eu me rastejei atrás dela, meses e meses eu a implorei para ficar comigo. Eu amei aquele bebê até que ele nascesse, eu a quis mesmo quando o exame de DNA deu negativo. Eu desabei todos os dias que ela me recusou e no dia que seu convite de casamento chegou eu morri.

Os olhos dele esquentaram e ele segurou, não queria que Bella pensasse que ele estava lamentando por ela. Mas o que ele realmente sentia-se era infinitamente traído por uma pessoa que ele amou e confiou. Ela usou suas fraquezas contra ele e isso o deixava irado, era impossível não querer mudar. Se alguém tão próxima que jurava que nunca o machucaria foi capaz de destruir seu coração o que ele podia esperar de mulheres que nunca o conheceram de verdade?

Era obvio para ele agora os sinais que Irina deu quando mudou o comportamento, quando ficou distante, quando o negou na cama por vários meses. Quando preferia dormir quando ele já dormia e acordar antes dele. Quando ela passou mais tempo com seu celular, até durante as refeições, ao invés de olhá-lo nos olhos e perguntar como havia sido seu dia.

— Ela se casou com meu chefe naquela época. — Edward riu agora, realmente achando graça. — E você acredita que eu realmente demorei a entender que Aro o amante dela? Afinal, ele era casado e eles levaram vários meses até o altar. Eu achei que ela simplesmente se apaixonou pelo meu chefe e ele deixou tudo por ela, mas então, ele assumiu o filho dela. E não havia uma pessoa que não comentasse sobre o caso de mais de um ano que ele mantinha com ela. Eu era a porra do disfarce dela para a esposa dele não descobrir.

Aquela era a pior constatação que ele poderia fazer, era tão terrível que agora ele não se sentia mais envergonhado, ele sentia-se exausto. As pessoas eram cruéis em medidas que não podiam nomear. E agora ela simplesmente voltava, jogando um boato sujo na mídia, querendo sua atenção sem ele realmente entender o porque.

— Amor... Isso é tão sujo, o que essa mulher fez foi péssimo e... Você se livrou bem a tempo de cometer uma burrada sem volta. — Ela inclinou-se para ele, unindo sua testa com a dele. — Você é tão incrível em palavras que não consigo descrever agora. Eu tenho muita sorte de ter você, Marie tem muita sorte em ter você...

— Eu tenho. — Ele respondeu rapidamente. — Eu que tenho sorte. Você sabe, eu quero ser um homem muito melhor para você e um pai muito melhor para ela.

Ele notou quando os olhos dela se encheram de lágrimas quando Bella passou as pernas dela ao redor da cintura dele. Beijaram-se calmamente, sentindo o gosto do vinho quando suas línguas se tocaram. Edward passou sua mão através da blusa de Bella, alisando as costas dela. A pele quente e macia era incrível de sentir, ele ouvi-a resfolegar sobre ele quando a intensidade do seu carinho aumentou.

Aquilo era perfeito. O jeito que os lábios macios dela passeavam sobre os seus, a língua brincava com a sua e ela mordiscava seu lábio superior e soltava uma risadinha agradável quando fazia isso, entre os gemidos baixos quando ele subia e descia as mãos pela pele dela.

— Estou pronta para conhecer aquele quarto agora... — Bella sussurrou timidamente.

O coração de Edward bateu mais forte em seu peito quando ele se inclinou para frente, capturando o lábio dela com mais força. Sua mão prendeu em baixo da bunda dela, suspendendo-a e se levantou.

— Você tem certeza? — Ele sussurrou enquanto caminhava com ela em seu colo para as escadas.

— Absoluta. — Respondeu ela.

Edward sorriu maliciosamente. Seu peito ainda batia forte, desacreditado no que poderia acontecer. Ele terminou os degraus, adentrando o corredor, Bella colocou a mão sobre o lábio quando eles passaram pelo quarto de Marie, a porta estava entreaberta e uma luz amarelada do abajur escapava pela fresta. Ele continuou andando, abrindo a porta seguinte. Com uma distancia confortável entre um quarto e outro e paredes reforçadas, Edward entrou na suíte que haviam preparado para eles.

Ouviu a primeira reação de Bella, ela resfolegou quando encarou a vista ao redor. Uma porta na lateral do quarto estava aberta, dando para uma varanda que contemplava a vista do mar, de frente para a casa. E ele viu que ela ficou encantada com isso quando ele delicadamente a colocou sob a cama.

Ela, porém, não disse absolutamente nada sobre isso. Somente focou no que Edward fizera a seguir. Ele tirou a camisa de algodão que ele vestia e avançou para ela na cama. Voraz, Edward tomou os lábios dela novamente, Bella gemeu baixo, entregando-se a ele. Passando seus braços por de baixo da cintura dela, puxou-a ainda mais enquanto arrastava uma lista de beijos através do pescoço que ela oferecia de bom grado.

Os pequenos gemidos se intensificaram quando ele alcançou o busto. Bella mexeu-se inquieta em baixo dele, fazendo-o rir um pouco. Ele estava ansioso para tê-la, mas esperou tanto por esse momento que estava tudo bem esperar um pouco mais.

Afastando-se, Edward levantou a barra da camisa do pijama que ela vestia e vendo que ela não demonstrou nenhuma resistência, ele a puxou. Bela rapidamente terminou de tirá-la. Por alguns segundos ele travou observando-a.

— Você é linda... — As palavras saíram sem controle através dos lábios dele.

A pele dela era perfeita, leitosa, sedosa e incrivelmente quente. O cheiro dela era inebriante, amêndoas e canela. A pequena peça de rendas que cobria os seios perfeitos que ela tinha eram da cor que ele mais amava: Vermelho, não um tom qualquer de vermelho, vermelho escuro como uma poça de sangue. Vermelho como ela estava agora enquanto ele a admirava.

Edward rapidamente puxou o short dela e não ficou decepcionado. A pequena peça de renda também acompanhava-a em baixo. Bella era aquela mulher surpreendente que ele não via a hora de tornar sua. Sua para sempre.

Ele voltou a beijá-la. Sua mão apertava o quadril dela, enquanto Bella inclinava-se cada vez mais para ele, sedenta. Edward desabotoou o sutiã dela com a mão livre e a tirou. Ela ficou um pouco tímida quando ficou nua e Edward decidiu que essa era a visão mais perfeita que ele já havia visto. A luz da lua cheia centralizada ao seu inundava o quarto, o vento fresco arrepiava sua pele, as cortinas brancas balançavam empurrando o cheiro do mar para eles. E o tesão apenas aumentava.

Seus lábios beijaram os seios de Bella, lamberam, sugaram e uma de suas mãos tampou a boca dela quando ela ameaçou gemer alto demais. Escorregando sua trilha de beijos, Edward a lambeu e farejou como um animal faminto até encontrar a pequena peça vermelha da calcinha de Isabella. Ele a cheirou sobre o tecido, o cheiro de fêmea misturado com algum óleo ou hidratante corporal que ele ainda não sabia distinguir o cheiro. Lambeu o tecido fazendo seu corpo arquear ainda mais. Ele escorreu suas mãos pela lateral do corpo dela, segurando fortemente a cintura dela, enquanto esfregava seus lábios e dentes sob o tecido e o puxava com sua boca. Com uma das mãos retirou sua calcinha.

Ao acaricia-la, não suprimiu o gemido. Ela estava encharcada, pronta, praticamente implorando por ele. Mas antes, não podia deixar de prova-la. Era mais forte que ele. Suas mãos tremiam, sua narina inflava e seu pau remexia-se fortemente dentro de sua cueca boxer, exigindo tê-la a todo custo. Seus lábios provou dela, sua língua aproximou-se sentindo ao almiscarado salgado e doce e o cheiro de fêmea e algo doce que ela exalá-la. Ele nunca havia estado tão excitado chupando uma mulher. Ele nunca sentiu tanta urgência em ter uma mulher e ele nunca sentiu uma troca tão intensa quanto essa, enquanto Bella segurava seus cabelos com força e pressionava seu rosto contra ela, abrindo cada vez mais sua perna, dando a ele uma visão maravilhosa e privilegiada de sua intimidade.

Ele a amava. Constatou isso quando sugou-a, introduzindo um dedo dentro dela. Ele constatou quando tirou seu dedo da gruta apertada e o lambeu, encarando-a. Constatou quando gemeu como um animal, se levantando e tirando seu short com a cueca junto. Constatou quando ela o encarou com os olhos suplicantes por ele. Constatou quando ele inclinou-se sobre ela, gemendo e quase urrando, segurando fortemente a cintura dela e se colocando entre suas pernas. Constatou isso e teve a certeza, porque pela primeira vez, após muito tempo, ele não sentia medo, reserva, desconfiança e nem mesmo duvidas sobre estar com alguém. Constatou, porque quando olhou nos olhos dela, a medica que a penetrava, sentiu uma paz que há anos não o atingia.

E ele sabia que ela estava sentindo o mesmo.

A conexão além de perfeita quando ele estava inteiro dentro dela. O jeito como seu corpo suavemente se tocaram, como seus lábios se procuraram em seguida. As mãos dela arranharam suas costas e Edward amparou-se na cabeceira da cama para investir sobre ela. Ambos no mesmo ritmo, na mesma sintonia, compartilhando um prazer indescritível.

Bella gemia, pedindo baixinho para que ele não parasse, Edward por sua vez murmurava que nunca pararia. Palavras como “você é maravilhosa” saíram da boca dele e           “você é incrível, faça isso sempre comigo” saíram da boca dela e eles se beijavam, entregues ao transe. Eles anunciaram quase ao mesmo tempo que iriam gozar e quando chegaram lá, fizeram declarações, juntos.

— Eu sou louca por você. — Bella gemeu nos lábios dele.

— Não me deixe nunca! — Edward respondeu ao mesmo tempo.


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