Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 55
Capítulo 55




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Olá lindas. Eu estou quase uma máquina de escrever, assim fiz mais esse capítulo e longo. Assim espero que gostem.

Depois que falou, Loreto fez um gesto para que Inês passasse à frente dele e caminhassem juntos. Ela então, não se moveu e assim ele disse.

—Loreto: O que foi? Estamos sendo observados por todos os cantos, Inesita. Teme tanto Victoriano Santos assim?

Inês torceu os lábios e começando a caminhar, ela disse.

—Inês: Sei dos seus sentimentos ainda por mim e ele também, não estar ao seu lado é sinônimo de respeito, Loreto. Me casei com ele e o devo respeito. Apenas isso.  

Loreto parou, ela fez o mesmo. Inês vestia uma camisa linda, amarela com um forro transparente, calça preta e tinha tirado da bolsa um leque parar se abanar, diante do calor. Assim então ela já se abanava enquanto, Loreto a respondeu.

—Loreto: Nunca vou perdoar Victoriano por ter me tirado você.

Inês assim suspirou, e decidida não seguir por aquele caminho, ela disse.

—Inês: Por Deus, Loreto não vamos seguir com isso.

Ela fez que ia andar, Loreto a pegou pelo pulso, na mesma mão que ela segurava o leque e disse.

—Loreto: Eu vou te entregar tudo que você mais quer e isso vai mudar.

Ele a soltou. Inês apenas ergueu a cabeça, empinando o nariz. O vento soprou jogando os cabelos dela para frente de seu rosto e levando o cheiro deles para as narinas de Loreto. O homem sentiu o cheiro deles ao mesmo tempo que estufava o peito e se sentia mais insano por ela. E então ele voltou a falar.

—Loreto: Quero te ajudar achar seu Fernando, seu filho Inês. Falemos dele!

Ele então falou rápido. E Inês recusou mais uma vez tratar aquele tema com ele, dizendo.

—Inês: Eu já disse para ficar longe desse assunto. Meu filho junto de Victoriano, não é assunto seu, Loreto.

Loreto bufou irritado. E então a respondeu.

—Loreto: Victoriano não fez tudo que deveria fazer para acha-lo. Me diga ainda se ele segue procurando-o, Inês? Eu nunca desistiria de um filho meu assim, e sei do que falo porque também sou pai!

Ele cuspia suas palavras tendo aquela informação de primeira mão por Bernarda. Quanto Inês atingida por elas, baixou o olhar e depois que meditou, voltou a olhar Loreto, ela o respondeu.

—Inês: Eu não sei mais o que ele faz para acha-lo, passaram muitos anos. Mas sei que ele quase o encontrou. Temos uma foto de nosso filho quando ele ainda era uma criança, das tentativas claramente falhas em acha-lo.

Ela olhou para um ponto fixo  como que se tivesse olhando a foto outra vez, lembrando da emoção que sentiu ao descobri-la.

Loreto ao ouvi-la naquela revelação, sentiu seu sangue correr mais rápido nas veias, que apressado ele disse.

—Loreto: Foto? Que foto? Sabe de quando foi, de onde ela veio?

Inês negou sentindo uma angustia no peito.

—Inês: Eu não sei de nada. Na verdade, só tenho essa foto em mão porque descobri que ela existia há poucos dias. Victoriano não me deu tantas explicações, Loreto.

Loreto ofegava diante das palavras dela. Queria saber mais ao mesmo tempo que não queria ser passado para trás. Seria uma maldição se Inês e Victoriano encontrasse o filho da forma deles.  Assim então ele disse, se pondo no seu papel de salvador.

—Loreto: Por Deus, Inês, se soubesse, eu poderia mandar investigar!

Inês piscou mais de uma vez, ao ouvi-lo logo então disse, vendo pela milésima vez o interesse dele em ajudá-la.

—Inês:  Faria isso por mim?

Loreto tocou o meio do peito, ficou com a palma lá, enquanto falava.

—Loreto: Gastaria cada centavo meu, se isso me fizesse trazer seu filho de volta, Inesita.

Agora ele esticou a mão, tocou devagar o rosto dela, mas Inês desviou segundos depois que sentiu a carícia.

Uma lágrima desceu ao lado de umas das bochechas dela, ela limpou e começou a andar. Loreto a seguiu e a ouviu falando.

—Inês: Já disse que Victoriano também já usou todos os recursos que tinha para acharmos nosso filho, e nada adiantou Loreto. Não adianta!

Loreto a parou. Segurou nos braços dela e então retrucou as palavras dela.

—Loreto: Parece que perdeu ás esperanças de acha-lo!

Inês suspirou sentida. Sabia que se agarrar a esperança de um dia ter Fernando nos braços outra vez, não lhe tinha garantido a volta dele. Pelo contrário, tinha vivido dias infelizes e fazendo sua família vive-los iguais. Assim então de olhos cristalinos, ela disse.

—Inês: Eu escolhi me render a essa perca. Sofri demais e fiz pessoas que mais amo nessa vida sofrerem, enquanto eu egoistamente vivia apenas minha dor, Loreto. Então já não tenho nenhuma esperança em achar meu filho. Meu filho que foi levado de mim tão bebê e agora já é um homem.

Dentro de um dos consultórios da clínica, Constância sorria. Estava em uma consulta a mais com seu novo psicólogo. Carlos Manuel notava seu estado de ânimo. Ela estava iluminada e ele já sabia porquê.

Ele então falou.

—Carlos Manuel: Estou bastante feliz e satisfeito por vê-la como está.

Constância deu outro sorriso antes de responder.

—Constância: Hoje eu só tenho motivos para sorrir. Tive uma manhã muito boa com minha mãe, e ela ainda me espera lá fora. Também ao final da semana terei minha festa.

Carlos Manuel sorriu de lado e anotou algo, voltou a olhá-la e disse por lembrar dela ter mencionado seu aniversário e festa.

—Carlos Manuel: Claro, sua festa. Deve estar ansiosa para fazer 18 anos, Constância.

Constância alisou as mãos suadas no seu jeans, enquanto olhava o chão e falava.

—Constância: Estou bastante. A propósito, gostaria de te convidar para estar nela.

Ela levantou a cabeça depois de convida-lo. Carlos Manuel quando a ouviu, disse surpreso.

—Carlos Manuel: Me quer na sua festa?

Constância assentiu mais de uma vez a cabeça, dizendo.

—Constância: Se quiser ir, sim. Não tenho muitos amigos, assim a maior parte que estará lá que conheço é minha família. O resto será os amigos de Robby, meu namorado.

Agora que moveu a cabeça demonstrando entendimento, foi Carlos Manuel, que com que havia escutado ele emendou outro assunto.

—Carlos Manuel: E está tudo bem com seu namoro? Emiliano onde está nisso?

Por já saber detalhes suficientes dela, ele a instigou falar. Constância então depois de levar ao ar peito, o respondeu.

—Constância: Emiliano está muito ocupado com outras.

Ela virou o rosto, cruzando os braços. Carlos Manuel analisou o gesto, dizendo.

—Carlos Manuel: Não foi isso que quis saber, Constância. Não pode tampar um buraco emocional que ainda existe, com outra pessoa. Só magoará a pessoa e a si mesma com esse feito.

Constância olhou as mãos.

—Constância: Eu sei, está tudo bem, eu juro, com meu namoro e sobre o que sinto por Emiliano.

Um silêncio por cinco segundos, se fez entre eles. Até que ela voltou a olhar Carlos Manuel e disse.

—Constância: E então, irá no meu aniversário?

Carlos Manuel deu um leve sorriso para ela, e perguntou.

—Carlos Manuel: Que dia será?

—Constância: No sábado.

Cheia de ansiedade, ela o respondeu e Carlos Manuel com cuidado, disse.

—Carlos Manuel: Posso pensar?

Ela sorriu esperançosa.

—Constância: Pode.

Loreto seguia no jardim com Inês. Estava pronto para ir, até que ele disse.

—Loreto: Queria que ficasse com um cartão meu, Inês. Quero que me ligue se precisar de mim ou concordar com minha ajuda.

Inês estufou o peito sabendo que não faria o que ele falava por nenhuma das hipóteses. Assim então, ela o respondeu.

—Inês: Declarou guerra ao meu marido por um passado já encerrado Loreto. Eu não o procurarei. Esqueça isso.

Ela disse firme, quanto ele deu um sorriso de lado, rebatendo as palavras dela em seguida.

—Loreto: Não vou negar o que ainda sigo sentindo por você Inês, já evidenciei.  Mas dessa vez quero fazer em uma missão de paz.   Quero te ajudar. Assim, pegue meu número e me ligue quando precisar e se quiser, quando souber qualquer informação a mais sobre seu filho e essa foto. Assim eu poderei te ajudar mais rápido, Inês.

Ele mostrou um cartão de visita com números dele. Inês olhou desconfiada, e disse depois que voltou a olhá-lo.

—Inês: O que quer de mim Loreto? O que quer se consegue algo em relação ao meu filho? Eu nunca vou amá-lo!

Loreto deu outro sorriso de lado quando disse.

—Loreto: Não devemos dizer nunca nessa vida, porque o nunca quase sempre chega, Inesita.

Ele pegou uma mão dela deixando o cartão no meio da palma dela, depois pegou a outra mão e beijou em um beijo demorado e então ele se foi.

Santiago que vinha, quando se pôs ao lado de Inês, ele disse, encarando Loreto pelas costas.

—Santiago: O que aquele homem queria com você, Inês?

Ela então se virou para seu psiquiatra, e disse.

—Inês:  Ele é o homem do meu passado. Aquele meu antigo namorado do tempo de minha juventude. O que já mencionei em nossas consultas, Santiago.

Santiago suspirou. Não ficou contente, pois aquela era a primeira vez que via aquele homem em sua clínica e esperava que fosse a última.

Enquanto ele se afundava em seus devaneios, Inês passou um mão a baixo de um de seus olhos, o médico então a olhou novamente e agora com mais atenção, vendo assim que ela tinha os olhos levemente molhados e vermelhos.

E então ele disse.

—Santiago: Aquele homem te fez chorar?

Ela negou rapidamente, e o respondeu.

—Inês: Ele faz parte do meu passado e falamos dele. Meu passado me faz chorar, Santiago.

Santiago sentiu vontade de abraça-la, quando disse.

—Santiago: Sua filha ainda está em terapia, que tal fazer o mesmo?

Inês assentiu desesperada para conversar com seu psiquiatra. Assim então eles andaram e ela guardou junto com seu leque, o cartão de Loreto.

Mais tarde, quando Constância saia da terapia com Carlos Manuel, Inês saia também da sala de Santiago.

Eles assim se tombaram no corredor e Inês observou a filha ao lado do jovem rapaz, que fazia ela estar em melancolia sempre que o via.

Que os mirando, ela sorriu. A aparência dos dois eram quase a mesma. Cabelos loiros, olhos e pele clara. Ela suspirou mexida, e então disse.

—Inês: Não tive a oportunidade ainda de falar como me agrada saber que tomou o caso de minha filha, Carlos Manuel.

Constância saiu do lado do rapaz, e foi ao lado da mãe. Ela abraçou ela pela cintura, deitando a cabeça ao ombro dela. Santiago olhava a cena por trás das duas e de mãos no bolso do jaleco, enquanto também de jaleco, Carlos Manuel fazia o mesmo. E assim ele a respondeu.

—Carlos Manuel:  Está sendo um prazer ser o médico dela, senhora Inês.

Inês sorriu beijando a cabeça da filha, e Constância disse.

—Constância: Eu o chamei para minha festa, mamãe.

Inês parou agora de coração acelerado. Carlos Manuel olhou para o médico atrás dela.

Se falaram por olhares, e Santiago entendeu que aquele convite dificilmente seria aceito, pois lembrava do dia anterior quando Victoriano esteve ali procurando-o por um laudo médico e sem a esposa qual estava ali na frente deles saber, além de ter confrontado seu mais novo médico.

E foi a voz de Inês que tirou ambos de seus devaneios.

—Inês: Você vai, não vai?

Carlos Manuel ao voltar mirá-la com atenção, disse depois de trocar seu olhar entre mãe e filha.

—Carlos Manuel: Eu disse a Constância que pensarei.

Inês o ofertou um leve sorriso.

—Inês: Bom, se optar em ir. Será bem-vindo.

Ela se virou agora olhando também para Santiago.

—Inês: Você também Santiago. Será meu convidado.

Santiago seu surpreendeu quando a ouviu, mas disse sabendo também das pendências que tinha com Victoriano.

—Santiago: Farei o mesmo que Carlos Manuel. Irei pensar, sabe que estou sempre trabalhando, Inês. Essa clínica não seria a mesma sem mim.

Inês revirou os olhos e o tocou no ombro, algo que fez Santiago tremer por dentro. E assim ela disse em tom de brincadeira.

—Inês: Oras, Santiago, só seria algumas horas e será em um sábado. Nesse sábado.

Constância deu de ombros, e encerrando aquele momento, ela disse.

—Constância: Bom, convites feitos, agora temos que ir mamãe. Lembra que temos um jantar com convidados.

Inês riu agora lembrando da visita de seus genros na fazenda.

Assim então elas se despediram dos homens e foram embora de carro e com o capataz da fazenda o dirigindo.

Quando chegaram, Constância não deixava sua animação, subiu assim a escada correndo e Inês parou sorrindo. Tinha um largo sorriso enquanto a olhava. E quando não mais a viu, ela ouviu.

—Bernarda: Vejo que está bem, Inês. Victoriano é tolo por se preocupar tanto com você.

Quando ouviu a voz de Bernarda notando que não estava sozinha na sala, Inês se virou. Ela então suspirou, caminhou até o sofá deixando sua bolsa nela, e disse.

—Inês: Minha alegria te incomoda? Ou incomoda que ela está sendo compartilhada com minha filha, Bernarda?

Bernarda deu um riso sem vontade. Aquele era o ponto. Não assumiria facilmente, mas Constância era sua consentida, não gostava assim quando não era o centro das atenções da garota, pior era ver que Inês o era. Assim então, andando pela sala e ao lado de sua companheira bengala, ela disse.

—Bernarda: Nada me incomoda, a não ser esse seu teatro Inês. Passou o dia de ontem no quarto para hoje acordar dessa forma, rejuvenescida? Sei que só quer a atenção de todos.

Ela parou no bar de bebidas, encheu um copo. Enquanto Inês de rosto vermelho, a respondeu firme.

—Inês: Não pode falar do que não conhece. Não sabe da minha luta diária para não me render, Bernarda. Além do mais, sabemos que quem finge algo aqui, é você. Não me confronta como faz, quando Victoriano está presente!

Bernarda deu um sorriso e virou com a bebida no copo. Era uísque quente, assim ela bebeu num gole só. Depois da cara feia, ela largou o copo onde o achou, e rebateu as palavras de Inês.

—Bernarda: Victoriano não merece o que passa aqui, o que você o faz passar. Parece que esquece como o pai dele morreu!

Ela andou para sair dali, mas não antes de terminar de lançar sua semente do mal. Assim então, ela voltou a se virar para Inês que ficou quieta, e voltou a falar.

—Bernarda: Um dia o coração dele não vai aguentar. E depois não finja que não te avisei.

Assim, ela voltou a caminhar, subiu a escada devagar até sumir da visão de Inês.

Inês soltou o ar que segurava, foi até o bar de bebidas também. Pegou um copo limpo, não antes de jogar o que Bernarda havia bebida para o lado e deixa-lo cair ao chão.

Depois despejou a bebida quente no copo e o bebeu. A careta dela foi maior da que viu Bernarda fazer. Mais não deixou uma gota no copo. Depois limpou a boca e olhou o chão.

Tinha Victoriano na mente. Queria tentar lembrar se em algum momento o teve aparentando doente, se ao menos notou seu marido necessitando de cuidados.

Talvez não tenha notado nada enquanto estava agora em mais um de seus novos dilema: Criando expectativas com uma gravidez que ele não queria.

Ela voltou encher o copo. Sabia que as vezes, ela poderia ser egoísta demais. Na verdade, se via sendo assim constantemente e só buscava melhora diante dos meses recentes que passara.

Ela então voltou a beber novamente, e pensou que tinha urgência de falar com Victoriano.

Ela então deixou o copo, caminhou até onde estava a bolsa dela, a pegou e subiu ao quarto. Minutos depois quando chegou, a deixou em outro sofá, mas não antes de ter o celular na mão e ligou para Victoriano.

Victoriano saía de um banho. Tinha o peito nu, uma toalha na cintura, cabelos úmidos e despenteados. Ele assim ouviu seu celular tocar ao meio da cama. Ele foi rápido para pegá-lo e quando viu que era Inês, ele sorriu dizendo.

—Victoriano: Olá, morenita. Como foi a volta para casa? Já está em nossa, não está?

Inês assentiu com a mania de achar que ele já estava ali, e então se deitando na cama deles, ela disse.

—Inês: Diz que está bem, meu amor. Que não viajou para algum tratamento e que está escondendo de nós.

Victoriano sentiu o coração acelerando, quando a ouviu. Assim então rápido e desconfiado, ele disse.

—Victoriano: Não! Por que diz isso, morenita? Aconteceu algo, está pensando alguma coisa?

Inês girou o corpo para um lado da cama, e o respondeu temorosa.

—Inês: Eu não sei se acredito, Victoriano. E se você está mentindo sobre sua viajem e está doente?

Victoriano levou ar ao peito, agora entendendo melhor a intensão dela, o que não tinha nada a ver com o real motivo que o fez viajar.

—Victoriano: Eu estou forte e saudável como um touro, Inês. De onde está tirando isso?

Inês suspirou sem saber mais argumentar suas dúvidas.

—Inês: Tem certeza do que diz, querido?

Ela então esperou ele responder. O que ele fez rápido.

—Victoriano: Tenho, meu amor.

Um silêncio então se fez entre eles, até que Inês voltou a dizer.

—Inês: Prova para mim.

Victoriano franziu a testa, quando disse.

—Victoriano: Como? Já disse que estou bem, tirando a saudade que estou sentindo de todos vocês.

Inês por fim sorriu ao ouvi-lo e por algo que passara em sua mente.

—Inês: Me mostra uma foto sua. Mas sem roupa.

Quando revelou o que desejava, ela suspirou agora ansiosa. E Victoriano terminou sorrindo quando a chamou pelo nome.

—Victoriano: Inês...

O tom dele foi uma fingida repreensão. Assim então ela seguiu.

—Inês: Se me mostrar o quanto pode me desejar nesse exato momento, saberei que não está em um centro médico nem necessitando de medicamentos.

Victoriano agora deu um largo sorriso sabendo que passaria rápido pela aquela prova.

—Victoriano: É só isso que quer? Descansará se mando essa foto?

Ele então quis saber. Inês sentou rápido na cama, o respondendo.

—Inês: Só me diz se está podendo fazê-la. Não quero pensar que alguma outra mulher pode ver o que é o meu.

Ela fez uma cara nada boa quando falou e imaginou tal cena. E Victoriano ainda sorrindo, disse.

—Victoriano: Eu estou no quarto, morenita. Não se preocupe. Posso fazer o que quer.

Victoriano depois de falar olhou para seu corpo. Sabia que com uma ereção teria o trabalho em se livrar dela com seus testículos doloridos. Com isso não seria uma experiência tão boa quanto seria com ele sano, mas ainda assim não se fez de negado, deitou-se na cama e abriu a toalha que tinha no corpo.

Inês se deitou também, fechou os olhos imaginando o que ele fazia, e disse.

—Inês: Está na cama? Ouço seu corpo movimentar.

Victoriano não tardou em responde-la.

—Victoriano: Na cama e nu só pra você, morenita.

Inês suspirou enquanto também ajeitava o corpo ao meio da cama. Que não muito animada pelo que ouviu, ela retrucou.

—Inês: Eu não estou aí, não posso desfrutá-lo assim.

Mesmo assim, ela começou a descer uma mão pelo corpo até a chegar na calça que usava. Ela a abriu na frente e depois meteu a mão por baixo dela e abaixo de sua calcinha.

Em seguida ela ficou com os dedos ali se tocando levemente, enquanto dizia.

—Inês: Estou me tocando Victoriano, me mande a foto.

Victoriano respirou pesadamente. Não esperava ela tão direta e tão ciente do que queria. Com isso sentindo seu corpo começando a incendiar de desejo, disse.

—Victoriano: Por Deus, morenita, grave isso. Melhor, vamos fazer uma chamada de vídeo, hum.

Ele já estava pronto para a ação seguinte, quando Inês disse.

—Inês: Eu não sei fazer.

Ela gemeu baixinho depois falar, começando circular com o indicador o clitóris.

Victoriano quando a ouviu, olhou seu membro na mão. Aparentemente ótimo para ser usado. Ele então movimentou a mão com cuidado e o sentiu crescer e engrossar na palma dele.

Enquanto isso ele já ouvia Inês soltar mais graves gemidos, em seguida ele tirou a foto da ereção dele, mandou para ela, e depois disse.

—Victoriano: Veja se estou suficiente saudável para você, morenita.

Inês tirou o celular do ouvido. Usando sempre uma mão, depois quando viu a foto, ela abriu a boca, a fechou em seguida e lambeu os lábios.

Assim então ela disse, levando o celular ao ouvido.

—Inês: Eu quero você assim dentro de mim, Victoriano.

Quando a ouviu, Victoriano apertou a ponta do seu membro, agora ele gemendo.

—Victoriano: Morenita, vai me matar de desejo assim.

Inês já fora de si, aumentou o movimento de seu indicador, e disse levada pelo prazer que se dava.

—Inês: Volta. Volta hoje Victoriano, e vamos fazer amor quando chegar e só pararmos quando sermos obrigados deixar nosso quarto.

Victoriano fechou os olhos. Morreu por dentro quando ouviu a proposta. Sabia que não poderia fazer o que ela pedia e o que desesperadamente também queria. Não poderia voltar. Estava recente demais o procedimento que havia passado. Seu corpo não aguentaria, ele não aguentaria dar conta dela. Não, se recuperando de uma incisão no lugar que mais usaria ao lado da esposa desejosa. Assim então  ele disse.

—Victoriano: Não posso, Morenita. Não posso voltar agora. Mas posso fazer com que goze para mim mesmo de longe.

Ela gemeu o ouvindo. Depois desesperadamente, largou o celular para o lado, tirou a calça e a calcinha, empecilhos que a impedia de se tocar melhor, e disse em um tom que sabia que seria ouvida por ele.

—Inês: Diz que ainda está aí.

Quando Victoriano a ouviu, suando ele a respondeu.

—Victoriano: Não sairei até que esteja satisfeita.

Inês buscou rápido o celular outra vez, e o respondeu.

—Inês: Eu só estarei assim quando você estiver de volta em nossa cama, Victoriano.

Victoriano respirou fundo. Não queria que ela perdesse o desejo, assim então ele disse logo.

—Victoriano: Logo estarei, morenita. Agora vai, se abre para mim, querida.

Ele fechou os olhos imaginando ela fazer o que ele havia falado. Inês onde estava se abriu . Ao meio da cama, ela ainda tinha a blusa e as pernas nuas e abertas. Assim então, ela voltou a se tocar. Voltou a se tocar com rapidez, se penetrou com dois dedos, depois necessitou de mais um e o usou. Logo, ansiou por algo maior e sabia que o que queria era Victoriano ali onde estava seus próprios dedos. Queria ele rápido, forte entrando e saindo dentro dela até ela gozar junto a ele. E foi com esses pensamentos que ela gozou choramingando e chamando-o.

Victoriano ouviu tudo. Estava duro como pedra o tempo todo, e pouco usou as mãos por se sentir de fato dolorido com isso não tinha gozado, entretanto ouvi-la se dar prazer e gozar chamando-o, ainda que de longe levou sua libido nas alturas. O que o encheu de energia e vida.

Do outro lado da linha, depois que Inês tornou de seu gozo, ela pediu uma foto do rosto dele. Ele mandou e Inês sorriu satisfeita. Conhecia muito bem a expressão dele quando estava com desejo. O par de olhos verdes ficavam mais vivos, a pele vermelha, o suor marcando no canto da testa. Assim com toda certeza, ela via que Victoriano estava necessitando dela não de um médico.

Horas mais tarde, já era noite. Inês estava na cozinha com Adelaide. Confiou o jantar nas mãos da senhora e não saiu de perto, impondo assim sua presença como dona da casa a mais alguém: Bernarda.

Inês queria organizar o jantar para os namorados de suas filhas, e não permitiria que Bernarda presente usurpasse seu posto.

Assim então ela ansiosa, foi até á mesa para ver como tudo estava. Candela e mais uma moça que auxiliava Adelaide, colocava os talheres ao lado dos pratos. A grande mesa bem-posta e com flores ao meio, estava perfeita.

Mas Inês suspirou pensativa, sabendo que naquele jantar só faltaria Victoriano.

Ela andou pensando nele, até que a campainha tocou. Ela saiu da mesa de jantar, estranhou não ver suas meninas já embaixo, mas foi atender.

Assim então ela mesma abriu a porta. Dois rapazes bonitos e cheirosos apareceram na porta. Um trazia flores amarelas nas mãos, outro uma garrafa de vinho branco.

—Alejandro: Boa noite, senhora Santos.

Alejandro falou primeiro, depois Ivan o menos habituado com a família.

Inês sorriu afastando-se da porta para que eles entrassem, e disse.

—Inês: Boa noite, meninos. E podem me chamar de Inês, por favor.

Os dois ficaram um do lado do outro e passaram uma mão para trás enquanto seguravam com que a faltou, o que levavam com eles.

—Ivan: Essas flores são para senhora, senhora Inês.

 Ivan ofereceu primeiro o que tinha na mão e foi a vez de Alejandro fazer o mesmo, quando disse.

—Alejandro: Espero que goste de vinho, senhora Inês. É dos bons e foi meu pai que escolheu em especial para essa noite.

Inês pegou as flores primeiro, depois o vinho enquanto o encarava e lembrava de Loreto ao olhá-lo. Não se importava que o filho dele estava ali, o trataria bem, mas ele sendo mencionado na escolha do vinho a fez lembrar da tarde quando esteve com ele.

Inês então se esforçou ser gentil, diferente do que ela pensava que Victoriano poderia ser ao ter aquele vinho na sua frente. Sabia que ele não seria capaz nem de abri-lo. 

E então ela disse, espantando o que pensava.

—Inês: Querem mesmo me comprar, hum. Devem saber que com o sogro de vocês terão mais trabalho.

Os dois riram, e quando iam dizer mais alguma coisa as meninas desciam. Constância também estava entre elas, e estava ansiosa pelo show apesar que sabia que seria mais interessante se o pai delas estivesse com eles.

—Diana: Meu amor.

Diana foi a primeira ir até o namorado. Cassandra foi em seguida ao seu. Deu a mão a ele, e disse mirando a mãe.

—Cassandra: Mãe, esse é Ivan. O viu uma vez quando fomos ao parque, mas não éramos o que somos agora.

Ela respirou nervosa depois de falar.  No mesmo momento Inês lembrou da noite do parque e que só não tinha visto aqueles dois rapazes pela primeira vez, mas também Carlos Manuel.

Assim então ela disse.

—Inês: Eu me recordo muito bem desse dia, minha filha.

Ela sorriu e a campainha tocou novamente.

Inês estranhou ao mesmo tempo que seu coração palpitou. De repente desejou que chegasse outro bom rapaz.

Candela foi atender a porta e depois quem passou por ela, foi Emiliano.

O jovem apareceu todo arrumado, com cabelos para trás e roupas bem formais diferente dos convidados. Assim então ele disse.

—Emiliano: Vim representar meu padrinho. Boa noite.

Inês riu para seu menino enviado claramente por Victoriano.

A noite foi passando e já estavam na mesa. Bernarda agora estava presente, e teve alguns cuidados quando se queixou de um mal-estar. Assim, Constância sentou ao lado dela e todo o tempo buscava saber como ela estava.

Inês olhava a cena bem na frente dela, desacreditada. Horas antes teve a suposta enferma a confrontando e ainda experimentando de umas das bebidas mais forte de Victoriano. Assim então, Inês limpou os lábios devagar, e então disse, indo buscar um gole da taça do vinho que Alejandro trouxe.

—Inês: Então, conheceu minha filha no trabalho, Ivan?

O rapaz limpou os lábios antes de responder, e Inês bebeu de sua bebida.

—Ivan: Sim, senhora. Ela lutou muito contra pelo sentimento que agora temos, mas não resistiu.

Todos riram, Inês riu de lado também conhecendo tal sentimento na hora do flerte.

Alejandro encheu sua taça de mais de outro vinho que estava mais próximo a ele, e disse em seguida.

—Alejandro: Por que não brindamos? Brindaremos ao amor e a futura união de nossas famílias.

Quando o ouviu, Inês olhou para Bernarda, a senhora fez o mesmo daquela vez tendo uma conexão entre elas. Inês então desviou o olhar dela, e levantou sua taça. Os demais fizeram o mesmo e brindaram como havia sido sugerido.

Inês em seguida olhou seu lado direito. A cadeira vazia a incomodava demais, assim então ela acabou bebendo um gole mais que generoso do vinho.

Seguiram no jantar e conversando. Assim então vendo os meninos falando de aventuras e planos, Inês entrou na conversa quando disse.

—Inês: Desde quando conhecem Carlos Manuel?

Ivan pigarreou, e limpou a boca antes de responde-la.

—Ivan: Eu só o vi uma vez, senhora. Alejandro também só estou o vendo agora depois daquele encontro do parque.

 Inês suspirou por ter deixado se levar pelas aparências, e se justificou.

—Inês: Ah, bom, achei que eram os três amigos.

Agora Alejandro resolveu entrar na conversa, quando disse.

—Alejandro: Eu que sou o amigo de Carlos Manuel, e amigo de longa data dele, sogrinha.

Bernarda parou de comer, ficando em estado de alerta. Sabia muito bem de quem falavam.

E Inês instigada a seguir no assunto, ela disse.

—Inês: Carlos Manuel me disse que é órfão, imagino que passou com ele essa perca difícil.

Alejandro bebericou de sua bebida e então, em seguida respondeu Inês.

—Alejandro: Com certeza. Além do mais ele é órfão duas vezes.

Bernarda levou a mão na testa, fingindo passar mal. Inês não a olhava, assim não percebeu o que acontecia  tampouco Alejandro que seguia na conversa com ela, assim, então ela confusa perguntou.

—Inês: Como assim, ele é órfão por duas vezes?

Alejandro que Bernarda o via como uma maldito língua solta, disse.

—Alejandro: Carlos Manuel é adotado. Ele nunca conheceu os pais de sangue.

Enquanto Inês sentia o impacto daquela revelação, houve um barulho. Depois Cassandra junto das irmãs se levantaram da mesa e olharqm o chão. Inês se levantou da mesa em seguida, olhou o que acontecia e então viu Bernarda ao chão e aparentemente descordada.

Momentos depois, Inês viu as filhas aflita, um de seus genros carregando Bernarda ao quarto, quanto ela se viu chamando um médico.

Assim então, momentos depois, Emiliano que estava na sala junto de Inês, disse.

—Emiliano: Essa festa virou um enterro.

Inês se virou para o afilhado depois de ouvi-lo, quando ouviu a voz de Constância chorosa falar, enquanto descia a escada.

—Constância: Esse não é o momento para suas piadas, Emiliano. Eu liguei para o papai, mamãe.

Inês a olhou quando viu que ela lhe falava, portanto nada contente a respondeu.

—Inês: Não deveria ter o incomodado com isso, filha.

Constância fungou, demonstrando que havia chorado e disse.

—Constância: Como assim, mamãe? Minha vó tem câncer, algo pode acontecer com ela. Meu pai tem que saber, talvez ele até venha para casa.

Inês torceu os lábios quando ouviu a filha, cruzou os braços e virou de costas para os jovens temendo que eles vissem em seu rosto o descontentamento em pensar que Victoriano de fato poderia voltar para casa antes do tempo e depois dela ter pedido isso a ele e ele negado. Odiaria ver tal coisa acontecer por Bernarda ser o motivo.

Então ela apenas disse.

—Inês: Eu já chamei o médico. Logo ele estará aqui.

Ela então passou pelos jovens, e Emiliano disse.

—Emiliano: Espera, aonde vai madrinha?

Ela então sem poder compartilhar da preocupação de todos ali. Disse.

—Inês: Vou buscar mais uma taça de vinho.

Os dois jovens ficaram a olhando ir, e então Constância disse baixo.

—Constância: Ás vezes minha mãe é tão fria, eu não entendo.

Emiliano saltou no sofá, sentando em um pulo, e disse.

—Emiliano: Acontece que minha madrinha não gosta da Bernarda. Isso é tão evidente. Você saiu dela, e ainda não conhece as expressões de minha madrinha.

Ele riu, Constância sentou ao lado dele e disse.

—Constância: Acontece que sou a filha indesejada que foi a mais afastada dela, e descobri isso há pouco tempo, imagina saber quem ela gosta ou não gosta.

Emiliano ficou calado, então para mudar de assunto ele disse.

—Emiliano: E o patife do seu namorado?

Constância revirou os olhos, e Inês que estava com uma taça de vinho, escutando a conversa deles enquanto estava escondida entre uma parede e outra, saiu dali. Ela caminhou então de volta á mesa pegou a garrafa de vinho, mas antes, frustrada ela olhou o jantar inacabado e arruinado. Assim então ela deixou o ambiente. Passou pela cozinha, onde Adelaide organizava a bagunça da noite acompanhada, a chamou quando a viu.

Inês apenas saiu pela porta de serviço da cozinha, sem atende-la.

A brisa da noite abraçou Inês, soprou no rosto dela e cabelos. Depois ela olhou a garrafa de vinho que tinha nas mãos. Já estava meia cheia, assim ela levou na boca. Depois andou mais. Começou a andar pela área de onde morava. Estava em sua propriedade, assim segura e sabendo que tinha ainda muitos peões pelo quintal da casa ainda sem terem se recolhido. 

Inês andava ainda bebendo, mas pensando naquela noite, no dia, pensando em tudo.  Queria seguir sabendo mais de Carlos Manuel, queria voltar a conversar com Alejandro quando viu nele uma fonte de informações. Ela parou mais uma vez agora lembrando de Loreto que queria informações para ajuda-la achar o filho perdido. Informações que Victoriano nunca tinha dividido com ela.

Nem mesmo no exato dia que ele conseguiu aquela foto há um passo de estar diante do filho deles, ele a revelou. Mais frustrada, ela levou as mãos nos cabelos e voltou a andar. Quando viu 4 peões sentados em bancos de madeiras e ao meio uma fogueira. Eles falavam, riam e pareciam também beber.

Inês olhou sem importar com aquele momento deles, com isso, para não atrapalha-los, ela ia dar meia volta quando ouviu eles mencioná-la.

—X: Será mesmo que o patrão está traindo a patroa?

—X: Aposto o que quiserem, que sim. Ele ainda viajou! Deve estar com a amante.

Os homens riram e seguiram a conversa.

—X: Por que um homem casado procura por camisinhas e discretamente entre nós? Claro que ele está pulando cerca!

O homem que falou pegou uma garrafa ao lado e levou a boca. Assim, Inês deu dois passos para se aproximar mais deles, quando ouviu por trás dela, Zacarias falar.

—Zacarias: Boa noite, patroa. O que faz aqui?

Ela se virou, vendo o homem grande tirar o chapéu depois de falar, enquanto o grupo que estava na roda falando da vida dela e de Victoriano, se levantaram rapidamente.

Inês então se vendo cercada por cinco homens, suspirou tomando valor e disse.

—Inês: Eu estava tomando um ar. Quanto ao que falavam, eu não estou sendo traída. Victoriano buscou essa coisa com vocês, para usar comigo. Boa noite!

Ela saiu então rapidamente da visão deles enquanto sentia seu rosto queimar em pudor. E com ela refazendo o caminho dela, um deles falou, vendo ela ainda segurando sua garrafa.

—X: Tomar um ar não é a única coisa que ela estava fazendo.

Dentro da casa, um médico já atendia Bernarda.

Fora do quarto estava Diana, Cassandra e seus namorados. Assim então Cassandra disse.

—Cassandra: Ela já estava se queixando antes mesmo do jantar, devíamos ter dado mais atenção.

Ivan a trouxe para um abraço, dizendo.

—Ivan: Pelo que nos disse, ela está com uma saúde instável, não se culpe, meu amor.

Diana passou a mão nos cabelos também aflita, quando Alejandro disse.

—Alejandro: Eu só queria beber. Onde se enfiou nossa, sogrinha? Agora sei porque meu pai e o seu brigaram por ela no passado.

Ele riu olhando Diana com suas últimas palavras. Alejandro não era capaz de levar nada muito a sério, e Diana já conhecendo tais características, bufou e o novo membro entra a família disse.  

—Ivan: Que história é essa dos pais de vocês?

Diana então disse, antes de puxar Alejandro para longe.

—Diana: Não vamos falar disso agora.

Quando esteve próximo a uma parede, junto de Alejandro, ela disse sussurrando.

—Diana: Alejandro, por favor você poderia levar um pouco a sério o que está acontecendo aqui? Minha vó tem câncer, estamos aflita e você quer fazer piada com o que quase nos separou? Por favor, se quer ficar fique, mas me apoie como se deve!

Alejandro fechou a cara ao ouvir tal repreensão. E então apenas a respondeu no mesmo tom.

—Alejandro: Não entendo porque fala assim. Na verdade, entendo sim. Você é tão chata quanto Carlos Manuel. Deveria ter escolhido ele!

Diana riu, e debochou dizendo.

—Diana: Talvez dê tempo para fazer a troca!

Quando a ouviu, Alejandro pegou no braço dela, o corpo dele tampou a visão que Cassandra e Ivan poderiam ter, e assim ele disse.

—Alejandro:, Pare de fazer brincadeiras com isso.

Diana se surpreendeu pela ação, mas ainda sem sentir medo, ela disse.

—Diana: Não é você que gosta de fazer piadas? E me solte está me machucando!

Alejandro soltou, levou a mão que tocava ela na cabeça, e disse.

—Alejandro: Vou embora. Diz à sua mãe, que gostei muito dela e do jantar.

Diana não se moveu nem falou mais nada. Apenas o viu ir até Cassandra e o cunhado, depois os dois saíram juntos e ela só se despediu do cunhado. Assim então, Cassandra foi até ela e disse.

—Cassandra: Aconteceu alguma coisa?

Diana apenas alisou o braço, dizendo.

—Diana: Não importa.

A porta do quarto de Bernarda abriu, assim o médico saiu dela elas foram saber da senhora que elas amavam como avó.

Já tarde da noite. As coisas estavam mais calma. E assim, Inês saía de dentro do escritório de Victoriano. Havia ficado ali dentro e ainda com mais garrafas de bebidas dele.  Assim, saiu se escorando nas paredes, zonza e sonolenta. Sem saber que horas se tratava, nem se suas visitas já tinham ido embora, ela apenas tinha uma meta: Chegar ao quarto dela e dormir.

Ela então andou na sala iluminada parecendo que a escada estava longe demais. Até que viu uma das filhas dela. Era Cassandra que estava de pijama, já a esperando, pois sabiam onde a mãe estava e na companhia das bebidas. Algo que Inês havia esquecido que suas duas filhas mais velhas já a tinham ido buscar mais de uma vez.

Assim então Cassandra disse.

—Cassandra: Pronta para dormir?

Inês assentiu ao mesmo tempo que levava a mão no corrimão da escada, e segurava com tanta força que parecia que dela dependia a segurança de sua vida.

Cassandra então sorriu, e foi até ela, passou em seguida os braços em volta dela, para andarem juntas dizendo.

—Cassandra: Se papai souber que eu e Diana permitimos que isso acontecesse, ele irá nos matar.

Ela andou mais com a mãe para juntas subirem a escada. E assim então, Inês balbuciou, fazendo as duas pararem.

—Inês: Ele não tem que matar ninguém... A mãe aqui sou eu.... Eu mando em mim... portanto eu posso beber um pouco.

Ela colocou um pé a frente do outro e foi subindo devagar, lentamente as escadas. Quando chegaram no corredor do quarto, Diana esperava na porta do quarto  de braços cruzados.

E quando Cassandra chegou aparando a mãe delas, ela foi ajuda-la.

Inês já não era capaz de exigir nada. Apenas queria cama e dormir e era onde as meninas a levava .

Inês assim que reconheceu sua majestosa cama, se deitou. E depois Cassandra e Diana, ambas se olharam e em seguida começaram a despi-la. Os sapatos foram tirados por Diana, depois ela subiu ao cós da calça e Cassandra começou tentar tirar a blusa dela. Depois que as peças saíram fora, deixando-a apenas de lingerie, era o momento de ajeitar a mãe delas melhor na cama.

Inês então com tantos toques, abriu os olhos e quis conversar.

—Inês: Estão falando que o pai de vocês está me traindo. Mas é mentira . Mentira....

As meninas que tinham a mão no corpo dela, se olharam mais uma vez. E Diana interessada na história, enquanto puxava a coberta para cobri a mãe, disse.

—Diana: O que disse mamãe?

Cassandra a olhou pedindo para ela parar. E Inês a respondeu enquanto tentava puxar o travesseiro de Victoriano para ela.

—Inês: Eu só insinuei que gostaria que tivéssemos um bebê. E ele está desesperado e buscando camisinhas em qualquer canto.

Depois que a ouviu, Cassandra sussurrou.

—Cassandra: Isso não é bom.

Diana deu o travesseiro nas mãos de Inês. Ela cheirou o travesseiro e as duas se olharam outra vez. E Diana então disse, agora para mãe delas ouvir.

—Diana : Papai te ama tanto mamãe. Deveria parar de brigar com ele.

Cassandra bateu no ombro de Diana sabendo o que ela fazia. Diana apenas deu de ombro e esperou para ver se a mãe delas seria capaz de falar nitidamente como antes.

—Inês: Já paramos... hoje fizemos uma ligação e fizemos umas coisas nela e...

Cassandra então rápido disse.

—Cassandra: Está bem chega.

Diana também daquela vez, disse.

—Diana: Concordo. Vamos deixa-la dormir.

Cassandra beijou o meio da testa de Inês, em seguida Diana fez o mesmo e a cobriu melhor. Depois deixando apenas um abajur  ligado, elas saíram.

Inês em seguida apagou no sono pesado dos bêbados.

04:15h da manhã. A casa estava em silêncio, e Bernarda saiu do quarto dela. De passos lentos, andou em direção ao quarto principal. Um que um dia fora dela.

Quando chegou até a porta, ela entrou. Via o quarto todo escuro até chegar próxima a cama. E então viu Inês pela luz do abajur, dormindo.

Bernarda ergueu a cabeça e pegou o travesseiro grande ao lado de Inês. Sabia que ela esteve tomando álcool, que subira ao quarto acompanhada das filhas, e imaginava assim também que ela não teria forças para se defender em qualquer ataque no momento, ainda que fosse um ataque de uma mulher como ela que já não tinha forças nos braços e ossos.

Sabia quão arriscado era o que tramava. Mas não podia esquecer a conversa que ouvira no jantar. Inês tinha interesse em Carlos Manuel, o rapaz que apenas ela e Loreto sabiam as origens dele. Mas não só ele. Alejandro Guzman sabia informações suficientes que faria Inês chegar ao filho mais rápido.

E ela não permitiria.  Assim então ela apagou a luz do abajur e se debruçou . Inês dormia de bruços.  E Bernarda mediu o corpo dela, pensando que poderia ser capaz de subir em cima dela, isso se seu joelho cooperasse com a manobra. Por essas razões, tinha que atacar Inês dormindo . Ela não poderia acordar antes de ser dominada.

Constância andava com uma direção em mente. Havia ido dormir pouco depois de saber que a mãe dela e de suas irmãs, estava fazendo do escritório do pai delas, um bar. Assim então não a viu mais durante à noite. Que não deixando de pensar no dia que tiveram, foi dormir com um riso bobo, isso depois de ver também que sua avó estava bem. Assim então ela entrou no quarto dos pais que tinha a porta aberta. E então viu uma sombra ao lado da cama de Inês e gritou. Gritou alto demais, quase como uma sirene.

 


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