Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 52
Capítulo 52




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Olá lindas, tentei escrever um pouco e gostaria de fazer mais, mas ainda tenho pouco tempo para me dedicar e escrever como gosto. Então escrevi apenas um pouco do que eu pretendia escrever desse capítulo para não demorar mais. Espero que gostem. Beijos.


Depois de ouvir Inês, Victoriano fechou a porta atrás de si, cruzou os braços e disse.

— Victoriano : Não estou entendendo.

Ele levou uma mão na cabeça, encarando-a, e ela apenas riu aborrecida e depois disse.

—Inês: O que não entendeu exatamente, Victoriano? Te fiz uma pergunta e quero a resposta!

Victoriano a viu mudar de cor. Inês estava nervosa, quanto ele apenas estava em paz e ainda sem entender os motivos que levavam a agir como estava. Que então assim, ele disse:

—Victoriano: Não entendi o motivo de sua histeria, Inês. Fiz o que deve ter escutado Débora falar com Adelaide. E só.

Ele moveu as mãos de uma forma inquieta e adentrou mais no quarto, deixando-a onde estava. Inês bufou cheia de valentia e o seguiu dizendo.

—Inês: Débora? Por que fala assim? Parece que tem intimidade com ela! Costuma leva-la em seu carro, Victoriano?

Victoriano parou e ela fez o mesmo, quase que colando o peito no dele. Ela então ergueu a cabeça, torcendo os lábios e ele arqueou uma sobrancelha, ao dizer.

—Victoriano: Por Deus, Inês. Débora é o nome dela, como eu não chamaria ela por seu próprio nome? E te recordo que ela trabalha em minha empresa por um pedido que me fez através de Adelaide. Quanto ao que fiz hoje, foi a primeira vez. Não venha coisas onde não tem, mulher.

Ele levou ar ao peito depois de falar, e Inês ainda não contente com a resposta dele, disse firme.

—Inês: Primeira e última! Não te quero acompanhado de outra mulher que não seja eu ou suas filhas, Victoriano!

Ela ofegou e passou um lado de seu cabelo para trás de sua orelha. Victoriano riu. Mas não riu por não levar a sério suas palavras, apenas por vê-la naquele estado por puro ciúme, algo que ele não era acostumado a ter cenas dela como aquela.

Assim, então ele levou ar ao peito mais uma vez. Pegou nos braços dela gentilmente e disse manso, enquanto visava o fim daquela boba discussão.

— Victoriano: Esse papel de ciumenta não te serve, porque deveria saber que só tenho olhos para você, morenita. Então vamos se acalmar sim.

Ele subiu agora as mãos repousando uma de cada lado no rosto dela e deu-lhe um selinho. Inês tirou rapidamente as mãos do rosto dela, acreditando que não estava sendo levada a sério.

Assim mais aborrecida, ela rebateu as palavras dele.

—Inês: Eu já estou ficando velha e já tivemos problemas suficientes para que outra mulher seja uma melhor esposa para você do que eu, portanto tenho direito de me sentir assim quando te encontro com uma mulher como essa Débora.

Ela cruzou os braços depois de falar e também virou o rosto. Victoriano analisou as palavras dela, e amaldiçoou em pensamento como ela se via. E então assim ele disse.

— Victoriano: Está dizendo besteiras, Inês. Não está velha, e é a única mulher que quero como esposa! Agora chega, hum. Tive um dia cheio, gostaria de um banho e descanso.

Ele começou desabotoar os botões da camisa dando as costas a ele, e voltou a andar até que a ouviu dizer baixo, mas o suficiente para ser ouvida.

—Inês: Eu, eu só estou chegando na idade que não posso te dar mais filhos, e uma mulher mais jovem sim.

Ele rapidamente se virou para ela e a olhou sério. Como um terreno cheio de armadilha, era onde Inês parecia ter os colocados. Um tema que ele já não pensava e ainda existia sequelas do que tinham vivido na gravidez de Constância.

Assim então ele se apressou em responde-la em um tom áspero demais.

— Victoriano: Não quero mais filho e você tampouco, então não tem que se preocupar com sua idade em relação a isso Inês.

Ele respirou fundo e ela então o encarou sem temer sua visível inquietude com aquele tema, e disse.

— Inês: Eu nunca disse que não queria mais filhos, você disse e decidiu que íamos evitar e assim estamos fazendo.

Ela levou as mãos nos cabelos e andou. Victoriano a mirou incrédulo, até que teve forças para dizer.

—Victoriano: Nós dois entramos em um acordo, e foi justo depois do nascimento de Constância, não? Além do mais, já temos 3 filhos, e isso para mim já é um bom número.

Ele depois de falar ofegou, de rosto vermelho. Não estava acreditando que Inês os levava por aquele caminho. Assim então ele ouviu ela corrigindo-o.

— Inês: Tivemos quatro, quatro filhos. Mas um deles não está conosco.

Agora se olharam com uma distância entre eles considerável ao tema que discutiam. Como que um buraco os separavam de chegar um no outro ou em um acordo.

Victoriano passou a mão no rosto, impaciente e a respondeu.

—Victoriano: Sim, quatro Inês! Fomos e somos pais de 4 filhos, e já não pretendo ser pai de mais um. A não ser...

Ele se calou e olhou para barriga dela, depois subiu para olha-la nos olhos e seguir.

— Victoriano: Você não está desejando ter outro filho, não é Inês?

Um silêncio entre eles se fez presente. Se fez presente o suficiente para os corações se acelerarem mais e suas carnes tremerem. Até que a voz de Inês quebrou o silêncio, quando ela ergueu a cabeça, o mirou nos olhos e o respondeu.

—Inês: Eu não sei.

Victoriano riu. Mas riu sem vontade. O que fez ele questioná-la, rude demais, alto demais.

— Victoriano: Como não sabe?!

Apesar de seu tom de voz exaltado, Inês permaneceu em paz ainda que tremendo entre suas incertezas. Caminhou então em direção da varanda do quarto, enquanto falava.

—Inês: Disse que não sei. Fui à uma médica nova, a mesma médica de Diana Maria e ela disse que em menos de 2 anos eu não poderia mais ter filhos e isso, por minha idade se tornar cada vez mais perigoso, além de meus óvulos se tornarem insuficientes. Logo não estarei mais ovulando como estou, Victoriano por isso penso que deveríamos conversar sobre isso.

Quando ela terminou de falar, estava parada entre a porta da varanda. O vento bateu levantando seus cabelos negros junto com a cortina que caia como um grande lençol nas laterais da porta.

Victoriano ficou um tempo só a olhando ali, apesar do tema que conversavam, testemunhar ela calma demais. O que fez dessa vez ele ponderar em sua resposta, quando disse:

—Victoriano: Deveria ter me avisado, eu iria com você. E isso de que logo não estará ovulando não tem que ser um problema, já que não queremos filhos, morenita.

Ele caminhou para se aproximar dela, mas Inês esticou o braço fazendo ele parar, e o respondeu.

—Inês: Te recordo que disse que eu não sei. Estou indecisa. Podíamos...

Victoriano então não pensou quando completou as palavras dela, completando que sairia de sua boca.

— Victoriano: Podíamos o que Inês? Tentar um menino, era isso que ia falar?

Inês negou com a cabeça, enquanto no mesmo momento abriu a boca, mas não conseguindo falar tão rapidamente como havia sido impedida de completar ela mesma sua frase. Até que ela tocou o meio do peito com uma mão, seus olhos tomaram por lágrimas querendo descer, o mirou e finalmente conseguiu dizer.

—Inês: Por que não poderíamos tentar esse menino? Eu não estou como na gravidez de Constância. Ela já vai fazer 18 anos. Você não quer ser mais um pai de menino?

Victoriano negou tão rapidamente com a cabeça que poderia ser capaz de sentir dores mais tarde, e a respondeu.

—Victoriano: Agora eu que te recordo, eu já fui Inês. Já fui pai de um menino e foi de Fernando!

Inês quando no final das palavras dele, ele aumentou a voz, ela naquele momento fez o mesmo ao responde-lo.

—Inês: Mas nos tiraram ele!

Victoriano então rebateu as palavras dela.

— Victoriano: Das nossas vidas sim, mas do meu coração e da minha mente não, Inês! Por isso ainda sou pai de um filho homem e não tenho mais desejo algum em voltar a ser.

Ele bufou ao mesmo tempo que levava as mãos na cabeça e andou para longe dela. Inês então visualizando suas largas costas, o respondeu com uma pergunta que o fez parar.

—Inês: Mas e se eu quiser?

Ele virou-se para ela e apenas disse, com firmeza.

—Victoriano: Eu já disse que não quero.

Inês ergueu a cabeça enquanto tinha seu olhar com dureza em cima dela. Sabia que Victoriano não daria o braço a torcer e nem pensaria na hipótese que ela gostaria que pensassem juntos. Ali era ela sozinha. Assim então ela disse séria.

—Inês: Então isso geraria um conflito entre nós.

Ele assentiu e sem rodeios a respondeu.

— Victoriano: Com certeza.

Eles se olharam calados, até que Inês suspirou e voltou ao assunto inicial do que os levaram a uma discussão.

—Inês: Eu falei sério quando falei que não quero voltar a vê-lo com outra mulher em seu carro.

Victoriano a encarou, e desafiando-a, disse.

—Victoriano: Não voltarei a fazer isso, se não voltar a pensar na hipótese de termos outro filho.

—Inês: Victoriano...

— Victoriano: Temos um acordo.

Ele não deixou ela responder quando se dirigiu ao closet, deixando-a em meio ao quarto. Inês então cruzou os braços e caminhou novamente até a varanda.

Ventava enquanto a noite já caia, ela então olhou o céu escurecido e suspirou pensativa.

Entendia Victoriano mais do que ele mesmo pensava, afinal sabia muito bem que quem havia errado em sua última gravidez, havia sido ela. Havia errado como mãe para Constância. O mal que tinha feito não poderia ser passado para outro filho.

Mas também havia um, porém que podia lastimá-la. E se tudo fosse diferente? E se ela não fosse ela? Se ela não fosse ela, Victoriano gostaria de ter outro filho?

Inês levou as mãos na grade de proteção da varanda e então mirou Emiliano chegando. Ela se esforçou e sorriu, acenando ao rapaz. Ao que parecia, o teriam como visita para o jantar. E não só para aquilo, mas para também lembra-la que quando Constância nasceu, ela havia desejado ser mãe dele não dela.

De repente Inês sacudiu a cabeça decidindo fazer o que seria certo. Certo para ela e para todos.

Cassandra estava no quarto, exatamente no banheiro quando passou a mão no meio do espelho acima de sua pia, para poder ver melhor sua imagem. Quando conseguiu se ver depois de limpá-lo, ela suspirou enrolada em uma toalha e encarou seu reflexo.

Havia saído do banho e a quentura do chuveiro estava por todo banheiro. Sendo a filha do meio entre duas irmãs, nem tinha chegado aos seus 22 anos, mas naquele momento sentia todo o corpo sem energia. Tinha enjoos e se não fosse a quentura da água quente, juraria que também estava em estado febril. Mas não.

Ela sacudiu a cabeça e depois levou a mão na nuca entre seus cabelos úmidos e caídos aos ombros.

Lembrava que não havia marcado uma consulta como deveria, e agora temia sua escolha em não ter levado seu mal-estar a sério.

Só pensava que não podia estar doente, muito menos grávida. Grávida não. Ela pensou em Ivan o qual era apaixonada, mas não segura o suficiente para estar com ele. Não do jeito que deveriam estar.

De repente então, ela sentiu mais uma náusea, e dessa vez levou a mão na boca e correu ao vaso.

Longe dali, Loreto pegou o telefone da sua casa e ligou para alguém.

Sentou em um sofá na sala bonita e iluminada, e então esperou . Dois toques apenas e outra voz do outro lado da linha soou.

—Loreto: Precisamos nos ver.

Bernarda na fazenda, em seu quarto ao atender o celular, revirou os olhos. Havia esperado aquela ligação por mais tempo que gostaria. Assim então ela respondeu Loreto com raiva.

—Bernarda: Te liguei desde que voltei e só agora me retorna, Loreto.

Loreto bebeu um pouco do copo de conhaque que trazia em uma de suas mãos, e a respondeu.

—Loreto: Não sou seu cão mandado para que quando me chamar eu esteja aos seus pés, Bernarda Santos.

Ele bebeu mais depois de falar, e Bernarda bufou cobrando-o.

— Bernarda: Temos segredos juntos, uma aliança, Loreto. Isso nos une para sempre! Não pense que se livrara de mim e que deixarei de procura-lo quando eu desejar!

Loreto se levantou agora vermelho e desconfiando, a respondeu.

—Loreto: Quero saber o porquê veio para ficar. Sei que não está doente como quer aparentar. Você não me engana mulher.

Bernarda deu um sorriso de lado, e como ninguém podia vê-la, se manteve com ele até que o respondeu.

— Bernarda: Estou muito doente. Mas essa conversa não devemos ter aqui.

Loreto olhou o gelo no seu copo, ficando assim em silêncio, até que disse.

—Loreto: Onde está Inês?

Bernarda riu de uma maneira que Loreto pôde entender que ela ria dele. Assim, ele a ouviu dizer.

—Bernarda: Na cama com Victoriano, suponho.

Loreto bufou, engoliu o resto de sua bebida e depois de bater o copo na mesinha a sua frente, ele a respondeu firme.

—Loreto: Te vejo amanhã pela manhã na minha empresa.

Ele desligou a ligação sem mais nem menos. Bernarda então no mesmo momento que viu que Loreto tinha agido daquela forma com ela, ouviu baterem na porta de seu quarto.

Constância apareceu segundos depois que ouviu de Bernarda um entre.

— Constância: Vovó, não vai descer para o jantar? Todos estão na mesa. Bom quase todos. Minha mãe não está.

Bernarda estranhou aquele chamado por lembrar como Victoriano havia chegado em casa e de suas palavras, e disse.

— Bernarda: Me lembro que seu pai disse que não ia jantar conosco. O que houve para que ele mudasse de ideia?

Constância deu de ombros, e então disse.

—Constância: Bom, eu só sei que ele acabou de descer e que Emiliano também jantará com a gente.

Bernarda depois de ouvi-la se forçou a sorrir e então disse.

— Bernarda: Bom, se é assim, então vamos descer querida.

Constância parou um tempo apenas a olhando, e depois que Bernarda fez o mesmo, voltou a dizer

— Bernarda: Por que me olha assim menina? Vamos?

Constância sorriu e então confessou o que se passava em sua cabeça.

— Constância: Eu não disse ainda, mas estou muito feliz que esteja aqui.

Bernarda agora deu um largo sorriso, tocou em um lado do roso de Constância e a respondeu.

— Bernarda: Eu sei querida. Eu sei.

Na mesa do jantar, a única que ainda não havia se juntado à mesa, chegava.

Inês de roupas limpas e cabelos arrumados, encarou a mesa posta para toda sua família. Ela olhou cada uma de suas filhas, depois Victoriano e ao lado dele Emiliano. Ela sorriu, sorriu até seus olhos se encontrarem com os de Bernarda.

Bernarda a analisou em um olhar que varreu seu corpo todo. Inês então apenas puxou sua cadeira e se sentou, dizendo.

—Inês: Boa noite a todos, e desculpem a minha demora.

—Emiliano: Que bom que desceu, madrinha.

Emiliano sorriu depois de falar, e enquanto Inês lhe retribuía o sorriso, Diana disse.

—Diana: Como não vem como deveria vir aqui, Emiliano, não sabe que já faz meses que sua madrinha já está mais presente em nossos jantares.

Diana sorriu agora buscando olhar a mãe. Victoriano tomou um pouco do seu vinho só observando a conversa que iniciava.

—Emiliano: Isso é verdade madrinha?

Contente, o rapaz então disse. Inês assentiu com a cabeça, esperou uma das funcionárias que tinham na casa terminar de servi-la, e o respondeu.

—Inês: Sim é verdade, meu filho.

Ela sorriu enquanto arrumava os talheres que usaria para comer.

Constância mexia no seu prato, sem muita fome. Inês buscou a olhar, mas seus olhos também pararam em Cassandra que parecia calada demais. Ela então bebeu um pouco de vinho que tinha em sua taça recém-servida e disse.

—Inês: Cassandra, filha, está bem?

Todos encararam Cassandra que sorriu como que se quisesse aparentar energizada.

—Cassandra: Estou ótima.

Bernarda que terminava de limpar seus lábios, disse.

—Bernarda: Daqui uns dias teremos o aniversário de Constância. Alguém irá fazer algo?

Constância deixou de fazer qualquer coisa quando seus olhos buscaram os do pai e depois da mãe.

Diana que julgava aquela data como de todos da família quando estavam aniversariando, um grande acontecimento que trazia festa para a fazenda, disse.

—Diana: Se vamos fazer festa, já temos que pensar em como ela vai ser.

Victoriano então, depois de encher mais sua taça de vinho, disse.

—Victoriano: Deixarei que ela escolha o que quiser e como vai querer essa festa, afinal, ela já estará fazendo seus tão sonhado 18 anos.

Depois de falar ele buscou olhar sua caçula.

Constância então abriu um sorriso enorme, e disse.

—Constância: Eu vou pensar em como eu quero papai. Obrigada!

Emiliano riu dizendo.

—Emiliano: Agora não será mais o bebê da casa Conni.

Constância tacou seu guardanapo em direção dele, enquanto dizia.

—Constância: Cala a boca, Emi.

Eles riram entre eles, enquanto Victoriano tinha ficado sério e de corpo rígido, por ter escutado a palavra bebê na mesa.

Mais tarde. Ele estava trancado em seu escritório. Bebia e tinha tomado uma decisão.

Ele encheu assim seu copo grosso de uísque em temperatura ambiente, e logo depois ouviu alguém baterem na porta.

Imaginava quem era, por isso deixou seu copo na mesa e caminhou até a porta.

Quando abriu ela, ele viu Inês. Ela vestia uma camisola com um robe por cima. Ele assim deixou ela passar.

Inês entrou em silêncio visualizando de cara o copo na mesa. E então ela disse.

—Inês: Já passa da meia-noite e ainda não foi deitar.

Victoriano fechou a porta, quando fez se virou para ela. A mirou e pensou no que tinha decidido fazer e tendo a consciência que não seria capaz de confiar nela.

E então assim ele apenas a comunicou.

—Victoriano: Amanhã viajarei em um viajem de trabalho. Volto em uma semana.

Ele depois de falar, foi buscar seu copo e quando sua mão chegou perto dele, Inês que estava do lado, o tirou da mesa, dizendo.

—Inês: Como assim irá viajar? E para onde vai?

Ela o olhou desconfiada. Victoriano então dissimulou sua história dizendo.

—Victoriano: Já disse que vou viajar por assuntos de trabalho, Inês. E vou a Nova York. Estarei perto.

Ele pegou o copo da mão dela, e tomou de um gole generoso.

Ela então ainda não conformada com a resposta, disse.

—Inês: Por que só está me dizendo agora que irá viajar, Victoriano e ainda por tanto tempo assim?

Victoriano andou enquanto ela lhe mirava as costas.

—Victoriano: Se não viesse com aquela conversa de filhos, eu teria dito antes.

Ele voltou a mirá-la. A mirou da cabeça aos pés e então voltou a dizer.

—Victoriano: E quer saber, gostaria que fizéssemos amor. Já faz uma semana que não te toco e percebi que andou me evitando, e desgraçadamente serei eu agora que terei que fazer o mesmo.

Ele terminou de beber toda a bebida e foi atrás de mais. Até que Inês tocou no braço dele, dizendo.

—Inês: Está exagerando se por nossa conversa necessita se embriagar Victoriano. E não te evitei porque queria.

Ela então confessou que por não revelar o que passava em seus pensamentos não queria estar com ele, quando sabia que havia grandes chances de sair grávida.

—Victoriano: Então assume que me evitava.

Ela assentiu e baixou o olhar para o peito dele. Sua camisa estava aberta o suficiente para ela visualizar seu peito nu e com poucos pelos.

—Inês: Eu estou sempre te querendo Victoriano, mas minha consulta me deixou confusa e insegura.

Victoriano suspirou e deixou o copo sobre a mesa e disse, pondo-se de frente para ela.

—Victoriano: Não precisamos de mais filhos, Inês. Hoje podemos ser apenas nós e por mais tempo. Nossas filhas cresceram e nossa caçula logo será totalmente dependente.

Inês assentiu concordando e Victoriano sentiu um iluso alívio.

—Inês: Você tem razão, eu não posso fazer isso conosco. Pode ser apenas nós cinco e depois apenas nós dois, assim como manda a lei da vida.

Victoriano sorriu, tocou no rosto dela e então disse.

—Victoriano: É assim que fala morenita. Tire esses pensamentos de sua mente, querida.

Ele buscou a boca dela. Deu um leve beijo, e depois se olharam até que sentiram ao mesmo tempo a necessidade de se beijarem mais vezes.

O beijo calmo, foi se tornando intenso quando Inês sentiu-se abraçada por Victoriano. Presa nos braços dele, era beijada com desejo e retribuía.

Victoriano então a suspendeu em cima da mesa. Ela sentou de pernas abertas e ele se encaixou ao meio delas. Ofegantes, as mãos começaram a tocar um ao outro. Victoriano enterrou elas entre os fios pretos dos cabelos de Inês, aprofundando o beijo, mantendo a cabeça dela na mira de sua boca. Até que não houve mais ar e com isso a volta da razão.

Ele então se afastou dizendo.

—Victoriano: Não vou te tocar ainda, Inês.

Inês piscou atordoada pelo desejo, e depois disse.

—Inês: Eu não entendo. Eu quero ser sua e fazer amor com você Victoriano.

Victoriano olhou para ela e agora suas bonitas mãos começando a abrir seu robe. E então disse.

—Victoriano: Que método contraceptivos está usando? Ainda usa o que combinamos? Não me deixou claro isso em nossa conversa, Inês.

Inês negou com a cabeça lembrando que não usava mais, apenas estava sem enquanto pensava no que faria com a hipótese que poderia voltar a ser mãe ou não.

—Inês: Eu ainda voltarei ao médico para decidir isso.

Victoriano deu um riso sem vontade.

—Victoriano: Então não vou arriscar isso.

Inês voltou a amarrar seu robe enquanto dizia.

—Inês: Tem tanto medo assim de voltarmos a ser pais, ou de me engravidar já que seria eu a mãe de mais um filho seu?

Quando terminou de falar, ela o olhava.

Victoriano suspirou, e agora foi em linha reta para pegar uma garrafa de bebida, enquanto dizia.

—Victoriano: Eu não quero outro filho, já disse e para mim não há outra ideia a ser discutida diante disso, Inês.

Inês saltou da mesa com raiva, e então disse.

—Inês: Ok Victoriano, enquanto eu não decido o que fazer, você não me toca e eu não te procurarei, tenha certeza disso.

Victoriano se virou para ela de garrafa na mão e decidido, ele disse enquanto ia até a mesa pegar seu copo.

Ele o encheu e depois o pegou, levantou e disse.

—Victoriano: Ao que parece, temos um acordo morenita.

Ele fez um gesto de brinde para ela, e ela apenas o mirou séria e depois disse, decidida deixar o escritório.

—Inês: Espero que faça uma boa viagem. Boa noite, Victoriano.


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