Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 73
Capítulo 73




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Olá fiz um capítulo bem 18tão. Espero que gostem!!


Victoriano não esperava aquele convite naquele momento, havia sim proposto que Inês viesse ceder às noites frias e de solidão que passavam, mas não que seria em sua primeira tentativa. Dessa forma não esperou que ela voltasse atrás, sua resposta foi rápida e não deu tempo para que ela mudasse de ideia prolongando a ligação. A desligou prometendo chegar o mais breve possível,  e já se arrumava para pegar o carro e ir até ela.

Com sorte pegaria a estrada sem trânsito por já ser tarde da noite. Assim então já arrumado, pegou no móvel ao lado da cama as chaves do carro que usaria, enfiou no bolso e saiu do quarto. Desceu as escadas com pressa enquanto ouvia apenas o silêncio e saiu batendo a porta.

Inês andava de um lado ao outro pelo quarto. Arrastava no chão do tapete do quarto, a barrinha de seu robe azul-marinho. Nem usava ele segundos antes, o escolheu por ser fino, elegante e transparente. Não deixou nada por baixo, queria mostrar pra Victoriano ainda por baixo dele, seu corpo nu de uma forma sensual sem se entregar a ele, totalmente despida assim que a visse.

Tocou a nuca abaixo dos cabelos. Se mostraria tão ansiosa vestida como estava? Tinha saudades de Victoriano . Apesar de tudo tinha necessidade dele, porque além de amá-lo ele era seu marido.

Ela deixou o quarto. Decidiu que esperaria Victoriano na sala. Sentou no sofá de frente à porta e suspirou. Fechou os olhos, e sua mão tocou o decote do robe, desceu ela devagar se sentindo. O robe estava amarrado, então abriu os olhos e desamarrou ele. Os laços caíram ao lado do corpo, depois, ela foi deitando no sofá enquanto sua mão descia um caminho que ia até sua barriga.

Sentiu seu ventre e percebeu que não se tocava mais, que Victoriano que tinha feito aquilo quando a deitou na cama e bebeu dela até seu desespero ao gozar em meio minuto, depois que sua boca tocou seu ponto mais sensível entre as pernas.

Ela se tocou ali, se abriu, se sentiu depois encontrou mais embaixo sua excitação evidente. Gemeu e se penetrou com um dedo. Fez apenas dois lentos movimentos até se assustar quando ouviu a campainha tocando.

Victoriano e suas filhas, tinham passe livre para subir quando quisessem até seu apartamento, assim sabia que era ele. Sua única visita esperada àquele momento.

Ela se levantou amarrando o robe novamente, foi até a porta abrindo-a com a chave e então o viu.

Victoriano tinha dirigido tão rápido que havia chegado ali em 7 minutos, com as ruas vazias facilitando seu trajeto.

Ele olhou Inês. Estava sensual. Linda. Cabelos esparramados acima dos ombros, bem negros, livres. Seus olhos desceram para o corpo dela, a transparência revelando sua total nudez por baixo pano de seu robe.

Ela o esperava para tudo,  menos para dormir como havia sido feito o convite, e evidentemente, ele não sairia daquele encontro sem tentar tê-la que seja uma só vez. A graça era que via ali que as segundas intenções eram inteiramente recíprocas.

Como ela nada falou, ele entrou rápido, bateu a porta atrás de si com a mão, e a puxou com a outra.

Inês sentiu logo a boca dele tomando-a. Fechou os olhos lhe pegando na cabeça. Estava descalça, assim ergueu-se na ponta dos pés, agarrando-lhe pela nuca. Victoriano a abraçou pela cintura. Seus braços grandes e fortes a abraçava e a apertava como quisesse fundir os corpos em um só.

As mãos dele deslizava pelo pano, querendo pele, calor, seu suor e seu cheiro. Tudo que a intimidade de dois corpos nus trazia.

O beijo se desfez por falta de ar, e quando Victoriano viu Inês se afastar, a olhando nos olhos começou desamarrar o robe dela.


—Victoriano: Tive saudades, tanta saudades, morenita.

Ele falou e abriu com tudo o  robe, descendo ele pelos ombros dela.

Inês se viu nua, e ser levantada do chão, e antes de tomar a boca dele mais uma vez, ela o respondeu.

—Inês: Eu também, meu amor. Eu também.

Ela o beijou enquanto se prendia ao corpo dele, laçando-o com as pernas.

Conhecendo o caminho que deveria seguir, ofegante, Victoriano andou com ela.

As línguas giravam um na boca do outro, sentiam seus gostos, e na porta do quarto, Victoriano sentiu Inês lhe sugar o lábio inferior . Ele gemeu enlouquecido de desejo e por encontra-la naquele ponto também.

Passou pela porta, visando uma cama diferente da que era acostumado fazê-la dele, mas desejando de marca-la como mais um ninho de amor de ambos.

Ainda se beijando a deitou na cama, e foi por cima dela em seguida.

Inês alisou-o no peito, quando a boca dele começou lhe arrancar arrepios de desejo no pescoço, ela levou as mãos nos ombros dele e começou lhe tirar o terno que usava por cima da blusa.

,

Victoriano se afastou para ajuda-la, e terminou de tirar, jogando-o ao lado da cama. Começou depois desabotoar a camisa.

Inês desceu seu olhar, mirou a calça em tom claro como o terno que usava e o volume de sua ereção marcando.

Ela se sentou indo com a mão diretamente ali, o beijou em um beijo rápido e disse em seguida.

—Inês: Tira tudo, querido. Tudo.

Ela o beijou  novamente, depois se concentrou em abrir a calça dele. Victoriano segundos depois, jogou a blusa mostrando seu peito nu, e depois tomou a mão de Inês, quando sua calça já estava ao meio das coxas.

Fez um movimento para frente, fazendo ela se deitar. Suas mãos ergueu os braços dela unindo acima de sua cabeça, e segurou ela pelos pulsos.

Olhou Inês ofegante, vermelha de desejo, os cabelos escuros em contraste maior com os lençóis da cama, e admirou tamanha beleza.

Inês tinha a boca levemente aberta, seu peito descia e subia, seus seios de bicos eretos pedia atenção, com seu corpo todo aceso e explodindo de tesão.

—Inês: Me faça sua, Victoriano.

Ela se viu implorando, sem pudor, sem pensar no mundo fora dali, fora daquele quarto.

Victoriano sorriu, desceu a cabeça sem solta-la. Lhe cheirou nos cabelos, mordiscou uma de suas orelhas, e depois desceu lambendo-a uma trilha em seu pescoço.

Inês gemeu apertando as pernas. Victoriano mirou a ação . Viu seu ventre liso, sexo igualmente liso, seios belos e lhe chamando em evidencia.

Ele suspirou com um brilho em seu verde olhar, e depois a olhou nos olhos.

—Victoriano: Você foi embora, ousou me deixar...

Ele disse sério, lhe mirando o rosto, Inês nada falou, apenas viu ele descer o olhar para seu corpo nu. Parou em sua vagina. Lembrou o que gostava de fazer com ela. Não tinha mais aquilo. Não a surpreendeu se cuidando, havia sido privado do que para ele era um privilégio, que o satisfazia como homem mas também satisfazia ter àquela sua confiança e intimidade.

Detalhes. Detalhes que o faziam feliz no casamento que tinham. Amava cuida-la, ama-la e de repente se via num quarto vazio. Se via privado dela.

—Inês: Victoriano...

Ele a ouviu, saiu de seus devaneios e a olhou agora no rosto. Inês viu um misto de sentimento no olhar dele. Não sabia se ele estava triste, com raiva ou apenas com desejo.

Ela ofegou quando foi solta, e viu ele se afastar sem deixar de olhá-la. Viu ele baixar o resto da calça, sair da cama em seguida e depois o som de seus sapatos sendo largados  no chão.

Depois ele estava nu. A ereção apontando pra cima, e ele foi de joelhos pra cima da cama outra vez.

Inês sentiu o peso dele outra vez, uma mão descer entre suas pernas e lhe tocar.

Ele a sentiu molhada nas pontas dos dedos e até nas coxas quando relou ali. Inês estava lubrificada o suficiente para recebê-lo.

Ele assim a mirou, pegou sua ereção, a guiou e entrou nela,  enquanto sua boca estava em linha reta. Inês abriu a boca, sentindo-o e assistindo a transparência que sua face lhe trazia. O que a enlouquecia. O silêncio a aparente raiva misturada com desejo.

Ela o segurou pela cintura, e em seguida o sentiu se mover. Ele fez o movimento indo e vindo, sem pressa, mas com força o suficiente que fez seu corpo se mover abaixo dele.

Foi e voltou, foi e voltou e repetiu mais de uma vez enquanto se olhavam. Ela não aguentou, quebrou o contato com o olhar, esticou o pescoço e moveu a cabeça para o lado e gemeu alto. Victoriano então acelerou os movimentos. Pegou impulso , enquanto tomou finalmente um de seu seio na boca. Fechou os olhos, enquanto mamava nela e se movia entre suas pernas.

Inês começou se descontrolar, seus gemidos seguiam mais alto, o que incentiva Victoriano a seguir, enquanto gemia junto sem soltar o que cobria com os lábios. Sabia que ficaria marcas, mas ficaria ali sugando-a enquanto ela fazia o mesmo com ele onde sua ereção se encontrava.

Estava tão quente e molhada, que sabia que ela logo gozaria e o levaria junto, sem medo, sem pudores.

Inês o arranhou  nas costas, se abria tanto que só ali era capaz de evidenciar como podia ter elasticidade suficiente para acomoda-lo tão bem.

—Inês: Ah, Victoriano!

Ela o gritou, puxando para sair como se ele fosse capaz de entrar mais do que já estava nela.

Ele por fim buscou outra vez os beijos dela . E foi arrebato pelo desespero de seu desejo.

Não parou de se mover enquanto a beijava e os gemidos agora abafados, denunciava que ela estava perto de seu orgasmo.

Inês então gozou. Victoriano parou. Deixou ela aperta-lo com as pernas, mãos e sexo. Senti-la experimentando seu gozo, o fez gozar também. Como o esperado, ele deixou a boca dela e ambos gritaram de prazer.

Enquanto gozava, Victoriano fez rápidos movimentos até que parou, ofegante, desnorteado, assim como ela que sentia suas coxas fracas e tremendo.

Se olharam, roçando os lábios enquanto descansavam os corpos, na espera da razão tomar conta.

Victoriano respirou fundo. Mirando-a, deu então nela um beijo doce, deixando o desespero do desejo e a cegueira dele de lado.

Quando soube que podia falar, ele enfim disse.

—Victoriano: Você é a mulher da minha vida, Inês.

Ele deu mais dois beijinhos nela.

Ela ainda o sentia dentro, tão presente e pulsante. Sentia tão preenchida. Se moveu embaixo dele, fazendo um círculo com seu quadril.

Victoriano gemeu em resposta, sabia que ela queria mais. Um tempo ele precisava dele, para dar mais a ela.

—Inês: Eu quero assim...

Ela se moveu novamente. Victoriano não entendeu qual o sentido das palavras dela, depois de que ele mesmo havia declarado a ela. E a olhou intrigado. Inês então especificou.

— Inês: Eu quero assim, que você me encha de vida dessa forma mas não só em uma cama.

Ela o tocou no peito, se afastando de lado. Ele saiu de cima dela , mas a puxando pela cintura, temendo o término daquela noite. Para sua alegria, Inês foi para cima dele.

E fez falando.

—Inês: Quero que me veja a mulher saudável que te dá prazer e recebe. Pare de me ver assim só aqui e me terá de volta, Victoriano.

Victoriano fechou os olhos, quando viu ela descer lentamente pelo corpo dele.


Depois ela segurou o membro dele na mão. Beijou-lhe a ponta com delicadeza, enquanto uma mão desceu mais embaixo.

Victoriano apertou  os lábios com os dentes.

—Victoriano: Inês...

Ele gemeu quando sentiu a língua dela passar em um canto específico, mas tremeu e se contorceu de prazer quando ela chupou onde ela havia lambido.

Inês gemeu também sentindo prazer e desejo no que fazia. Subiu então com a boca por toda extensão do membro dele. Foi lambendo até que chegou na ponta rosada outra vez. Ver cada detalhe de mais uma nova ereção do homem que amava, a fazia se sentir cada vez mais segura como mulher e dona de seu desejo.

Ela começou então sugá-lo. Victoriano já tinha as mãos em seus cabelos. Ajeitou eles para ajuda-la, mas também para ver como ela o colocava para dentro e fora da boca. Gemeu vermelho. Até que ela o deixou.

Os olhos de Inês o assustaria se não soubesse que daquela vez estava mais pronto para ela do que da primeira . O primeiro orgasmo depois da abstinência que teve dela, havia sido incrível, mas atingido rápido. Daquela vez sabia que ela poderia fazer dele o que bem entendesse sem decepções.

Inês assim o abraçou com as pernas ao lado de seu corpo. A ereção pronta para ela, foi para dentro seu corpo com pressa. Escorregou e chegou no ponto que lhe causou dor e prazer ao mesmo tempo .

Ela então o olhou, levou as mãos ao peito dele e começou cavalga-lo. Iniciou com lentidão . Victoriano visualizou como ela era capaz de hipnotiza-lo também ali. Ela jogou a cabeça para trás, e de boca aberta ela gemeu.

Victoriano lhe agarrou as coxas. Ela aumentou um pouco mais seus movimentos. Tocou um seio, apertando de forma sensual. Victoriano gemia se esforçando a não perder cada ação ao fechar os olhos,  mas não pôde mais, quando ela se debruçou pegando impulso e foi mais rápida.

Ele gemeu com mais vontade e tesão, enquanto também ouvia que os gemidos dela voltaram a ser os mesmos que antes ele no comando tirara dela.

Inês jogou a cabeça agora ao lado de Victoriano. De corpo colado com o dele, ela apenas mexia os quadris, enquanto gemia.

Não buscava a boca dele. Estava focada em apenas um ponto de seu corpo que recebia prazer. Sentiu seu ventre esquentar, iria gozar mas ainda queria mais tempo antes se entregar ao gozo.

Ela então parou. Rebolou. Sentiu as mãos de Victoriano lhe acariciar o bumbum. Ela sussurrou algo em seu ouvido. Victoriano respondeu gemendo, e depois lhe batendo em um lado da bunda. Ela gritou e pediu mais. Sentiu o outro lado ser esquentado no tapa e então ela o buscou para beijá-lo.

Voltou tomar as rédeas de seus movimentos e foi rápida. Segundos depois esteve gozando. Victoriano abaixo dela, quando a viu gozar e parar, se moveu. Agarrou-lhe pela cintura e tomou conta das penetrações. Ele subiu uma mão nos cabelos dela, lembrando que podia excita-la mais e segurou pela nuca. Ela gritou sentindo seu ventre responder novamente.

—Inês: Oh, Victoriano! Ah!

Ela gozou novamente, gritando.

Foi então virada de lado, Victoriano se encaixou rapidamente atrás dela, lhe separou as pernas e não esperou para se afundar nela novamente.

Inês sorriu como se tivesse em efeito de algo ilícito, voltava estar todinha nas mãos dele e apreciava. Seu corpo sendo tomado com fome e incansáveis vezes, lhe fazia tocar as nuvens com as pontas dos dedos.

Victoriano desacelerou para descansar, mas estimulou o clitóris dela com os dedos. Inês não deixou de gemer. Victoriano notou como ela estava insana com o toque. Saiu dela, fez com que três dedos seguisse roçando seu clitóris. A puxou para ele de um modo que pudesse lhe ver o rosto.

Inês estava totalmente vermelha, com um olhar que se perdida em tanto desejo, testa suada e cabelos revoltos e colados na testa já molhados.

Victoriano então teve o desejo de assisti-la gozar daquela forma. Foi rápido então com os dedos esfregando seu clitóris. A viu então mais enlouquecida, apenas com seus movimentos mais intensos. Parou e lhe penetrou dois dedos. Fez movimentos, mas os gemidos diminuíram, ele voltou então lhe judiar no clitóris e ela voltou tão insana como antes. Foi então que ela o agarrou no braço com força, o olhou e gozou gritando alto, com sua barriga fazendo ondas de prazer e molhando cama junto da mão de Victoriano.

Quando ela se acalmou. Houve então um silêncio e dos desfalecer do corpo de Inês. Estava mole, pálpebras pesadas enquanto Victoriano tinha um sorriso largo na boca.

Inês lhe tocou no peito suado. Imaginando que tinha feito algo vergonhoso por sentir que molhou tudo que esteve na reta de suas pernas.

—Inês: Me desculpe... Estou morta de vergonha, Victoriano.

Ela escondeu o rosto no peito dele. Victoriano ainda sorrindo como tivesse ganhado na loteria, puxou-a para ele a beijou na cabeça e disse.

—Victoriano: Você gozou esguichando Inês, e pela primeira vez. Não me peça desculpas por isso.

Ela tentou olha-lo. Se sentiu uma menina virgem outra vez com aquela conversa. Imaginava que tinha urinado enquanto gozava,  tamanho tinha sido seu descontrole. Mas sem forças pra se julgar por não conhecer as artimanhas de seu corpo de mulher, ficou em silêncio, exausta.

Victoriano sabia como ela estava, que seu corpo já se entregava ao sono dos justos e de pessoas que gozavam antes de dormir usando do gozo o melhor sonífero.

Ele então,por ainda  não ter gozado junto com ela, ainda estava excitado ainda mais por seguir nítido a imagem que teve dela gozando de uma forma que com ele nunca tinha acontecido.

Ele então com ela ainda nos braços, apertou sua ereção com a mão que não abraçava ela. Fechou os olhos e depois fez alguns movimentos para que pudesse gozar. Quando gozou,  não conseguiu poupar parte do corpo dela na posição que estavam. Seu ventre e parte da coxa foi marcada por ele, e então ele lembrou que seu outro orgasmo havia sido dentro dela.


O que havia feito não tinha volta. Mais uma vez poderia ter engravidado ela. Sua vasectomia não tinha ainda nem meses de realização muito menos tinha gozando suficiente para não ter mais sementes férteis. Ele suspirou, reconhecendo que já não tentaria mais lutar pelo que ainda nem havia acontecido. Quando lutou o levaram ali. Separados e fazendo amor em uma cama que não era a deles.

Ele a aconchegou . Estavam nus, por isso ele deu um jeito de puxar a coberta. Quando fez os cobriu até a cintura, olhou de lado visualizando o controle do Ar-condicionado, refrescou o quarto, e tentou dormir sem ter coragem de sair dali para apagar ao menos a luz. Não correria o risco de Inês despertar e de repente mandá-lo para casa depois de tudo que havia acontecido ali.

Pela manhã.

Victoriano acordou sozinho na cama. Percebeu tal fato quando tateou a cama e não encontrou Inês do outro lado.

Sentou rápido na cama, e seus olhos bateram em Inês parada na porta.

Ela estava vestida com uma camisola rosa-bebê. Não parecia que havia se vestido para seduzi-lo como foi em sua recepção ali, mas ainda assim se ela quisesse mais do que um bom dia, ele sabia que estaria pronto.

Assim então ele a ouviu dizer.

—Inês: Bom dia, Victoriano. Nossas filhas acham que você sumiu quando perceberam que não dormiu na casa.

Ela se encostou na porta não ousando ir até a cama sabendo que ele ainda estava nu.

Victoriano então passou a mão no rosto. E chamou ela depois.

—Victoriano: Bom dia, morenita. Vem aqui, vem. E me diga o que disse as nossas filhas.

Inês suspirou. À noite que tiveram estava ainda muito fresca em sua mente, havia vivido mais do que havia desejado na entrega deles, mas não queria que a dose fosse repetida e sem controle, por isso estudaria um método para que suas regras se mantivesse.

Assim então ela disse.

—Inês: Disse a verdade. Que esteve comigo. Não queria preocupa-las mentindo. E tome um banho, te espero na cozinha.

Depois de falar, Inês saiu de onde estava e foi para a cozinha. Victoriano notou que ela tentava borrar o que viveram.

Ele bufou mas não foi atrás dela. Fez exatamente o que ela disse, mas sem pressa.

Viu que era 8h da manhã. Cedo demais para deixa-la. Assim então tomou banho no seu banheiro e usou uma escova de dentes nova que viu na gaveta dela.

Quando foi até ela na cozinha, já eram quase 9h.

Ela o esperava na mesa. Tinha pão caseiro, bolo, queijos e frutas para os dois, além de café, suco e leite.

Ela de pernas cruzadas, bebeu de sua caneca de café com leite. O viu então puxando a cadeira pra sentar.

—Victoriano: Que café lindo, morenita. Adelaide passou por aqui? Ou está aqui?

Ele procurou pela senhora, tratando de quebrar antes a frieza que ela parecia impor novamente.

Inês deu um sorriso discreto, enquanto via ele cortar do pão.

—Inês: Ela não está aqui nem foi ela que fez nosso café. Foi eu.

Victoriano parou o que fazia. Sabia que Inês usufruía de grandes dotes culinários mas que havia aposentado aquele gosto e já não lembrava de quando foi a última vez que ela se arriscou na cozinha, mas podia jurar que havia sido ainda nos primeiros anos de casamento deles.

Assim então ele disse.

—Victoriano: Então está voltando a cozinhar...

Ela assentiu antes de comer um pedaço de bolo, e de Victoriano morder o pão.

Ele gostou do gosto do pão. Limpou a boca e disse, depois de ter engolido.

—Victoriano: Sabe que eu nunca impedi que seguisse cozinhando, como eu sabia que fazia graças a sua mãe, não é? E a propósito. Está muito bom, morenita.

Inês suspirou reflexiva que seu gosto por cozinhar tinha morrido e não por ter casado com um milionário.

—Inês: Se sentir incapaz todo o tempo, me fez desgostar e temer cozinhar Victoriano. Agora que estou aqui só, volto a arriscar.

Victoriano ficou calado. Respirou fundo, até que disse

—Victoriano: Parece que está gostando de viver aqui. Tem sua autonomia . Não é assim?

Ele analisou depois que a ouviu. Inês assentiu, não falando nada.

Victoriano suspirou ficando calado, mais por medo de estragar tudo do que por ausência de palavras.

— Inês: Sobre à noite que tivemos...

Depois de bastante tempo com ambos em silêncio, ele a olhou atento e ela seguiu.

—Inês: Foi boa...

Victoriano riu com o boa. Se indignando com o fato que ela estava diminuindo o que viveram ainda mais da novidade que ela havia experimentado e ele igual. Assim então ele rebateu as palavras dela.

— Victoriano: Não faça isso morenita, sabe que nossa noite foi mais que boa. Você até me surpreendeu positivamente quando go...

Inês pigarreou enquanto ficava vermelha, para ele não seguir . Victoriano achou graça vê-la vermelha, tendo vergonha com mais de 20 anos de casados. 

—Inês: Só quero que saiba que isso não irá se repetir sempre, mas irá se repetir se fizer como eu quero que faça. E o que quero que faça revelei a você. Espero que lembre.

Victoriano arqueou uma sobrancelha, rindo de lado e disse.

—Victoriano: Se o que diz é quando esteve montada em mim e fazia exigências, não precisa repetir, apenas garanta alguns pertences meus aqui. Que com certeza estarei mais presente por aqui até que você volte para nosso lar, morenita.

Ela suspirou entre contente e aborrecida por ele estar tão convencido.

Tomaram café, e antes de ir Victoriano deu um jeito ter Inês mais uma vez, quando a seguiu até o quarto.

Começou com beijos que desceram até o meio de suas pernas e depois com ambos novamente nus na cama.

Agora Inês se arrumava para sair e ele pra realmente deixar o apartamento.

Ele calçava os pés quando a olhou de frente para espelho, arrumar os cabelos.

—Victoriano: Onde irá? Irá dirigir? Eu sei que já fez isso, Inês. Preciso que esteja comigo esta tarde na delegacia. Irá?

Inês se virou rápido para ele e disse.

—Inês: É sobre o retrato falado que você disse que iriam fazer do nosso filho?

Ela foi até ele interessada. Victoriano assentiu.

—Victoriano: Também, mas querem algumas atualizações. Podemos dar isso a eles.

Inês tocou os lábios pensativa. Depois disse em tom de desânimo.

—Inês: Não temos muito o que atualiza-los. A última vez que vimos Fernando, ele era um bebê. Depois tivemos aquela foto.

Victoriano se levantou e foi até ela. Lhe tocou no rosto e disse.

—Victoriano: É exatamente sobre essa foto, morenita. Dei os dados onde ela foi achada. Eles devem ter encontrado algo.

Inês sentiu o coração acelerado quando disse.

—Inês: E onde foi tirada aquela foto?

Victoriano se afastou dela para agora ele olhar no espelho, e disse sem olhá-la

—Victoriano: Em Budapeste, Hungria, Inês. Nosso filho estava no fim do mundo quando quase eu o encontrei. Ele estava em um orfanato de freiras e...

Ele parou de falar quando viu que ela  derrubou seu perfume no chão. Ela abaixou para pegar, com as mãos trêmulas e a cabeça girando quando associou  o nome do país e o lugar com a descrição que Carlos Manuel relatou de onde vinha.

Assim então, engoliu a vontade de gritar o que pensava e chorar,  mas explodiu quando pediu, aos berros para que Victoriano a deixasse só.

—Inês: Eu preciso ficar só, Victoriano. Vá embora!

Victoriano estranhou a mudança de humor e chegou mais perto dela.

—Victoriano: O que acontece? Por que me expulsa, Inês? Por Deus, mulher.

Ele viu lágrimas querendo deixar os olhos dela e suas mãos tremendo. Inês tocou o cabelo, nervosa, e depois foi fazendo com que ele saísse do quarto e fosse embora.

Victoriano bufou, não sairia dali deixando ela como ele via.

Assim então parou na frente dela e disse.

—Victoriano: Pare de me expulsar, Inês! Não vou a nenhum lugar se não falar o que de repente te fez ficar assim!

I

 


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