Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 8
Capítulo 8




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No dia seguinte pela manhã, Inês estava só, em casa por Constância estar em uma consulta com seu novo médico, que Victoriano no fim da noite que esteve com ela, pediu para as duas se consultarem com um especialista. Mas como a mãe, Inês escolheu que ela fosse, negando a ir. Ainda que no fundo, voltava a pensar no que Bernarda havia lhe falado, pois Victoriano levava a mãe dela em um dos melhores médico especialista do país com doenças relacionadas em transtornos mentais. E diante daquela generosidade, quebrando seu orgulho, Inês havia aceitado, por amor a sua mãe que sem aquele gesto nobre de Victoriano, ela sabia que sem ele não teria condições de dar um tratamento que ele estava disposto a dar a Constância. E por esse feito, Inês não tinha ideia de como podia agradece-lo pelo que fazia por ela. Pois era mais, muito mais do que compras de remédios que Victoriano, estava fazendo pela mãe dela.


E assim, sozinha, andando pela casa, Inês ouviu a campainha tocar. Ela colocou uma blusa de lã por cima do vestido que usava e foi abrir a porta. Mas quando abriu. Ela se surpreendeu, pois era Loreto na porta.


Fazia quase 3 meses que ela não via ele. E agora ele resolvia aparecer, mais robusto e vestido um pouco melhor do que ela lembrava.  E a vendo sem reação o olhando, Loreto disse com um largo sorriso.

— Loreto : Não vai me convidar para entrar, Inesita? Senti saudades.


Inês piscou várias vezes, ainda sem acreditar que via Loreto. Até que deu passagem a ele. Estava em choque e nervosa, porque tinha chegado o momento agora dela estar cara a cara com ele e finalmente terminariam o que tiveram .

Loreto olhava tudo ao seu redor. Realmente estava com saudades de Inês. Quando foi, tinha uma missão mas não sabia que demoraria muito para voltar. Ele precisava de dinheiro. Dinheiro suficiente para comprar uma casinha e um anel de compromisso para Inês. Mas quando chegou diante do seu “empregador” viram talento nele e não o deixaram ir até que quiseram. O que Loreto não se queixou pois havia aumentado um pouco o valor do dinheiro que queria em troca dos serviços que prestou.


E ele respirou puxando o ar sentindo o cheiro da casa de Inês. Era um cheiro familiar, de uma casa de família como a que ele queria fazer com ela. Pois ela para ele, era a única digna para ser a esposa dele e de suas ambições estarem aos pés dela.


E então, ele de frente para Inês. Sorriu e falou.


— Loreto : Quanto tempo, não é?


Inês tinha os braços cruzados e da forma que estava, ela tentava esconder a mão que tinha o anel de compromisso com Victoriano. Nervosa, ela só pensava em como iria começar contar a Loreto, que se apaixonou por outro em sua ausência. Havia desejado muito de início que começava a se entregar aos sentimentos que Victoriano começava despertar nela, aquele momento de frente com Loreto para lhe dizer a verdade e ser sincera. Mas agora temia a reação dele. Porque novamente agora o olhando nos olhos lhe vinha a vergonha. Estava noiva de Victoriano, do amigo dele. Como tinha sido capaz daquilo.

E então, baixinho ela começou a falar.


— Inês : Loreto, aconteceram algumas coisas durante esse tempo que não estava. Você sumiu. Não tinha notícias suas.


Loreto sorriu e levou as mãos ao lado dos braços de Inês. Os dias que ele esteve fora nada importava mais. Já tinha o que precisava para estar com ela. Tinha custado vários dias longe mesmo sabendo que Victoriano estava rondado, sua Inesita. Mas Loreto havia confiado na honestidade de Inês. De que nada aconteceria na ausência dele, por simplesmente ela ser quem era .

E assim ele a respondeu feliz.


— Loreto: Tive que ir. Mas estou de volta e trago boas notícias, Inesita. Além de algo para você.

E Inês olhando nos olhos dele perguntou sem jeito.

— Inês : Algo pra mim?

— Loreto: Sim, olhe.


Loreto mexeu nos bolsos da sua calça e tirou uma caixinha azul de lá. Quando Inês viu o que era, arregalou os olhos mais nervosa ainda e começou a dizer.

— Inês : Não, Loreto. Temos que conversar. Meu Deus!


Ela levou as mãos na boca, enquanto Loreto não se importando com as palavras dela, mostrou o anel todo orgulhoso que tinha para pedir ela em casamento . E depois disse.


— Loreto : Vamos nos casar, Inês . Consegui esse anel que merece. E já temos uma casa . Nada mais impede que nos casemos.


Depois de suas palavras, Loreto viu os olhos de Inês molharem de lágrimas, com sua expressão toda triste para quem estava sendo pedida em casamento. Até que ele fixou os olhos e viu na mão dela, um anel de compromisso com uma pedra ao meio maior do que o anel que ele dava para ela. E os pensamentos dele o levou até Victoriano e seu corpo todo ficou tenso e sua expressão dura, por constatar o que estava acontecendo ali. 

E Inês já chorando enquanto ele fechava a caixinha da aliança de compromisso e guardava, disse, abraçando seu corpo com os braços.


— Inês : Eu me apaixonei por ele. Me apaixonei por Victoriano Santos, Loreto. Me perdoe.


Loreto aspirou o ar com ódio. Victoriano não tinha perdido tempo em sua ausência com Inês. E ele burro havia acreditado que ela tão cheia de pudores e princípios não iria aceitar a aproximação dele mais. E por essa ilusão, as pressas para não perde-la, se submeteu a coisas para casar com ela e agora a encontrava noiva de outro. Loreto só pensava, que Victoriano era um demônio e havia conseguido tirar o que ele tinha de melhor na vida que ele odiava.  Inês era o melhor naquela vida miserável que Loreto tinha, mas que tinha a cede de mudar sua situação. Mas com ela, para ela!

E assim,  Loreto respirando agitado com seus pensamentos e ainda calado, Inês, preocupada voltou a dizer.


— Inês : Por favor, Loreto diga alguma coisa.  Não siga me olhando assim como se eu fosse uma...


E Loreto despeitado cuspiu completando as palavras dela, cheio de raiva. 


— Loreto : Uma prostituta! Porque é isso que é! Se vendeu para Victoriano, Inês!


Inês, então soluçou doída pela forma que foi chamada . Ela sentia que havia doído mais do que ter sido ofendida por Bernarda. E então chorosa ela respondeu Loreto.


— Inês : Não me ofenda, Loreto! Eu não sou assim. Eu... Eu me apaixonei por ele! Não tive culpa!


E Loreto todo vermelho, pegou nos braços dela. E com mais raiva ele disse.


— Loreto: Mentira! Se vendeu! Se vendeu para ele quando viu que podia ter tudo com aquele maldito, traidor!


Loreto soltou Inês, que chorava muito e passou a mão na cabeça tentando se controlar. Tinha vontade de matar Victoriano por aquela traição. Sabia que ele tinha colocado os olhos em sua Inês desde que ele a viu. Ele era um maldito fura olho!

Inês, enquanto via Loreto bufando e andando na frente dela, se encolheu no canto da parede acariciando o braço que Loreto havia pegado. Ela gostaria de se defender mais, mas sentia que havia errado de fato com Loreto, a prova era que o via sofrer  na frente dela. Aquela forma furiosa dele estar agindo era a única que ele parecia ser capaz de demonstrar que sofria. E ela sentia que a culpa era só dela. Sentida por isso, Inês não sabia mais o que dizer. Não queria ter partido o coração de Loreto como tinha feito, pois o tempo que estiveram juntos ele tinha sido tão bom para ela. Ela não podia esquecer daquilo antes de tudo. Ainda que o tio dele havia dito por algum motivo com raiva do sobrinho que ele não a merecia. Mas ali estava ele, de volta com uma aliança na mão e pronto para casar com ela. E se não existisse Victoriano e aquele sentimento, Inês tinha certeza que aquele momento seria completamente diferente. Mas ela não podia mandar nos seus sentimentos. Victoriano tinha conquistado o coração dela, o amor, dela e que na verdade não tinha conseguido sentir pelo homem que ela via na sua frente.

E então, ainda vendo Loreto furioso, como estava. Ela puxou o ar do peito e disse calma .

— Inês : Eu sinto muito. Não queria ter te machucado, Loreto. Eu juro que não queria. Por favor se acalme.


Loreto olhou para ela. Seus bonitos olhos estavam cheios de lágrimas suas bochechas rosadas também. E ele se aproximou e pegou no rosto dela com as mãos e Inês fechou os olhos. E ele então disse sofrendo.


— Loreto : Sei que a culpa é daquele infeliz! Nunca deveria ter colocado ele no nosso caminho. Você é tão pura, Inesita. Se iludiu com ele!


Ele encostou os lábios na boca dela. Mas Inês virou o rosto dizendo.


— Inês : A culpa não é só dele. É minha também.  Eu disse sim a ele.


Loreto então se afastou lembrando do anel de compromisso que tinha na mão dela e implorou.


— Loreto : Não casa com ele . Não casa com ele, Inês!


Inês suspirou, estava segura de seus sentimentos e eles não eram por Loreto. E então ela o respondeu, ainda que soubesse que suas palavras iam se fazer mais duras para ele.


— Inês : Não me peça isso, Loreto. Eu amo ele. Amo Victoriano.

E bravo, Loreto disse agarrando Inês, pelos braços novamente, pensando que ela só poderia estar amando Victoriano daquela forma em tão pouco tempo por se entregado a ele.

— Loreto : Dormiu com ele, não foi? Aquele traidor te levou pra cama!

Inês tentou se soltar dos braços de Loreto. Ele poderia estar sofrendo com a rejeição dela, mas acusar ela de ter feito aquilo já era demais tão demais como antes tê-la ofendido como tinha feito.  E assim, ela disse.

— Inês :Não! Não, Loreto! Não dormi com ele!

Inês então puxou o corpo mas Loreto pegou em um dos braços dela novamente. Não acreditava nela. Sabia como Victoriano podia ser. E então, ele disse.

— Loreto : Mente! Está mentindo. Abriu as pernas para ele!

Inês então o empurrou com força mais brava. E disse.

— Inês : Não! Eu já disse que não! E agora é melhor que saia da minha casa, Loreto!

Mas cheio de ciúmes e ódio voltando a agarra-la, pelos braços. Loreto gritou disposto a tudo.


— Loreto : Se não foi dele, vai ser minha! Vai ser minha!


Depois de suas palavras, sem soltar Inês, Loreto levou a boca na boca dela e depois de ter seu beijo rejeitado, ele desceu ela buscando a pele do pescoço dela aspirando o cheiro que o enlouquecia. E Inês, desesperada gritou, enquanto tentava fazer Loreto solta-la.

— Inês: Não, me solte, Loreto! Não faça isso!


Ele andou com ela e Inês sentiu a mesa atrás dela .


— Loreto: Vai ser minha! Victoriano, não será seu primeiro homem! Não será!

Loreto buscou a boca dela, desceu de novo ao pescoço e Inês sentiu uma mão dele subir o vestido dela.  E desesperada para ser solta ela se sacudiu mais. A mão de Loreto no braço dela doía e o corpo dele apertando ela também. E ela sentia, que não tinha forças contra Loreto mais. E pensou que uma desgraça aconteceria de verdade, quando ele a virou com raiva de costa para ele e a afastou as pernas dela com a deles, as abrindo. E ela soluçou entre choro pedindo.


— Inês : Não, faça isso, Loreto. Pare!

E quando Inês pensou que nada mais podia fazer para trazer Loreto de volta a razão, ela percebeu que não sentia mais seu corpo pressionado pelo peso dele contra a mesa e nem ele atrás dela. E logo depois, ela ouviu apenas um barulho alto de coisas da casa dela quebrando e a voz de Victoriano sendo músicas aos ouvidos dela.

— Victoriano: Desgraçado!

Jogando Loreto contra a geladeira da casa, Victoriano como ódio esbravejou. Ele tinha deixado Constância, passando por exames na clínica e voltado para estar com Inês . Mas então, a ouviu gritar assim que se aproximava e quando abriu a porta encostada da casa a viu debruçada sobre a mesa chorando e Loreto por trás dela. E como um animal selvagem, ele não pensou em mais nada a não ser tirar ele de cima dela . E agora desejava mata-lo com as próprias mãos depois do que tinha visto.

Inês via a briga entre os dois ficar cada vez pior. Loreto sangrava no rosto e Victoriano nos lábios .

Os vasos da mãe dela de flores, eram quebrados e os quadros das paredes quando os corpos dos homens batiam também.


— Loreto : Me roubou, Inês !


Zonzo, Loreto gritou furioso. Enquanto limpava a boca e depois com um urrado, ele se agarrou em Victoriano e o chocou na parede. Inês levou as mãos na boca ouvindo o gemido de dor de Victoriano. E naquela posição, ele para se livrar de Loreto o chutou com o joelho. E o respondeu.


— Victoriano: Nunca a mereceu, então sim, a tirei de você!

Inês, então correu para fora da casa. Precisava de ajuda . Os dois homens estavam quebrando tudo e pareciam que iam ser matar, e aquela vez ela desejava que alguém ajudasse naquela vizinhança. E como ela deixou a porta escancarada, ela viu Loreto voar de porta para fora.

E como ele tinha ficado no chão, ela correu até Victoriano que ia como um bicho outra vez para cima dele e gritou, aflita.


— Inês : Pare! Pare, Victoriano! Vai mata-lo! Vai mata-lo!

Victoriano bufava vendo Loreto tentando se levantar . Queria mesmo mata-lo. Só pensava que se não tivesse chegado a tempo, Loreto teria conseguido covardemente tomar Inês sem o consentimento dela. Teria a violado sem escrúpulos algum. Teria manchado ela, como um porco maldito. Ele bufava de ódio, certo que entre ele e Loreto tinha aquela questão pendente, mas que deviam os dois como homens se enfrentar e não vê-lo tentar o que ia fazer com Inês que estava indefesa. Loreto era um maldito covarde e Victoriano queria mata-lo!


E então ele gritou.


— Victoriano: Sai da minha frente, Inês !


Inês não saiu, chorando desesperada com as mãos no peito dele ela ficou no lugar. E Loreto já em pé . Levou a mão no abdômen e gemeu de dor. Mas a dor maior ele sentia por aquela traição de Inês e Victoriano. Se sentia humilhado por eles. E desejava apenas uma coisa. Que eles fossem infelizes juntos!


E então, ele tirou a caixinha do anel, abriu e disse cheio de rancor .


— Loreto: Eu te amei, Inês. Te amei da minha forma, mas te amei e você fez isso comigo.


Inês de frente de Victoriano, se virou e soluçou sofrida . Agora mais que nunca ela podia ver o reflexo da dor que estava causando em Loreto. Não era o Loreto que ela conhecia  que ela via ali. Não justificava suas atitudes, que antes tinha tentado abusar dela.  Mas se ele não tivesse voltado e a encontrado noiva de outro, os três não teriam chegado na situação que estavam.  E querendo que Loreto, apenas fosse embora dali, vendo que logo não poderia mais segurar Victoriano, ela disse quase implorando.


— Inês : Vai embora, Loreto. Por favor. Vai embora.


Loreto sorriu amargo e levantou o anel que sobre o reflexo do sol a pedrinha delicada brilhou. E voltou a dizer.


— Loreto: Não vai ser feliz com ele, Inês. Não vai ser feliz com a escolha que fez!


Loreto jogou o anel com desprezo no chão. Ele pingou e Inês chorou vendo ele dar as costas de cabeça baixa para deixar a vila.


Alguns vizinhos de Inês, tinham saído para fora e outros haviam ficado apenas de cabeças pra fora de suas portas assistindo tudo. E quando Loreto entrou no carro dele, Victoriano virou Inês para ele. E perguntou.


— Victoriano: Está bem, Inês? Ele te machucou?


Inês negou com a cabeça. O que tinha passado, a tinha a assustado demais mas estava inteira . Apenas Loreto, que ela viu um que nunca tinha conhecido e ela pensava que tinha culpa daquilo. O feriu. E ele tinha deixado de ser quem ele era com ela e jamais voltaria ser depois daquele dia.  Ela tinha feito uma escolha e com ela começado dividir caminhos.  Loreto seguiria o dele e ela e Victoriano o que haviam escolhido juntos.


E os dias se passaram.


Inês estava em uma loja de grife. Experimentava o vestido de noiva dela.


E em uma sala com espelhos, ela estava em pé sobre um banquinho e a mãe dela sentada em um sofá, enquanto via ela toda de branco.


O vestido de Inês, era todo rendado em flores e tinha um decote em formato de coração mas que era tampado com uma tela branca também rendada. Ela parecia uma princesa dentro dele.


E Constância sorria feliz. Não acreditava que estava podendo ver sua filha daquela forma, se preparando pra casar. Ela sentia que era uma regalia que a vida estava lhe dando.

E sem tirar os olhos de Inês, que tinha uma moça dando pontos no vestido dela. Bernarda chegou do lado dela e disse.


— Bernarda: Sua filha parece uma princesa.


Constância sorriu pra mulher. Ela não sabia que Bernarda tinha tratado mal Inês na primeira vez que ela tinha pisado na casa do noivo. E ainda que estava ali, ajudando, Bernarda morria de raiva . Porque via que nada poderia fazer para impedir que aquele casamento não acontecesse. Os dias dela estavam contados e quem entraria na fazenda que ela tanto amava seria dois seres tão inferiores a ela. Uma interesseira e a outra pelo que Fernando havia lhe contado, era louca. E Bernarda, só tinha desprezado mais ainda a chegada de Inês naquela família.


Mas engolia sem ainda saber o que faria para impedir aquele casamento.


E mais tarde, pela noite.

Bernarda estava no escritório de Fernando. Ele havia deitado cedo e ela andava de um lado para o outro inquieta. Até que a porta se abriu. E  um capataz da fazenda que era bem mais novo que ela entrar. Zacarias. Era doido por Bernarda. E o jovem rapaz, mas sem muita educação atraia a mulher fina demais para ele, mas sem escrúpulos como ele. E então, Zacarias, já entrou agarrando ela por trás e a beijou no pescoço. E rapidamente, Bernarda o afastou grossa.


— Bernarda : O que está fazendo, imbecil? Fernando pode nos pegar!


O rapaz riu e a puxou de novo pela cintura pra ele.


— Zacarias: Está de mal humor, mulher . Posso dar um jeito nisso!


Ele apertou a bumbum dela e a beijou novamente. Bernarda retribuiu o beijo até quando quis e voltou afasta-lo. E ofegante deu as costas para ele novamente, pôs a mão na mesa e disse o que estava pensando naquele lugar o tempo que esteve só.


— Bernarda: Vou ser tirada daqui. Porque o imbecil de Victoriano, resolveu casar com uma pobre coitada que tem uma mãe louca! Eu não mereço isso. Também tenho direito dessa fazenda! Porque eu tenho que sair?


Ela sentiu o rapaz agarrar ela por trás e lhe cheirar o pescoço outra vez. E então o ouviu dizer .


— Zacarias: Também acho que tem direito. Essa fazenda não vai ser a mesma sem você .


Bernarda fechou os olhos com o rude rapaz esfregando sua grossa barba por fazer na pele do pescoço dela. E se entregando aquele momento, para ele que parecia querer ouvir ela despejar todo seu veneno. E assim ela seguiu falando.

— Bernarda : Me bajula porque tem minha atenção privilegiada, Zacarias.

Zacarias riu sem solta-la. E a respondeu.

— Zacarias: Sou louco por você, por isso. Seu Fernando, devia dar o mundo a você.

Bernarda então se virou. Daquilo não podia reclamar daquele casamento que tinha com Fernando Santos. E tocando no peito jovem do capataz do marido dela, ela disse.

— Bernarda: Ele já dá acredite. Mas quero mais, eu quero seguir sendo a dona dessas terras!

Zacarias pegou nos braços dela e passou para trás das costas dela, segurando eles com ela encostada na mesa. E ele voltou tocar o pescoço dela roçando ali sua barba outra vez. E fazendo isso, ele a respondeu, conhecendo muito bem a história que ela “desabafava” com ele.

— Zacarias : Tire a franguinha do seu caminho com a mãe louca, dela.

Bernarda revirou os olhos em pensar no que ele falava, como que se ela já não tivesse pensado naquilo. E assim, ela o empurrou brava e o respondeu.

— Bernarda : Não faço ideia do que fazer. Já pensei em separa-los com uma mulher ao meio deles. Mas Victoriano só tem olhos para aquela pobre coitada!

Bernarda andou dando as costas para Zacarias, e ele depois de passar uma mão na cabeça, ele disse.

— Zacarias: Assusta ela.

Bernarda então se virou pra ele e rápido disse.


— Bernarda: Como?

Zacarias riu de lado e propôs.

— Zacarias : Deixa comigo que faço isso. Vou dar um recado a ela.

Longe dali . Victoriano estava na frente da casa de Inês. Tinha levado ela em um passeio na cidade com Vicente e Diana Maria, com eles. E agora estavam no carro e ele custando deixa-la entrar. Estava sendo cada vez mais difícil deixa -lá ir e ele regressar pra fazenda sem ela e ainda excitado como estava ficando nos últimos encontros com ela. Estavam á três semanas para o casamento e Victoriano não via a hora do dia chegar.

E assim, ela no banco ao lado dele sem usarem os cintos, se beijavam. Victoriano dava beijos famintos em Inês e a tocava nas pernas por cima do vestido rodado que ela usava . Ele apertava a coxa dela arrancando suspiros e gemidos tímidos da boca de Inês. O que o fazia enlouquecer . Era uma tortura senti-la tremer nos braços dele e gemer daquela forma sem poder satisfazer o desejo dela e o dele junto. Mas estava se arriscando a passar por aquela tortura desde que havia começado com aquelas carícias que ele viu ela aceitar, mesmo que voltava para casa com uma ereção o incomodando. Ele só não podia resistir ter um pouco daquela sensação de tê-la tremendo de desejo nos braços dele.

E com a boca na pele do pescoço dela, ele pediu rouco de desejo.

— Victoriano: Vem no meu colo, vem.


Victoriano não esperou Inês responder, e a puxou com o corpo dela indo fácil pra cima do colo dele. Inês estava toda corada de desejo mas também de vergonha, mas estava tão excitada que não tinha forças pra falar algo ou protestar. Ela só queria mais dos beijos de Victoriano, das caricias. E não era a primeira vez que ela ficava naquela posição sobre ele, o que fazia o rubor dela aumentar no rosto por logo sentir a ereção que ele tinha no meio das pernas roçar nela. O que fazia o desejo aumentar e não deixar ela se quer pensar em nada e de como ficava acessível para ele como homem toca-la mais intimamente daquela forma e ela senti-lo mais íntimo também ainda sendo virgem.


E com o desejo só aumentando em Inês. Ela tinha aberto o coração a sua mãe o que estava se passando com ela e seu corpo quando Victoriano a tocava mais ousadamente. E assim, Constância conversou sobre sexo  a  primeira vez de uma mulher e de como podia ser doloroso e ruim no início com sua filha. Mas Inês não entendia o quanto ruim podia ser se estando como estava com Victoriano, ela só sentia coisas boas e já sabia que era porque ela ficava excitada. E por isso, não entendia do porque fazer amor pela primeira vez poderia ser ruim se o que ela sentia era bom.

Victoriano beijava ela toda. A pele de Inês ficava vermelha dos beijos e seu corpo arrepiado por ele. Naquela posição, Victoriano subia e descia a  mão na lateral do corpo dela. E assim ele desceu a mão forçando ela se mover sobre ele. E ele disse com a voz rouca de tesão com ela ali em cima dele.


— Victoriano: Se move assim. Vai gostar, morenita.

Inês abraçou o pescoço dele e ele empurrou mais o banco para trás tendo ela começando se esfregar timidamente nele.

E então ele pediu, ansioso por aquilo, subindo a mão nas pernas dela.


— Victoriano: Deixa eu te tocar, Inês. Deixa eu ver como está excitada.

Inês olhou nos olhos dele e só soltou o nome dele como um gemido suave.

— Inês : Victoriano...

Ela gemeu baixinho logo depois e ele procurou os lábios dela.  Victoriano, queria encontrar o sexo de Inês, mesmo que fosse só com os dedos. Só tocar para senti-la molhada pra ele, ele sentia que bastaria. Pois Inês, nunca falava como ficava, e não deixava ele tocar ela, para ele ver até aquele momento. Mas, Victoriano tinha certeza que ela pingava por ele toda vez que as carícias deles aumentava. A respiração dela irregular e o corpo dela demonstrava aquilo, deixando ele mais doido. E que apenas duas vezes, ele tocou ela sobre a roupa em todo aquele tempo, e Victoriano só queria mais daquela intimidade mesmo que tornasse mais torturante para ele que não sabia o que era estar com uma mulher já há vários meses.

E assim, Inês sentiu a mão dele subir entrando no vestido dela, mas não teve forças pra dizer não. Porque ela queria aquele toque ainda desconhecido dele nela, mesmo que já sentisse um frio na barriga .

E Victoriano beijou o colo do peito dela, deu um beijo enquanto sua mão seguia o caminho entre as pernas dela e sentiu logo Inês recua . Ela então o olhou e disse.


— Inês : Nunca me tocaram assim.

Victoriano então tirou a mão debaixo do vestido dela respirando ofegante. E depois disse a olhando.


— Victoriano: Se não está preparada. Não te toco, ficamos como antes estávamos.


E ele a abraçou beijando o ombro dela, subindo os beijos para o pescoço e Inês de olhos fechados disse, não se aguentando de desejo.

— Inês : Victoriano, eu quero. Quero que me toque.

Ele então a olhou nos olhos e perguntou, com sua respiração mais irregular que antes.


— Victoriano: Já fez isso mesmo com você? Já se tocou?


E Inês negou com a cabeça. E respondeu sem jeito.

— Inês : Não . Eu não. 

E Victoriano então, mais doido e decidido no que faria, disse.

— Victoriano: Quero te ensinar se tocar. Me deixe fazer isso.


Ele então buscou os lábios dela faminto deles e a mão dele agora por cima do vestido, o ergueu e entrou dentro da calcinha dela. Victoriano suspirou pesadamente de tesão, quando seus dedos encontraram poucos pelos pubianos dela até ele achar o que queria . Quando ele encontrou o clitóris dela, começou fazer movimentos em círculos nele. E parou de beija- lá. Inês mordeu os lábios de tesão, estava bom o que ele fazia e ela sentia que queria gritar para que ele não parasse nunca o que fazia. E ele a olhando desceu um pouco os dedos, conferindo como ela estava excitada e voltou com eles molhado para tocar o clitóris dela outra vez .


— Inês : Isso é bom, Victoriano. O que está fazendo, comigo.

Victoriano esfregou o rosto no meio dos seios dela com vestido, morria para ter eles livres e ao invés de tocar o tecido da roupa que ela usava, tocar os seios dela nus junto a sua pele macia que ele imaginava que ela tinha. E cheio de tesão, com os dedos ainda nela, ele a respondeu.

— Victoriano: Só estou dando o pouco do muito prazer que te espera ao meu lado, meu amor.

Ele então aumentou a velocidade dos movimentos e sua boca buscou o seio dela por cima da a roupa, pedindo o que ele desejava e Inês o olhou se afastou um pouco e sem ele pedir de forma mais clara, ela desceu a alça de seu vestido que eram de ombro caídos e mostrou os seios que não tinha sutiã.

Victoriano então achou que enlouqueceria, havia ficado com tanto tesão que ele achava que gozaria sem ser tocado apenas tocando ela, só tendo aquela visão dos seios dela nus.

E então, como viu que tinha a permissão dela sem ter forças pra falar algo,  levou boca em um seio dela, tirou a mão da onde estava e segurou o seio que não tinha na boca. Inês jogou a cabeça para trás quando sentiu ele chupar o seio dela . E naquele momento, ela se sentiu mais insana, mais mulher e quente, muito quente.


Mas, sentindo falta do toque dele entre as pernas dela, com aqueles movimentos que ele fazia desconhecidos e que ela queria sentir de novo. Inês, então tocou nos cabelos de Victoriano que gemia chupando um seio dela e apalpando o outro . E assim, ela disse.


— Inês : Me... Me toque. Me toque de novo.

Victoriano escutou . Soltou o seio dela, não antes de deixar um beijo nele de novo. Eles eram lindo do jeito que ele imaginava. E assim ele disse, buscando os olhos dela .


— Victoriano: Pode tocar sozinha. Deve fazer isso sempre quando quiser.

E ele pegou a mão direita dela . Beijou a palma e levou até em baixo do vestido dela e enfiou a mão dela dentro da calcinha dela e disse .


— Victoriano: Faz como eu fazia.

Inês fechou os olhos e disse nervosa com o que acontecia, mas ainda excitada como estava.

— Inês : Eu... Eu não sei.

Victoriano riu de lado, beijou um canto da boca dela, e disse a olhando nos olhos.

— Victoriano: Faça como achar mais gostoso. É fácil. Seu corpo vai dizer como fazer.

Inês suspirou, e então mexeu os dedos apertando os olhos forte, mas parou por achar que não conseguiria.


— Inês: Você está olhando. Tenho vergonha.


Victoriano riu novamente, iria estimula-la a fazer. E assim ele disse.


— Victoriano: Não vou mais olhar.

E então ele levou a boca no outro seio dela que ele não havia tocado e a ouviu gemer, assim que ele o sugou com vontade.

E então com tesão, Inês começou imitar os movimentos de Victoriano e começou gemer baixo. Até que ela não tinha mais controle dos seus dedos e gemidos e Victoriano sabendo que logo ela gozaria, tirou a mão dela da onde estava e a olhou nos olhos segurando a mão dela pelo pulso.


— Victoriano: Eu quero te dar seu primeiro orgasmo.


E então ele mesmo colocou a mão no meio das pernas dela e começou toca-la com maestria enquanto sua boca encontrou de novo o seio dela. E Inês logo depois se tremeu toda experimentando aquele prazer que seu corpo podia dar a ela.


E quando Inês se recuperou da sensação do orgasmo. Olhou para Victoriano e ele viu as bochechas dela corarem e riu vendo ela cobrir os seios, como tivesse voltado a razão que tinha perdido aquele momento. E assim, ela disse tímida.


— Inês : Aí que vergonha . Eu nunca fiz isso. E fiz isso aqui e no seu carro.


Victoriano sorria como um bobo e subindo o vestido dela para ajuda-la se cobrir, ele disse.

— Victoriano: Quando virar minha esposa . Vou te ensinar muitas coisas, muitas coisas como essas, morenita.

Ele então a beijou outra vez mas agora pra se despedir dela.


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