Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 42
Capítulo 42




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Amanheceu.

Inês se espreguiçou na cama e em seguida procurou Victoriano ao lado dela.

Ela se ergueu sentando rapidamente não o vendo ali. Até que ele apareceu, vestido em um roupão escuro e cabelos úmidos. E então ele disse.

—Victoriano: Procurando por mim querida?

Inês ficou calada, apenas o mirando. Ele cheirava a loção de barbear e a perfume. Ela então suspirou, agora com ela o desejando como que se não tivessem brigados.

Ela então piscou e disse.

—Inês: Ainda é muito cedo, o que já faz de pé?

Ela olhou o relógio digital ao lado cama marcando 6:10 da manhã.

Victoriano então por não ter dormido bem a noite toda e ter decidido o que fazer assim que viu o dia clareando, disse convicto.

—Victoriano: Resolvi seguir seu conselho. Vou ter uma conversa com Loreto e vai ser essa manhã mesmo.

Inês quando o ouviu arregalou os olhos e tirou rápido a coberta do corpo, saltou da cama e o seguiu por vê-lo caminhar em direção ao closet deles.

Ela de passos largos e descalças, andou dizendo.

—Inês: Como assim resolveu ceder, Victoriano? Assim de repente? O que está tramando?

Victoriano sorriu pegando uma blusa social nas mãos e se virou para ela. Inês estava parada de frente da porta o mirando agitada.

Ele esteve pensando toda noite e percebeu que não poderia mesmo acabar com aquele relacionamento de Diana se não fosse falar diretamente com Loreto em uma conversa de homem para homem e ele sabia muito bem onde encontrá-lo. Iria resolver aquilo de uma vez. Diana não seguiria namorando um Guzman. Um filho de Loreto em sua família, só aconteceria por cima do cadáver dele.

Que assim ele pegou uma calça e disse, com uma fingida paz desde que tinha falado com ela quando a viu acordando.

—Victoriano: Deveria ficar feliz que te ouvi, minha vida.

Ele caminhou e a beijou nos lábios e voltou para o quarto deixando onde ela estava. Surpreendida e desconfiada era assim que Inês estava.

Victoriano não poderia ter aceitado de repente conversar civilizadamente com Loreto. Conhecia o marido que tinha e sabia que se ele estava decidido mesmo em ter aquela conversa, não seria civilizadamente. A não ser que ela garantisse que fosse . Que por isso, tendo uma súbita ideia, ela disse voltando ao quarto.

—Inês: Se vai mesmo ter esse encontro para conversar com Loreto. Me leve com você. Também sou mãe de Diana e quero saber o que vão falar sobre a relação dela com seu namorado!

Victoriano deixou as roupas sobre a cama e riu sem vontade. Nem pensar deixaria Inês diante de Loreto. Só pensava que estava em situação como a que estiveram há mais de 20 anos atrás, quando Loreto apresentou ela para ele e ele assim, pôs seus olhos grandes nela. Um vacilo de Loreto que ele não faria igual. Inês seguia linda, mais madura, mais mulher e não confiaria nas intenções de Loreto seja qual elas fossem.

Que então ele disse.

—Victoriano: A conversa que terei com Loreto só será eu e ele, Inês.

Inês tocou os cabelos passando ele todo para trás e disse.

—Inês: Você acha que vou confiar os dois seja lá onde vão se encontrar Victoriano? Vão brigar e eu quero garantir que isso não aconteça!

Victoriano respirou fundo. Não garantia nada do que ia passar naquela conversa, mas esperava que precisasse só dela para resolver aquela questão.

—Victoriano: Não se preocupe. Dependendo da conversa ela terminará em um acordo que duvido que Loreto como pai, tampouco queira o filho em uma família que não o tem como bem vindo.

Inês cruzou os braços depois de ouvi-lo. Não era contra aquela namoro, Victoriano falava por todos quando dizia que eles não o aceitavam, que por isso ela disse.

— Inês: Eu não tenho nada contra o rapaz. Só o vi uma vez e só de saber que Diana é feliz com ele, isso já me faz aprovar o namoro.

Enquanto Victoriano sem estar disposto a ceder, rebateu as palavras dela dizendo.

—Victoriano: Mas eu não aprovo, Inês.

Ele abriu o roupão ficando nu. Inês levou a mão na cintura perdendo a compostura e depois ele parando para olhá-la, sorriu e disse.

—Victoriano: Tinha tudo isso essa noite e não quis e agora me olha assim?

Inês subiu seu olhar e bufou pela provocação dele. No final de mais aquela discussão deles, ela sabia que não teria ele voltando atrás, então se entregou dizendo.

—Inês: Faça o que quiser Victoriano, Mas lembre-se que pode magoar Diana com sua atitude. Que se fizer isso e perder a admiração que ela tem por você, não venha me reclamar.

Victoriano a olhou calado e a viu deixar a visão dele caminhando para o banheiro. Que então pensativo, ele ficou calado até que falou sozinho.

—Victoriano: Diana merece alguém melhor. E ela vai entender depois eu sei que vai.

Passou alguns minutos, Inês saiu do banheiro enrolada em uma toalha. O sol já brilhava mais forte pela porta da varanda do quarto e que não tinha mais sinal de Victoriano nele. Ela então sentou na beira da cama e suspirou.

Até que olhou no criado mudo uma jarra com meia água e um copo vazio. Ela então arregalou os olhos e saltou da cama. Lembrava naquele momento que tinha esquecido de tomar seus remédios da noite.

A discussão de Victoriano com Diana e depois com ela, tinha feito ela esquecer de suas medicações. Que ainda assim, estranhamente, ela tinha dormido bem pela noite.

Mas que sem querer deixar de tomar os remédios pela manhã, ela encheu o copo com a água, abriu a gaveta e tirou 4 comprimidos de remédios diferentes e em seguida os levou na boca misturando com água e os engoliu.

Não queria ter uma recaída ainda mais prevendo o dilúvio que viria com aquele tema do namoro de Diana e o regresso de Loreto. Recair não podia ser uma opção para ela.

Na mesa do café da manhã só tinha Diana e Cassandra, depois de Constância ir para aula. Que chegando já arrumada para deixar a fazenda e se voluntariar na clínica de Santiago, Inês, disse.

—Inês: Bom dia minhas filhas.

As duas meninas as olharam surpreendidas. Pensavam que não teriam a mãe na mesa por conta da noite passada, mas que dando suspiros de alívio por sim vê-la ali e aparentemente bem, Cassandra depois disse.

—Cassandra: Achei que não desceria mamãe.

Inês que se ajeitou na mesa e via Candela lhe servir, disse ciente do porquê Cassandra falava aquilo.

—Inês: Não quero mais me recuar diante das dificuldades como eu fazia. Que nesse caso é o pai de vocês tramando uma.

Diana a olhou e disse chateada.

—Diana: Ele nem tomou café com a gente mamãe. Eu sinto tanto por essa situação, mas não posso largar assim meu namorado só porque ele quer.

Inês a suspirou a entendendo e a respondeu.

—Inês: Eu não vai, querida. Vamos chegar em um consenso. Não se desespere sim.

Ela tocou o pulso de Diana por estar sentada ao lado dela, apoiando ela assim como mãe. Os olhos de Diana, lagrimejou em lágrimas. Que então ela disse.

—Diana: É tão bom tê-la tão presente com a gente.

Cassandra sorriu sentada no seu lugar as mirando. Pensava igual Diana. Não era só Constância que tinha suas queixas de ausências, elas duas também passaram muitos momentos sem a mãe, como quando ela em crise até às evitavam.

Inês recolheu a mão vendo a emoção nos rostos de suas meninas e sentiu muito. Havia se recolhido tantas vezes em suas dores que deixou sua família carente de sua presença.

Victoriano estava na sanclat mas já a deixava.

Havia ido primeiro ao trabalho, para depois se preparar para resolver sua mais importante pendência do dia.

Vicente não gostou nada quando ficou sabendo do que Victoriano pretendia e disse andando pela sala dele.

—Vicente: Eu não sei se é bom o que pensa em fazer Victoriano. Loreto pode te provocar e digamos que você também não é nenhum santo, então se volta para casa com olho roxo, vai desesperar Inês. Pense em minha comadre e em sua estabilidade emocional.

Victoriano suspirou ao ouvi-lo. Tinha pensado naquilo enquanto dirigia e pensou que poderia sim estar sendo duplamente egoísta em pensar no que queria e o que parecia bom só para ele. Primeiro com Diana por não querer ela namorando Alejandro, e depois com Inês por vê-la sem passar por uma crise pondo isso em jogo se causasse uma briga com Loreto. Mas era ele resolver aquilo logo ou deixar que devagar Loreto junto ao seu filho invadissem seu espaço e sua vida. Não podia permitir aquele namoro que traria Loreto tão perto de sua morenita e seu fruto tomando posse de sua menina mais velha. Que só de pensar que o insolente já tinha roubado a pureza de sua filha mais velha em tão pouco tempo, lhe vinha raiva por pensar que ele poderia ser tão pilantra como ele podia lembrar que o pai dele era em sua mocidade.

Que então assim ele passou a mão no rosto ciente do que arriscava e disse.

—Victoriano: Sei que coloco muita coisa em risco, mas é melhor eu agir agora antes que as coisas não tenham mais volta, Vicente.

—Vicente: Sei o quanto é teimoso então não vou insistir. Mas fique sabendo que se Inês ficar mal e Diana Maria ficar sabendo, ela vai lhe cobrar.

Victoriano sorriu sabendo que de fato, Diana Maria lhe cobrar aquilo, e disse.

—Victoriano: Eu me viro com ela depois. Agora vou. Qualquer coisa me ligue, hum.

Victoriano saiu da sala de Vicente e caminhando distraído, foi quase atropelado por um carrinho de mão que tinha duas garrafas de café e xícaras. Ele esbravejou e depois olhou para quem estava empurrando ele. Era Débora. Vestida em um vestido vinho, até seus joelhos e um discreto decote para estar ali trabalhando, ela o olhou nervosa com o incidente e disse falando formalmente com ele.

—Débora: Desculpe, Senhor Santos. Não te vi sair da sala do senhor Vicente.

Victoriano respirou fundo. Tinha ficado nervoso mas aspirou o ar para se conter, que primeiro, ele não era grosso com nenhum de seus funcionários e segundo, aquela que via era sobrinha de Adelaide, que então ele disse.

—Vicente: Me desculpe você, que também quando sai da sala não a vi...

Ele quis dizer o nome dela mas não lembrava. O que claramente Débora entendeu e a chateou. Já levava tempo suficiente trabalhando na empresa no RH dela, para ele não saber ainda o nome dela e ainda era sobrinha de Adelaide que graça a ela era que ela tinha aquele novo emprego. Então como ele não podia recordar do nome dela?

Que então assim ela disse.

—-Débora: Débora Pinheiros, meu nome é esse senhor Santos. Com licença.

Ela passou empurrando o carrinho novamente. Estava o levando para salinha dos funcionários da classe que ela considerava a mais ralé na empresa e a que ela fazia parte.

Victoriano então como foi liberado para sair, não esperou mais e seguiu seu caminho entrando em um elevador.

Inês chegou na clínica de carro, mas não dirigindo. Ela pegou sua bolsa e se despediu educadamente do peão que serviu naquela manhã de seu motorista. Pensava que devia logo mudar aquela situação. Tinha que voltar a dirigir logo e se liberta de mais uma babá que tinha todo momento que queria sair de casa.

Ela caminhou depois que suspirou e atravessou a entrada, visando o jardim do lado direito e esquerdo dela.

Pensava que precisava ocupar a mente de algo que não fosse Victoriano com todo aquele ressentimento diante de Loreto. Para o bem de sua sanidade tinha que deixar ele fazer o que queria sem se importar. O que ela sabia que uma missão quase impossível.

Ela então logo chegou até o vestuário das enfermeiras e em rápidos 15 minutos ela já se vestia como uma .

Tinha chegado cedo que por isso esperou que alguém determinasse em qual paciente ficaria nos cuidados dela enquanto tomava banho de sol. Até que uma moça apareceu diante dela com uma xícara e um pires abaixo dela, dizendo.

—X: Que bom que já te vejo Inês. Leva para mim na sala de Santiago por favor. Eu preciso ir ao banheiro. Passei a noite de plantão junto com ele.

Inês pegou a xícara com cuidado. Conhecia aquela enfermeira que nas horas vagas era também como uma assistente de Santiago e disse visando a olheira que a moça tinha debaixo dos olhos.

—Inês: Tudo bem. Vou levar. Enquanto você, parece que precisa descansar.

Os enfermeiros e médicos tinham seus lugares de descanso também na clínica, que então tocando seu rosto jovem, mas expondo todo seu cansaço, ela disse.

—X: Estou tão feia assim? Não fala isso Inês. Hoje mais um médico irá fazer parte de na nossa equipe e ouvi por aí que ele é bonitão. Eu tenho que aparentar bem.

Inês sorriu com graça e disse.

—Inês: Não disse que está feia. E sim que precisava de um descanso. Não seja boba, Montserrat.

A jovem de cabelos morenos e cumpridos, sorriu deixando Inês em seguida, que caminhou até a sala de Santiago, bateu na porta e quando ouviu que podia entrar, ela entrou.

Santiago, pensando que seria Montserrat não fez questão de levantar a cabeça, mas sabendo que ela lhe traria café, disse.

—Santiago: Obrigado Montserrat. Agora vai para casa, que vou para minha pela tarde.

Inês deixou o café na mesa e quando ainda sem olhá-la, buscando a xícara em sua frente, Santiago tocou nos dedos dela e então ele levantou a cabeça tirando os olhos do que lia, e disse.

—Santiago: É você Inês. Chegou cedo hoje. Bom dia.

Ele sorriu como que seu cansaço por ter passado a noite trabalhando, tivesse ido embora.

Inês sorriu também e se afastou dizendo.

—Inês: Bom dia Santiago.

Ela ficou parada em frente a mesa. E depois de experimentar o café, Santiago disse, querendo a companhia de Inês.

—Santiago: Sente-se Inês. Conversemos um pouco.

Inês suspirou aliviada por ver que Santiago queria conversar. O que ela sentiu só naquele momento a necessidade que tinha de desabafar sobre os recentes acontecimentos com seu psiquiatra.

Que então assim ela puxou a cadeira com Santiago mirando cada gesto dela e depois de tomar mais café, ele viu ela calada e disse instigando para ela falar.

—Santiago: Queria que tivéssemos uma conversa banal como que se não visse seu médico aqui, mas por sua expressão parece que é dele que precisa Inês. Então diga, o que a aflige agora.

Inês tocou um lado deu seu cabelo, pensando que poderia ser um abuso querer seu médico naquele momento se não estava em uma consulta. Que então assim, ela disse.

—Inês: Se quiser conversamos do que quiser e espero minha consulta.

—Santiago: Bobagem Inês. Sua consulta é quando? Daqui duas semanas? Já estamos aqui, pode falar.

Inês suspirou pensando no seus recentes acontecimentos e que mexiam com ela e o respondeu.

—Inês: É que pode ser um pouco extenso a conversa.

Santiago que se sentia sempre interessado a saber de tudo de Inês tanto do que senti quanto dos seus dias, a respondeu logo.

—Santiago: Não se preocupe, Hum e estou com a manhã livre.

Inês suspirou. Queria falar com ele sobre o que a incomodava e já temia não saber lidar, que era ver Victoriano e Loreto em qualquer enfrentamento, mas também gostaria de compartilhar com ele sobre o jovem que tinha visto no parque no final de semana e ainda não teve a oportunidade de fazer aquilo, já que quando estiveram sozinhos para conversar, falaram da substituição do médico que Constância fazia terapias. Que então assim, ela começou.

—Inês: Vou começar pelo que houve ontem á noite e depois quero dizer que conheci alguém e que esse alguém mexeu tanto comigo.

Santiago pigarreou atento nas últimas palavras dela e disse.

—Santiago: Comece por esse alguém se não se incomodar.

Inês olhou as mãos, enquanto Santiago pensava de que alguém ela falava, que parecia que a constrangia. Até que ela o mirou nos olhos e disse.

—Inês: Vai parecer loucura o que vou dizer. Mas eu conheci um jovem rapaz totalmente desconhecido que, que me fez recordar de meu filho Fernando, Santiago.

Santiago soltou um suspiro de alívio. Por um momento havia pensado que Inês falaria de algum homem que não fosse Victoriano que a tinha interessado como mulher. Mas como havia pensado isso dela? Era tão doce e reservada que nunca teria um amante. Para total lástima dele, já que nem aquilo para ela, ele tinha esperança que um dia pudesse ser.


Inês então seguiu contando sobre sua noite no parque e o encontro com Carlos Manuel, ocupando parte da manhã de Santiago já que contou também sobre a discussão com Victoriano e uma figura do passado deles voltando.

Longe dali.

Victoriano esperava por Loreto mais de meia hora. Dentro de uma sala, usando um crachá escrito visitante, Victoriano o esperava por Loreto na empresa que ele lhe tinha roubado. Sim era assim que olhando ao redor Victoriano sentia que era que Loreto tinha feito, lhe roubado uma grande chance de ele fazer mais dinheiro.

E a porta se abriu. O surpreendendo de costa, bebendo de um copo de água gelada, por ter um bebedouro ali, um sofá e uma mesa ao meio com algumas cadeiras, Loreto encarou Victoriano.

O homem forte e alto que Victoriano era, fazia a sala parecer bem menor do que realmente era. Loreto o mirou com sangue nos olhos por trás a cabeça dele. Um tiro ali bem no meio e depois o cadáver dele estendido no chão, foi criado com satisfação na mente dele. Mas Loreto julgava que a morte seria um caminho muito fácil para Victoriano pagar o que lhe tinha feito. Ele tinha sido um amigo de sua juventude que havia lhe roubado uma vida ao lado de uma mulher que poderia estar com ele até aqueles dias atuais que viviam. Mas não, Victoriano lhe tinha roubado a chance de ter sido feliz com a única mulher que amou. Já que nunca havia amado a mãe de Alejandro. Uma prostituta, era que ele pagou para lhe gerar um filho e depois a mesma morreu assassinada não gerando nenhum tipo de sentimento a ele. A mãe de Alejandro havia sido mais um negócio para Loreto um que ele não se arrependia. Pois era pai de um filho que verdadeiramente amava e já sabia que Victoriano estava ali porque era contra o relacionamento de seu menino com a filha bastarda dele. Que sim, ele sabia que Diana só tinha sido uma peça para tampar o buraco que Fernando tinha deixado em Inês. Um buraco que ele saberia usá-lo ao seu favor como e quando, fosse conveniente.

Mas Ali estava ele como pai por Alejandro ter contado a ele qual havia sido a reação de Victoriano ao saber a verdade. Teriam uma conversa de pai para pai que então assim, ele disse.

—Loreto: Santos. Quando minha secretária disse que esperava por mim, Não me surpreendi.

Victoriano se virou lentamente quando ouviu a voz de Loreto. E então os olhares de ambos já maduros, mais homem se encontraram.

E então uma avalanche de lembranças tomou conta dos dois. Momentos de parceria em suas juventudes foram lembradas, mas tão rápidas foram tomadas pela mais presente ali, a rivalidade que o separaram. Que fez o rosto dos dois ficarem tensos e mãos ao lado do corpo se fecharem.

Que Victoriano jogando o copo descartável que tinha na mão na lixeira ao lado do bebedouro, disse sustentando seu olhar em Loreto.

—Victoriano: Guzman.

Loreto riu com a voz que saiu dos lábios trincado de raiva Victoriano. O que ele não entendia tanta raiva. Afinal, nem em sonhos Victoriano poderia imaginar que ele estava involucrado no sequestro de Fernando. Então ali o perdedor do passado, Loreto de sangue mais vivo no rosto sentia que tinha só um. E era ele. Ele que tinha todo direito de odiá-lo, não o contrário. Que então ele disse.

—Loreto: Sei o que faz aqui Santos. E não vai por medo em meu filho. Aqui estou para enfrenta-lo porque sei que seu problema é comigo ainda que o único que tem direito aqui de sentir algo, sou eu!

Victoriano riu e caminhou para estar de frente de Loreto. E depois disse de voz grossa.

—Victoriano: Não quero seu filho perto de minha filha. Quero que ele suma da vida dela e que você faça o mesmo! Que suma de nossas vidas!

Loreto gargalhou enquanto via Victoriano vermelho bufar. E depois disse, sentindo que daquela vez, não era inferior a Victoriano. Estavam iguais.

—Loreto: Quanto rancor, Santos. Vejo que ainda pensa que é dono do mundo e acha que manda em tudo. Mas não é assim, não mais. Vê isso? Tudo é meu.

Ele estendeu o braço ao redor, e resolveu sentar no sofá de couro preto, cruzou as pernas e tirou um cigarro do bolso.

Victoriano bufou o olhando. Tinha entrado na empresa e é claro que tinha reparado em tudo e tudo parecia ser dirigido bem . Que por isso a empresa não cheirava mais á falência e ia bem nas vendas segundo suas investigações. O que lhe causou raiva.

Victoriano não era um homem ruim, era honesto e de sentimentos bons, mas quando era Loreto desde que o título de amigo passou para rival, seus sentimentos tinham mudado e agora estavam bem mais vivos que antes. Não tinha inveja dele e sim uma fúria em tudo que Loreto podia representar como ameaça e um pouco mais que ele não podia identificar, mas que lhe causava ganas de mata-lo.

—Victoriano: Não sei como conseguiu chegar tão longe. Mas aposto que não foi fazendo coisa boa, Loreto. Desde jovem já se metia em confusão, acha mesmo que vou acreditar que tem motivos para se vangloriar?

Ele riu de lábios fechados e tocou a madeira da mesa ao lado dele e seguiu dizendo.

—Victoriano: Pode defender seu filho, não me importo. Mas tire ele no caminho de minha filha, porque passarei por cima dele enquanto faço o mesmo com você se atravessar meu caminho e de Inês.

Loreto que tinha acendido seu cigarro o apagou com força no cinzeiro que tinha ao lado do sofá em cima de uma mesinha. Ele tinha o rosto frio e o corpo rígido que quando se levantou. O tamanho dele com de Victoriano voltou ficar igual e a sala cheirou a testosterona.

Que sem esperar, Victoriano sentiu a parede atrás dele. Seu corpão grande bateu com força contra ela quando Loreto o agarrou pela camisa e o encarou nos olhos, quando disse em fúria.

—Loreto: Não ameace meu filho diante de mim Victoriano! Não sabe do que sou capaz!

Victoriano bufou todo vermelho e ofegante, recobrando seus sentidos, que com a mesma força que foi usada contra ele, ele empurrou Loreto mas segurando ele, o curvou de frente para a mesa.

Segurando Loreto por um braço e a mão dele em cima da cabeça dele pressionando ela contra a madeira da mesa, ele disse de voz grossa tão furioso como foi lançado contra a parede.

—Victoriano: Não toque mais em mim Loreto e também não me ameace que também não sabe do que sou capaz!

Victoriano bufou todo vermelho depois que falou. O gostinho de ter Loreto preso ali o lembrou os velhos tempos que quando usavam a força ainda jovens ainda que fosse na brincadeira, ele sempre levava o melhor. E percebeu que aquilo seguia o mesmo.

Loreto se sacudiu e disse de sangue nos olhos.

—Loreto: Me solte, maldito, infeliz! Vai se arrepender se não me soltar!

Victoriano soltou mas não pela ameaça, seu celular no bolso começou a tocar ele pelo toque diferenciado sabia que era Inês. Não ia atendê-la, mas claramente aquela ligação lembrando-o dela, o fez voltar a razão.

Loreto se levantou se arrumando com tanto ódio no olhar que se neles saíssem balas atiraria em Victoriano, sem pensar que não queria aquele final para ele. Que final bom para seu inimigo, não bastava não ter seu único filho homem mas também a mulher que amava. Que ele desejava tirar dele, causar mais aquela dor, ver ele sofrendo quando ela daquela vez o escolhesse e depois aí sim, optaria em mata-lo. Essa seria sua mais real vingança.

— Loreto: Alejandro terá todo meu apoio que se ele quiser seguir com sua filha bastarda, eu estarei para ele, querendo ou não!

Quando Victoriano ouviu o jeito que ele se referiu a Diana o pegou pela camisa no pais puro ódio e disse.

—Victoriano: Como disse?

Loreto sorriu com agora ele sendo segurado pela blusa estando nas mãos de Victoriano. Que ele pegando com força nos braços dele para ser solto, disse de dente trincado ao falar.

—Loreto: Pensa que não sei que sua filha mais velha não é sua nem de Inês, Santos? Que não sei também que sequestraram o filho que teve com Inês? Ela enlouqueceu por um tempo, não é assim?

Victoriano respirou fundo e gritou dizendo.

—Victoriano: Como sabe de tudo isso? Como sabe tanto de minha vida?

Loreto se sacudiu se livrando das mãos de Victoriano, e andou se arrumando enquanto o respondia.

—Loreto: Oras, Santos. Esse sequestro passou em todos os jornais. E lamentei por minha Inesita. Agora sobre a menina é só fazer as contas da idade que ela tem e seria impossível que Inês gerasse ela, enquanto sua doença ouvi rumores. Graças a infeliz vida que dá a ela, Inês está condenada a ter um final como da mãe.

Victoriano respirou fundo incomodado com as últimas palavras de Loreto. Seu amor medo e mais real era aquele. Que então assim, ele o respondeu bravo.

—Victoriano: Isso não vai chegar passar! Inês tem a mim todo o momento e sempre será assim. E não permitirei mais que se refira a minha Diana como fez, muito menos que toque no assunto de meu filho! Não te dou o direito de...

Loreto o mirou o interrompendo e disse no mesmo tom de voz que ele havia falado.

—Loreto: Direto de quê Santos? De lembrar que não tem o filho homem que todo homem como você e eu precisa ter? O que só sinto por minha Inês.

Victoriano ficou calado por alguns segundos. Não podia ter mais seu filho homem, mas ainda assim havia sido pai dele e era ainda pai de 3 filhas que tinha orgulho de tê-las que por esse fato não deixaria as palavras de Loreto abate-lo a não ser o final delas, que o fez responder cheio de ciúmes.

—Victoriano: Sua Inês? Ela nunca foi sua! Minha, ela foi minha e ainda é Loreto! Ela minha mulher, minha esposa, minha amante, meu tudo! Então trate de tirar esse minha de sua boca antes que te parta a cara!

Ele se aproximou mais e ambos colaram os peitos. E Loreto ofegou todo vermelho e respondeu sme quebrar os olhares que davam.

—Loreto: Eu vou tirá-la de você como fez comigo!

Victoriano não suportou aquela ameaça e o surpreendeu com um soco e depois, disse alto.

—Victoriano: Eu sabia que ainda não podia ter superado que eu ganhei o coração dela e não você, Loreto! Mas Inês agora está casada comigo e seguirá assim!

Loreto tirou a mão do nariz que quando fez revidou o soco em Victoriano e então ambos pararam contra a parede agarrados um no outro.

Não demorou muito para que a sala fosse invadida por 2 seguranças que o afastaram depois de terem trocado mais socos.


Que então, vendo Victoriano sendo segurado pelos seguranças de sua empresa, Loreto disse.

—Loreto: Saia da minha empresa, Santos!

Victoriano fez força para se livrar dos seguranças e disse em seguida enquanto arrumava suas roupas ao ser solto.

—Victoriano: Com todo prazer! E volto a dizer mantenha seu filho distante de minha filha e você fique longe de Inês!

Victoriano então saiu pela porta sem olhar para trás com um humor dos infernos não deixando Loreto atrás dele diferente.


Enquanto na clínica.

Inês tinha passado o resto da manhã aflita.

Tirou o celular do bolso mais de uma vez para ver se tinha uma chamada perdida de Victoriano e nada. Já estava ficando aflita já que tinha ligado para Diana mais de uma vez também. Que para piorar sua preocupação, ela havia dito que fazia horas que ele tinha deixado a empresa e não regressava.

No jardim, ela andou tentando fazer outra ligação até que pelas costas dela, ela ouviu Santiago a chamando. Ela então se virou e não viu ele sozinho. Viu ele com um jovem rapaz que usava um jaleco branco, por cima de seu jeans e blusa social com uma gravata.

O coração dela acelerou enquanto eles se aproximavam, até que Santiago disse sorrindo.

—Santiago: Eu tinha que apresenta-los pessoalmente Inês já que esse aqui, será o novo médico de Constância. Carlos Manuel é o nosso mais novo médico.

Enquanto Santiago sorria tocando no ombro de Carlos Manuel, Inês sentiu suas pernas fraquejarem, sua carne tremer e sua língua parecer que tinha sido colada no céu da boca já que não conseguia falar nada. Estava diante de Carlos Manuel novamente. Estava diante do que ela começava reconhecer que seria como sua Criptonita. Sim o reconhecia assim. A partir daquele momento, tinha Carlos Manuel como um perigo para sua sanidade em simplesmente se ver abalada novamente diante dele.


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