Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi lindas aqui está mais um capítulo pra vocês. Eu já tenho o capítulo 5 pronto apenas bastando a revisão e se eu não postar ele ainda essa madrugada posto pela noite. Bjs



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Momentos Depois...

Inês estava em um hospital público com a mãe dela que foi parar na emergência. E assim, Constância estava em um leito de um quarto que dividia com mais 3 mulheres. Dormindo a base de a calmantes por ter tido medo de ficar no hospital e ameaçado fugir antes de Inês chegar, ela tinha um braço enfaixado e que tinha levado pontos nele por ela ter feito um ferimento quando caiu na casa com uma tigela de vidro em mãos.


E assim ao lado da cama dela com os olhos cheios de lágrimas, Inês dizia, baixo vendo ela dormir.


— Inês: Me desculpe por ter te deixado sozinha por tanto tempo, mamãe.

E ela chorou angustiada e se sentindo culpada. Pois cada dia que passava, Constância inspirava mais cuidados e agora Inês via que não podia mais deixa-la tanto tempo sozinha como tinha feito. Os papeis estava se invertendo, e agora Inês sentia que era seu momento de cuidar da mãe dela e ela faria até o impossível para fazer isso sem falhas e por amor.


E como ela estava, Loreto apareceu ao lado dela por também estar no hospital, e a puxou para o peito dele. E Inês então chorou calada.

Até que ela disse, sofrida aonde estava com a cabeça no peito de Loreto.


—Inês : Eu deixei ela muito tempo sozinha, Loreto. Não devia ter feito isso. Foi culpa minha ela se machucar.


Loreto olhava Constância dormir tendo Inês nos seus braços. Ele que havia encontrado ela machucada na casa de Inês quando foi procura-la, e que logo depois chamou a emergência. Loreto era ciente da doença da mãe de Inês, era ciente também da história da família dela e sabia que Inês podia ficar tão doida como a avó dela e como a mãe dela estava ficando. Mas ele não ligava para aquilo, Inês era pura demais e linda demais para ele pensar que ela podia ser mais uma maluca da família. E que por isso ele queria casar com ela ainda que ele acreditasse que Constância iria com eles, ele tinha certeza que sua sogra teria logo seu fim como o da mãe dela e ele ficaria só com Inês.

E assim, ele respondeu Inês.

— Loreto: Não foi Inesita, não foi sua culpa. E me dê as receitas dos remédios de sua mãe. Vou comprar pra você.


Inês então se afastou do peito de Loreto. Ela não podia permitir que ele sentisse obrigado em dar os remédios da mãe dela, que por sinal o médico do hospital havia receitado mais remédios ao ver Constância ter uma crise nervosa mais intensa.

E então Inês disse.

—Inês: Não Loreto. Não tem que se sentir obrigado a comprar os remédios de minha mãe. A responsabilidade é minha em conseguir os remédios dela.

Loreto então levou a mão no queixo de Inês, levantou e disse demostrando estar apaixonado.

—Loreto: Deixa eu te ajudar, Inês. Estamos juntos, farei isso por amor. Me deixe ajudar .

Inês desviou os olhos dos olhos de Loreto e suspirou, era por ele seguir agindo com ela daquela maneira que Inês sentia que Loreto chegaria ser seu amor. E então ela o respondeu.

—Inês : Tem mais que um remédio para comprar e é caro, Loreto. Não posso permitir que compre.

Loreto estudava e morava com um tio, que bebia mais do que trazia mantimentos para casa. Então Loreto era o homem da casa, que fazia corres para trabalhar do que fosse para ele ter dinheiro antes de se formar na faculdade e deixar de vez a vida miserável que ele vivia e levando Inês. Que ambicioso, Loreto já pensava nos seus métodos de crescer logo na vida e dar a ela uma vida de rainha ao seu lado. Porque Inês era perfeita, era pura e para se casar e ela seria só dele .

E assim ele disse, dando a entender a ela o que ele queria.


— Loreto : Quero me casar com você Inês. Então não precisa mais fazer as coisas sozinhas. Estou aqui pra você .

Loreto então beijou Inês nos lábios. E ela se separou dele vermelha para olhar a mãe dela outra vez, em ouvir Loreto falar que queria casar com ela, como ela já esperava . Só que por tanto tempo foi só elas duas, uma cuidando da outra, que Inês já tinha se acostumado. Mesmo que as vezes ela se sentisse sozinha ainda mais nos momentos que ela vivia por ter aquela responsabilidade toda sob ela que ainda nem tinha atingindo a maior idade . Mas agora com Loreto, com ela seria diferente, parecia que ia ser e por isso ela já se ilusionava vendo ele a partir daquele momento estando sempre com ela.

E pela noite. Loreto como maior de idade, assinou a alta de Constância e a levou para casa com Inês e depois comprou os remédios dela.

E Inês já sozinha com a mãe ao lado da cama dela a vendo beber de uns dos remédios que Loreto havia comprado, ela disse.


— Inês : Que susto que me deu mamãe.

Constância deu o copo com água para Inês. E agradecida por saber que Loreto havia comprado os remédios dela, ela disse.

— Constância: Loreto é um rapaz bom, filha. Não esqueça de agradece-lo outra vez pelo que nos fez hoje.

Inês sorriu, sentou na cama deixando o copo ao lado de um móvel e disse.


— Inês : Está bem mamãe. Mas agora me explique melhor o que houve para que se machucasse.

Constância olhou o braço direito, tocando ele com a mão. E ela lembrou do momento que tinha se machucado. Ela estava bem, iria fazer um pães mas então ouviu vozes, teve medo e correu delas e acabou caindo e se machucando.

As alucinações estavam aumentando, e ela temia cada vez mais perder a razão e deixar Inês sozinha. Porque era real, aquela doença era real e podia joga-la num piscar de olhos em um mundo escuro.

E depois de um suspiro, ela apenas pediu não querendo falar como se machucou.


— Constância: Se case logo filha, se case com Loreto para que eu possa ficar em paz quando eu não servir para nada mais e você tiver ele, minha menina.

Inês não respondeu. Sentida ela apenas abraçou a mãe dela com amor.

E assim o dia passou. E era manhã.

E na empresa de laticínios, Sanclat .

Victoriano chegava para buscar o que havia pedido ao pai dele.

E assim ele entrou na sala de Fernando, depois que a secretaria havia liberado ele pra entrar.

Fernando, que era todo um coroa arrumado e que dava presença na sala dele, estava em pé falando ao telefone e quando ele viu Victoriano, soube logo o que ele queria. E assim pegando uma pasta preta da mesa sem deixar de falar no telefone, ele deu a Victoriano que sorriu na hora e se sentou na frente da mesa do pai dele para verificar ansioso o conteúdo da pasta.

E assim, ele abriu ela vendo os dados de Inês. Pois era aquilo que ele na noite anterior havia pedido ao pai.

E passando os olhos nas primeiras folhas, Victoriano ouviu Fernando falar com ele depois que ele desligou o telefone. 

—Fernando: Só mandei que conseguisse os dados dessa menina rápido desse jeito, porque disse que ela pode ser minha nora Victoriano. Quero que case, quero que case já!

Victoriano não ouvia Fernando, ainda que tivesse dito aquilo mesmo ao pai para ele ter logo nas mãos o que ele precisava saber de Inês. E lendo, as folhas ele tinha constatado que ela ainda era menor de Idade, mas que logo faria seus 18 anos. O que era muito bom para ele. Órfã de pai, filha de mãe solteira, condições financeiras que ele já sabia que ela tinha e endereço em um bairro não muito nobre e que ele nunca tinha pisado, era aqueles dados que ele mais tinha interesse em ler.

E assim ele fechou alegre e se levantou da mesa dizendo.

— Victoriano: Obrigado, pai! Logo conhecerá sua futura nora.

Fernando então riu do filho, nunca ele tinha visto ele tão animado por uma mulher e assim ele o respondeu não deixando de cobra-lo como de costume.

— Fernando: Assim espero, Victoriano. Porque eu quero netos, um monte deles e que comecem com os homens.

E mais tarde, Victoriano estava do outro lado da rua na frente da vila que Inês morava. Ele estava ali a mais de 15 minutos e com a pasta da ficha de Inês ao lado dele. E então o celular dele tocou, era Vicente que retornava a ligação dele.

E assim ele disse animado ao amigo.

— Victoriano: Adivinha aonde estou?

Vicente estava no quarto dele, a contrário de Victoriano que tentava roubar namoradas alheia, ele revia matérias da faculdade enquanto começava engatar uma relação com Diana Maria que era solteira.

E então rindo ele respondeu Victoriano.

— Vicente : Não faço ideia, Victoriano.

E assim Victoriano soltou de uma vez.

—Victoriano: Estou na frente da casa de Inês.

Vicente então soltou seus livros na cama, e disse incrédulo.

— Vicente: O que? Sai daí, Victoriano!

Victoriano riu e disse sem querer saber o que fazia era errado, muito menos uma invasão de privacidade já que até ter mandado buscar informações pessoais de Inês ele tinha feito.

— Victoriano : Eu disse que queria Inês para mim e vou tê-la. Mas para isso não posso ficar de braços cruzados, Vicente!

Vicente então passou a mão na cabeça. E disse o que achava .

— Vicente : Confessa que isso é só um capricho seu Victoriano, só porque você acha que a menina é virgem.

E Victoriano para se defender, disse.

— Victoriano : Não acho, ela é! E Inês não é só virgem, ela é perfeita. Já disse o que ela faz. Ela trabalha com um sorriso no rosto em uma praça que sei que é por amor, amor pela mãe dela! Eu quero amar essa mulher e quero que ela me ame!

Vicente pensou nas palavras de Victoriano. E só pensava que ele era um doido que tinha ficado obcecado por Inês. E assim ele rebateu o fim das palavras dele.

— Vicente: Como sabe que é para mãe dela Victoriano? Sabe nada dela. Pode só estar fantasiando uma mulher perfeita!

Victoriano então bufou e olhando para pasta de dados de Inês que estava no banco ao lado dele, e respondeu Vicente.

— Victoriano: Eu sei muito mais do que você pensa. Estou aqui na frente da casa dela . Quer mais prova que isso?

E Vicente não duvidando de Victoriano, disse.

— Vicente : Você é um doido, Victoriano.

Victoriano voltou a rir. Até que lembrou o real motivo de ligar pra Vicente.

— Victoriano : Sou um doido, que precisa da sua ajuda e de Diana Maria.

E assim Vicente querendo dar pra trás, disse.

— Vicente : Eu não quero inimizade com Loreto, Victoriano. Sou amigo dos dois e guardo o segredo de que colocou os olhos na Inesita dele, mas não me meta nisso. Ainda mais Diana Maria.


E assim, bufando outra vez. Victoriano disse bravo.

— Victoriano: Me conhece a muito mais tempo que Loreto, Vicente! Somos amigos a bastante tempo! Vai virar as costas para mim?

E Vicente dividido respondeu Victoriano, já nervoso.

—Vicente: Não, Victoriano. Mas você quer roubar a namorada de um amigo nosso. Estou com medo de te deixar perto de Diana.

E debochado mas também necessitado, Victoriano respondeu Vicente.

— Victoriano: Se Diana fosse Inês, teria que ter. Mas não! Então me ajude homem. Preciso que Inês me conheça melhor e me escolha ao invés de Loreto.

E foi a vez de Vicente rir pra depois dizer.

— Vicente : Sabe que se ela te conhecer, vai saber o quão galinha é Victoriano.


E inquieto, Victoriano se defendeu.

— Victoriano: Já não sou mais, Vicente!


Vicente gargalhou e Victoriano teve vontade de soca-lo.

 

— Vicente: A quanto tempo? 24 horas?

 

E assim, Victoriano respondeu sério a verdade dele.

— Victoriano: A quase 3 dias para ser exato. Desde que vi Inês, eu quero ela . E não me importa outra mulher.


Vicente então soltou um palavrão por saber que Victoriano falava sério. E depois ele disse.

— Vicente: Essa Inês te enfeitiçou Victoriano!

E Victoriano só querendo saber do que precisava, insistiu.

— Victoriano: Vai me ajudar ou não?

— Vicente : Depende em que.

Victoriano então viu Loreto descer do carro dele na frente do portão da vila de Inês e logo ele dar a volta e vê-lo abrir outro lado da porta do carro e Inês sair dele.

Victoriano então sentiu o corpo tenso olhando a cena, e ainda no telefone com Vicente, ele disse com uma voz que detonava sua mudança de humor.

—Victoriano : Depois nos falamos, Vicente.


E olhando ainda a cena sem ser visto. Victoriano via o quanto Loreto podia ser sínico fantasiando aquele homem cavaleiro pra Inês que ele não era. Mas que, Victoriano sim era. Ainda que fosse muito jovem, ele tinha os ensinamentos de berço pelo pai que devia tratar uma mulher bem e ser cavaleiro com elas. Porque Fernando, fez Victoriano crescer ciente que ele tinha que ser um homem de família e que para isso, teria que ter uma esposa para cuida-la e respeita-la. E que mesmo Victoriano sem ainda achar essa esposa sendo também ainda jovem e saía com mulheres de sua idade, ele sempre era um cavaleiro com elas ainda que seu intuito sem compromisso fosse sempre atravessar a calcinha delas. Ele nunca deixava de fazer como aquele gesto que Loreto tinha feito ao abrir a porta do carro pra Inês, ele também fazia para suas companheiras femininas, como também ter a iniciativa de pagar a conta do restaurante, dar presentes e tratar uma mulher bem antes e depois do sexo. A contrário de Loreto que saia com as mulheres e depois as difamava na roda de amigos .

Claramente Loreto não tinha tido os mesmos ensinamentos que Victoriano e que Inês tinha uma farsa de homem ao lado dela.


E assim com raiva Victoriano arrancou com o carro dali. Arrancou, nervoso e cheio de ciúmes que não devia ter de Inês.


E mais tarde ...

Estressado, Victoriano já na fazenda foi cavalgar carregando uma arma para treinar tiros sozinho.

No meio do mato, ele atirou em latas sobre troncos de árvores até ver que anoitecia e sua raiva passava.

Enquanto Inês se despedia de Loreto na frente de sua casa depois dele ter entrado com ela.

Loreto tinha um carro simples mas tinha um. E assim de frente para Inês e abraçado a ela enquanto buscava com o nariz o cheiro dos cabelos dela, ele sentia seu corpo aceso pedindo sexo, sexo com ela. E Loreto aspirou com tesão mais o cheiro dela. Ele resistia tocar Inês, resistia porque ele sabia que ela era virgem  e pra casar e por isso ela não cederia sem estar casada com ele, e ele aceitava essa condição por não querer manchar o corpo dela. Ainda que ele morresse de vontade de toma-la e fazer ela mulher de uma vez. Mas Loreto, tinha seu próprio remédio para se saciar até não ter Inês sendo sua, e que quando ele sempre se encontrava assim ele buscava se aliviar sem ela.

E então depois de relutar e deixar Inês, Loreto saiu de carro.

E Inês voltou para casa dela. E no banho de baixo do chuveiro, Inês de olhos fechados deixava a água cair no seu corpo nu. E então do nada ela pensou em Victoriano. E assim ela fechou a água sem saber o porque ele tinha invadido a mente dela . Tinha passado um dia que ela tinha voltado a ver ele, e era nos olhos dele e no seu sorriso que ela pensava quando lembrava de ter visto ele na praça.

Inês então pegou a tolha, tocou o rosto com ela e depois jogou seus cabelos de lado e enxugou o pescoço.

Ela ainda não tinha falado de Victoriano para mãe dela, muito menos da abordagem dele na praça para Loreto. E nem falaria por querer evitar problemas e por acreditar que não voltaria vê -lo.

E longe dali, Vicente tinha convencido Victoriano sair com ele. Iria ter um show de uma banda próximo ao parque que já estava de partida. E assim os dois foram.

Mas o que Victoriano não sabia era que, Vicente tinha marcado um encontro de casal . Ele ficaria com Diana Maria, e Victoriano com Diana Elisa. Assim Vicente acreditava que seu amigo deixaria de pensar e querer Inês daquela forma louca que ele via.

Mas assim que Victoriano notou o que Vicente tinha feito, ele deu um olhar de lado querendo acabar com ele por não poder sair dali e ser mau educado com Diana Elisa.

Então os dois andavam com o show acontecendo em um palco com uma aglomeração de casal de namorados em volta.

A banda tocava um ritmo agitado que era dançante e que por isso, Vicente tinha tirado Diana Maria pra dançar e assim, Diana Elisa,irmã gêmea de Diana Maria, estava de braços cruzados e olhou de lado para Victoriano que bebia uma garrafa de cerveja olhando o movimento. E aborrecida querendo dançar com ele, ela disse.

— Diana Elisa: Não vai me chamar para dançar, Santos?

Victoriano então olhou pra ela sabia que a jovem estava louca para dançar, mas ele não tinha um pingo de vontade de dançar com ela. Mas tentando não parecer rude e não mostrar que ele queria ir embora. Ele disse.

— Victoriano: Desculpe Diana, mas não quero dançar. Mas se quiser dançar com alguém sinta-se à vontade.

Diana então bufou e saiu de perto dele.


Victoriano então olhou a loira bonita de cabelos longos que ela era se distanciar. E ele sentiu mesmo louco por despreza-la e só pensar em uma morena que talvez nunca teria.

E assim, vendo que sua cerveja acabou, ele jogo o frasco no lixo e saiu para buscar outra nas barracas que via.

E então ele parou quando viu Loreto agarrado em uma morena no meio das pessoas enquanto beijava ela. E Victoriano sentindo seu sangue ferver tinha vontade de partir a cara dele por saber que ele traia Inês.

E assim Loreto viu ele e a morena se afastou, e assim ele tirou dinheiro da carteira dele e deu algumas notas para ela dizendo.


— Loreto : Vai lá mulher, pegar duas bebidas geladas para nós.


Ele então bateu na bunda dela safado e rindo ele foi em direção a Victoriano por vê-lo ali.


E assim ele disse.

— Loreto : O que faz sozinho, Santos? Onde está seu rabo de saia que você vai se enfiar toda noite, hoje? Eu já tenho a minha .

Loreto riu buscando a mulher com os olhos que deixou ele. E Victoriano com mais raiva de vê -lo falar como falava disse pensando em apenas defender Inês.

— Victoriano: Você namora, Inês, Loreto! Devia estar com ela, e não com outra mulher aqui!

Victoriano gritou essas palavras, não que ele desejasse ver Loreto com Inês juntos, mas por vê-lo com outra e ele pensar que Inês gostaria de estar ali. Já que a maioria do povo que estavam, eram casais.

Loreto então bateu em um ombro de Victoriano e o respondeu todo tranquilo, mesmo que sabia que Inês gostava das músicas que a banda tocava no show .

— Loreto : Inesita é pura. Ela é pra casar. Não iria trazer minha futura esposa pra um lugar como esse. Não, Santos. Inês é a mulher perfeita que vai me servir como mulher e não só na cama.

Victoriano então tirou a mão de Loreto do ombro dele e o respondeu, com mais raiva das palavras dele.


— Victoriano: Me largue, imbecil!

Loreto então riu, Victoriano mostrava estar bravo mas ele não entendia ainda o porquê. E assim ele disse entre risos.

— Loreto : O que foi, Santos?

Victoriano respirou fundo. E todo vermelho de raiva, ele rebateu as últimas palavras dele.

—Victoriano : Está errado da forma que pensa de Inês! E está errado em não trazer -lá e ainda traí-la! Você não a merece como mulher!

Loreto então se irritando, esfregou na cara de Victoriano o que sabia dele.

— Loreto :Fala como se fosse um santo, Victoriano. Sei da sua lista longa de mulheres!

E Victoriano de punhos fechado ao lado do corpo, o respondeu.

— Victoriano: Ainda assim, sou um homem solteiro Loreto! Mas se eu tivesse uma namorada como Inês, não faria como essa fazendo com ela!


E então por ouvir mais uma vez, Victoriano tomar as dores de Inês ele disse, desconfiado.

 

—Loreto : Está tomando a dores de minha mulher, por que Santos?

E assim enciumado Victoriano o respondeu com verdades.

—Victoriano: Primeiramente Inês, não é sua mulher! E segundo, tome cuidado comigo, posso dar a sua querida Inesita o que está dando a outra!

 

Loreto com as palavras de Victoriano sentiu todo seu corpo tenso. E assim, ele disse.

— Loreto : Não fala isso nem brincando, Victoriano! Somos amigos e vi como a olhou!


E Victoriano apenas o respondeu em um tom ameaçante.

— Victoriano: Não estou brincando, Loreto!

 

Victoriano então saiu de perto de Loreto antes que o soca-se .E Loreto bufou, arrumou o chapéu enquanto sentia mais ainda que Victoriano podia ser uma ameaça entre ele e Inês.

 

E no dia seguinte...

 

Inês pela manhã faltava a aula, por não querer passar o dia todo fora ela ia vender apenas pães na praça para antes do almoço estar de volta com sua mãe.

E assim quando ela cruzava o pátio da vila, com três meninos jogando bola, ela sentiu que foi acertada por ela. E Inês então olhou os meninos que a olhava de olhos arregalados e sorriu para eles. E depois foi buscar a bola encostada na parede para devolve-los com um sorriso no rosto e disse.

— Inês : Tome.

Um menino loiro pequeno de 5 anos a olhou com os olhinhos medrosos enquanto os outros dois mais velhos que estavam com ele, tinham se afastado.

E Inês sabendo que ele não ia falar nada pra ela . Voltou a dizer, sabendo que o medo que o menino mostrava vinha das conversas dos adultos sobre a família dela.


— Inês : Pegue sua bola, não se preocupe que não sou louca muito menos minha mãe.

O menino então pegou a bola e Inês olhou os outros dois e voltou a dizer.


— Inês : Não acreditem em tudo que seus pais falam de mim e minha mãe. Nós somos como vocês.

Inês então sorriu deixando o pátio.

E assim 3 dias passou.

E Inês voltava da escola com uma bolsa jogada em um dos seus ombros e dois livros na mão que ela segurava contra o peito dela .

De cabelos amarrados em um rabo de cavalo com a franja solta, calça jeans clara e uniforme da escola. Ela andava apressada em uma calçada que do outro lado dela, estava Victoriano que só esperava ela passar ali.

Já tinha passado três dias e aquele era o segundo dia que ele ficava plantado vendo Inês deixar a escola naqueles dias e naquele mesmo horário que graças aos dados que ele tinha dela, havia descoberto onde ela estudava. Mas sem ele se manifestar pra Inês vê -lo, ele apenas sondava ela, percebendo assim que Inês parecia ser sozinha por simplesmente ver ela chegar e sair da escola sem a companhia de alguma amiga.


E sem mais nem menos ele atravessou a rua, e começou a andar atrás dela.

Quem não entendia o que ele estava sentindo por Inês, podia dizer que ele era um perseguidor de mulheres e que trazia perigo, mas ele só parecia estar obcecado por Inês e que para ele, foi difícil não procura -lá na frente da casa dela e se conter em apenas em vê-la de longe, mas que foi preciso ele dar esse tempo de 3 dias por estar tendo provas na faculdade e maquinando o que fazer para tirar a namorada de seu "amigo" que agora mais claro que água não merecia a namorada que tinha.

E então, Victoriano apertou o passo e apareceu na frente de Inês.

Inês então quando o viu, se assustou. Victoriano tinha povoado mais vezes nos pensamentos dela, enquanto eles brincava com ela quando a fazia se perguntar se voltaria a vê-lo. E agora ela o via novamente. E com o coração acelerado, ela disse tocando um lado dos cabelos com a mão e a outra segurando os livros.


— Inês : Você de novo.


Victoriano então riu e disse.

— Victoriano: Sim, morenita. Como está?


Inês então se agarrou nos seus livros e baixou a cabeça, por ouvi-lo chamar de morenita, pois mais uma vez ela tinha gostado de ser chamada assim. Mas que por ele que era nada dela, fazia ela pensar que era errado. Então ela baixou a cabeça pra esconder o rubor que lhe causava de gostar mesmo sabendo que era errado.

Victoriano sorria, vendo ela agora o olhar de um lado de rosto virado. E assim ele levou a mão no bolso e disse, como se fosse normal ele aparecer mais uma vez no caminho dela com o mesmo propósito.


— Victoriano : Será que hoje aceita ir em algum lugar comigo?

Inês então voltando a olhar ele depois de sua pergunta, rezou o terço mais uma vez dizendo.

— Inês: Não nos conhecemos. E eu tenho namorado, Victoriano. Lembra?


Victoriano respirou fundo. Em pensar que se Inês soubesse o que Loreto fazia nas costas dela, ela não honraria tanto o compromisso deles. E tendo vontade de expor seu “amigo” em favor dele, mas resistindo em fazer aquilo naquele momento, ele disse por perceber que Inês não tinha o repreendido por ele ter chamado ela de morenita como das outras vezes.

— Victoriano: Não me repreendeu de chama -lá de morenita, dessa vez. Sinal que concorda comigo, Inês. É muito melhor que Inesita, sem dúvidas.

Inês então dessa vez se ruborizou na frente dele por ter lembrado que nada tinha dito a não ser para seus pensamentos. Mas espantando seus pensamentos, Inês agarrou no seus livros de novo e questionou Victoriano, dizendo.

 

— Inês :É a segunda vez que aparece do nada no meio do meu caminho, Victoriano. Você deve ser realmente um doido.


Victoriano então riu, porque não era exatamente do nada que ele estava aparecendo no caminho de Inês. E jogando a culpa no destino daqueles encontros, ele disse.

 

— Victoriano: Não acredita em destino, Inês? É ele que está nos colocando frente a frente outra vez.

E Inês suspirou olhando Victoriano sorrindo para ela. O sorriso dele era tão perfeito e branco. E então ela suspirou de novo mas nervosa por deixar a aparência dele tragar ela, como tinha feito na praça quando ela o mediu de cima a baixo. E então ela disse.

 

— Inês : Eu acredito no respeito que devo para alguém que não é você, Victoriano!

E Victoriano irritado pelas palavras abusadas de Inês, ele a respondeu.

— Victoriano :Se eu fosse você, não me importaria de respeitar esse alguém que não faz o mesmo com você!

E depois de alguns segundos ter analisado as palavras de Victoriano, Inês perguntou querendo entende-lo por ter pensado que ele tinha algo para falar de Loreto.

— Inês : O que quer dizer, Victoriano?

E ainda irritado Victoriano a respondeu.

— Victoriano : É exatamente o que está pensando!

Inês então se irritou também, achando que a conversa deles era uma perca de tempo e que ainda que Victoriano parecia que tinha algo a falar, ela não podia crer nele ainda mais por ele ser um amigo de Loreto e ainda assim seguir demonstrando interesse nela.


E então ela disse brava.

— Inês : Saia da minha frente.


Inês então não esperou Victoriano sair. Olhou pra rua e botou o pé nela para atravessar sem olhar nos lados e Victoriano, que viu uma moto se aproximar olhou rápido para ela que iria atravessar e a puxou por um braço e no segundo depois a moto passou por eles em alta velocidade.

Inês tinha o peito grudado no peito de Victoriano enquanto seus livros tinham caído ao chão pelo puxão dele nela. Os corpos deles estavam grudados, e ofegantes pelo rápido momento enquanto os dois se olhavam. Até que Victoriano bravo disse.

— Victoriano : Ia atravessar a rua sem olhar dos lados Inês, como uma louca!

E Inês ao ouvir Victoriano a chamando assim. Piscou sentindo lágrimas inundarem seus olhos. E Victoriano as viu mas sem entender o porquê delas.

E assim com uma voz baixa, ela disse.

— Inês : Me solte por favor.

Victoriano ainda sem entender ela, ele a soltou e disse mais calmo e achando que seu tom de voz tinha assustado ela.

— Victoriano: Preste mais atenção por favor quando for atravessar a rua, Inês.

Inês então suspirou querendo sumir da frente de Victoriano . Ele a tinha chamado de louca, que era o nome que ela pela família dela carregava como uma ofensa de ignorantes que não entendia a verdadeira história do que ela vivia. E nem Victoriano sabia daquele legado tão pesado que ela tinha nas costa dela.

E assim ela disse, sentida.


— Inês : Não me chame mais assim.

E confuso, Victoriano perguntou.


— Victoriano : Assim como?

E nervosa, Inês o respondeu.

— Inês : De louca. Porque eu não sou louca!


Victoriano então riu nervoso, por perceber que mais uma vez Inês mostrava ofendida por ele. E então ele se explicou.

— Victoriano : Eu sei que não é Inês. Só usei essa expressão pelo momento. Se te acontecesse algo, seria por minha culpa. Me perdoe por me expressar assim contigo, hum.


E Inês se abaixando para pegar os livros dela no chão, disse.

— Inês : Está perdoado. Agora adeus!


Ela se levantou e Victoriano entregou um dos livros que tinha ajudado ela pegar.

E um de frente para o outro, outra vez. Ele disse sério respondendo ela.

— Victoriano: Não existe um adeus entre nós Inês. Então pare de me dar adeus e se acostume com um até logo.


Inês então sem falar nada, sentiu Victoriano com ousadia tocar um lado do rosto dela devagar com a ponta dos dedos . E assim ela fechou os olhos deixando ele tocar o rosto dela, deixando como se fossem íntimos para aquilo. E Victoriano sorriu, com as costas dos dedos dele acariciando o rosto liso dela e macio. E ele só teve vontade de beija-la aquele momento olhando a boca dela. 

Mas Inês despertou tendo consciência do que ela deixava ele fazer sem entender o porquê.

E assim ela deu um pulo no seu lugar abrindo os olhos e disse.

— Inês : O que estava fazendo?

E Victoriano decidido matar a vontade que tinha, a respondeu.

— Victoriano : Nada de mais, perto disso.

E sem pensar, Victoriano levou a mão na cabeça de Inês e a beijou, para matar de uma vez a vontade que ele tinha. E quando Victoriano sentiu os lábios de Inês nos dele, ainda que os dela tivessem fechado ele sentiu seu corpo todo estremecer todo conectado a ela de uma forma que em nenhum outro beijo com outra mulher, ele tinha se sentido assim.

Enquanto Inês, tinha deixado seus livros cair outra vez, e levado as mãos no pulso de Victoriano, para ele soltar o rosto dela e os lábios dela que os dele buscavam com fome mas com uma fome que acariciava os lábios dela sem machuca-los.

E então Inês tentou falar, e foi a deixa para Victoriano entrar com a língua na boca dela e puxar ela pela cintura com uma mão e a outra ele levou na nuca dela aprofundando o beijo. E assim Inês fechou os olhos por sentir a língua dele procurar a dela e ela o encontrar sem conseguir resistir.


Victoriano então apertou ela mais nos braços dele com vontade e já com tesão dela, e virou a cabeça para um lado beijando ela com os olhos fechados. Enquanto Inês, naquele beijo sentia que no seu estômago como uma moça apaixonada tinha borboletas e seu corpo que recebia a paixão de Victoriano no beijo começava a esquentar . Esquentar de uma forma que ela não entendia, de uma forma que nunca tinha sentindo. As sensações que Inês sentia, ela pensava que poderia ser como se fosse seu primeiro beijo por não ter sentido jamais o que sentia nos braços de Victoriano quando ela era beijada por Loreto. Pois Inês sabia que era diferente aquelas sensações que o beijo de Victoriano causavam nela, mas eram boas, muito boas. E quando a mão dele desceu relaxando a posse do corpo dela até o meio de suas costas, ela abriu os olhos ciente que até o momento desfrutava do beijo dele e o empurrou indo para trás, assustada com aquelas sensações que tinha sentindo apenas com ele .

E Victoriano, assim que não teve mais os lábios de Inês nos dele a olhou bravo por ela ter tirado aqueles lábios maravilhosos dela que ele sentia nos dele sem aviso . Mas sem poder falar nada ainda, Inês esbofeteou ele. E brava ela disse.


— Inês : Não se aproxime mais de mim!

Ela então se abaixou no chão, pegou os livros e saiu brava. E Victoriano ficou com a mão no rosto a olhando se distânciar, sorrindo.

E assim ele disse.

— Victoriano : Com certeza você é a mulher da minha vida, Inês. Tem que ser você, morenita.

E mais tarde, já de noite.

Inês via televisão ao lado da mãe dela que ainda se recuperava do incidente. E Constância vendo a filha distante desde que tinha chegado da aula. Ela disse.

— Constância : Filha, você está bem?


Inês, olhava o nada e tinha os dedos a frente da boca enquanto pensava no beijo que Victoriano tinha dado nela pela milésima vez aquele dia. Era a terceira vez que ela o via, depois do parque e para ela, ele ainda seguia um estranho mas um estranho que era amigo de Loreto o que estava fazendo Inês se sentir culpada por saber que tinha correspondido o beijo dele e gostado. E suspirando sem ter escutado sua mãe falar, ela comparava aquele beijo que não era seu primeiro na vida mas que era como fosse por ter se sentindo completamente diferente de quando ela era beijada por Loreto. O que trazia confusão na mente de Inês, por não entender porque o beijo de um desconhecido tinha mexido mais com ela do que do seu próprio namorado. E saindo daquela questão, ela olhou a mãe por ter notado que a boca dela mexia mas que ela não tinha entendido o que ela falava.
 

E assim ela perguntou.

— Inês : O que disse, mamãe?

E Constância por ter ficado olhando para o rosto de Inês, a vendo muito longe da onde estavam. Ela disse sorrindo.

— Constância : Por acaso viu um passarinho verde, filha?

Inês então tocou um lado do seu cabelo inquieta, e rápido ela disse pronta para dizer para mãe dela, o que estava passando com ela.

—Inês : Mamãe me ajuda. Eu fui beijada por alguém e não foi Loreto.

— Constância : Como assim filha?

Inês então se ruborizou por pensar no que ia falar para sua mãe quando fosse explicar como tinha se sentido ao beijar Victoriano.


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