Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi lindas.  O capítulo está maior que os outros e vai seguir assim . Pq não sei exatamente quantos capítulos vou levar nessa primeira  fase, mas posso dizer que depois desse, o casamento de Inês e Victoriano vai se próximar, mas antes de chegar  na fase deles maduros, preciso contar sobre o nascimento de Fernando  e depois das meninas, tem bastante coisa pra contar para esclarecer as coisas e não posso e não quero fazer isso em flashback eu não ia conseguir passar com clareza o que quero passar a vocês escrevendo no tempo real que as coisas aconteceram, comigo escrevendo tudo em lembranças do passado.   Mas então vou acelerar meus dedos aqui pra chegar nos momentos que são muito importantes para história seguir, pra voltar contar da parte do primeiro capítulo ! Enfim, espero que estejam gostando ❤



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Inês tinha contado para mãe dela sobre Victoriano e do beijo que tinham dado . E que a partir daquele momento, Constância tomava conhecimento de quem era Victoriano. 

E assim os dias foram passando.

Inês cuidava de sua mãe, ia na escola quando dava e havia deixado de sair mais de casa por ter medo de encontrar  Victoriano na rua e cair em tentação em acabar beijando ele de novo. E que, era um beijo que ela escondia ainda de Loreto, mas que sua consciência cobrava uma confissão.

Enquanto, Victoriano naqueles dias viu Inês faltar as aulas  e deixar de ir a praça, enquanto ele parado na frente da vila que ela morava não a via também sair pra fora . Mas que  ele via Loreto entrar e sair de casa dela mais de uma vez.  E Victoriano mais que antes, sentia ciúmes dele depois do beijo que tinham compartilhado e mais que ciúmes, ele começava a sofrer em pensar que ele podia a qualquer momento  fazer amor com ela e se já não fazia.

E Vicente via a agonia do amigo  que tinha nutrido uma obsessão em Inês desde que a viu, e isso o deixava preocupado por ver o Victoriano mulherengo seguir morto a mais de uma semana querendo apenas uma mulher a que não era dele, mas que ele pretendia ter de qualquer  forma.

E assim, em uma tarde nas terras da fazenda Santos, Victoriano estava com Vicente cavalgando, quando de longe um homem em um cavalo cavalgava levantando poeira  mostrando aos dois a pressa que ele estava. 

E assim, Victoriano então notou que era Loreto que montava aquele cavalo.  E seu corpo todo ficou em alerta,  por aqueles dias ele ter evitado seu “amigo” depois que havia beijado a namorada dele.  E não era por medo, e sim por saber que ele tinha os lábios de Inês sempre quando quisesse e que por ciúmes ele seria capaz de partir a cara dele aonde fosse que eles tivessem. 

E assim descendo do cavalo, Loreto disse todo possesso. 

— Loreto: Santos, seu desgraçado!

Victoriano então rápido desceu do seu cavalo também,  e Vicente atento  fez o mesmo.

E assim grosso Victoriano, respondeu Loreto.

— Victoriano : O que quer, Loreto!

E Loreto bufando por descobrir aquele momento pela boca de Inês, que Victoriano e ela tinham se beijado depois dele insistir tanto em vê-la estranha e resistindo a muitos beijos dele.  Ele respondeu todo cheio de raiva. 

—Loreto : Sei que beijou minha namorada, Victoriano! Fique longe dela!

E assim Victoriano encheu o peito de ar ao ouvir Loreto, e descobrir que Inês havia contado sobre o beijo deles. E sem temer, não deixando mais aquele confronto para depois, Victoriano disse, arrancando assim sua máscara e revelando seu real interesse em Inês.

— Victoriano: Disse para tomar cuidado comigo, Guzmán!

E Loreto indignado por nem ver Victoriano tentar se justificar, ele disse bravo. 

— Victoriano : Você é um infeliz, Victoriano! Somos amigos e quer roubar minha namorada!

E ainda sem querer esconder o que queria.  Victoriano respondeu  Loreto, tão nervoso como ele parecia estar. 

— Victoriano : Deixamos de ser amigos , Loreto desde que me apresentou Inês.  E agora somos rivais! Porque eu quero ela! Quero Inês para mim!

Loreto então  gritou  de peito contra o de Victoriano, e com Vicente ao lado deles. 

— Loreto  : Maldito,  desgraçado!

E assim, Loreto partiu pra cima de Victoriano, o socando no rosto  e Victoriano devolveu o soco que segundos depois os dois estavam na terra brigando por Inês.

Vicente no meio dos dois não sabia o que fazer. Ambos eram grandes e estavam se batendo  sem parar na terra e levantando poeira. E então ele subiu no seu cavalo e a mil, cavalgou encontrando, Fernando Santos, com dois peões também de cavalo e armados. E bravo  Fernando, pegou a arma de um de seus peões e cavalgou atrás de Vicente até que eles chegaram aonde estava Loreto e Victoriano estavam brigando.

E assim que Fernando viu Loreto e Victoriano no chão, ele atirou pro alto e rápido ao som do tiro eles pararam de brigar.

E assim Fernando,  disse os olhando com raiva. 

— Fernando : Já podem parar com essa briga de maricas nas minhas terras!

Já se parados e em pé um na frente do outro, Victoriano estava todo vermelho de raiva assim como Loreto,  e se desafiando eles se olharam se declarando rivais. E assim descontente, Loreto subiu no seu cavalo e cavalgou para o lado das terras do seu tio que não se comparava com a grande fazenda Santos. E ele cavalgou certo que tinha que se casar logo com Inês depois de Victoriano ter declarado rivalidade a ele. Victoriano tinha tudo, e Loreto não ia permitir que ele tivesse também Inês.

E no dia seguinte na frente da casa de Inês, Victoriano pegou ela  chegando em casa. E então ele apressado desceu do carro antes que  ela entrasse na vila. E quase com ela passando o portão ele a puxou pelo braço, e Inês se assustou vendo ele de novo na frente dela e na frente da casa dela.

Victoriano estava ali morrendo de raiva, queria ter feito o que fazia antes.  Mas depois da briga com Loreto, Vicente e também  Fernando haviam tentado por juízo nele para ele deixar Inês,  já que ela havia confessado sobre o beijo a Loreto. Fernando Santos, não conhecia Inês, mas para nada ele havia gostado de ver seu filho brigando por ter colocado os olhos em uma namorada  alheia. Mas Victoriano, ainda que tivesse ouvido do pai sermões com ajuda de Vicente, nenhum ele tinha escutado . E agora ele estava ali na frente de Inês, querendo ela mais que tudo e não aceitando perder ela pra Loreto. Não sem lutar, porque para ele a guerra só estava apenas começando. 

E ainda assustada por ver Victoriano na frente da casa dela e o vendo vermelho de raiva com as mãos nela. Ela disse nervosa.

— Inês : Mas... mas o que faz aqui? O que faz na frente da minha casa?

E Victoriano não respondeu Inês. E ainda que corresse risco de levar outro tapa dela, ele a beijou, beijou com raiva e segurando ela pelos braços. 

Victoriano seguia com raiva de Inês por ela ter contado a Loreto sobre o beijo deles, e ainda seguir com ele como ele sabia que ela estava. Ele morria de raiva e inveja de saber que aqueles doces lábios dela ainda seguia sendo de outro, e morria mais ainda de saber que como da primeira vez ela correspondia o beijo dele mas que parecia que era mais apaixonado do que o primeiro.

Inês correspondia o beijo de Victoriano, com vontade de mais e que ainda que fosse estranho, ela sentia que teve saudades de ser beijada por ele daquela maneira de novo . Só para sentir de novo as borboletas  no meio do estômago que voltava  a sentir como também a quentura no seu corpo que quando ela era beijada por Loreto ela não sentia. E Inês, ainda não sabia dar o nome para o que sentia só nos braços  de Victoriano, apenas entendia que era bom. Tão bom que ela havia confessado para Loreto ao choro e pedido de perdão, por ter gostado do beijo de outro homem. Para assim ela entender que era errado e não voltar a fazer.  Mas que a contrário daquilo, ela estava ali, beijando Victoriano outra vez e desfrutando mais que antes.

E Inês, perdida nas sensações que o beijo de Victoriano causava nela, ele cessou o beijo e com as mãos no rosto dela que tinha um olhar perdido ele disse, ofegante .

— Victoriano: Agora vai e conte sobre esse beijo a Loreto, também.  Mas não esquece de contar que foi melhor que o primeiro. Conte, morenita.

Victoriano então depois de suas palavras olhando Inês, e ver ela ainda  de olhos fechados  e boca rosada lhe pedindo mais beijos mesmo que fosse em silêncio, ele não resistiu e a beijou de novo e de novo ela o correspondeu. Mas, mais rápido  Victoriano terminou  aquele beijo sentindo no meio  dele desejo por ela, o que era o que Inês sentia também anda que não soubesse ainda dar nomes em tudo que ele estava causando nela.  E assim, Victoriano, voltou a dizer agora com as mãos no rosto de Inês e com as testas coladas. 

— Victoriano: Conte a ele que eu beijo bem, que beijo melhor que ele. E o deixe para ficar comigo, Inês. 

Ele então deu dois selinhos nela. E Inês por fim tentou falar, toda perdida no que sentia depois de tantos beijos.

— Inês : O que está fazendo comigo, Victoriano? Me deixa em paz favor. 

Victoriano e Inês se olhavam nos olhos,  ali depois daqueles beijos com possíveis platéia para o que acabaram de fazer.  E Victoriano, descendo as mãos para os braços de Inês e afastando seu rosto  o dela antes que a beijasse mais vezes, ele a respondeu consciente do que queria e ia falar.

— Victoriano: Vamos ser marido e mulher, Inês. Será a mãe de meus filhos.  Não vou te deixar em paz nunca. 

Inês então piscou os olhos  e viu e Victoriano deixar ela, atravessar a rua e entrar em um carro preto. E ela percebeu que tinha visto aquele carro mais de uma vez na rua dela.

E Victoriano dentro do carro, levou a mão na sua ereção que doía dentro da calça desejando Inês também, e que aquilo não era a primeira vez que acontecia.

E assim, Inês entrou para dentro de casa.

E Constância ao ver a filha descabelada com os olhos estralados e corada demais, ela disse. 

— Constância : O que houve com você, Inês querida?

E Inês suspirou. E de cara ela respondeu sua mãe sem rodeios. 

— Inês : Victoriano, me beijou de novo, mamãe. 

E desconfiada e mãos na cintura, Constância disse estreitando os olhos para Inês.

— Constância : Ele te beijou, ou vocês se beijaram?

E Inês ficou calada, enquanto sentia suas bochechas queimarem  por saber que o certo seria dizer que, ela e Victoriano tinham se beijado e que ela tinha desfrutado muito dos beijos dele. 

E no dia seguinte.

Loreto, inseguro foi buscar Inês com o carro dele na aula.  As férias do meio do ano já se aproximava e com ela o aniversário de Inês. E Loreto queria estar pendente daquela data, e surpreender Inês com uma bela jóia que seria o anel de noivado deles. Porque ele sentia que podia perde-la se não se casassem logo. 

E assim que Inês viu Loreto, ela pensou em Victoriano e no beijo deles na noite anterior.  E com a consciência pesada ela disse, sem muito ânimo. 

— Inês : Oi Loreto. 

E Loreto nada a respondeu quando teve ela nos braços dele, ele a beijou. E Inês de olhos fechados o beijando, procurou  as borboletas em seu estômago e o calor do seu corpo que sentia quando Victoriano beijava ela, e não os encontrou . E então depois que Loreto se separou dela, confusa e exigindo sentir aquelas coisas com seu namorado, ela o beijou de novo. E Loreto riu por dentro por sentir Inês mais animada para beija-lo depois que ela tinha confessado o beijo que tinha dado em Victoriano . Então ele só cria que a Inês seguia arrependida e apaixonada por ele acima de tudo.  E sem resultado na sua pesquisa, Inês sorriu se ruborizando por entender que tinha atacado Loreto com mais beijos como ela não fazia.

E Loreto sorriu  por adorar ver Inês se ruborizando na frente dele, ficando toda vermelha. Mas logo, ele pegou na mão dela e entrou no carro com ela. Convicto no que faria depois de vê-la.

Pois naquela noite, Loreto  trabalharia para começar  adquirir o dinheiro para comprar o anel de noivado para Inês, um anel que seria digno a uma mulher como ela.

Enquanto  na empresa  Sanclat. 

Fernando falava com Victoriano, todo nervoso.

— Fernando : Aonde está sua esposa e meus netos, Victoriano? Deixe de perder tempo com namoradas de outros e arrume uma moça solteira, filho.   

Victoriano revirou os olhos, ele estava sentado na frente da mesa do pai dele, enquanto o via em pé por trás dela. E assim Victoriano disse,  cansado das mesmas cobranças de Fernando.

— Victoriano : Por favor pai, não vamos falar sobre casamentos e netos imaginários agora.

Fernando então passou a mão nos seus cabelos grisalhos e respondeu, Victoriano.

— Fernando : Eu estou velho filho.  Não quero morrer antes de ter ver tomando posse da  empresa e me dando meus netos!

E a porta do escritório se abriu, e Bernarda que entrava e ouviu o fim da conversa deles, ela disse.

— Bernarda : De novo falando a mesma coisa para seu filho, querido.

Bernarda chegou  perto de Fernando, depois de suas palavras, o abraçou pelo pescoço e o beijou. 

Victoriano viu a cena e pensou no porque não tinha irmãos e a resposta era porque o pai dele depois da mãe dele falecer, ter feito vasectomia, o que era uma cirurgia cara na época e privilegiada  ainda para homens com a classe como  a deles. Aquilo tinha sido apenas uma prova de amor, que mesmo morta,  Fernando ainda seguia amando a mãe de Victoriano fazendo  dela a única mulher que havia dado a ele um filho, e homem.

E então para não atrapalhar o casal,  Victoriano saiu. E Bernarda com o corpo debaixo daquela roupa que cheirava a outro homem, seguia beijando o marido.

E na frente da vila.

Loreto beijava a mão de Inês. E assim ele disse, quando olhou para ela.

—Loreto :Logo será maior de idade Inesita, e por isso já vou providenciar uma aliança como merece para te pedir em casamento. 

Inês quando ouviu Loreto, ficou nervosa.  Não era a primeira vez que ele falava de casamento, mas daquela vez ela sentiu um choque que fez ela temer a voz dizendo.

— Inês :Loreto, eu...

Loreto sorriu vendo Inês nervosa.  E tomando a voz dela, ele disse o que achava que ela ia dizer por conhece-la.

— Loreto : Sei o que vai dizer, Inês.  Mas você merece o melhor e vou te dar, Inesita.  Eu te amo.

Loreto então  beijou, Inês depois de sua declaração que não era mentirosa mas também não era sincera por ele ainda não saber amar uma mulher como Inês. Que de coração acelerado ela virou o rosto no meio do beijo quebrando ele.

E assim ela disse, com vontade de chorar sem uma explicação.

— Inês : Eu preciso entrar, Loreto .

Loreto então procurou a boca de Inês outra vez para se despedir dela, mas ela baixou a cabeça e o beijo foi no meio da cabeça dela. E ele notou que  ela já não era a Inês que havia recebido ele na frente da escola. 

E assim que Loreto se foi, Inês entrou em casa  chamando pela mãe dela necessitada dos braços dela. 

— Inês : Mamãe, mãe.  Onde está?

Inês passou, deixando a bolsa dela largada no sofá da sala. E entrou no corredor dos quartos, e assim ela bateu na porta do quarto da mãe dela por vê-la fechada de chave ela disse.

—Inês: Mamãe, por que trancou a porta?

Inês mexeu no trinco, enquanto trancada, Constância  dentro do quarto estava debaixo das cobertas . Ela tinha febre alta, enquanto suava tendo delírios.  E assim, ela falava sozinha em sussurros.

— Constância : Não vão me pegar... Não vão me pegar.

E Inês já temendo algo, insistiu a chamando. Mas logo ela imaginou que não seria atendida pela mãe por ela provavelmente  estar passando por mais uma de suas crises.  Então, consciente do estado da mãe dela, mesmo que não a ouvisse, Inês correu para fora ansiando pegar Loreto ainda a frente da vila. Mas o carro dele já não estava na frente e seu coração  sem querer buscou o carro de Victoriano com os olhos em algum lugar  .

Mas Inês não o viu e então ela levou a mão na cabeça desesperada, por saber que tinha que se virar sozinha.  Porque na vizinhança dela, ela não passava de mais uma louca da família que tinha e por  isso não receberia ajuda, apenas daria mais motivos para falarem da mãe dela e ela. 

E então já chorando, Inês respirou fundo tentando ser forte e voltou para casa.

E novamente na frente do quarto da mãe dela, ela bateu na porta outra vez.  E disse, se derramando em lágrimas de angústia por não saber o que a mãe fazia no quarto estando trancada e em crise nervosa como ela imaginava que ela estaria tendo. 

—Inês : Mamãe, por favor abre a porta. Estou ficando desesperada,  abre a porta mãe.

Nada Inês ouviu no momento, só  desejando ouvir a voz de Constância de uma vez que provasse a ela que ela estava bem. Mas em troca, Inês  começou ouvir barulhos que vinha dentro do quarto de objetos  quebrando.  Que ao mesmo tempo que a aliviou, a deixou mais nervosa. 

E assim, Inês ainda chorando voltou a bater na porta chamando pela mãe .

E Constância em pé no quarto ainda em delírio, ouvia Inês desesperada chamando por ela,  mas que não conseguia distinguir que o chamando de sua filha era real e assim como várias vozes que ela tinha na cabeça dela não eram.

E logo depois, desejando que tudo ficasse quieto, Constância gritou  dentro do quarto e lançou uma cadeira contra a porta.
Inês se assustou se afastando da porta, crendo que sua mãe iria se machucar, e não aguentando mais aquela situação ela buscou algum objeto para tentar abrir a porta. E então, Inês voltou com uma marreta na mão pensando  em martelar o trinco da porta. Mas sem sucesso para entrar, Inês desceu se arrastando na porta e levou a mão na cabeça enquanto chorava mais, ouvindo a mãe  desequilibrada no quarto.  E ela rezou aos céus que depois daquele surto sua mãe não saísse machucada de novo.  Porque o que restava para ela, ela esperar tudo aquilo passar e Constância  voltar a razão outra vez, já que aquela filme Inês já tinha vivido e o fim tinha sido trágico.

E assim 20 longos minutos, que pareceram eternos para Inês, passaram. E tudo ficou em silêncio, e Inês se levantou  do chão e chamou pela mãe baixo enquanto limpava os olhos.

— Inês : Mamãe, diz que está tudo bem. Por favor. 

O silêncio se manteve outra vez. Até que a mãe de Inês, finalmente disse algo. 

— Constância : Filha, é você?

Inês então soluçou, por finamente  ouvir a voz da mãe dela. E com as mãos na porta louca para ela ser aberta, a respondeu.

— Inês : Sim, mãe sou eu. Abre a porta por favor. 

E assim logo depois, Constância abriu a porta. E Inês pulando a cadeira caída no chão, abraçou a mãe dela chorando.

— Inês: Meu Deus, mãe.  Quase me matou. Eu estava desesperada aqui. 

Inês olhava tudo ao redor vendo o quarto da mãe dela todo bagunçado, ainda naquele abraço. Sem dúvidas, a mãe dela estava no mesmo caminho que a avó dela havia se perdido com aquele gênese na família .

E com carinho, Inês a levou a mãe dela até a cama, a sentou nela e pegou os remédios na mesinha ao lado para dar ela. Enquanto  sofria por dentro, por ver a esquizofrenia paranoica  se manifestar na mãe dela.

E naquela noite, Inês não pregou os olhos, escondeu a chave do quarto de Constância e ficou zelando seu sono a base de remédios que esteve tranquilo toda a noite.

E assim com essa crise que a mãe de Inês teve. Inês a levou no médico, que o mesmo aumentou as dosagem de remédio dela.  E então, passou mais dias e Inês ficou  eles todos sem sair de casa. E com os dias passando, Inês não tinha visto Loreto, parecia que a terra tinha tragado ele. E muito menos ela tinha voltado a ver Victoriano. O que não significava, que ele não tinha ido procura -lá e nem pensado nela. 

E em um dia, antes do aniversário de Inês.  Ela na cozinha, ajudava a mãe dela que estava melhor, mas que ambas estavam cientes que o episódio  do quarto poderia se repetir se Constância tivesse recaídas, como a que teve se trancando no quarto. Inês, estava na cozinha amassando massa de pães para o café da tarde que teriam. 

Enquanto, Constância que batia ovos em uma tigela, disse para Inês a vendo amassar a massa com força demais .

— Constância : Te acontece algo, minha filha?

Inês apertou as mãos na massa  pela última vez, e tirou suas mãos dela e disse brava, enquanto passava os dedos no avental que ela usava.  

— Inês : Loreto sumiu mamãe, e também não vi mais Victoriano. Ele me beija e depois some!

Constância então suspirou, achando nada normal Inês reclamar dos dois rapazes que tinham aparecido na vida dela, e que depois do segundo ela reconhecia que tinha deixado a filha dela mais agitada de uma forma que ela não era.  E assim, preocupada, Constância disse.

— Constância : Filha, a mamãe está começando a ficar preocupada com essa história desses dois rapazes, correndo atrás de você. Loreto já conheço mas esse Victoriano, não. Temo que fique que confundida entre eles. Se já não está por falar dessa maneira. 

Inês passou o braço no canto do rosto por um fio de cabelo incomodar ela.  E depois ela respondeu sua mãe com o que achava de Victoriano e Loreto.

—Inês : Não estou confundida, mamãe.  Mas Loreto é  meu namorado  e sumiu de repente depois de falar que irmos casar  . Enquanto Victoriano, me persegue e me beija sabendo que sou namorada do amigo dele e também some. Eu não estou entendendo esses homens mamãe.

Inês bufou brava depois de suas palavras e Constância riu achando graça, até que ela disse para filha dela. 

— Constância : Filha, as más línguas dizem que é as mulheres que são complicadas de serem entendidas, mas os homens também não são nada fáceis. Mas meu amor, eu só não quero que entre eles dois, você saia machucada.  Porque aí sim, vai ter motivos maiores de me chamarem  de louca quando eu os matar .

Inês riu, e pensando em Victoriano e Loreto outra vez, ela disse para mãe dela escuta-la.  

— Inês :Loreto é bom mamãe, me respeita, me apoia e quer se casar comigo. Enquanto Victoriano, ele é  bonito, insistente e me beija como nunca fui beijada antes. Fico até de pernas bambas. Mas eu não o conheço para deixar ele mexer assim comigo.  O que sei de Victoriano é  apenas o que vi, que ele é amigo de Loreto e muito diferente de mim.

Constância riu de lado, colocou  a tigela na mesa e disse o que pensava. 

— Constância : Falou mais de Victoriano, do que de Loreto, filha. Mas saiba que as vezes os opostos se atraem filha.  Eu queria muito conhecer esse rapaz que anda te deixando assim, de pernas bambas.

Constância riu de novo e Inês baixou a cabeça com vergonha, de ter sido tão expressiva assim.   Mas não querendo deixar que Victoriano seguisse sendo o tema da conversa.  Ela disse, pra realmente ela pensar em quem devia estar nos pensamentos dela.

— Inês : Amanhã é meu aniversário, mãe.  Será que Loreto vai aparecer ?

Constância então suspirou descontente, e respondeu  sua filha.

— Constância : Estou contando com isso. Porque quero que compre uma bela roupa e use amanhã, Inês. 

E Inês não muito animada ao ouvir os planos da mãe dela, ela disse.

— Inês :Mamãe, não vamos gastar com bobagens. E também não vou sair.  Vou ficar contigo. 

E assim, Constância  foi até Inês, e ficou de frente para ela enquanto estavam ao lado da mesa. E passando  uma mexa dos cabelos de Inês para trás da orelha dela, ela disse preocupada.

— Constância : Está parando muito sua vida pra cuidar de mim, filha.  E isso me entristece. Mas amanhã vai ser diferente, vai sair para se divertir. 

Inês então soltou o ar pensativa  e depois disse.

—Inês : Mesmo se eu quisesse mamãe, não tem ninguém para sair comigo. Meu namorado sumiu e não tenho amigas.

Constância então tocou um lado do rosto de Inês fazendo ela olhar pra ela,  e depois ela disse certa.

— Constância : Não precisa de Loreto para passar bem seu dia meu amor. E amigas sei que se saísse mais, faria elas. 

Inês deu de ombros e se virou para voltar a mexer na massa, e enquanto ela fazia . Ela respondeu sua mãe com aquele tema de amigas.

— Inês :Não preciso delas. Porque descobrem a história de minha vó, desenterram nosso passado, me julgam como louca e depois me desprezam.

Constância então fez Inês se virar para ela, e ela viu que os olhos dela estavam molhados de lágrimas que ela segurava.  E então, ela disse certa que existia sim amigas boas no mundo mas que as que Inês já teve não eram.

— Constância: Quem já fez isso com você, nunca foi sua amiga, filha. Sei que existe pessoas boas  nesse mundo. Você sabe disso meu amor, porque você é  minha sonhadora que acredita no bem e no amor . Então amanhã vai comprar um vestido bonito, sandálias novas e vai sair como uma jovem que é.

Inês então sorriu com as palavras  de sua mãe  e depois disse.

— Inês :  E segundo a senhora, aonde eu iria?

E Constância  sabendo onde a filha poderia ir e teria um passeio agradável, ela disse.

— Constância : Ouvi duas de nossas vizinhas fofoqueiras falando que a banda que você gosta vai estar aqui de novo.

Inês então sorriu animada com possibilidade em ir no show. 

—Inês : De novo? Mas quando ela veio. Eu quero ir.

—Constância : E você vai meu amor . 

Enquanto no centro da cidade.  Victoriano por saber que no dia seguinte era aniversário de Inês, buscava algo para dar a ela.

Mas qualquer coisa que ele via achava que poderia ofende-la em dar.

E assim ele passou a mão na cabeça perdido na frente de uma vitrine. Sem saber o que escolhia para ela. Em outro caso,  ele pegaria uma jóia ou, sapatos caros e até uma bolsa, mas ele sabia que Inês era diferente e que talvez não se alegraria com presentes como aqueles que ele pensava e sim a ofenderia .

E então ele suspirou necessitado de uma ajuda feminina. Então ele pegou  seu celular  e ligou diretamente  para Diana Maria, que já era namorada de Vicente, e que sabia o que Victoriano pretendia ter com a famosa Inês,  que ela só ouvia falar mas que por conhecer Loreto ela apoiava o que Victoriano fazia.
E assim, Victoriano disse já na linha com Diana Maria.

— Victoriano: O que você daria a Inês se fosse eu, Diana?

Diana pensou  na resposta e no que já tinha escutado Victoriano e Vicente falar  de Inês, e o respondeu. 

— Diana Maria: Bom eu não a conheço, Victoriano.  Mas pelo que vocês dizem, com certeza não daria uma joia de valor já que você ainda não tem nada com ela. Correria risco dela não aceitar.

— Victoriano: Por enquanto eu não tenho, mas logo terei, Diana. Loreto já me fez o favor de sumir, então agora é o momento de conquista -la.

— Diana Maria: Está bem, senhor convencido. Agora me deixe pensar o que dará a ela.

Victoriano então  passou a mão na cabeça  impaciente e depois disse. 

— Victoriano: Pense logo mulher, que não tenho o dia todo.

— Diana Maria : Deixa de ser abusado, Victoriano.  Você está precisando de minha ajuda.  E no seu lugar, eu daria flores.

Victoriano  riu, mas nervoso. Nunca tinha sido tão difícil ele escolher  um presente  para alguma mulher que ele já esteve interessado como estava sendo escolher para Inês.   E assim, ele respondeu  Diana Maria.

— Victoriano: E acha que não pensei nisso? Mas não quero dar apenas flores quero algo a mais, mais simbólico.

Victoriano então parou de falar ao ver algo que o chamou atenção. E então ele desligou o celular dele e entrou na loja .

E no dia seguinte.

Inês acordava pela manhã  com a mãe dela cantando parabéns com um bolo pequeno na mão e com uma vela ao meio.  Sorrindo, Inês soprou a vela e fez o mais bonito pedido, que era ter a mãe dela sana outra vez para que manhãs como aquela pudessem se repetir mais vezes entre elas.

E assim a manhã passou.  Inês tinha ido em uma loja, e comprou um vestido e sapatos novos como a mãe  dela tinha mandado.

E então as 18:00 da noite ela estava pronta.  E assim ela apareceu na frente da mãe dela, vestindo um vestido branco com estampas apertado na cintura e solto nas pernas e nos pés  ela calçava um sapato  preto com um salto de dois dedos.

Com cabelos presos em cima com uma presilha e soltos em baixo e um batom clarinho, ela sorriu para mãe dela que boba disse. 

— Constância : Eu não tenho uma filha, eu tenho uma princesa .

Inês sorriu sem jeito e depois ela disse, deixando de sorrir. 

— Inês : Loreto, ainda não apareceu.  Vou passar meu aniversário sozinha mãe.  Eu não devia sair de casa. 

Constância então suspirou  quando alguém bateu na porta.  E ela então disse.

— Constância: Você está linda, filha.  E mesmo que eu goste de Loreto essa ausência dele no seu dia meu amor, não tem justificava.  Então não quero que perca seu sorriso por ele.

E depois de suas palavras, ela foi atender a porta.  E assim que Constância,  abriu a porta, ela viu Victoriano, com um lindo ramo de rosas bem vermelhas e uma caixa pequena e branca nas mão, que tinha um laço da cor das rosas nela.

Constância sentia a fragrância do perfume de Victoriano,  que bem arrumado ele usava por cima de suas roupas.

E assim Victoriano, sorriu para mãe de Inês e por saber o nome dela, ele disse.

—Victoriano: Boa noite senhora Constância  Huerta, sou Victoriano Santos. Sua filha está?

E Constância sorriu, certa que se Inês não tivesse, ela iria busca-la em qualquer lugar.  E assim ela disse, abrindo mais a porta e virando  para trás vendo assim, que Inês olhava Victoriano com aquelas rosas sem piscar.

E então sorrindo, ela disse.

—Constância : Bom vou deixa-lo sozinhos.

E assim que Constância saiu da presença de Inês e Victoriano,  ele disse ainda parado de frente da porta olhando ela como bobo.

— Victoriano: Feliz aniversário, Inês. 

Inês então suspirou.  Victoriano estava tão bonito e cheiroso, que o cheiro dele tinha invadido o ambiente da casa dela sem ao menos ele entrar ainda. E então depois que respirou fundo, ela o respondeu querendo saber apenas como ele sabia que era aniversário dela.

—Inês : Como sabe que é meu aniversário?

Victoriano sorriu.  Sabia bastante coisa de Inês ainda que ela não soubesse daquilo, e a data de aniversário dela não seria diferente.

E assim ele a respondeu  tranquilo.

— Victoriano : Já deu para perceber o quanto  estou interessado em você  Inês,  por isso sei que hoje é  seu aniversário.  Mas não vai  me deixar entrar?  Parece que sua mãe gostou de mim .

Inês então percebeu que tinha Victoriano ainda na porta dela. E então ela baixou a guarda e disse.

—Inês : Me desculpe Victoriano. Claro que sim, entre. 

Victoriano então olhou ao redor com Inês fechando a porta. Ele via parte da sala e cozinha de Inês, e ele gostou do ambiente, era simples, mas era limpo, arrumado e bem decorada a casa  dela.  E depois de Inês observa-lo olhando tudo, ela disse de braços cruzados.

—Inês: Não deve ser acostumado a estar em casas como a minha, não é?

Victoriano então olhou para ela, e sorriu para responde-la com sinceridade.

— Victoriano : Não.  Mas gostei, moraria aqui tranquilamente com tanto que fosse com você, morenita.

Inês então se ruborizou em se imaginar morando com ele. E  assim,  ela disse pra tirar os pensamentos que veio na mente dela.

— Inês: Essas rosas  são pra mim?

Victoriano então olhou rosas  que trazia na mão.  E a respondeu.

— Victoriano : Sim, e isso também. Espero que goste.

E assim, Victoriano, também mostrou  a caixa para Inês que trazia, entregou as rosas pra ela, e ela abraçou elas aspirando o aroma delas.

E depois de apreciar as flores, ela disse olhando Victoriano com a caixa de mais um presente pra ela.

—Inês : São lindas, Victoriano, obrigada . Mas não precisava se  incomodar, com mais presentes. As flores bastariam pra  mim.

E assim ele a respondeu.

— Victoriano : Mas não para mim, morenita.

Victoriano então abriu a caixa pra Inês ver e tirou um cordão de dentro dela.  Inês viu ele com uma pedra bonita mas também  diferente  . E assim ela disse admirada com a pedra presa no cordão do colar.

—Inês : É linda Victoriano. Essa pedra é tão chamativa.  É linda.

E Victoriano tocando a pedra do cordão sorrindo, por ver que tinha agradado Inês.  Ele disse o significado daquela pedra que a vendedora tinha explicado para ele.
 
—Victoriano: E ela tem um significado, Inês.  Além de única ela tem o significado que simboliza o amor, um amor infinito que não pode ser esquecido, apagado ou medido.

Inês de coração acelerado, suspirou  olhando bem a pedra . E então ela disse depois de ter entendido bem o significado dela.

— Inês : Parece bobagem, mas eu acredito em um amor assim Victoriano e quero ter um.

E Victoriano fechando a pedra não mão dele, olhando Inês nos olhos assim como ela o olhava depois de suas palavras, ele a respondeu.

— Victoriano : E eu acho que já estou tendo um amor assim, Inês. 

E momentos depois.

Victoriano, chegava com Inês no local que a uns dias era o mesmo show que viu Loreto com outra mulher  .

Vicente estava presente  com Diana Maria, e quando viu Victoriano chegar com Inês, ele sorriu por ver que ele tinha conseguido levar Inês para sair com ele como ele tinha planejado. 

E assim ele disse pra Diana Maria.

— Vicente: Victoriano não vai sossegar até casar com Inês.

Diana Maria sorriu, vendo ela se aproximar ao lado de Victoriano. E os olhando, ela respondeu Vicente sorrindo.

— Diana Maria : Acho que já gostei dela.

Inês, caminhava ao lado de Victoriano com uma condição, era que passariam a noite como amigos,  já que assim ela não passaria seu aniversário sozinha além dele ter convidado ela para ir no mesmo lugar que ela pretendia ir.  E assim que Victoriano viu seus amigos, ele disse com um sorriso no rosto .

— Victoriano : Vicente, já conhece Inês, mas Diana não.  Diana Maria, essa é Inês Huerta.

Inês sorriu tímida para moça que ela nunca tinha visto. E Diana Maria, a puxou e deu um beijo no rosto dela para cumprimenta-la e parabenizar ela, pegando assim Inês de surpresa. 

—Diana Maria : Oi Inês.  Ouvi muito falarem de você.  Espero que possamos ser boas amigas. Feliz aniversário!

Inês sorriu, tinha sido pega de surpresa pela animação que  Diana Maria, tinha demonstrado a ela. Mas gostando do jeito dela, ela disse.

— Inês : Eu também espero. 

Logo depois, Inês olhou para Victoriano, que olhava para ela, pensando que tinha apresentado uma amiga pra ela naquele momento.

E assim os 4 seguiram mais para frente, caminhando.  E Inês ao lado de Victoriano, cochichou. 

— Inês: Não disse que era um encontro entre casais, Victoriano.

Victoriano  sorriu, ele na verdade desejava que aquele momento  fosse só deles, mas estava na hora de Inês conhecer melhor ele incluíndo os amigos que tinha. E que assim, Victoriano sabia que Inês teria mais confiança nele. Mas brincando ele a respondeu  também cochichando.

—  Victoriano : Se sentiria mais a vontade, se fosse só nós dois? Assim poderíamos nos beijar, não é morenita?

Inês rápido  negou com a cabeça  e disse nervosa.

—Inês : Eu não disse isso, eu...

— Victoriano : Vem morenita.

Victoriano pegou a mão de Inês, e ela olhou ele pegar mas não soltou. Então de mãos dadas eles se desviaram do caminho  que Vicente e Diana Maria iam.

E  momentos depois, caminhavam enquanto conversavam sem soltarem a mão um do outro.

E no meio da conversa que começavam se conhecer melhor, Victoriano disse.

— Victoriano: Quer beber alguma  coisa, Inês?

E Inês esquecendo que idade fazia aquela noite, ela disse.

— Inês: Eu não posso beber Victoriano, eu ainda sou... 

Victoriano então riu para Inês por saber o que ela ia dizer sobre a idade dela. Mas ela se corrigindo logo, ao lembrar a idade que já tinha, ela disse.

— Inês : Bom eu já posso beber. Mas não gosto.  Então no momento, não quero nada .

E Victoriano apenas assentiu  sorrindo, e disse.

— Victoriano  :Está bem, morenita.  Como quiser .

Inês sorriu para ele, e o mediu ainda de mãos dadas com ele.  E ela achou graça,  que a uns dias atrás não queria deixa-lo chamar  ela de morenita  e agora deixava sem se queixar e ainda estava andando de mãos dadas  com ele para todo mundo ver.  E desejando conhecer mais aquele homem  que estava mexendo com ela. Ela perguntou.

—Inês : Onde mora? E com quem, Victoriano?

Victoriano então sorriu para Inês, ela já demonstrava agora ter os mesmos interesse de saber quem ele era que ele teve com ela. E contente por isso, ele disse.

— Victoriano : Moro com meu pai, e a mulher dele.

E Inês fazendo mais perguntas, disse depois de ouvi-lo.

— Inês : E sua mãe?

E Victoriano a olhando, respondeu.

— Victoriano : Ela faleceu quando eu ainda tinha cinco anos.

Inês então  baixou os olhos sentida.  E disse.

— Inês : Eu sinto muito. 

Victoriano então parou e beijou a mão que segurava dela.  E depois disse.

—Victoriano : Obrigado, Inês.  Mas não sinta tanto sei que fui muito amado por minha mãe, e meu pai nunca me faltou ainda que se casou de novo.

Inês então se calou pensativa e voltaram a andar.  E Victoriano quebrando o silêncio  também perguntou, mas esquecendo que tinha aquela informação dela.

— Victoriano: E seu pai?

E Inês depois de ouvi-lo, e parado de olhar os demais ao seu redor naquele espaço de muitas pessoas que sorriam, bebiam e andavam de mãos dadas assim como ela fazia com Victoriano, ela o respondeu.

— Inês: Faleceu também quando eu ainda era bebê. Não cheguei conhece-lo.

E Victoriano lembrando que já sabia, soltou sem querer.

— Victoriano: Ah é mesmo.

E Inês confusa, perguntou.

—Inês : Como assim, é mesmo?

E Victoriano para sair da encrenca que estava,  disse por ver um senhor passar vendendo algodão doce.

—Victoriano : Gosta de algodão doce?

E Inês com os olhos brilhosos, o respondeu.

— Inês : Gosto.  

Victoriano então sorriu, e foi até o senhor que ele viu vendendo algodão doce e comprou  um rosa para Inês já que ele não gostava daquele doce.

Inês pegou o algodão doce, sorrindo e sentaram em um banco que viram, um do lado do outro  . E assim ela tirou um pedaço levando na boca  dela, e animada ela disse enquanto Victoriano a olhava todo bobo.

—Inês : Não me disse aonde mora, Victoriano.  Sabe onde moro e até aonde estudo.  Mas sigo sabendo pouca coisa de você.

Victoriano sorriu mais feliz ouvindo Inês, por ela voltar mostrar interesse nele.  E assim  ele disse.

—Victoriano: Estou gostando do seu interesse em mim, Inês. E moro na fazenda Santos,  e tenho 21 anos ainda que não perguntou.

E Inês só interessada depois de ouvir ele falar aonde morava,  ela disse.

— Inês : Fazenda Santos?  Seu pai é  o...

E Victoriano completando as palavras  de Inês, disse.

— Victoriano: Fernando Santos.

E Inês nervosa por pensar que já tinha ouvido falar do pai de Victoriano  e a empresa que tinham, por ela já ter recebido alguma palestra de estagiários da empresa na escola dela, ela disse nervosa por pensar que Victoriano era mais rico do que ela pensava.

— Inês : O dono da Sanclat? Ele é seu pai?

E Victoriano  vendo a aflição de Inês nos olhos dela,  ele disse .

—Victoriano : Sim. Tem algum problema?

E Inês nervosa com aquela certeza.  Ela disse.

—Inês : Eu devia ficar longe de você Victoriano. Somos de mundos tão diferente.

Inês virou o rosto de lado, e Victoriano  tocou no rosto  dela com a ponta de seus dedos. E disse.

—Victoriano : Não pense assim. Demorei te encontrar Inês.  Mas agora que te tenho não vou deixar você ir. Ainda que pense que somos de mundos diferentes, isso não importa para mim.

E depois de ouvir Victoriano,  Inês olhando nos olhos  dele, disse por pensar nas palavras dele e saber que o que ela fazia não era certo.

—Inês : Você não me tem Victoriano. Me conhece a pouco  tempo e namoro outra pessoa.  Eu nem devia estar aqui com você.

E Victoriano rebatendo  as palavras  de Inês.  Ele disse .

—Victoriano: Se de uma coisa eu tenho certeza, é  que Loreto não te merece. Porque me diga aonde ele está agora, hum?  Está fazendo 18 anos, é uma idade memorável e ele não está aqui ao seu lado, Inês.

E Inês ciente que Loreto errava por ter sumido e não estar com ela, mas que também em cima daquele erro dele tinha muito mais acertos que ela não podia simplesmente ignora-los. Ela respondeu  Victoriano.

—Inês : Ele está errado mas não posso condena-lo apenas por esse erro se ele teve outros acertos, comigo, Victoriano. Além do mais eu também estou errando, estando aqui com você.

E Victoriano com ciúmes de Inês,  ele disse bravo.

—Victoriano: Para de defende-lo. Já disse que ele não te merece!

E Inês depois de se afastar um pouco do lado de Victoriano, ela disse brava com ele.

—Inês : Não grita comigo! 

E Victoriano indo mais perto dela pra tirar aquela distância mínima que ela botou deixando um espaço no meio deles, ele pegou no rosto de Inês e disse com o rosto  quase colado no dela para ter os olhos dela nos dele.

—Victoriano :Me desculpe Inês. É que me tira do sério te ver defender Loreto.  Tenho ciúmes .

Inês então fechou os olhos, com Victoriano como estava com o rosto grudado no dela e com a boca tão perto da dela. E dessa forma ela disse baixo e morrendo por uns beijo dele .

—Inês : Por que sente ciúme de mim? Está claro que pode ter a mulher que quiser. Por que uma que pertence a outro?

Victoriano roçou os lábios na boca de Inês, e assim ele disse tentando  ela e ele mesmo que morriam por dentro por um beijo.

— Victoriano: Não pertence a ele. Não é mulher dele . E não quero outra, quero você, só você Inês.

Ele então se afastou dela apenas para toca-la nos cabelos.  E Inês suspirou  em pensar que nunca tinha escutado palavras com tanta intensidade como Victoriano mostrava com ela. Nem mesmo Loreto quando a conquistou mostrou querê-la, daquela forma a fazendo entender que ela era a única escolha em meio de tantas opções que ela sabia que Victoriano tinha.

E assim ela disse o que pensava, o que ele fazia ela sentir.

—Inês : Fala com tanta intensidade que me assusta. Ninguém nunca me quis assim, Victoriano.  Eu sou a estranha.  Tem coisas que não sabe de mim.

E Victoriano não querendo saber de nada, ele apenas disse.

— Victoriano  : Então deixa eu descobrir, Inês.  Mas ficando comigo. Só comigo.

Victoriano então, beijou Inês e ela correspondeu ao beijo dele de olhos fechados.  O beijo era lento e a língua deles se encontravam uma na outra causando maravilhas nos dois .

E depois Victoriano parou o beijo, e questionou Inês que desde do primeiro beijo deles ele teve ela correspondendo ele .

— Victoriano: Sempre corresponde aos meus beijos  . Tenho certeza  que não beija qualquer um que queira.  Mas me corresponde Inês, me corresponde ainda que insiste em me lembrar que tenha namorado.

E Inês sem saber o que responder Victoriano, porque nem ela sabia do porque ela não o resistia. Ela disse, para tentar responde-lo.

—Inês : É que...  eu não sei o que me acontece, Victoriano, quando me beija.

 

E Victoriano acariciando ela, no rosto  que baixou com vergonha e mostrando isso com seu rosto corado ele disse.

—Victoriano: Eu sei o que te acontece, Inês . Porque também acontece comigo, morenita.

Inês então olhou nos olhos de Victoriano, e querendo respostas dele já que ele parecia sentir o mesmo que ela quando se beijavam.  Ela disse.

— Inês : Quando me beija, Victoriano. Quando sua boca está na minha, eu sinto coisas diferentes.  Coisas que nunca senti.

E Victoriano entendendo o que Inês dizia, mesmo que ela não soubesse ser mais explícita ou tivesse vergonha de fazer aquilo.  Ele disse feliz, e querendo deixar ela a vontade para falar mais do que ela sentia. 

—Victoriano: E não sente essas coisas com Loreto, não é?  Não sente e está confusa, por sentir comigo.

—Inês : Não, não sinto Victoriano. Com você  é tão diferente. 

Inês então sorriu tímida e Victoriano apaixonado pelo jeito dela, não resistiu e a beijou novamente e terminando os beijos com selinho ele pegou no braço dela, e disse.

—Victoriano : Vem vamos ao show, quero que se divirta.

Victoriano fez que ia levantar mas Inês segurou  no braço dele que segurava o dela, e disse.

—Inês : Vamos ficar mais um pouco aqui, Victoriano. E estou me divertindo, você está  fazendo desse meu dia especial. Obrigada.

Victoriano suspirou ao ouvir Inês.  Na cabeça dele ele não tinha feito nada demais, nada do que ele já tinha feito com suas antigas conquistas. E mesmo assim,  Inês estava feliz e a noite estava realmente especial com tão pouco, comparado que ele podia fazer para torná-la melhor.   A verdade  era que Inês era simples, era doce e era a mulher dos sonhos de um homem.  E Victoriano só declarava que ela seria futuramente  a esposa dele.

E feliz,  Victoriano arrancou um pedaço do algodão doce que estava todo aquele tempo no colo de Inês, e ele levou na boca dele deixando o açúcar derreter nela, vendo ela também comer um pedação ele disse.

— Victoriano: Me dá um beijo doce, Inês, mais doce do que já é. Hum?

Ele não esperou Inês responder e a puxou para ele abraçando o corpo  dela e a beijou  . Victoriano saboreou o beijo de Inês junto ao doce do algodão doce e suspirou querendo comer os lábios dela a beijos.

De olhos fechados sem larga-la, ele seguia beijando ela e a apertando até que o algodão doce de Inês caiu ao chão.  E o beijo seguia  com ela sendo apertada por ele, enquanto ela  suspirava naquele beijo gostoso que causava não só borboletas no estômago dela mas também  a quentura e o calor novamente que os braços fortes e mãos firmes dele que a tocava lhe causava. 

Mas Victoriano sentindo que tinha que parar o beijo para o bem do estado físico entre as pernas dele e para respeita-la, ele soltou os lábios de Inês.  E deixou ela de boca corada dos beijos dele, abrindo os olhos devagar como tivesse voltando para aquele mundo que estavam. 

E assim ele ficou de pé para se forçar a não beija-la de novo. E Inês viu o algodão doce dela no chão e ele disse .

—Victoriano: Te dou outro na volta. E você me paga com mais beijos como esses, morenita .

Inês sorriu envergonhada por querer apenas mais algodão doce para poder pagar Victoriano da forma que ele  falava. 

E assim de mãos  dadas ele chegaram no meio do pessoal, sem poderem ver Diana Maria e Vicente.

Começava os primeiros  toques de uma música nova “Broche de oro” que Inês não conhecia mas Victoriano sim. E eles viram os casais se juntar com  os toques dela para dançarem.  E  assim Victoriano puxou Inês levemente pela cintura perto dele, e disse baixo bem perto de rosto  próximo ao dela.

—Victoriano : Posso?

Ele pedia permissão para ter o corpo dela tão perto naquela dança, mas que antes que ela respondesse ele já tinha feito  . E então Inês apenas assentiu com o rosto  colado no dele.  E assim as primeiras notas na da música soou. E Victoriano já sabia que a letra dela ia escancarar tudo que ele estava sentindo por Inês.

 

 

De veras que Dios no se midió esta vez
Contigo exageró eres mas que bonita
Daría lo que fuera por amanecer
A tu lado y besar esa linda sonrisa

 

 


Inês suspirou com o coração aos pulos e Victoriano sorriu com o coração da mesma forma que de Inês.  As primeiras letras da música dizia tudo que ele sentia tudo que ele queria com ela.   Então ele buscou os olhos verdes de Inês que buscou os deles também.

 

 

No se lo que me hiciste pero me fascinas
Me gustas demasiado no puedo evitarlo
Dentro del corazón te llevo todo el día
A donde sea que voy te siento aquí a mi lado

 

 


Victoriano  então desceu a mão nas costa de Inês e subiu. Nem se moviam tanto, bailavam lento. Então ele disse acariciando ela, para que ela escutasse a música como se fosse ele falando do que sentia por ela .

—Victoriano : Essa música está  dizendo tudo que estou sentindo Inês.  Tudo que estou sentindo por você morenita... Escute ela com atenção...

E ele buscou os lábios de Inês,  em um selinho e depois colaram a testa com a música seguindo.

 

 


Vasto con recorrer las curvas de tus labios
Y arde con la pasión mas de 40 grados
Para que te volvieras más que indispensable
Porque te necesito más que al mismo aire

 

 


Inês fechou os olhos e chamou Victoriano,  mexida com a letra da música e com ele dedicando a ela.

— Inês : Victoriano... É tão rápido o que está acontecendo.  Eu...

E Victoriano beijou ela de novo. E a respondeu.

—Victoriano : Rápido porém verdadeiro, Inês.  Sei o que estou sentindo por você e também  sei que já está sentindo por mim. Seu corpo, morenita, ele está me respondendo isso.

Inês nada disse apenas encostou a cabeça no peito  de Victoriano enquanto via outros casais no mesmo clima que eles, enquanto a banda seguia cantando.

 

 

Eres mas que perfecta en todos los sentidos
Después de estar contigo ahora me siento vivo

 

 

Victoriano sorriu com Inês pegada a ele, tão linda tão perfeita como dizia a música.  Então ele beijou  a mão que segurava dela, e ela o olhou e suspirou  olhando para os olhos dele que mesmo que parecesse loucura ela via amor.

 

 


Y estoy seguro que somos almas gemelas
Si me dices que sí, se que valdrá la pena
Porque sabes que te adoro
Y estoy dispuesto a todo!

 

 


Inês sentiu uma mão de Victoriano tocar o rosto dela, e ela parou junto a ele, enquanto ele a acariciava. E a última letra da música saiu... E o coração dela saltou mais em ouvi-la.

 

 


Cerremos nuestra historia, con broche de oro...

 

 


E Victoriano disse, reforçando as últimas letras na música, pois realmente era o que ele sentia ainda mais depois da noite que estavam tendo .

—Victoriano : Estou disposto a tudo, Inês. A tudo por você. A tudo para que seja minha e para que vivamos nossa história de amor.

E Inês fechou os olhos, sentindo ser golpeada pelas palavras de Victoriano.  Mas golpeada por vários sentimentos, e que todos gritavam sim para ele, sim para aquela história de amor que ele queria viver com ela .

E então foi ela que beijou ele. O beijou, lento e Victoriano, a apertou nos braços  quase tirando ela do chão correspondendo feliz pelo beijo que agora era ela que tinha iniciado.

E assim, broche de oro seria a trilha da história deles.  Não iam esquecer, não podiam esquecer a noite que a música declarou como Victoriano estava sentindo e que Inês começou se entregar aquele amor louco que ele sentia por ela.

 


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