Sim escrita por Tris Pond


Capítulo 5
Parte Cinco - Hold On


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curtinho, mas prometo que os próximos vão vir cheios de emoção. Se preparem.



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SIM – PARTE CINCO

Você pode me ouvir gritando: por favor, não me deixe? Espere, eu ainda te quero. Volte, eu ainda preciso de você. Me deixe pegar a sua mão, eu vou consertar tudo. (..) Espere eu ainda preciso de você. Eu não quero te deixar ir. Sei que não sou tão forte assim. Só quero ouvir você dizendo, querido. Vamos para casa.

(Hold On – Chord Overstreet)

Algumas semanas depois

A rotina de não falar com Ladybug era estranha para Adrien. Ele tinha pensado em tentar agir normalmente quando a encontrasse de novo, mas soube imediatamente que não conseguiria. Ele estava ferido demais para sorrir e brincar com ela como se tudo estivesse bem. Claro, ele sabia que, do ponto de vista dela, ele devia estar sendo um imbecil e imaturo. Mas também sabia que se ignorasse o problema, os seus sentimentos por ela continuariam uma bagunça.

Mais estranho do que isso somente o fato que ele não se sentia nenhum um pouco estranho conversando com Marinette Dupain-Cheng várias horas por dias e todos os dias, até nos finais de semana. Na verdade, ele tinha se acostumado bastante com a nova dinâmica na amizade deles e gostava da nova Marinette que estava tendo a chance de conhecer. Era como se ela finalmente estivesse agindo com ele como agia com os outros; ela estava bem mais confiante e ele podia ver agora o quanto ela era brilhante. 

***

Alya quase gritou de susto quando viu Ladybug dentro da sua casa. Ela não tinha ideia de como a super-heroína conseguira entrar ali ou o que ela fora fazer. Alya franziu a testa, será que ela estava precisando de ajuda?

“Alya, desculpe te atrapalhar e entrar assim, mas posso te pedir um favor?” a super-heroína pareceu ler a mente da dona da casa.

“Claro!” não era muitas pessoas que ela confiaria tanto assim, mas Ladybug era uma super-heroína e incrível. Ela nunca abusaria de alguém. “O que você quer?” questionou, curiosa. “Espera, antes de responder isso, como você entrou aqui?”

Ladybug sorriu, entretida com a curiosa inacabável de Alya. Ela simplesmente apontou para a janela. Ah, faz sentido, pensou a Césaire. Depois balançou a cabeça. Era hora de ajudar quem sempre ajudava a manter a cidade inteira.

***

Adrien estava lendo distraidamente as páginas do conteúdo de Física – ele já tinha aprendido as leis de Newton fazia um tempo com o seu professor particular – quando viu uma notificação do Ladyblog. Curioso e preocupado, abriu para ver, esperando que Ladybug não estivesse em problemas. O que encontrou foi algo bem diferente.

“Estou aqui com Ladybug hoje, em uma entrevista exclusiva a pedido dela” informava Alya em seu tom de voz profissional. “Acreditem, eu estou tão curiosa com vocês sobre por que ela resolveu falar em público, já que - por algumas razões que entendemos - ela prefere não demorar muito tempo em frente das câmeras. Só sei que estou grata pela honra” falou, sorrindo para a heroína no final, a qual retribuiu como se fossem melhores amigas.

“Obrigada por me receber aqui hoje, Alya. Eu realmente prefiro evitar as câmeras, mas eu errei com uma pessoa e ela gosta de gestos dramáticos. Ela já fez vários para mim e acho que está na hora de retribuir” Ladybug sorriu, mas parece diferente do normal, mais hesitante. “Não posso dizer o seu nome, mas você sabe quem é. Se você está vendo isso, eu vim dizer aqui que eu estava errada em não perceber como você se sentia. Eu sinto muito. De verdade. Eu quero que você me diga o que eu posso fazer para consertar as coisas” ela parou “A cidade não parece a mesma sem você, eu sinto a falta de como as coisas eram e eu prometo que vai ser diferente dessa vez. Mas por favor me deixe tentar resolver as coisas. Vamos descobrir o que fazer juntos, mas não se afaste mais” ela pediu.

“Ladybug, você pode explicar um pouco do que está acontecendo?” pediu Alya, não perdendo a chance de obter respostas.

“Nada que cause perigo a Paris” assegurou Ladybug. “Só eu que não valorizei quem era importante para mim até perder a pessoa.”

“Você pode divulgar mais alguma coisa?” Alya falou, mas não pressionou quando Ladybug balançou a cabeça negativamente. “Bem, espero que a pessoa te perdoe e as coisas se resolvam” disse e pouco depois a transmissão foi cortada.

Adrien não sabia o que pensar. Seu primeiro instinto, claro, era correr para Ladybug, aceitar as desculpas dela e beijá-la (o que com certeza só pioraria tudo), entretanto, também tinha uma parte de si que preferia que ela simplesmente tivesse vindo até ele e conversasse com ele mais uma vez. Ele tinha pedido um tempo e ela não tinha conseguido respeitar. Ele entendia, porque estava doendo bastante para ele ficar afastado dela, porém também tinha o feito bem. Ele estava conseguindo pensar mais claramente sobre algumas coisas e até mesmo notar coisas que nunca tinha percebido antes – como o jeito que a risada de Marinette era tão encantadora que ninguém conseguia ficar perto dela sem se juntar a ela quando ria.  

O pedido de Ladybug era adorável e fez com que ele soubesse que ela realmente se importava enormemente com ele, que ela estava mal de estar longe dele. Ela realmente gostava dele e isso o fazia sorrir como um idiota. Porém, ele não sabia se isso mudava alguma coisa ou não – ele ainda gostava dela, certo? Então se voltassem a conversar, ele não iria desejar por mais?

Adrien suspirou frustrado. Era nessas horas que ele mais sentia falta da sua mãe. Mesmo que ele não pudesse explicar tudo para ela, sem estragar o fato que era um super-herói apaixonado por uma super-heroína, poderia explicar sobre a amizade e o que estava sentindo. Ela saberia o que fazer. Ela sempre tinha a melhor solução, com seu jeito de simplificar as coisas mais difíceis. Porém, só restava o pai e ele nunca conversaria sobre isso com Gabriel.

Adrien resolveu que o melhor a fazer era continuar pensando nisso até achar uma solução. Hoje ainda era sexta-feira e ele só precisaria ver Ladybug na segunda-feira (porque ele tinha uma festa no sábado e domingo tinha uma reunião de trabalho, então tinha pedido a Ladybug para fazer a patrulha de rotina), a menos que houvesse um ataque de Akuma entre esses dias. Ele queria achar uma solução que não machucasse Ladybug nem a ele, mas não tinha certeza se ela existia.

***

Marinette sentia-se miserável. Chat Noir não tinha respondido ainda a sua entrevista com Alya. Fazia um dia inteiro que ela fora para o ar. Ela não sabia se era por que ele não tinha visto ainda ou se era por que ele não queria responder.

Ela arrependeu-se de ter pedido para Alya fazer tal coisa, tinha exposto ambos demais. Talvez tivesse sido melhor simplesmente ir falar com Chat mais uma vez, tentar fazer ele voltar ao normal. Ela tinha achado que como ele ridiculamente romântico, ele iria gostar desse ato. Mas talvez estivesse errada e agora não podia voltar atrás.

De qualquer jeito, ela tinha passado a mensagem que queria a amizade dele de volta. Ela nunca tinha imaginado que se sentiria tão ruim sem Chat, mas a cada dia que ela tinha que lidar com ele somente falando o que era essencial para cumprir os seus deveres, ela sentia-se mais desesperada. Seu peito doía dolorosamente toda vez que ele abria a boca, mas não saia uma piada (de péssimo gosto).

Ela queria que ele voltasse para a vida dela, só isso.


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Notas finais do capítulo

Advinha quem irá aparecer no próximo? Isso mesmo, nosso querido e maravilhoso Luka.



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