Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 45
Capítulo 45




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Olá lindas. Gostei tanto de escrever esse capítulo que espero que gostem!! Bjs

Inês sentia seu coração saltar quase que saindo pela boca, enquanto já mirava Victoriano diante dela. Ele todo grande parou há pouco passos dela olhando atento o chão com a bagunça dela. Ela bebia, e como sempre que a via fazendo aquilo, não se agradava, ainda que soubesse que não podia mandá-la não fazer o que fazia.

Assim, ele subiu os olhos e a mirou no rosto. Inês estava tão bela que ele desejou ele também deixar de estar no jantar para estar a sós com ela.  Só eles ali no quarto e na cama deles. Mas suspirou espantando seus pensamentos, já que subiu até o quarto assim que chegou já sabendo que ela não desceria ao jantar e a via bebendo. Não era então momento de distrações. Que então assim, ele tratou de passar a mão na cabeça e disse.

—Victoriano: Acabei de chegar e já sei por Adelaide que não irá estar presente no jantar. Aconteceu alguma coisa, Morenita?

Inês suspirou, se moveu indo mais próxima a penteadeira, escondendo sua mão com a infeliz aliança dada por Loreto por trás das costas e disse.

—Inês: Não. Não aconteceu nada.

Ela buscou sentar na cadeira de frente da penteadeira. Pensava que se talvez não desse atenção a Victoriano, ele logo a deixaria e ela teria tempo de se livrar do anel que tinha no dedo.

Assim, ela ouviu um respirar pesado de Victoriano que a mirou pelo espelho fazendo assim os dois se olharem, até que ele disse.

—Victoriano: Não sei se confio no que diz, Inês. Parece nervosa.

Ele caminhou até próximo dela e Inês sentiu de novo seu coração vindo na garganta.  Ele então se abaixou ao lado dela, pegando a taça do chão que se quebrou apenas em um lado, e então quando ele subiu novamente o corpo, disse.

—Victoriano: Vou tomar um banho. Mas depois vamos conversar, hum. Sabe que não precisa esconder nada de mim querida, que se está acontecendo alguma coisa é só me dizer, hum.


Inês suspirou de repente dando lugar ao seu nervosismo, a frustração daquela super proteção vinda de Victoriano . Como sempre ele a vendo como um cristal como que se a decisão dela de querer estar sozinha, fosse uma necessidade de extrema preocupação e não apenas porquê ela queria apenas apreciar sua própria companhia como antes fazia. Que então assim, ela disse.

—Inês: Já disse que não aconteceu nada, Victoriano. Só queria estar sozinha comigo mesma e uma boa taça de vinho.

Ela olhou a taça quebrada  na mão dele e ele, suspirou com pesar tentando segurar seu descontentamento sobre vê-la beber.

Que então ele a respondeu.

—Victoriano: Está bem morenita, não vou mais insistir para que isso não vire uma discussão, ainda que sabe que beber não é o recomendado a você.

Inês então riu de lado mirando o espelho, e o respondeu.

—Inês: Não haverá discussão alguma se não insistir procurar um problema onde não há Victoriano e agir como se eu fosse uma de nossas filhas, com o que acaba de dizer. Sei muito bem o que posso fazer ou não.



Victoriano ficou calado apenas por segundo quando a ouviu, analisando a atitude de Inês. A vendo falar daquela forma só podia pensar que ela poderia estar demonstrando também seu descontentamento, mas em relação a visita sem data de ida de Bernarda. Até que ele respirou fundo, vendo Inês mexer nos cabelos, soltando eles e amarrando de novo e resolveu apenas dizer.

—Victoriano: Certo. Vejo que não quer conversa. Vou jogar isso.

Inês ficou quieta apenas observando ele ir até o banheiro com a taça na mão e ela então olhou a garrafa do vinho e levou ela até sua boca. Poderia se embriagar, pensando que tinha respondido mal seu amor e ainda usando uma aliança no dedo que não era a dele. Poderia se embriagar também, pelo fato que teria uma visita que não gostaria, e também poderia fazer subir mais o teor de álcool em seu sangue, por Constância dizer que ela tinha faltado com o acordo delas. Tudo a levava para aquele leve e rápido escape.

Pensativa, ela então depois de dois goles de vinho, limpou a boca e Victoriano reapareceu no quarto. Depois de usar uma caixa de produtos de higiene que achou no banheiro e colocar os vidros que tinha na mão, ele observou a banheiro cheia e ainda de água morna e percebeu então que Inês preparava um banho pra ela.

Que assim que ele a viu de costa pra ele, mas agora parecendo mexer em umas das mãos, ela abriu a boca para falar algo até que ela voltou tentar tirar o anel, maldizendo ele em pensamento, não entendendo o porque não queria sair, até que se virou e ficou de pé, achando que estava sozinha. E então Victoriano ali enquanto a mão dela estava em sua outra quase lhe arrancando um dedo, disse de olhos atentos no que ela fazia.

— Victoriano: O que faz?

Ele andou até ela. Inês cobria agora o anel no seu dedo com a mão. Começava a ensaiar como dizer a ele que tinha um anel, que na verdade era uma aliança que estava em seu dedo e que não vinha dele, e sim de seu antigo rival .

Ela sabia que ele sendo um marido observador, ele saberia qual era suas joias e conheceria logo que aquela ele nunca havia visto, tampouco ele havia dado a ela . E restava a Inês, duas saídas. Uma mentir e outra era dizer a verdade, o que era o que ela ensaiava dizer, já que mentir não era de seu feitio.

—Inês: Não estou conseguindo tirar meu anel.

Ela então disse baixo, que conseguindo ouvir, Victoriano tranquilo respondeu.

—Victoriano: Vi que a banheira está cheia e parece que não entrou. Posso me juntar a você no banho, depois que eu te ajudar com isso?

Ele então junto a ela, buscou a mão dela e pegou e como que se tivesse brasa a mão dele, Inês puxou muito rápido a dela, trazendo estranheza a ele.

—Inês:  Não! Eu tiro!

Em seguida ela rodou e rodou o anel no dedo e puxou pra frente de um jeito que ele enfim saiu e foi pingando no chão até parar.

Victoriano atento olhou o anel e em seguida olhou pra ela. Algo não estava bem, ela estava nervosa e havia recusado o toque dele e algo dizia a ele que tinha haver com anel que ele olhava. Que então, desconfiado, ele disse.


—Victoriano : Eu não te dei esse anel Inês, muito menos lembro que você comprou e alguma vez chegou usar.


Ele caminhou e pegou o anel do chão. Inês se virou pra buscar a garrafa de vinho.

Enquanto Victoriano encarava o anel já na mão dele, ela bebia e quando sentiu sua cabeça rodar, ela largou a garrafa e disse rápido.

—Inês: Esse anel é uma aliança. A aliança que Loreto me deu quando me pediu em casamento há mais de 20 anos atrás, Victoriano. Eu guardei ela, assim como guardo a o cordão que meu deu porque me trazem lembranças de minha juventude.

Quando Victoriano a ouviu, ele apertou o anel enquanto seu rosto tomava um tom de vermelho e seus olhos verdes, cristalizaram em um brilho diferente.

Que então assim ele disse baixo, mas sério demais .

—Victoriano: Você guardou essa aliança por todo esse tempo, Inês? Guardou a aliança de Loreto!

Inês assentiu confirmando.

—Inês: Sim! Já disse, Victoriano.

Victoriano bufou e riu ao mesmo tempo que sentia seu corpo ficar mais quente, e então agora disse mais alto.

—Victoriano: Como se atreveu a fazer isso e guarda-la por tanto tempo, Inês! Sabe o que sinto por esse maldito infeliz, ainda mais agora que ele regressou! E estava a usando! Por quê Inês?!


Inês empinou o nariz e disse aumentando sua voz também, enquanto seu coração batia forte e alto em seu peito.


— Inês: Porquê eu quis, Victoriano! Que droga, não vamos fazer disso uma tempestade! É só um anel!

Ela soltou o ar da boca encarando os olhos enfurecidos dele.


E Victoriano incapaz de encontrar alguma calma, ele rebateu as palavras dela.

—Victoriano: Um anel que Loreto te deu e você guardou todo esse tempo de baixo de meu nariz, Inês!

Inês sorriu sem vontade. Pensou no que ele também guardou dela e ainda restava nela a indignação de seu ato. Que então pronta para expor seu também erro, ela o respondeu.

—Inês: Não  é como que se fosse a foto do meu filho que também guardou de mim, Victoriano! Na verdade não se compara! Mas também escondeu de mim!

Agora foi Victoriano que riu e alisou seu rosto todo vermelho, para depois respondê-la.


—Victoriano: Não vai usar isso contra mim, Inês! Sabe minhas razões. E as suas hum? Porque não vou acreditar que aguardou pelo que disse! Guardou porquê gosta de lembrar da pessoa que te deu! Gosta de lembrar do maldito Loreto!

Inês abriu a boca e fechou. Indignada pelo que ele parecia pensar mas que ela tinha que admitir que por saber do ciúmes dele ainda presente aquele anel provocaria nele aqueles pensamentos. E tola, era assim que se julgava quando pensava no maldito momento que tinha resolvido pôr aquele anel em seu dedo. Mas que ainda assim, não aceitaria que Victoriano seguisse pensando o que pensava sem ao menos ser o que ela sentia ou havia dito.

Que então, ela o respondeu.

—Inês: Não coloque palavras na minha boca que eu não disse, Victoriano! Se acha isso, sinto muito ou melhor devia se tratar como faço. Não é de hoje que sente ciúmes de Loreto mesmo antes de ela reaparecer! Então não alimente tal pensamentos que não são reais! Não sãos!

Victoriano andou se afastando dela. Não se convenceria fácil que não deveria se preocupar, que não deveria pensar o que pensava. Estava nervoso. Cego de raiva e ciúme.

Que então assim ele disse.

—Victoriano: Estou ainda mais certo que tive sempre razões para sentir ciúmes! Tinha algo de Loreto, que o representava todo esse tempo e nada me disse, Inês!

Inês respirou fundo. Nenhum parecia querer se render e do modo que discutiam tinha certeza que as meninas poderiam ouvir. Assim, ela andou também para longe dele, dizendo.


—Inês: Claro Victoriano. Porque eu tenho que te dizer tudo como se fosse meu dono!

Ela girou desejando buscar ar fresco na varanda e fugir daquela discussão, mas sentiu rápido a mão de Victoriano no seu braço a segurando e então o olhou e ele disse.

—Victoriano: Não vai evitar que terminemos essa discussão, Inês. E olhe o que vou fazer com esse maldito anel!

Ele jogou o anel com ódio em direção da varanda, ele passou a sacada e ele e Inês teve certeza que caiu em algum lugar do pátio da fazenda.

Depois do que fez, agora com as duas mãos livres, Victoriano puxou Inês pelos braços .

Estava com tanta raiva, tanto ciúmes que não podia dar conta de como a pegava, como a olhava e do grau de sua raiva.

Inês suspirou nervosa. O teve em poucos momentos daquele modo, morto de ciúmes mas daquela vez viu que em todas as outras, foram meras faíscas que ali o tinha em uma explosão de pura raiva. Afinal, Victoriano ainda estava sobre o efeito recente do confronto que teve com Loreto, sua confissão e a mera suposição que Inês poderia se quer ter 1% de sentimento que pudesse corresponde-lo, o desesperava... Aquele anel ali o desesperou.

Que então, ele disse novamente fazendo mais uma vez a pergunta que o enlouquecia.

—Victoriano: Sente algo por Loreto?! Ainda sente Inês!?

Ela o gritou muito perto do rosto dele.

—Inês: Não! Claro que não Victoriano! Me solte! Está fora de si!

Victoriano bufou sem solta-la e a respondeu.

—Victoriano: Claro que estou, Inês! Estou morto ciúmes e tudo culpa sua com esse maldito anel!


Inês o encarou com raiva. Se era a culpa dela em tê-lo daquela ela encararia as consequências como mulher que era. Não tinha se esquivado do que tinha feito, na verdade sabia que poderia ter mentido e evitado assim aquela discussão, então apenas só queria que ele fizesse o que quisesse para terminar com aquilo. Que por isso, ela gritou mais uma vez, dizendo.

—Inês: Quer me punir por isso! Te deixaria melhor? Faça o que quiser, e se vingue da minha insensatez, Victoriano! Quem sabe também tenha algum recordo de uma ex namorada que teve antes de mim, ou talvez alguma que apareceu enquanto estive louca!

Algo que fazia piorar mais o humor de Victoriano, era ouvir Inês insinuar que no tempo de sua internação, ele poderia ter tido outro alguém. Algo que nem ela acreditava, mas se punia por deixa-lo tanto tempo sozinho.


Assim, Victoriano então com raiva das tolas palavras dela disse.

—Victoriano: Não houve ninguém e nem haverá, Inês! Não diga besteiras que só tive olhos pra você desde que a vi! Te tirei de Loreto e faria de novo! De novo!

Ele então a beijou com raiva. Ambos ao pé da cama, ele apertou todo o corpo dela. Inês de início não respondeu ao beijo até que começou sentir Victoriano com toda sua fúria se misturando ao desejo, tentando tirar o robe dela. E então a soltou e baixou bufando a parte de cima do robe dela.

Os seios nus dela se mostraram e ele respirou pesadamente com tesão. Não houve tempo então pra sequer Inês dizer algo quando Victoriano a virou e a lançou sobre a cama. Ela caiu de barriga para baixo e Victoriano veio por cima dela, rasgando o pano de seu bonito robe vermelho. O som dele rasgando e o respirar enfurecido dele, era os únicos som que ela conseguia focar. Como que se o mundo tivesse parado junto com seus pensamentos e sua capacidade de raciocinar diante da ação que Victoriano fazia. Mas de uma coisa ela tinha certeza era que seu corpo ainda que não tivesse sido tocado, estava respondendo a toda aquela fúria e desejo dele. Seu sexo molhando se preparando pra ele, pulsou em antecipação e foi com um golpe que ela sentiu a grossa ereção dele invadi-la.

Victoriano deslizou para dentro dela assim que liberou seu membro da calça. Ele pegou na cintura dela quando a sentiu por dentro e parou ali alguns segundos a sentindo e desgraçadamente, ficando ainda mais louco desejo por ela, por ter encontrado o corpo dela pronto para recebê-lo como sempre havia sido. E pensou que só ele esteve ali e só ele seguiria estando. Ele apertou então com os dentes seus lábios e apertou firme a cintura dela quando quase saiu todo de dentro dela e voltou entrar em outro golpe tão mais intenso que antes.


Inês gemeu e apertou os lençóis da cama e então sentiu Victoriano fazer novamente o que antes tinha feito. Entrar e sair firme de dentro dela. Se àquilo seria seu castigo, sua punição ela aceitaria de bom agrado. O que a fez sorrir, sabendo que tendo todo seu desejo era como que se ele a injetasse vida.


Até que a rapidez de Victoriano tornou-se apressada demais, em suas intensas penetradas que fazia o corpo dela sacudir na cama. Sem toques nela, sem beijos sem carícias ou sequer palavras, ela soube que ele buscava o gozo dele. E ela entendeu melhor qual era a punição que ele dava ela.

Ela não deixaria ela gozar.


Quando teve consciência disso, ela buscou a mão dele que estavam seu quadril. Victoriano estava de joelhos sobre a cama abraçando as coxas dela com as pernas dele. Suas mãos estavam firmes nela, a deixando quase que imóvel e mercê dele. Que como estava, ele sentiu as mãos dela e a ouviu.

—Inês: Eu sei o que vai fazer. Me, me toque, me toque antes que goze Victoriano!

Inês pediu com dificuldade, enterrando depois o rosto novamente contra os lençóis na cama.

Necessitava de estímulos para gozar, de toques e beijos e até de palavras, mas nada tinha dele apenas ele a penetrando e ela consciente do que ele buscava fazer. O que não a faria relaxar para gozar com ele apenas com a penetração.

E Victoriano sabia que podia descer a mão e procurar o clitóris dela, tão molhada como estava, ele sabia que não precisaria de muito esforço para ajuda-la gozar, sabia também que poderia vira-la de frente para ele e toca-la também até vê-la revirar os olhos ou até lhe sugar os seios enquanto a penetrava e senti-la gozar assim . Mas não. Não queria nada daquilo e conseguiu o que queria quando ele gemeu alto, e seu corpo tomou todo por espasmos. Ele gozou dentro dela parando de se mover aos poucos enquanto gemia rouco e ouvia Inês dizer algo que ele não pôde ouvir .

Devagar ele foi tornando do orgasmo e se afastou de Inês saindo dela, a liberando assim.

Até que ele ficou fora da cama em pé e se vestindo.

Inês então se virou devagar para olhá-lo. Estava de cabelos revoltos, vestida em trapos que havia se tornado o robe dela e ainda desesperadamente excitada.

O que ele tinha feito tinha dado a ela um misto de raiva e mais um intenso desejo.

Queria esbofeteá-lo como nunca tinha feito mas também implorar que desse a ela o alívio que seu corpo ainda excitado queria.

Ela então juntou as pernas uma na outra se roçando e abriu a boca fechando os olhos. Victoriano viu a cena sentindo-se duro outra vez. Ela era a imagem da mulher que ele desejava como louco. Uma mulher cheia de vida, excitada o querendo com todo fogo que tiveram ainda de lua de mel que apesar de tudo quando se entregavam, aquele fogo seguia ali como no primeiro momento.

—Inês: Me dê o que não me deu, Victoriano. Eu quero, quero meu orgasmo!

Ela abriu os olhos bem vivos com fome dele depois de falar.  Fome que Victoriano agora ao ouvi-la, sentiu seu membro pulsar se tornando pronto para ação outra vez.

Mas disposto a resistir, ele disse.


—Victoriano: Não foi amor que fizemos, Inês. Então, não, não vou dar o que quer. Hoje não!



Ele passou a mão na cabeça . Inês sentou com tudo na cama, fazendo com aquele movimento o quarto rodar só para ela.

—Inês: Não pode fazer isso!

Victoriano sorriu ao ouvi-la, e a respondeu.

—Victoriano: Eu já fiz morenita. Eu já fiz!

Como que se quisesse fugir dela, ele saiu indo ao banheiro.

Inês se jogou na cama e olhou o teto tentando entender o que tinha acontecido naquele momento. Victoriano nunca tinha feito aquilo com ela, mas também ela nunca tinha aparecido com a aliança de outro em seu dedo.


Victoriano no banheiro, abriu o chuveiro depois que tirou com pressa a roupa do corpo. Uma ereção entre suas pernas apontava pra cima e ele então a tocou. Estava com sua razão de volta sem raiva, mas agora ressentido. Inês havia guardado uma aliança de Loreto e aquele fato, só o trouxe insegurança .

Ele fechou os olhos e baixou a mão e subiu em seu membro. Fez várias vezes o mesmo movimento querendo se livrar dela com raiva de estar desejando mais de Inês, mais de sua mulher ainda que estivesse com raiva dela e seu segredo do anel que estava malditamente no dedo dela. E quantas vezes ela já teria o usado? Seria aquela a única?

Ele encostou a mão na parede e a cabeça também, enquanto sua mão direita, seguia em seu membro em um movimento desenfreado, com seu corpo rígido, rosto vermelho enquanto caia água nele.

Assim ele conseguiu gozar sem emitir som mas com a sensação viva de seu orgasmo que fez seu corpo tremer e suas pernas ficarem moles.

Inês havia assistido tudo calada ali no meio do banheiro, quando resolveu sair da cama para confronta-lo . Primeiro quando o viu, teve que resistir ao impulso de ir até ele e se oferecer para que ele se aliviasse. Resistiu quando pensou que ele não tinha dado o alívio a ela, e achou bom quando percebeu com sua linguagem corporal que ele tampouco parecia feliz se aliviando como fazia.


Ainda que sentiu mais excitada com o que viu, ela mexeu na banheira de agua já fria e começou esvazia-la.

O barulho trouxe a atenção de Victoriano que a olhou.

Ela estava com outro robe agora um branco transparente. E assim sentindo que ele a olhava, ela disse.

—Inês: Vai demorar muito? Vou precisar do chuveiro Victoriano.

Ela levantou a cabeça empinando o nariz, e então ele passou a mão no seu rosto vermelho e molhado.

—Victoriano: Pode vim se quiser já estou quase saindo.


Inês sentou na borda da banheira, cruzou as pernas e braços e disse.


—Inês: Não quero, obrigada. Prefiro tomar meu banho sozinha como antes planejava.

Victoriano tinha pego um sabonete e então lavando seu peito, ele disse.

—Victoriano: Está com raiva de mim...

Inês virou para olha-lo e então disse, o achando o mais sínico dos homens em dizer o óbvio.

—Inês: Sabe o que fez e não vou implorar para nada.

Ela voltou virar o rosto para outro lado. E ele a respondeu.


—Victoriano: Sabe o que também fez e por isso fiz o que fiz.

Ela então suspirou e o mirou rápido pra respondê-lo.

—Inês: Espero que se habitue a sua mão direita, Victoriano porque será ela que usará por tempo suficiente para ser você que implore o que me negou!


Ela então se levantou e Victoriano a chamou ao vê-la deixando o banheiro.


A chamou em vão até que saiu com pressa enrolado na toalha em sua cintura e outra em sua mão .


E então enxugando sua cabeça, ele a viu na varanda do quarto. Como ela estava com aquele robe transparente, Victoriano sentiu-se se desesperar. Como que se Inês estivesse usando aquele dia para prova-lo.

A noite já tinha caído e ela com as mãos na grade da sacada olhava a noite de costas para ele.

Ele então disse sério.

—Victoriano: Já sai do banheiro. É melhor que vá e saia daí Inês! Olhe como você está vestida, mulher!

Inês se virou para ele e o olhou com raiva.

Seu robe estava devidamente fechado e ainda que fosse transparente, não era como que quem lá debaixo a visse de longe pudesse olhar seu corpo nu por baixo daquele robe. Apenas estando perto dela que poderiam ver sua nudez, como Victoriano podia.

Assim ela caminhou para dentro do quarto e Victoriano puxou o ar do peito, vendo ela passar  em silêncio e quando ela esteve diante da penteadeira, ela pegou a garrafa de vinho e foi para o banheiro com ela.


E Victoriano então, desejou voltar atrás com todas suas ações a partir do momento que havia baixado sua calça.


Era manhã do dia seguinte.

Inês acordou de repente, estando sozinha na cama. E assim que seus olhos fixou o teto do quarto, ela sentiu que sua cabeça explodia em uma tremenda dor de cabeça.

Ela gemeu levando a mão na testa e seu movimento fez entrar ar em seu peito. Ela então mirou mais embaixo e percebeu que uma parte de seu seio que estava nu, se revelou fora da coberta.

Ela então se sentou gemendo novamente com a dor de cabeça que sentia e retirou a coberta do seu corpo. Viu que estava nua. Havia dormido nua e não lembrava como que tinha chegado na cama assim, ou se tinha chegado nela de roupa e tirado depois.

Ela então começou lembrar da noite que teve. E chamou então por Victoriano imaginando que ele poderia estar no banheiro.

No quarto com só ela, não teve resposta.

Ela então suspirou. Querendo recordar como havia sido o resto de sua noite e não só o momento que Victoriano tinha lhe negado um orgasmo, que isso ela muito bem lembrava.



As imagens vinham em sua mente,  mas ela só lembrava até o momento que pegou a garrafa de vinho e entrou no banheiro. O que explicava sua dor de cabeça. Tinha no final de tudo bebido sozinha a garrafa toda.

Por isso estava assim de ressaca. Pela primeira vez na vida, havia bebido demais para não conseguir lembrar de suas ações e acordar daquela forma.


Victoriano longe dali. Estava na sanclat.

Pensativo, ele sentado por trás de sua mesa, olhava fixamente a parede na sua frente. Em sua mente via Inês. Via também a maneira que tinha feito amor com ela, e como ela tinha ficado depois, tão brava ao ponto de se trancar no banheiro e só sair bêbada dele.


Ele fechou os olhos como que se assim voltasse a reviver a noite passada.


Flashback

Inês saiu do banheiro enrolada em uma toalha com os olhos brilhantes, cabelos úmidos e pés descalços. Ela olhou Victoriano no meio do quarto, que se encontrava já impaciente em vê-la por 1 hora dentro do banheiro e trancada.

Ele a mirou sério, sem nada a dizer quando a viu largar a toalha no chão. Ela ficou nua em pé a frente dele e ergueu a cabeça para mira-lo.

Victoriano salivou quando percebeu que ela dentro do banheiro tinha se depilado. Os poucos pelos pubianos que antes estavam ali, já não se encontravam e ele respirou profundamente, entre nervoso e mais arrependido pelo feito. Gostava de ser ele cuidando daquele modo dela, mais que gostava, ficava excitado em ser ele fazer àquilo com ela.

Os olhos dele mirando bem o triângulo dela fez Inês falar mole pelo álcool mas tão convicta do que queria, que fez Victoriano olha-la.


—Inês : Quero o que me negou e agora, Victoriano. A, a agora...

Ele deu passos largos até ela, rendido, entregue, arrependido. Disposto até cair de joelhos diante dela.

—Victoriano: Aqui estou morenita, me perdoe pelo que fiz.

Ele a puxou pela cintura, a apertou e deu um beijo rápido nela e desceu para o pescoço dela. Inês segurou nos largos ombros dele que eram coberto com o pijama que ele já usava. Assim, ela se agarrou para se equilibrar nele, dizendo.


—Inês: Quero, quero, sua, sua boca em mim. Agora. Agora, Victoriano.

Victoriano entendeu muito bem o que ela pedia.

E assim se afastou e ela puxou ele pela camisa e andou fazendo ele se mover e sentar na cama .


Victoriano sentou nela e quando percebeu que ela vinha pra cima dele, ele deitou na cama e ela subiu em cima dele. Subiu e foi se arrastando até ele, até que ele teve o sexo dela entre o rosto dele.


Ele suspirou cheio de desejo e levou as mãos nas duas pernas dela que abraçaram sua cabeça e então a tomou na boca. Bem na onde ela tinha pedido.


Fim de flashback.


Victoriano despertou de seus pensamentos. Depois que fez Inês gozar mais de uma vez daquela maneira, ela dormiu. Dormiu de repente fazendo ele perceber que aquele sono foi graças ao álcool que ela tinha ingerido e talvez sua atitude também. Já que ela estava com raiva dele.

Assim, ele havia deixado ela dormir o resto da noite e quando levantou pela manhã com ela ainda dormindo, apenas deixou avisado que quando ela acordasse certamente ela precisaria de cuidados. Água, um comprimido de analgésico e um forte café da manhã.



Na fazenda.

Quando se conformou que suas lembranças era limitadas, mas encontrando um marca em uma de suas coxas muito perto de sua virilha, ela sabia muito bem como poderia ter adquirido ela. Acordando nua e com aquela marca, só podia deduzir a ela, que tinha tido sexo com Victoriano antes de dormir. O que fez ela bufar em pensar que não tinha resistido a ele.

Ela então suspirou se arrastando na cama. Viu um copo com água e uma cartela de remédio de analgésicos que não estavam ali quando foi dormir. Então ela pegou rápido um e tomou com água.


Não fazia ideia que horas eram, por isso buscou olhar no outro móvel ao lado do sua cama o relógio digital.

Era perto das 11:00 da manhã. Tinha dormido tanto que nem tinha notado.

Ela então saiu da cama e correu puxando o lençol com ela, para o closet.

Não era hora mais de ir a clínica, a manhã se perdia e então restava a tarde para ela resolver qualquer assunto pendente com Victoriano e faria isso mesmo antes dele regressar a casa. Porquê era lógico que existia ainda um assunto pendente entre eles.

Como podia ainda recordar antes de sua total bebedeira, ele não tinha feito amor com ela e ela precisava consertar as coisas com ele . E deveria fazer aquilo antes que Bernarda estivesse entre eles. Não podia permitir que ela voltasse a estar entre sua família, com ela estando uma bagunça outra vez. O que significava que ela também gostaria de resolver as coisas com Constância. Em um dia Bernarda estaria com eles, e ela não precisava de mais que aquilo pra ajeitar o que ainda podia ser ajeitado. 


E se surpreendeu em apesar do estado que tinha acordado e do que começava outra vez sair do seu controle como seu casamento, estar tão decidida em resolver tudo e não se entregar. Saindo com algumas peças de roupas no cabide na mão, Inês sorriu se deliciando com a sensação que podia fazer qualquer coisa, se mantivesse como estava agindo e pensando.

Longe dali na clínica de Santiago. O psiquiatra não estava muito contente. E olhava a janela em pé em sua sala, parte do grande jardim que tinha na sua clínica. E entre pacientes, enfermeiros e médicos que circulavam por ele, faltava a que mais lhe interessava . Inês.

Ele suspirou e levou a mão na cabeça . Já virava obsessão o que sentia. E não podia negar . O terror de não ter Inês todos os dias ali com ele já o cegava para lhe tirar qualquer razão que até então o mantinha ainda firme de cometer qualquer ato que faria sua postura de médico vir abaixo para ela. O que não podia acontecer. Tinha certeza que se revelasse seus sentimentos a Inês, poderia ai sim perde-la para sempre.

Ele saiu de perto da janela e então ouviu o bater na porta. Pigarreou para espantar seus pensamentos e permitiu quem quer que fosse, entrasse em sua sala.

Na fazenda.

Inês tomou um café rápido. Na verdade, havia comido uma maçã e bebido dois copos de suco, tendo preferência pelo líquido o que não era de se estranhar por ter a garganta seca ao se encontrar se recuperando de uma ressaca.

Depois, bem vestida, deixou a cozinha junto com sua bolsa. Adelaide admirou a mulher que a viu sair de sua visão. Apertando as mãos ao lado de seu avental, se surpreendeu de ver sua menina mulher, não entregue aos ressentes acontecimentos como ela sabia muito bem de um, que era a infeliz estádia de Bernarda outra vez na fazenda.

Inês esperou de braços cruzados um capataz que dirigiria o carro que estava em sua frente. Ela apenas deixou ali pronto para ela, e saiu dizendo que logo voltaria. Ela então suspirou olhando a grande caminhonete de cor branca e depois mirou sua bolsa sabendo que levava nela todos seus documentos, inclusive sua recente carteira de motorista renovada.

Um passo dado a frente e ela sabia que não teria volta e voltaria estar atrás de um volante. Então aguardou mais um pouco temendo que aquele passo fosse muito para ser abusado naquele momento.

Até que um jovem apareceu e ela então sorriu sempre gentil com todos que trabalhavam nas terras de seu marido e entrou no carro.

Assim passou 40 minutos pelo trânsito, que ela chegou ao seu destino. A Sanclat.

Ela desceu do carro dispensando o capataz, já que pensava que poderia voltar com Victoriano, atravessou a rua, até que na calçada, ouviu alguém chamá-la.

Ela então mirou. O vento levou seus cabelos soltos para um lado do seu rosto. A pessoa que deixava seu carro, se apressou para estar perto dela outra vez.


Anos haviam se passado e para Loreto que voltava ver Inês, era como que nenhum deles tivessem tido efeito sobre ela e sobre o que ele ainda sentia.

O sol que brilhava sobre a cabeça de ambos, fez Inês levar as mãos diante dos olhos.

Mas havia reconhecido quem lhe havia chamado, pela voz não, mas quando seus olhos pousou no homem alto e vestido de preto que vinha até ela, ela não teve dúvida que era Loreto.





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