Konoha's Babies escrita por machadorisos


Capítulo 4
Quarto dia: Bonecos, lanches e abraços


Notas iniciais do capítulo

Oin morexxx, tutupom?
Estou de volta com um capítulo bem docinho, pq é assim que a gente gosta, não é?
O próximo capítulo já está sendo escrito, deve ficar pronto no fim da semana.. Como estou trabalhando, fica mais difícil para postar, mas darei meu melhor.
Me avisem se encontrarem erros, no mais, boa leitura! ♥



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Após o fatídico episódio da massinha de modelar no cabelo, Madara Uchiha, se tornou bem cauteloso em relação às crianças. Quando os pequenos começaram a chegar, os cumprimentou de longe e nem quis deixar Obito subir em suas costas.

O garotinho chorou tanto que um dos professores de outra turma, Kakashi, foi verificar o motivo da gritaria e lançou um olhar significativo para o diretor para que desse um jeito de fazer o menino calar a boca. O resultado foi um Obito com olhos vermelhos nas costas de um Madara muito irritado.

Fora esses acontecimentos o dia seguia normal. Sasori havia levado seu novo boneco para mostrar aos amigos, o que causou um imenso ciúme em Deidara – já que o loiro não tinha à atenção que queria.

— Uau! – Exclamaram os pequenos admirando o novo boneco, que segundo Sasori tinha diversas funcionalidades.

— Eu acho seu boneco muito feio! – Implicou Deidara.

— Você tá sendo bobo! – Acusou Nagato.

— Não sou bobo! – Defendeu-se o loiro – O boneco do Sasori é muito feio, a boca dele fica aberta!

— É porque não é um boneco igual os que você tem na sua casa, bobão – Sasori finalmente defendeu seu brinquedo – É uma marionete.

— O que é uma marionete? – Questionou Kisame.

— São bonecos especiais, vovó Chiyo que me deu. – Disse o ruivo com carinho – Ela me disse que quando eu for grande posso ser um grande “tinteiro”!

— Que legal! – Animou-se Yahiko.

— Não é “tinteiro” é titeriteiro. – Corrigiu Madara.

— Ti... o quê? – Nagato tentou falar a palavra difícil.

— Titeriteiro – Madara disse novamente – É o nome que se dá à profissão de quem manipula marionetes.

— O que é “manipula”? – Perguntou Itachi.

— Manipular quer dizer controlar, titeriteiro é quem controla as marionetes. – Explicou o diretor que por incrível que pareça não estava mais irritado, na verdade estava gostando de responder aos pequenos – Eles ficam escondidos e puxam uma corda para mexer a marionete.

— Nossa, que legal! – Konan estava bem entusiasmada com o assunto – Deve ser muito difícil, né? – Direcionou sua pergunta a Sasori.

— É sim – O ruivo respondeu – Vovó Chiyo disse que tenho que treinar muito e crescer bastante “pra” fazer isso.

— Quando eu crescer vou ser policial! – Começou Yahiko.

E ali se iniciou a discussão sobre o que seriam no futuro. Em algum momento da conversa Madara se pegou sorrindo, não soube exatamente o porquê, mas sentia feliz naquele momento. Isso o assustou.

Veja bem, nosso diretor nunca foi próximo às crianças. Embora tivesse uma creche, sempre optou por apenas administrar e em nenhum momento pensou em estar ali no meio dos pequenos. Mas naquele momento era como se nunca tivesse pensado a respeito. Era como se sempre estivesse presente naquele local.

A animação se manteve até que Hidan reclamasse de estar com fome. Foi como se um botão fosse acionado e todas as crianças começaram a reclamar de sua barriga estar vazia.

— Eu também estou com fome – Kakuzu como sempre estava quieto em um canto, e Madara as vezes se assustava com as falas repentinas, sempre imaginou que crianças fossem barulhentas, mas Kakuzu era quieto demais.

— Tio Madara, cadê nosso lanche? – Perguntou Obito.

— Como assim? – Indagou o adulto confuso – Por que eu tenho que saber onde está o seu lanche?

— Nossa tio Madara, o tio Hashi sempre nos dá o nosso lanche nas quintas-feiras – Lamentou-se Itachi.

— É verdade, eu contei aqui – Nagato mostrou os dedinhos com o número cinco – Hoje é cinco, dia de lanche!

— É isso aí! – Gritou Deidara, e Madara semicerrou os olhos já começando a se irritar.

— Pestinha – Começou o diretor – Eu já não te disse que não precisa gritar?!

— QUERO LANCHE! – Gritou Hidan em um canto oposto as outras crianças, pegando um brinquedo e jogando no chão, o que fez bastante barulho – EU QUERO LANCHE!

— EU TAMBÉM QUERO – Gritou Deidara.

— Eu também quero! – Konan disse, porém não gritou.

— Parem de gritar! – Gritou Madara.

— Você também tá gritando, tio! – Pontuou Itachi. Para Madara o garoto era inteligente demais para a idade.

— Eu posso gritar, vocês não! – Disse o mais velho já bastante irritado.

— Tio Madara – Chamou Kisame.

— O quê? – Perguntou seco.

— O que o senhor vai dar pra gente de lanche? – Perguntou educado como sempre.

Naquele momento Madara odiou Hashirama, o odiou por não ter dito nada sobre ter lanches nas quintas-feiras; o odiou por tê-lo colocado naquela situação ridícula, onde se encontrava com um avental rosa na cozinha da creche enquanto preparava suco e misto-quente.

— Oh – Assustou-se Gai ao entrar na cozinha – Você por aqui, diretor?

— Sim. – Disse seco e sem prolongar o assunto. Não tinha nada contra o professor, na verdade até o admirava por sua animação e condicionamento físico, mas ao estar naquela situação só queria ficar quieto enquanto amaldiçoava Hashirama.

— Lanche para as crianças? – Questionou Gai e percebendo um aceno positivo do mais velho continuou – Isso é muito importante! Vim fazer vitaminas para minha turma, eles precisam de muita proteína para exercer toda a força da juventude! – Explicou Gai e Madara podia jurar que era como se saísse fogo de seus olhos.

— Você parece gostar bastante de fazer isso – Comentou o diretor.

— Sim, eu adoro. Gosto de estar com as crianças e ajuda-las a florescer sua primavera da juventude!

— Certo, certo – Concordou no modo automático.

— Madara – Chamou Gai sério e Madara o olhou atento estranhando o tom – Sei que não gosta de crianças – Começou o professor – Mas você vai ver que elas não são tão ruins quanto você pensa, elas são amorosas e é nosso trabalho como seus mestres de lhe ensinar o caminho correto a se seguir. – Gai terminou seu discurso e era como se estrelas brilhassem ao seu redor, se encaminhou para a saída e despediu-se com um aceno, Madara nem teve tempo de lhe responder.

— Não é como se eu as odiasse... – Murmurou Madara sozinho no ambiente.

...

Levou o suco e os mistos-quentes para a salinha onde Hiruzen cuidava das crianças em sua ausência. Os pequenos ao verem Madara se animaram e começaram a pular ao seu redor, e o diretor os comparou com cachorrinhos quando sentiam cheiro de comida. Hiruzen o auxiliou instruindo para que as crianças sentassem e esperassem serem servidas.

Conforme os lanches eram distribuídos, os pequenos se calavam e comiam quietos. Hora ou outra soltavam alguma frase de contentamento ao lanche. Madara se sentiu orgulhoso, lógico que não diria a ninguém que estava se sentindo um chefe de cozinha por cozinhar para crianças que se lambuzavam com queijo derretido.

Depois de terem suas barriguinhas cheias, os miúdos voltaram a brincar e isso sucedeu-se até a hora de irem embora. Madara foi entregando cada um a seus respectivos pais e ficaram apenas Konan, Nagato e Yahiko na sala – ainda não haviam ido embora pois os pais de Nagato não haviam chegado, os menores sempre iam juntos para casa.

— Tio Madara – Chamou Konan. Madara a olhou enquanto tirava o avental rosa e pode ver que a menina estava corada e Nagato e Yahiko estavam ao seu lado, também corados.

— O que foi?

— A gente queria te dar uma coisa. – Nagato continuou.

— Ok. – Disse o diretor lentamente estranhando muito o fato de crianças quererem lhe dar algo – O que é?

— Toma – Konan lhe estendeu a mão. Era um origami, o mais velho já havia notado que a pequena vivia fazendo para ela e para os amigos da creche – É uma flor.

— Oh, obrigado – Disse pegando o presente.

— Eu gostei muito do lanche hoje! – Disse Yahiko rápido como se estivesse com muita vergonha de dizer, e estava com as bochechas coradas.

— Eu também gostei muito, tio Madara! – Nagato concordou.

Madara não sabia como reagir ao elogio, na verdade estava sem saber como reagir desde que recebeu o presente. Assim o considerava, mesmo que fosse apenas um pedaço de papel colorido de várias cores, era um presente. O primeiro presente que recebeu de uma criança.

Viu quando a mãe de Nagato chegou e chamou as crianças para irem embora. O diretor a cumprimentou e se despediu com um aceno aos pequenos, quando se virou para terminar de catar os brinquedos do chão sentiu algo em suas pernas. Era Yahiko que o abraçava.

— Tio Madara, eu gosto muito de você – Disse inocentemente – Você é bem legal! – Deu-lhe um sorriso e saiu correndo.

Madara estancou no lugar e ficou encarando a porta, não soube por quanto tempo ficou ali, só se tocou quando Gai lhe chamou na porta e perguntou se estava tudo bem. O que o assustava era o calor. O calor do abraço de uma criança. Não qualquer criança, uma de suas crianças. Seu coração se aqueceu e um pequeno sorriso brotou em seus lábios.

— Eu estou bem, Gai. Muito bem. – Disse ainda sorrindo.


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