Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 41
Capítulo 41




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Olá lindas. Eu ando meia sumida por falta de tempo para escrever, mas fiquei com saudade de escrever essa história e então arrumei um tempo para escrever ela, o que levei quase duas semana para fazer esse capítulo sair e pra revisar mais uma semana kkkk mas aqui está, espero que gostem!!!

Inês levou um susto quando ouviu de Diana o nome do pai de Alejandro. Ela saltou da cama fazendo as meninas a olharem confusas com sua reação. Que então assim Diana disse, agora em um tom preocupado.

—Diana: Mãe, eu disse algo errado? Não vai dizer que a senhora e o papai têm alguma coisa contra meu sogro?

Inês olhou as 3 filhas e respirou fundo. Estava assustando elas por tão pouco. Sim era pouco. Apesar do que pareceu demonstrar à Diana, ao menos ela não tinha nada contra Loreto mas deduzia que ele poderia ter contra ela e Victoriano, afinal, eles haviam o traído e ela lembrava muito bem da última vez o que tinha visto, que havia sido na festa de seu casamento. Ele carregava tanto ressentimentos no olhar e em sua fala...

Que por isso ela sacudiu a cabeça espantando suas lembranças, e disse.

—Inês: Eu não tenho nada contra ele filha, mas penso que seu pai poder ter por ele e talvez até o próprio Loreto tenha contra nós.

Ela levou a mão em um lado do cabelo nervosa. Sabia que tinha que falar logo com Victoriano pois já previa a tempestade que ele faria quando soubesse que o pai do genro deles, era Loreto.

Diana roeu as unhas nervosa com a resposta da mãe, e olhou Cassandra que olhou apreensiva para sua irmã mais velha. Que então Cassandra disse querendo saber mais.

—Cassandra: Quem foi ele mamãe, na vida de vocês? Ele não pode ter sido apenas um amigo pelo que falou.

Inês sentou outra vez e disse o que pensava que saberiam de qualquer forma.

—Inês: Há muitos anos antes que eu conhecesse o pai de vocês, eu o namorava.

Agora as 3 irmãs se olharam. Recentemente Victoriano havia aberto o coração para elas contando sua história de amor com Inês desde do início, que por lembrar, elas deduziram aquele momento quem poderia ser Loreto na história de seus pais. Apenas não sabiam assim como Inês, como ele poderia ser cruel.

Mais tarde, Inês deixava suas meninas no quarto para sair em procura de Victoriano pela fazenda e antes de deixar as filhas com aquele assunto do regresso inevitável de Loreto para vidas deles, Diana havia contado que ele tinha sugerido um almoço com ela e Victoriano também presente. Que apesar de não guardar qualquer ressentimento em relação de Loreto, Inês não tinha certeza que ele também não guardaria. Por isso para ela havia soado estranho aquele convite e ao que ela tinha entendido ele chamá-la de amiga junto com Victoriano.

Existia um passado entre eles sim, mas que ela tinha certeza que não tinha ficado amizade alguma. Ela mesma havia destruído qualquer vestígio da amizade que Victoriano e Loreto tinham antes dela aparecer. Pensava que tinha feito isso quando havia escolhido qual dos dois casar.

Nervosa para encontrar Victoriano depois de não vê-lo no quarto deles, Inês desceu ao primeiro andar da casa chamando por ele. O silêncio da sala a recebeu, que por isso ela foi até onde apostaria que ele estava. No escritório.

Ela bateu na porta antes de entrar e ali estava ele como na noite anterior que ela o tinha o encontrado no mesmo lugar.

Sentado por trás da mesa dele, Victoriano mirava seu copo com meia bebida nele. Ele olhou para o lado da porta que Inês entrava, terminou de beber sua bebida e disse descontente.

—Victoriano: Me ignorou o dia todo, até as rosas que te dei, então sei que não está aqui para repetirmos o que fizemos ontem.

Ele se ajeitou na cadeira depois de largar o copo vazio e Inês suspirou e o respondeu.

—Inês: Eu guardei as rosas em um vaso de água em nosso quarto, se subir agora ás verá lá Victoriano. Mas não vim falar sobre isso e sim o que acabo de descobrir.

Ela tocou a costa de uma cadeira a frente da mesa e Victoriano a encarou, notando só aquele momento que ela parecia tensa. Que por isso ele a mirou sério e perguntou.

—Victoriano: O que descobriu?

Inês puxou o ar do peito e disse, o que ela sabia que não poderia ser guardado por muito tempo, não se Diana seguisse namorando Alejandro.

—Inês: Descobri por Diana que o pai de Alejandro, é Loreto, Victoriano. Loreto, Guzman, seu amigo do passado e bom, meu ex namorado.

Victoriano de coração acelerado, se levantou rápido todo vermelho, e disse em um tom incrédulo.

—Victoriano: O que está dizendo? Loreto, Loreto aquele infeliz é pai de Alejandro? Sogro de Diana?

Inês assentiu e depois o respondeu.

—Inês: Sim, Victoriano. Não tinha como nossa filha saber disso. Ela descobriu essa tarde, assim me contou.

Victoriano bufou com a confirmação daquela notícia inesperada. Nunca que seguiria permitindo que sua querida filha seguisse naquele relacionamento. Um filho de Loreto não era digno para ter uma de suas amazonas, por isso ele disse de voz grossa e cheia de autoridade.

—Victoriano: Pois agora mesmo eu irei exigir que ela deixe esse rapaz! Nem ele, nem o pai dele fará parte de nossa família, Inês! Nenhum!

Possesso Victoriano saiu do escritório, gritando por Diana. Inês o seguiu quase correndo e nervosa com o estado que o via.

Ele gritou mais alto e Diana apareceu seguida pelas irmãs. E ouviu Victoriano dizer de voz grossa quando a viu.

—Victoriano: Já sei quem é o pai de seu namorado e exijo agora mesmo que termine com isso, Diana! Eu não quero filha minha com o filho daquele infeliz!

Diana desceu para estar diante dele mais apressada dizendo.

—Diana: Eu não entendo! Por que está falando assim, papai? Mãe!

Ela buscou os olhos de Inês que estavam aflitos. Constância sentou na escada para assistir a cena, Cassandra foi de encontro com Diana que já chorava. Enquanto Inês, tentou dizer.

—Inês: Seu pai está fora de si filha. Ele vai recobrar a razão e entender que o que está fazendo, é um absurdo!

Ela mirou com um olhar sério, Victoriano e ele bufou sem querer dar o braço a torcer e a respondeu.

—Victriano: Absurdo é nossa filha namorar um filho daquele infeliz de Loreto! Eu não aceito isso, Inês!

Ainda confusa com tudo que acontecia, Diana gritou.

—Diana: Eu não estou entendendo! Ele disse que eram amigos!

Victoriano riu em um tom de ironia e depois a olhou com um olhar duro, dizendo em seguida.

—Victoriano: Ele mentiu! Não somos amigos, muito pelo contrário! Então trate de desfazer o que tem com o filho dele, é uma ordem, Diana!

Puxando o ar do peito, Diana empinou o nariz ao erguer a cabeça. Que decidida a lutar por seu amor por Alejandro, ela disse, enfrentando seu pai pela primeira vez na vida.

—Diana: Não pode me mandar fazer isso papai! Já sou maior de idade!

Victoriano bufou mais nervoso ainda, Inês tocou no braço dele e Cassandra fez o mesmo com Diana e Constância ficou de pé no meio da escada, quando elas viram os dois de frente se enfrentando com os olhares como nunca antes viram.

—Cassandra: Calme-se Diana.

Depois que viu Cassandra querendo conter a irmã mais uma vez, Inês respirou fundo querendo tomar controle da situação, que então passando na frente de Victoriano e Diana, ela disse.

—Inês: Vamos todos nos acalmar. Nenhum dos dois vão chegar a um acordo dessa maneira!

Ela ouviu Victoriano respirar fundo outra vez e depois ela virou para olhar Diana e disse.

—Inês: Querida, suba que eu e seu pai vamos conversar. Subam as 3. Amanhã será um novo dia e acharemos uma solução para o que está acontecendo.

Ela tocou no rosto de Diana e ouviu Victoriano dizer por trás dela.

—Victoriano: Só existe uma solução para isso e é Diana deixar de ter o que tem com o filho de Loreto, Inês!

Ele encarou Diana que limpou um lado do rosto dela e ela disse, o respondendo.

—Diana: Eu te amo papai, mas não vou ceder dessa vez ao seu capricho!

Ela se virou ouvindo o pai bufar e Constância e Diana a seguiram deixando assim os pais sozinhos.

Quando as 3 não estavam mais ali, Inês se virou para Victoriano com os braços cruzados e disse.

—Inês: Eu fui tão surpreendida quanto você sobre o fato que Loreto é o pai de nosso genro, Victoriano, mas não é aos berros e dando ordens a nossa filha que vamos chegar a um acordo aqui. Diana já é uma mulher que já viu que ela não vai aceitar o que mandou.

Victoriano andou levando a mão na cabeça e depois de mirá-la ele disse, se justificando.

—Victoriano: Sabe que nunca fui um pai controlador em relação que nossas filhas namorassem, mas agora essa situação é diferente Inês e não vou aceitar. Então ou Diana faz o que ordenei, ou faço eu!

Inês abriu a boca nervosa e o mirou temendo o que ele queria dizer com aquela ameaça contida no final de suas palavras. Que então assim, depois de molhar sua garganta e tomar ar, ela disse.

—Inês: O que está querendo dizer Victoriano? O que vai fazer?

Victoriano respirou fundo ainda sentindo sua carne tremer de nervoso com aquela notícia nada boa e que não aceitaria de jeito algum, e a respondeu convicto.

—Victoriano: O que for preciso para fazer com que Loreto e o filho dele fiquem longe de minha família e até de você Inês!

Inês juntou uma mão na outra levando ela de frente aos seus lábios. Um gesto aflito que ela fazia temendo o que as atitudes de Victoriano tirasse a harmonia que viviam. Uma briga entre ele e Loreto, ela não poderia aceitar não depois de já maduros e ambos pais que poderiam colocar os filhos dentro dela. Que então assim, querendo lhe trazer a razão, ela se aproximou mais dele, lhe tocou no braço e disse.

—Inês: Victoriano penso que talvez o destino possa estar reservando esse momento para que todos nós possamos nos redimir pelo passado. Talvez algo de bom saía dessa coincidência!

Victoriano fez um gesto de negação com a cabeça. Os anos tinha passado, mas para ele Loreto seguiria sendo o homem que ele lhe tirou um amor que ele não merecia. Que por isso, acreditaria que tinha motivos de deixa-lo onde ele deveria seguir. No passado deles.

Que então assim, contrariando as palavras de Inês, ele disse.

—Victoriano: Não temos nada para nos redimir a esse homem, nada Inês! Portanto estou seguro que nada de bom virá nessa infeliz volta de Loreto para nossas vidas! Nada!

Inês deixou de tocá-lo e se afastando dele, ela disse, expondo sua reflexão dos fatos.

—Inês: Nós o traímos e o magoamos Victoriano. Também fizemos mal a ele e agora penso que com nós 3 já maduros, poderemos agir diferente de como agimos no passado.

Victoriano riu ao ouvi-la, e disse cheio de suas certezas.

—Victoriano: Passou os anos, mas tudo segue igual para mim Inês, porquê se tudo acontecesse nos dias de hoje eu te tirava dele outra vez! Então não me arrependo de nada e por isso tampouco irei me redimir! Loreto não te merecia!

Ele andou até ela e quando esteve de frente com seu rosto, ele buscou ele para tocar com as mãos. Estava nervoso e ofegante, e assim a beijou rapidamente. E em seguida sem solta-la, ele a olhou nos olhos e Inês identificou nas palavras dele que o problema ali não era só sobre Diana namorar Alejandro, que era o filho de Loreto.

—Inês: Não podemos fazer Diana e Alejandro pagarem por uma história que não é deles, Victoriano porque quer fazer isso. Estou notando.

Ele baixou as mãos do rosto dela. Não ouvia uma mentira. Era tudo que o fazia querer o fim daquela relação que Diana tinha com Alejandro, tudo que envolvia Loreto. Que assim, sem deixar de olhá-la nos olhos, ele disse sério e de tom baixo.

—Victoriano: Loreto jamais voltará a ser meu amigo, Inês. Aceitei esse fato quando coloquei os olhos em você há mais de 20 anos então tampouco ele será o sogro de minha filha e o filho dele meu genro! E essa é minha última palavra.

Ele saiu da frente dela e Inês o viu passar por ela e ir em direção a escada para subir para o quarto. Ela então sentou no sofá aflita. Olhou depois as mãos e viu que elas tremiam. Seus nervos com tudo que tinha acontecido aquela noite havia abalado e ela sentia que era só o começo, já que Diana deixou muito claro que não ia ceder ao pai. E a verdade era que ela também não gostaria de ver sua filha mais velha abrindo mão de seu primeiro amor por um passado que não a pertencia. Então ela tinha só apenas uma certeza que sem Victoriano mostrar que cederia também na sua decisão, o que acabava de presenciar só era o começo.

Ela então passou alguns minutos sozinha até se acalmar e subir também. Ela passou no quarto de Diana que tinha Cassandra com ela. Inês então pediu para conversar sozinha com sua filha mais velha, dando boa noite a Cassandra que deu a elas aquela privacidade. E enrolada embaixo das cobertas de rosto vermelho de choro, Diana estava encolhida.

Ela sofria por ser ver naquele impasse que pouco ela compreendia. De um lado ela tinha o pai que amava muito e admirava, de outro seu namorado que estava cada dia apaixonada e que graças aquela rivalidade que descobriu, ela tinha que fazer uma escolha.

Inês a consolou triste e sentindo culpada por ver Diana sofrer por erros que ela sentia que eram apenas dela e de Victoriano, quanto Loreto, começava a deduzir que ele estava em paz diante do passado deles já que tinha tratado a filha deles bem, o que ela sabia com aquela verdade descoberta que Victoriano seria incapaz de fazer o mesmo por Alejandro.

Ela então passou tempo suficiente com Diana até voltar para o quarto, e encontrar Victoriano de banho tomado, já de pijama e arrumando seu lado na cama para dormir.

Que ele então de travesseiro na mão disse, de tom áspero.

—Victoriano: Convenceu Diana que terminar com aquele rapaz é o melhor a se fazer?

Inês andou adentrando mais no quarto e depois que estava mais próxima da cama, ela suspirou e o respondeu.

—Inês: Não. Quem tem que ser convencido que ela nem ele tem culpa do passado dos pais deles, é você Victoriano. Não deve ser nós quem vai condenar o amor desses jovens.

Victoriano bufou largando o travesseiro que tinha na mão e disse, a mirando.

— Victoriano: Está claro que vai seguir contra mim.

Inês cruzou os braços, o respondeu sem quebrar os olhares.

—Inês: Até que entenda que podemos chegar a uma solução melhor, sim Victoriano.

Victoriano cruzou os braços também ficando de frente para ela e disse.

—Victoriano: Não tem outra solução Inês, já disse. Não aceitarei filho de Loreto como meu genro e pronto!

Teimoso, ele puxou um lado da coberta da cama para se enfiar debaixo dela e Inês respirou fundo, antes de dizer.

—Inês: Ao que parece Loreto aceitou muito bem nossa filha, Victoriano . Porque não pode ser como ele e aceitar Alejandro? Já passou anos ele claramente superou nosso passado.

Tentando convencê-lo do que ela gostaria que fosse verdade para que a paz voltasse a reinar entre eles, Inês suspirou depois que falou e Victoriano deu um riso sem vontade dizendo em seguida.

—Victoriano: Não gostei do que disse, Inês. Só acreditarei vendo com meus próprios olhos que Loreto não tem os mesmos pensamentos que os meus. Eu recordo muito bem o caráter dele, e caráter não muda com os anos só fortalece. E te recordo que ele tentou te violentar. Ele não pode ser esse santo todo nem com os anos passado!

Sempre recordando daquele feito de Loreto que mesmo com o passar dos anos, Victoriano podia sentir o efeito que a cena o causou, Inês também recordou assim que o ouviu. Mas sempre que ouvia ele lembrá-la daquele mal que Loreto tentou fazer a ela, ela lembrava também do bem que ele tinha feito, que graças a ele, ela estava ali. Que então ela disse.

— Inês: Ele salvou minha vida também, Victoriano. Aquele momento terrível que me salvou das mãos dele não se comparou com o momento que ele me salvou e nunca lembra disso.

Victoriano riu outra vez e seguiu com os olhos Inês, que andou no quarto. Que assim ele disse sério e mais alto que pretendia.

—Victoriano: Claro que lembro! De algo aquele infeliz teria que servir, mas não o coloquei em um pedestal que parece que colocou não é, Inês?

Ele analisou contendo um brilho intenso no olhar quando terminou suas palavras. Inês assim que o ouviu parou de frente para a cama e o mirou séria e disse.

—Inês: É melhor que comece baixar a voz, Victoriano.

Victoriano puxou o ar do peito com força e andou até ela. A tomou pegando-a nos braços, a mirou nos olhos em seguida e disse.

—Victoriano: Está defendendo ele demais, Inês. Me diga se ainda sente algo por ele. Se sente eu quero saber agora mesmo se o regresso desse infeliz é uma ameaça ao nosso amor.

Inês piscou mais de uma vez para tentar conciliar com sua mente o absurdo que pensava ter escutado, apesar que não era a primeira que ele insinuava o mesmo que acaba de falar e tudo por ciúmes.

—Inês: Está cego de raiva e de ciúmes infundados, Victoriano! Por Deus que loucura diz! Claro que não sinto nada por ele!

Victoriano respirou fundo. Tinha a mão nos braços dela depois alisou eles descendo e subindo enquanto a mirava temendo. Temia porque passava na mente dele todos os anos que eram casados e o sofrimento que lidavam com a perca de Fernando e da razão dela. O que passou na mente dele o dizia que tinham um casamento infeliz e que ela pensar que era feliz com ele, era uma grande mentira. Que por esses pensamentos, a consciência de Victoriano o cegava com o que pensava que Loreto podia ser uma ameaça se decidisse dar a felicidade á Inês, que ele não deu.

Que então assim ele, soltou e disse, escondendo seus medos para ele.

—Victoriano: Eu não vou deixar que ele se aproxime de você, morenita. Diana vai chegar a razão e tudo vai se normalizar ou não me chamo Victoriano Santos.

Ele voltou para cama em passos largos, puxou a coberta dela e se deitou em seguida, ficando de lado e claramente emburrado. Inês o olhou por segundos. Não tinha mais o que dizer, apenas esperar para ver o que aconteceria.

Que assim então, ela foi para o banheiro. Passou minutos nele enquanto tomava banho, deixando Victoriano na cama olhando o teto do quarto.

Ele pensava em tudo e tinha mais raiva quando juntou as peças e percebeu que quem tinha comprado a empresa que ele tanto queria e estava tendo êxito nela, era Loreto. Ele se remexeu inquieto na cama não podendo ver aquilo como mais uma infeliz coincidência. Tinha ele como um rival nos negócios e não podia confiar que no amor não teria mais uma vez. Ele mirou do lado e viu Inês enrolada em um robe azul de panos leves e quase transparente entrar no quarto novamente.

Ele suspirou a mirando calado enquanto a via se olhar no espelho da penteadeira dela. Ela sabia que estava sendo observada por ele mas ignorou e pegou um pote de hidratante de pele.

Ele suspirou vendo pelo reflexo do espelho ela abrir o roupão na parte dos seios evidentemente nus e passar o hidrante neles. Ele então fechou os olhos e sentiu a boca salivar ao imaginar eles nela. O que para ele na situação que estava com ela desde da noite passada, ele sabia que não aconteceria o que ele desejou, só ficando em sua imaginação.

Quando ele resolveu abrir os olhos, a viu agora de lado com robe todo aberto, uma perna estendida sobre a cadeira em frente da penteadeira e ela deslizando a mão nela enquanto passava o hidratante. Estava de cabelos soltos que caiam de lado no rosto dela. Estava tão bela assim e ao mesmo tempo sexy naquela posição, que Victoriano sentiu seu corpo esquentar de desejo. O que fez ele não aguentar e dizer, ao sentir-se provocado.

—Victoriano: Está fazendo isso de propósito, Inês. Sabe que estou te vendo mulher e quer me enlouquecer.

Ela o mirou assim que o ouviu. Colocou o pote de hidratante no lugar jogou o cabelo para outro lado, trocando a perna sobre a cadeira e disse.

—Inês: Só estou hidratando meu corpo antes de dormir, Victoriano.

Ela voltou a pegar o creme e novamente deslizou ele sobre a perna, passando uma de suas mãos na coxa e depois descendo por toda a perna. Victoriano não piscou um segundo olhando.

Tinha tudo que ela mostrava a sua disposição por tantos anos que já eram casados, que já sabia respeita-la e refrear seus impulsos ainda que sempre tivesse a desejando como naquele momento que sabia que ela estava como um fruto proibido por estarem brigados como ela havia deixado claro pela manhã, e agora naquela noite. E o simples fato de estarem como estavam o fazia desejar mais.

Ele então respirou fundo sabendo que já tinha uma ereção por baixo da coberta que o cobria. Por castigo, não dormiria só com raiva, mas também com seu membro duro como pedra sabendo que não teria o alívio desejado.

Quando terminou, Inês guardou seu hidratante, e caminhou para apagar a luz do quarto. Dois abajures acesos ao lado da cama iluminou o caminho dela que então assim, a seguindo com os olhos Victoriano disse, vendo ela puxar a coberta do lado dela na cama.

—Victoriano: Não vai nem me dar um beijo de boa noite?

Inês sentou na cama e depois recolheu as pernas debaixo da coberta ajeitou seu travesseiro, deitando e disse.

—Inês: Hoje só se contente com meu boa noite, Victoriano. Então boa noite.

Depois de falar, ela se virou de costa para ele, ergueu o braço e apagou a abajur do seu lado. Victoriano suspirou vendo ela de costa para ele e passou a mão no rosto antes de dizer.

—Victoriano: Eu posso ter passado dos limites hoje com nossa filha, mas fiquei em choque morenita.

Ele falou baixo já mais tranquilo, que por isso Inês se virou para olha-lo e mirou o rosto dele antes de dizer.

—Inês: Sim você passou dos limites, Victoriano. Se Diana ama mesmo esse rapaz ao ponto de enfrenta-lo, não é do modo que tentou lidar com a verdade que descobrimos que vamos resolver ela.

Victoriano respirou fundo, se ajeitou apoiando um de seus cotovelos na cama, e disse.

—Victoriano: E como pensa em resolver? Porque não penso em voltar atrás. Não quero filha minha com filho de Loreto, Inês.

Inês suspirou. Pensava que a maneira de resolver aquilo era Victoriano decidir deixar o passado que para trás. O que para ela, aquilo poderia resolver fácil em um diálogo com o assunto maior daquela discussão. Que então ela disse.

—Inês: Se está preocupado como pai por nossa Diana, eu entendo Victoriano só que deveria falar isso a Loreto junto ao filho dele em um diálogo. E não como fez ou pensa fazer.

Victoriano riu sem vontade e voltou se deitar como antes estava. Nunca que faria o que ela dizia. Já que para ele não havia conversa nenhuma. Só queria o fim daquela relação que Diana tinha com Alejandro e ponto final. Que por isso ele disse.

—Victoriano: Não tenho nenhuma vontade em voltar a ver Loreto, Inês. Portanto não tem conversa com ele nem com o filho dele!

Inês torceu os lábios. Pensava que tinha o marido mais teimoso e orgulhoso da terra. Que então dando por finalizado aquele assunto naquela noite, ela passou a mão no cabelo e apenas disse.

—Inês: Apague a luz já quero dormir.

Ela então se virou para o outro lado da cama novamente. Em seus pensamentos só passava que teria que fazer algo para que aquela verdade não se tornasse em uma enorme bola de neve e desmoronasse em cima deles em uma proporção que não precisaria ser. Afinal, pensava que Victoriano fazia uma tempestade com aquilo. Não tinha provas do que acreditava, ou queria acreditar, mas só de saber que Loreto tinha tratado Diana bem, pensava que ele não poderia ter rancores contra eles, como Victoriano parecia ter. O que para ela era algo sem cabimento.

Victoriano ficou a olhando calado. Ela estava cheirosa ao lado dele e ele não tinha esquecido da ereção que ainda sustentava debaixo das cobertas, mas que com aquela frieza entre eles sabia que ela seguiria ali até se perder.

Ainda que não quisesse fazer daquela verdade sua atual dor de cabeça, fazia porque lembrava muito bem do passado deles e como terminou sua amizade com Loreto e podia jurar que ele poderia ter ressentimentos mesmo com os anos passados. Jurava porque no lugar de Loreto, Victoriano pensava que se fosse ele ter perdido Inês, teria os maiores dos ressentimentos não importando quantos anos passassem. Desconfiado era assim que ele estava, ainda mais por ligar os fatos e entender que agora Loreto trabalhava no ramo empresarial como ele. Eram muitas coincidências para arriscar sua filha mais velha na companhia do filho dele e o amor que sentia por Inês... Que tocando no ombro nu dela, ele beijou em seguida se aproximando mais e disse.

—Victoriano: Morenita...

Ele sussurrou baixinho e puxou ela para perto dele colando os corpos.

Inês resmungou sentindo a ereção dele nas costas dela e apertou os olhos fechados com força.

—Inês: Vamos dormir Victoriano. Amanhã teremos que lidar com a bagunça que fez essa noite.

Victoriano levou a boca no pescoço dela e disse, depois de beijar ali.

—Victoriano: Quero me redimir.

Depois de falar ele roçou o bigode dele na pele dela e Inês se arrepiou, sabendo qual era a forma que ele queria se redimir. Que assim, ela disse, querendo resisti-lo.

—Inês: Eu sei o que você quer e não é se redimir como deveria.

Victoriano sorriu com a boca muito perto da orelha dela, o que fez o ar da boca dele fazer fácil ela imaginar ainda que não vendo ele, seu sorriso.

Que então assim, movendo seu quadril mais para frente e a apertando com uma mão, ele disse.

—Victoriano: Por que não esquecemos por um momento o que houve, hum? Está tão linda essa noite, tão cheirosa, morenita.

Ele mexeu nos cabelos dela com uma mão e desceu a que apertou a cintura dela, mais embaixo.

Mas Inês querendo lembra-lo da conversa que tiveram pelo dia ela disse.

—Inês: Além do que fez essa noite, não esqueci que me escondeu a foto do nosso filho, então quero seguir com o que eu disse Victoriano. Você terá que esperar até que passe minha raiva.

Victoriano se afastou dela em silêncio levou a mão no rosto e depois a respondeu, descontente, mas certo.

—Victoriano: Não tem como eu desfazer isso e nem aceitar o que houve essa noite e uma hora vai se render a mim. Sei que vai. Boa noite, morenita.

Ele se virou para outro lado, apagou o abajur e ficou assim deitado com ambos de costas um para o outro.


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