Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, sentiram saudades??? Tive uma conversa sobre essa fanfic com alguém querida que lê ela e então ela me deu o gás que eu já estava procurando para voltar atualizá-la. E aqui está, espero que gostem do capítulo e vou tentar postar mais outro ainda essa semana, amém? Beijos e se cuidem!!!



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Victoriano procurava por Inês no meio da multidão, que infelizmente ele sabia que ela não levava o celular, que fácil assim se ela estivesse com ele, a acharia. Por isso, só quando já ia pedir ajuda as filhas para achá-la, ele a viu sentada em um banco ao lado de um senhor com algodão doces á vendas.

Ele então apressou os passos aliviado e a chamou assim que se aproximou.

—Victoriano: Inês. Por Deus, estive te procurando como um louco.

Ela então ergueu a cabeça e o mirou. Como música a voz dele foi ouvida por ela, que quando o olhou, ela se levantou e o agarrou o abraçando forte.

—Inês: Vamos embora, Victoriano. Vamos, embora daqui.

Ela levou o rosto dela contra o peito dele. Pela voz dela, Victoriano entendeu que ela chorava e pelo pedido também, seu desespero, que por isso ele se afastou apenas para mirá-la melhor, levantou o rosto dela com os dedos abaixo do queixo dela e disse com um tom preocupado.

—Victoriano: O que aconteceu? O que houve enquanto não te achava, morenita?

Inês desviou dos olhos dele e lembrou de Carlos e toda lembrança que ele tinha reacendido na mente dela, como um déjà vu, algo sem explicação. Afinal, aquele rapaz jovem era como os dois que acompanhavam suas filhas mais velhas, mas o estranho, o inexplicável era que nenhum havia causado aquele efeito nela.

Que então voltando olhar Victoriano nos olhos, ela o mirou bem aqueles verdes bem mais claros que os dela e então lembrou dos olhos de Carlos e o que pareceu familiar nele.

Ela então se afastou tremula e levou devagar a mão na boca, dizendo.

—Inês: Eu só quero ir. No caminho nos falamos.

Victoriano suspirou optando também não terminar aquela conversa com eles ali, que então disse.

—Victoriano: Está bem morenita, conversamos no caminho. Então vamos, hum.

Ele deu a mão para ela, mas então quando já pegava ela, Inês lembrou do que ficava no banco e voltou para pegar e Victoriano viu então ela se agarrar em um urso.

—Inês: Vamos.

Ele ainda que querendo fazer perguntas, seguiu com ela até acharem onde estava o carro deles que quando achou, entraram nele em silêncio.

Que assim, depois de um tempo já na estrada com os dois em silêncio, Victoriano resolveu falar.

—Victoriano: Chorava quando te vi. Teve uma crise, hum? Pode falar Inês se teve, querida. Talvez esse passeio que fizemos, não tenha sido apropriado depois de tantos dias que já levava bem.

Inês olhava a janela, que depois de falar, Victoriano tocou a perna dela e ela suspirou pensando novamente no rapaz que tinha visto e que tinha os mesmos olhos do marido. Que assim, decidida enfim falar o que houve, ela começou ainda sem olhá-lo.

—Inês: Antes de me achar, conheci um jovem rapaz, Victoriano. Ele era alto, bonito e tinha seus olhos, bom não tive essa certeza no momento, mas olhando para os seus olhos quando me achou, tive essa certeza.

Victoriano olhou de lado para ela e em silêncio. Aquela história para ele já começava ser narrada por ela como que ela tivesse algo que os transtornos que tinha, havia feito ela ver coisas onde não existiam, como a comparação dos olhos dele a um desconhecido. Que mesmo que tinha pensamentos como tal, ele disse, para incentiva-la falar.

—Victoriano: Siga, Inês.

Inês mexeu no urso dela e seguiu como que se tivesse lido o que ele pensava.

—Inês: Sei que para você pode parecer loucura da minha cabeça comparar os olhos de meu marido a um desconhecido, mas se o visse poderia você mesmo comprovar, Victoriano.

Victoriano a mirou de novo e resolveu não dar a certeza a ela que era aquilo mesmo que ele pensava, usando outro argumento.

—Victoriano: Você já começou elogiando esse rapaz, e ainda comparando meus olhos com os dele, talvez eu tenha ciúmes da história que começa me contar, que estou deduzindo que esse urso também entra nela.

Ele olhou então o urso e Inês fez o mesmo e sorriu.

—Inês: Ele meu deu ele. Como você me deu um, lembra? Mas eu o perdi. E não diga bobagens, Carlos Manuel poderia ser meu filho e o seu, Victoriano.

Victoriano soltou um riso assimilando tudo que ouviu e depois disse, de olho na direção.

—Victoriano: Então o nome dele é Carlos Manuel? Ele te deu um urso em um parque como um dia eu fiz, ele tem meus olhos, e ainda te dá um urso em um parque também. Quem realmente é esse rapaz, Inês?

Ele então a mirou agora confuso e Inês suspirou pensando no jovem Carlos Manuel, que depois assim o respondeu.

—Inês: Sim, esse é o nome dele. E ele tem a idade que Fernando teria, Victoriano, foi quando ele me disse isso que associei ele ao nosso filho. E tudo doeu de novo, tudo foi sentido e lembrado e lá estava eu desejando que Carlos Manuel, fosse de verdade nosso Fernando.

Inês sentiu silenciosas lágrimas descerem do seu rosto e Victoriano tocou na perna dela outra vez, alisou e disse.

—Victoriano: Não, não chore morenita. Foi só uma coincidência que te despertou lembranças, é compreensível.

Ela o olhou de lágrimas nos olhos e voltou a dizer.

—Inês: Eu falhei, Victoriano. Falhei com minha promessa de mudar que fiz a todos vocês, principalmente a nossa Constância.

Victoriano respirou fundo. Não pensava daquela maneira e não queria ver Inês se martirizando, para então assim realmente sofrer uma recaída.

—Victoriano: Não falhou, Inês. Como acabo de dizer, esse rapaz te despertou lembranças, é normal.

Ele a mirou por alguns segundos para voltar olhar á direção, enquanto ela ainda confusa por tudo que sentiu, depois de passar ambas mãos no rosto e limpar suas lágrimas, disse o olhando.

—Inês: Mas por que só ele? Por que ele Victoriano? Conhecemos os namorados de nossas filhas, provavelmente tinham a mesma idade que esse rapaz e nosso filho Fernando. Só queria entender porque só Carlos Manuel me levou na minha dor, no meu passado! Eu não entendo!

Ela passou a mão nos cabelos nervosa. Não chorava mais e Victoriano temeu agora outra crise longe de uma que a levaria a um choro, se ela insistisse naquela história e naquele desconhecido, que por isso desejando vê-la calma, ele disse.

—Victoriano: Eu não sei Inês. Não tenho todas as respostas a você morenita, mas as vezes escolhemos ver e imaginar àquilo que nos convém e quando vimos a realidade, ela nos machuca. O que acho que é o que houve contigo essa noite. Só tente agora esquecer isso, hum.

Inês suspirou inquieta. Os olhos de Carlos Manuel não queriam deixar sua mente. Que assim, ela se virou o rosto para o lado da janela pensando em deixar Victoriano dirigir em paz, enquanto ele vendo sua atitude só dirigiu mais cinco minutos para parar o carro ainda na estrada de terra que estavam. Ele soltou o cinto logo em seguida e fez Inês soltar o dela também, e a trouxe ao peito dele, que depois de pensar nas palavras dele que ela queria que entrassem em sua mente para que aqueles olhos, de Carlos Manuel deixasse de persegui-la, ela disse.

—Inês: Então acha que tudo não passou da ilusão de minha mente?

Voltando ao início do que pensou, Victoriano assentiu com a cabeça, dizendo de um modo que não a machucasse.

—Victoriano: Sim, morenita. Leva pouco tempo se adaptando com seu novo modo de viver. E é impossível que apague tudo que passou, infelizmente.

Ele a alisou nas costas ouvindo ela suspirar outra vez e dizer depois.

—Inês: Mas os olhos daquele rapaz, a gentileza que me tratou, a idade tudo, me fez lembrar nosso filho e deseja-lo outra vez conosco.

Ela ficou calada agora deixando Victoriano também, por refletir no que ela acabava de dizer, que então, afastando ela apenas para lhe olhar nos olhos, ele disse sincero.

—Victoriano: Estaria mentindo se te dissesse que não ficaria feliz se nosso filho fosse ele. Mas não era Inês. Não é. Então é melhor que tente esquecer esse rapaz que mal o viu e já te afetou tanto.

Inês se separou dele e buscou olhar o urso suspirando triste em seguida, mas certa que Victoriano tinha razão, que além de não voltar a ver Carlos Manuel a presença dele havia despertado nela emoções já adormecidas.

Que assim ela disse, pegando o urso.

—Inês: Tem razão. Tem toda razão, Victoriano. E por favor não conte as nossas filhas o que houve. Elas estão tão felizes com minha melhora, principalmente Conny.

Victoriano deu um sorriso de lábios fechados para ela, e disse.

—Victoriano: Não conto. Se deixar de olhar esse urso como faz.

Ele riu mais agora e ela deixando o urso de lado disse.

—Inês: Agora vai ter também ter ciúmes infundado de um urso?

Ela o tocou no peito dano lhe um curto beijo e riu, Victoriano gostou de vê-la sorrindo e brincou, rindo também.

—Victoriano: Se foi outro homem que te deu, sim.

Agora ele que a beijou do mesmo modo que antes ela tinha feito e depois que ele se afastou, ela o respondeu.

—Inês: Deixe de falar bobagens e me beije mais Victoriano.

Depois de falar, Inês buscou os lábios de Victoriano e o beijou com vontade. Ele retribuiu e depois que o beijo terminou, os dois com as testas encostadas, depois de rir, Inês disse o olhando.

—Inês: Faz amor aqui comigo, Victoriano.

Victoriano a olhou, sentindo seu corpo reagir rapidamente ao pedido dela e perguntou.

—Victoriano: Tem certeza, morenita? Podemos esperar chegar em casa ou simplesmente deixar para outro dia.

Ele levou a mão no rosto dela, acariciando um lado de sua bochecha, e Inês, certa do que queria, o respondeu.

—Inês: Não, querido. Quero agora.

Ela o puxou com a mão no pescoço dele trocando mais beijos e minutos depois, eles já haviam trocado de lugar, indo para a parte de trás do carro.


Com as roupas tiradas, Inês estava por cima de Victoriano. Aos beijos, ela fazia movimentos sobre ele enquanto gemia junto a ele. O lugar que estavam fazendo amor, se tornou confortável para seus corpos desejos que se adaptaram logo àquele espaço que fizeram de ninho de amor.

Inês jogou levemente para trás seu corpo, empinando os seios para frente e deixando sua barriga lisa evidente, que Victoriano tocou firme, subindo a mão e em seguida lhe apalpando um seio, enquanto a outra mão, ele levou por trás do cabelo dela a agarrando na nuca, bebendo assim de sua visão, toda sensual, apaixonada tomando o corpo dele. Porque para Victoriano, era isso que Inês fazia, tomava o corpo dele, tinha tomado desde de sempre, começando por sua alma, coração e depois corpo.


Dois dias se passaram. Em uma nova semana, Inês estava na clínica em mais um dia de trabalho. Não havia dito a Victoriano que havia passado o final de semana todo pensando em Carlos Manuel e naqueles bonitos olhos que eram tão parecidos com os dele. Mas ainda que não havia dito, ela sabia que ele estava certo que ela devia esquecer aquele rapaz que não voltaria vê-lo e espantar o que ela começava chamar de obsessão.

No vestuário para enfermeiros, ela fechou seu armário depois de guardar sua bolsa e puxando um elástico de cabelo preso ao seu pulso, ela amarrou o cabelo em um rabo de cavalo e depois que fez, ela ouviu uma voz que a pegou de surpresa.


—Santiago: Seu cabelo fica muito bonito amarrado assim, Inês. Te deixa mais jovem.

Ela se assustou se virando para olha-lo e sorriu sem graça pelo elogio.

—Inês: Me assustou Santiago.

Santiago alisou o queixo e depois disse.

—Santiago: Não era minha intenção. Só estava te procurando para conversar com você e preferiria que fosse agora já que o dia vai ser cheio.

Inês suspirou vendo a expressão séria dele e temeu que ele a dispensasse. Temeu mais do que qualquer coisa. Ter algo para se ocupar como passar todas as manhãs ali e parte de suas tardes, Inês sentia que estavam sendo mais que uma terapia a ela. Que por isso, não podia deixar de ir, não queria, que então ela disse logo, em um tom aflito.

—Inês: Não quer mais que eu siga como voluntária em sua clínica, é isso, Santiago?

Santiago sorriu e disse ficando de lado para saírem de onde estavam.

—Santiago: Vamos a minha sala e lá conversamos, hum.


Inês assentiu com a cabeça e seguiu para fora do vestuário ao lado de seu médico.


Longe dali


Victoriano na empresa respirou fundo. Estava de pé de costa para Vicente.


Não estava contente de ver a empresa de laticínios que tinha posto os olhos cada vez mais mostrar rendimentos, que assim, Vicente disse por saber do mal humor que ele estava.

—Vicente: Devia superar que não compramos essa empresa, Victoriano e parar de se incomodar com as vendas dela. Sabe que ainda seguimos a número 1 na capital. Deixe disso, homem.


Victoriano virou para olhar Vicente no meio de sua sala e disse, quase que obcecado com aquele tema.

—Victoriano: Não gosto de perder, sabe disso, Vicente! Além do mais, o que estão fazendo para de um dia para o outro saírem da falência que se encontravam?

Ele andou até a mesa dele e Vicente puxou a cadeira na frente para sentar, dizendo.

—Vicente: Estão em uma nova gerencia, isso que está acontecendo. Se fossemos nós, seria o mesmo resultado ou maior. Agora vamos falar de Emiliano, seu afilhado está me dando trabalho.

Victoriano olhou intrigado e disse.

—Victoriano: Que tipo de trabalho? Emiliano é um garoto calmo.

Vicente fez um gesto negativo com a cabeça e disse.

—Vicente: Com mulheres! Ele ainda nem tem 18 anos e já começou Victoriano.

Victoriano riu alto, lembrando de seus velhos tempos ao lado de Vicente, o que foi o que seu compadre pareceu lembrar também, o fazendo rir junto.

Enquanto na saída do colégio. Constância segurou sua bolsa escolar contra o peito enquanto segurava lágrimas nos olhos. Emiliano beijava a menina mais insuportável que para ela podia existir na face da terra. A imagem deles a alguns metros dela, a abalou. Na sexta era ela ao lado dele, se divertindo, dançando com ele, mas apenas aquilo e nada mais. Emiliano só a veria como uma irmã e ela pensava que deveria superar o que sentia por ele.

Ela então começou andar, desviando de outros alunos que deixavam o colégio, sabia que mais a frente estaria um carro com um capataz da fazenda esperando, que assim, enquanto caminhava, Robby tombou com ela.

Ela ergueu os olhos e já era tarde para esconder alguma lágrima que tinham descido que por isso, ela só limpou um lado do seu rosto e ouviu Robby dizer por saber o porque ela estava daquela maneira.

—Robby: Quando vai parar de ser boba? Emiliano não te vê como eu vejo Conny. Mas você só tem olhos para ele.

Constância fez um bico grande e depois disse, decidida.

—Constância: A gente não manda em nosso coração. Mas você ainda quer namorar comigo?

Robby deu um largo sorriso por um momento e depois disse.

—Robby: Espera aí, se pensa que vai me fazer de Emili...

Constância fez ele se calar ao dar um beijo rápido nele e depois disse.

—Constância: Talvez você me faça esquecer ele.

Inês estava de volta na fazenda. Cavalgava sozinha e pensativa. Santiago havia dito a ela que Constância teria outro médico na clínica, o que a deixou preocupada. Sabia que sua filha já estava habituada ao médico que tinha suas terapias e agora o trocariam.


Assim como ela, Constância tinha que seguir sendo acompanhada, e ela torcia que a jovem não visse nenhum caso em trocar de terapeuta por um que ainda não conheciam.

Ela então cruzou as terras de Victoriano ficando na divisão delas e parou mirando outros terrenos com fazendas e mais pastos. O horizonte depois deles, estava ficando alaranjado com o pôr do sol, o que dizia a ela que ela tinha que voltar, mas ainda não queria. Pensar entre a natureza era bom, ela gostava.


Enquanto na fazenda, Victoriano que tinha chegado ao cair da noite se surpreendeu por não ver Inês em casa e só as filhas.


Não queria expor suas inseguranças, mas ainda não confiava de saber que Inês cavalgava só e ainda com a noite já caída. Que então por isso ele disse passando na sala, ao ver uma de suas meninas, que era Cassandra.

—Victoriano: Alguma de vocês deviam ter ido cavalgar com Inês. Sabe que não podemos confiar tanto assim nela sozinha lá fora Cassandra.

Ele bufou sentando descontente no sofá da sala. E Cassandra então disse.


—Cassandra: Papai, sabe que a mamãe não gosta de estarmos como babás atrás dela. Além do mais, ela está tão bem e há mais de um mês.

Victoriano irritado e sem pensar disse.

—Victoriano: Ela não está tão bem como vocês pensam. Na sexta-feira, ela cismou que um estranho tinha meus olhos e lembrava seu irmão. Então ela não está bem, não está!

Depois de falar ele se levantou agoniado. Não ia mais esperar um minuto mais por Inês, pois iria atrás dela.

Que então quando Cassandra se levantou com ele surpresa pelo que ouviu, ambos viram Inês cruzar a porta sorridente.


Ela os olhou no meio da sala e caminhou até eles. Inês vestia roupas de montaria, tinha os cabelos cheios e soltos e as bochechas bem coradas, parecia tão bem que Cassandra olhou intrigada por ter ouvido àquilo de Victoriano.

Que assim ela o ouviu dizendo.


—Victoriano: Demorou, morenita.


Ele abriu os braços em um gesto exasperado e ela deu de ombros e depois o beijou na boca e em seguida disse.

—Inês: Depois que deixei de cavalgar fui até a casa de Adelaide e fiquei lá até a hora do jantar. Ela não está bem e me preocupei, meu amor.

Ela se virou agora para o lado de Cassandra dando um beijinho nela também e depois lhe acariciando na bochecha com carinho, onde ela tinha beijado.

Victoriano olhava para Cassandra como se quisesse falar com ela pelo olhar. Ele tinha consciência aquele momento que tinha falado algo que Inês tinha pedido que ele não fizesse.


Como ficaram calados Inês estranhou os olhares que se davam e disse.

—Inês: Aconteceu alguma coisa?


Victoriano rápido negou com a cabeça e Cassandra fez o mesmo, dizendo.


—Cassandra: Não sabia que Adelaide não estava bem, mamãe.


Agradecendo que tinha Cassandra ali e não Diana com seu espírito investigativo que interrogava tudo, Victoriano respirou aliviado, vendo Inês sentando e dizendo.

—Inês: Adelaide já está de idade filha, queria que ela deixasse de trabalhar, mas ela é tão teimosa.

Inês passou alguns minutos ainda ali falando de Adelaide com Victoriano e Cassandra, até que subiu para tomar um banho e jantar com as filhas.


Mais tarde, Inês deixava o quarto dela, que ao fazer o mesmo, Constância a viu e sorriu.
Depois que havia chegado da aula, Constância tinha ficado sozinha na fazenda e depois descoberto que Inês ao chegar tinha ido cavalgar, que então assim, ela disse a filha dando a mão a ela.

—Inês: Vamos descer juntas, meu amor?

Constância assentiu deixando que Inês lhe tocasse na mão e juntos desceram. Ambas queriam conversar, Inês falar que agora sua filha teria outro terapeuta, enquanto Constância, que achava que estava namorando, mesmo que havia sido ela praticamente impor aquele namoro a Robby.


Assim as duas chegaram a mesa e se sentaram, com só Victoriano nela e depois Diana e Cassandra chegaram.

Um jantar calmo aconteceu, e como já acostumados a ter sempre Inês presente como devia ser.


Depois do jantar, Inês pediu para conversar com Constância, a jovem foi até a varanda com ela, se sentaram em um sofá bonito com almofadas e depois quando já estavam acomodadas, Inês começou.


—Inês: Eu sei que falta muito para concertar tanta ausência minha filha e tudo que fiz, mas estou feliz que agora possamos ter momentos como esses, minha querida.

Inês tocou no rosto de Constância e ela sorriu sentindo o mesmo sentimento da mãe. Antes sentia que poderia mendigar por um toque como aquele sem ver receios ou sentimento de culpa nos olhos de Inês, que antes ainda não entendia o porquê, mas agora tinha o afeto que sempre cobrou, mas que de fato ainda não eram suficientes para tantos anos que Constância pensava que Inês poderia ter sido mais presente para ela como ela tinha visto que ela era para as irmãs.

Pensar nisso a fez por um momento se entristecer. Que então ela pediu.

—Constância: Promete para mim que não vamos voltar ao que éramos, mamãe?

Inês tocou agora na mão direita dela e segurou firme unindo suas mãos na dela e disse.

—Inês: Tudo que desejo é ser uma mãe melhor para todas vocês, principalmente para você minha filha. Então me faço todos os dias essa promessa.

Inês a puxou para um abraço. Constância fechou os olhos e depois se encostou entre o peito da mãe, encolhendo suas pernas entre o sofá enquanto elas viam a noite calma que estavam na fazenda.

Que depois de um bom silêncio, Constância sentindo que Inês lhe acariciava nos cabelos disse.


—Constância: Acho que estou namorando, mamãe.

Inês parou a carícia e disse com atenção.

—Inês: E quem, querida? Você acha que está em um momento bom para namorar, hum?

Constância se sentou devagar e Inês a olhou com preocupação de mãe. Sabia que Constância nutria sentimentos por Emiliano e podia apostar que o namorado que ela falava não era ele.

Constância passou um tanto de cabelo para trás da orelha antes de respondê-la, e disse.

—Constância: Ele é da minha escola e é amigo de Emiliano também.

Constância baixou a cabeça e Inês ergueu ela levando os dedos abaixo do queixo dela, para dizer.

—Inês: Sei que gosta mais do que deveria de Emiliano, filha. E agora diz que está namorando um amigo dele. O que está acontecendo, hum?

Constância piscou mais de uma vez ficando vermelha por se ver quase chorando e disse.

—Constância: Emiliano só me vê como irmã dele. Então decidi que vou me conformar com isso mamãe. E Robby gosta de mim.

Inês deu um sorriso fraco. Havia ficado dividida. Imaginava que aquele sentimento não correspondido de Constância podia fazer mais mal a ela que bem, mas também temia que aquela forma que ela parecia buscar para se libertar dele podia machuca-la, que assim ela disse.

—Inês: Você é tão menina e tão jovem ainda filha, que sei que poderá viver amores se quiser, que se quer deixar de querer Emiliano como quer, terá meu apoio, mas se quer fazer isso namorando sem sentir o mesmo por outro alguém, temo pelo seu bem. Só posso propor que vá devagar. Sem pressa e que se precisar de mim em qualquer momento, quero que me chame, que converse comigo sem duvidar, tudo bem?

Constância assentiu chorando, mas também rindo. Tinha Inês do jeito que queria aquele momento, pendente a ela. Que por isso ela a abraçou forte e no meio do abraço, ela disse.

—Constância: Obrigada mamãe.

Inês sorriu lhe acariciando nas costas e quando o abraço se desfez ela disse.

—Inês: Agora quero falar sobre as suas terapias, meu amor, que é importante para nós duas.


Carlos Manuel estava pensativo. Diante de uma mesa escrivaninha, ele deixou de digitar em seu notebook quando mais uma vez uma mulher lhe veio na mente. Mas não era qualquer mulher. Era a que ele havia encontrado no parque. Era Inês.

Aquela senhora não deixava de povoar seus pensamentos há três dias. O que era estranho. Para ele que estudava tanto a psique de alguém, qualquer ser humano podia lhe intrigar. Mas ela não era só aquilo. Aquela desconhecida lhe havia despertado algo diferente. Um sentimento estranho de desejar estar perto dela. Ela parecia tão amável, gentil e frágil...

Ele levou a mão abaixo do queixo. Era loucura estar pensando em uma mulher mais velha e não do jeito que qualquer outro homem poderia pensar.
Ele então desligou seu notebook e saiu da mesa caminhando até a cama. Ainda estava na casa de Loreto, mas por pouco tempo porquê já tinha trabalho, um que almejou com aquela chegada e tinha conseguido. Conseguir sempre o que queria, Carlos Manuel se orgulhava por dominar esse feito. Era sempre insistente, não parava no primeiro não e regozijava de suas vitórias querendo mais. Tanto que ainda tão jovem já era tão capacitado na área que o fascinava como um profissional que foi seu querido pai.

Debaixo daquele mesmo teto. Loreto fumava um charuto caro. Estava só, em uma velha e conhecida solidão que nem o dinheiro que tinha podia suprir.

Ele tragou a fumaça dentro de seu escritório. Tinha tudo, dinheiro, um filho homem que se orgulhava, poder, mas não tinha amor, um que só foi capaz de sentir uma vez e nunca mais o superou.

Inês... Ainda a amava como o primeiro dia e pensava que já não podia ficar entre as sombras que estava, tinha que vê-la e saber dela. Tinha que vê-la.


Na fazenda. Inês já estava dentro de uma camisola rosinha, no quarto ela estava sentada a frente de sua penteadeira enquanto penteava os cabelos para deitar. Estava bela, cheirosa e de pele hidratada para dormir, mas Victoriano não estava no quarto. Ela então se levantou olhando a cama vazia e meditou.

A conversa com Constância lhe havia trazido lembranças de quando tinha a idade dela, preste a completar 18 anos, já namorando e se apaixonando por outro homem que não era seu namorado.

Ela caminhou até o lado da cama puxou a gaveta do móvel e pegou 3 comprimidos que ela devia tomar antes de dormir, depois pegou a jarra que tinha com água em cima do mesmo móvel e encheu o copo vazio que ali também tinha.

Ela encarou os comprimidos, que tomava apenas eles a noite a quase duas semanas, mas o que ela queria mesmo era deixar de toma-los e não só as medicações noturnas. Jogando eles para dentro da boca ela virou o copo de água também bebendo tudo e depois deixou o copo onde estava.

Ela então se alisou entre os braços e se recusando deitar sozinha ela saiu do quarto para procurar Victoriano.

Victoriano estava no escritório dele. Bebia uísque e via uma foto que tinha escondida por anos em sete chaves.
Ele estava sentado por trás de sua mesa enquanto encarava a foto. Era Fernando nele. A única foto que ele tinha dele ainda criança e que não tinha permitido que Inês visse.

Ele então levantou quando viu seu copo já vazio e foi buscar por mais bebida. Mais um copo que fazia o 5°.


Devagar Inês entrou no escritório pegando ele de costas para ela enquanto se servia. Ela sorriu para aquele homem forte e alto que seria sempre a escolha dela, que por isso se pudesse regressar no tempo faria o mesmo. Entre apenas os dois homens que havia tido na vida, ele seria sempre sua escolha.


Que então assim, ela disse de voz sensual.

—Inês: Meu amor.

Victoriano se virou para ela de copo na mão e já um pouco mareado, que o que viu o deixou sem razão. Inês deslizava a camisola do corpo e com a visão que ela dava a ele, tinha tirado dela qualquer resquício de sanidade. Sim. Ela ali nua, com seus seios amostra e mais embaixo seu triângulo, sem nenhum pelo, liso e belo como ele mesmo tinha deixado no dia anterior, o deixava fora de si. E como amava fazer aquilo e ela deixar, terminando com os dois nus e gemendo de prazer.

Ele então largou o copo na mesa ao lado dele e caminhou até ela. E disse rouco.

—Victoriano: O que tem que há cada dia e ano que passa, me fascinas mais Inês, me enlouquece, mais, o que tem?

Ele a puxou pela cintura levando uma nela e a outra entre seus cabelos. Assim eles se olharam, Inês com a boca levemente aberta e Victoriano já ofegante enquanto a devorava com os olhos.

Que então ela disse.

—Inês: Me faça sua, Victoriano.

Não precisou ela pedir mais uma vez, que ele a levantou nos seus fortes braços e a levou para cima da mesa larga ao lado deles.

Inês ficou sentada e depois se apoiou nos cotovelos quando Victoriano abriu as pernas dela sem deixar de olha-la. Ele passou os dedos entre a intimidade dela. Ela já estava molhada e ele só fez espalhar do seu mel dela entre seus dedos, que dois deles em seguida afundou para dentro dela.

Inês abriu a boca e jogou a cabeça para trás. Victoriano tinha trincado os dentes e começando fazer amor com ela daquela maneira primeiro. Com seus dedos que iam e viam rápidos dentro e fora dela. Com maestria ele também roçava com o dedão o clitóris dela que palpitava excitado, tomando forma, cor pela excitação.

Inês mordeu os lábios e em seguida os lambeu com tesão. Victoriano era vida, era sua energia, seu maior prazer, mas antes de tudo seu amor, que ela necessitava como aquele todo.

Ele apalpou com a mão livre a grossa ereção que tinha debaixo de sua calça de pijama, e se curvou para frente escondendo a cabeça entre as pernas de Inês.

Ele beijou de olhos fechados a vagina dela e gemeu junto com ela quando a chupou e também descia a calça e deixava sua ereção saltar para fora.

Enquanto seguiu dando prazer pra Inês daquela forma, ele deslizava sua mão livre indo e vindo sobre seu membro que quando viu Inês tremer gozando, ele se levantou e ela o olhou suspendendo seu corpo nu.

E então ela sentou o puxando pela blusa e depois arrancando ela, aos beijos com ele.

Victoriano então quando ficou nu e as calças nos pés, ele a puxou de frente para ele, e a penetrou assim com ele em pé e ela nos braços dele, enroscada com as pernas entre o corpo dele e os braços em seu pescoço. Inês choramingou em um gemido ao sentir ele por fim dentro dela e depois ele tomou com as mãos firme uma de cada lado nas coxas dela, o controle dos movimentos.

Enquanto se beijavam ele movia ela, fazia com que o corpo dela descesse e subisse em movimentos rápidos e em outros momentos lentos, até que Inês gozou mais uma vez mordendo e arranhando ele e ele a levou de volta a mesa.

Mas dessa vez, ele a deixou de costa para ele, Inês deitou o peito contra a mesa afastando alguns objetos maiores, colando o peito sobre a madeira em seguida.

Com as mãos na cintura dela, Victoriano ia rápido com suas penetrações, ele todo vermelho e ofegante, gemia com o prazer que tinha o acolhido com gosto entre as pernas dela. Inês estava tão excitada que sentia que logo gozaria de novo e foi quando ele puxou os cabelos dela e a penetrou tão fundo que seus olhos se encheu de lágrimas e a madeira da mesa rangeu alto, que ela não aguentou e explodiu em outro orgasmo.
Assim ela tremeu toda sobre a mesa, com seu ventre contraindo seu corpo todo mole onde estava, enquanto Victoriano que ia gozar também só havia parado para assistir o corpo dela entrando em êxtase que quando fez, ele voltou estar mais rápido. Ela buscou força pra erguer o corpo e quando fez ela viu que tinha um papel grudado em na palma de uma de suas mãos que apoiou na mesa. Enquanto seu corpo sacudia nas mãos de seu homem e amor, ela virou o papel e ela viu que era uma foto que todo aquele momento esteve ali. Uma criança linda na foto, um menino loiro de olhos verdes que lembrava ela de novo alguém, mas não só um. Ele lembrava Cassandra naquela idade...

Victoriano então gemeu alto, apertando ela toda, ofegante e ele agora todo tremendo e não sentindo as pernas enquanto gozava com intensidade.


Inês sentia seu vigor dentro dela, seu gozo ficando com ela e tudo olhando aquela foto sem saber o que dizer, o que sentia. Parecia uma visão, algo que não acreditaria nunca que chegaria ver. Um simples papel para ela aquele momento era o motivo de uma emoção tão forte que ela se tremia de dentro para fora com as lágrimas que começavam brotar. Pois seu coração de mãe dizia que aquele menino era Fernando criança.

Victoriano tornando a si, começou deixar o corpo de Inês com cuidado. Beijou ela agora com carinho por cima do ombro, alisou também um lado do bumbum dela e depois subiu as mãos ainda por trás dela lhe apalpando nos seios e depois ele disse quando sua boca encontrou um ouvido dela.


—Victoriano: Eu não sabia o quanto eu precisava de um momento assim essa noite, morenita até você aparecer aqui.


Ele riu. Inês podia ser contida em tantas coisas, mas nunca na cama com ele. Nunca...

Mas ela soluçou. Soluçou do nada e o empurrou em um momento que a lucidez lhe atingiu. Por segundos Victoriano pensou que sua intensidade tinha machucado ela, mas quando viu o que ela trazia na mão tudo fez sentido e o tempo parou para ambos em um silêncio ensurdecedor.

 


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