Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 38
Capítulo 38




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O feriado ainda não acabou então resolvi escrever mais minhas lindas e espero que gostem!!

 

 

Inês e Victoriano juntos a Emiliano e Constância chegaram ao parque. Victoriano respirou nostálgico por estar mais uma vez com Inês em um parque e no mesmo lugar que foram a primeira vez, enquanto Conny toda animada saiu puxando Emiliano pela mão dizendo que iam procurar por Diana e Cassandra, que assim, suspirando Inês disse.

— Inês: Ainda não esqueci o que fez Victoriano, mas não quero seguir brigada com você.

Ela olhou ao redor se aproximando mais a Victoriano que pegou na mão dela segurando e beijou, percebendo pela maneira que ela se aproximou dele e olhava tudo, onde estavam trazia algum tipo de desconforto a ela e disse.

—Victoriano: Sei que está aqui fazendo a vontade de nossas filhas e a minha, morenita, mas não se preocupe tudo vai estar bem enquanto estivermos aqui, hum.

Inês deu um leve sorriso torcendo para que aquela noite fosse como ele falava, que ela não estragasse e disse.

—Inês: Não solte minha mão enquanto estivermos aqui, minha vida, só isso que peço.

Victoriano deu um beijo nela rápido mas com amor e depois voltando dar um beijo também na mão que ele segurava dela, ele disse.

—Victoriano: Nunca e em nenhum momento que estivermos aqui, morenita. Vamos?

Inês assentiu com a cabeça e começaram andar entre as pessoas de mãos dadas.

Enquanto caminhavam podiam ouvir a música que vinha de onde estavam tendo o show e seguiram caminhando, até ele Victoriano parar e dizer.

—Victoriano: Quer beber algo?

Ele olhou umas barracas e Inês negou com a cabeça, enquanto ele disse.

—Victoriano: Tenho sede, então vamos comigo a uma daquelas barracas morenita.

Como uma menina que estava ao lado do pai e aos cuidados dele, Victoriano sem soltar Inês foram até a barraca.

Enquanto longe dali, Alejandro depois de pelo celular ter ligado para Diana, a encontrou em frente a uma barraca de ursos que estavam á vendas.

Ele caminhou ao lado de Carlos Manuel até a namorada, que de início Carlos não queria estar ali por ser um encontro de namorados, mas por insistência do amigo ele aceitou.

Que assim Alejandro chegou primeiro diante de Diana e sem mais a garrafa de cerveja que tinha na mão. Ele a beijou nos lábios enquanto eram vistos por Cassandra também e Ivan que a abraçava pela cintura ao ver que tinha mais um homem acompanhando Alejandro.

Carlos Manuel não teve tempo de cumprimentar ninguém, enquanto não fosse apresentado por Alejandro a quem estavam ali, mas ainda assim, os olhos dele olhavam para o casal atrás de Diana e Alejandro que também o olhavam.

Cassandra olhava com os olhos curiosos e porque não encantada a presença de Carlos ali,  enquanto Ivan o olhava desconfiado.

O beijo que durou apenas uns segundos de Alejandro e Diana se desfez, que abraçados, Alejandro virou-se para o amigo sorrindo e disse.

—Alejandro: Diana, meu amor, esse aqui é meu amigo e irmão pra toda vida, Carlos Manuel.

Carlos olhou Diana e ela fez o mesmo. Os olhos se cruzando e se prendendo um ao outro. Diana vestia calça jeans e uma blusa pra dentro dela, botas e tinha os cabelos castanhos jogados acima dos ombros, enquanto Carlos também vestia jeans e uma camisa polo para ocasião. Carlos com seus cabelos loiros e os olhos verdes demais e sua altura, o que o fazia ser mais notado junto a uma beleza de um homem que parecia ter saído das revistas, deixou Diana por um momento perdida na imagem dele, mas também ele não muito diferente dela ao vê-la seguindo naquela encarada que davam com o olhar, havia perigosamente se deslumbrado com ela. Que por isso, ainda que Diana sustentando o olhar nele, Carlos Manual quebrou mirando Alejandro que sorria e disse.

—Carlos Manuel: Agora sim sei quem é sua famosa, Diana. Prazer Diana, sou Carlos.

Ele terminou de falar dando a mão levemente para Diana que foi tocada rápida por ele, que fez assim ela pensar que ele só dava a mão a ela por educação, que ele olhando os dois que sobraram, Alejandro disse.

—Alejandro: Essa que vê, é irmã de Diana, Cassandra, minha cunhadinha e ele, bom…

Sem Alejandro saber o nome de Ivan, ele se apresentou rápido com o braço ainda em volta de Cassandra, dizendo.

—Ivan: Sou Ivan, Carlos. E fiquei sabendo que é novo aqui, seja bem-vindo.

Ele deu a mão a Carlos e ele apertou dizendo.

—Carlos Manuel: Obrigado. Oi, Cassandra.

Olhando Cassandra ao cumprimentá-la também, Carlos deu a mão a ela que ela pegou com um sorriso gentil, quando desfizeram do contato ela buscou olhar a irmã como se falassem no olhar o que acharam de Carlos, enquanto Alejandro fazia o mesmo arqueando a sobrancelha em direção a Carlos por sentir uma pitada de ciúme vindo de Ivan em relação a Cassandra.

Chegando então na companhia de Emiliano e celular na mão, Constância disse.

— Constância: Cas você disse na mensagem que estavam de frente a uma barraca de ursos, mas não disse qual!

Ela parou de falar quando viu Carlos Manuel a olhando de mãos no bolso da calça e todos fizeram igual. Que então depois de pigarrear. Cassandra disse.

—Cassandra: Conny, esse é Ivan e o outro é Carlos Manuel amigo de Alejandro que você já conhece, né?

Constância trocou os olhares entre os três homens ali, que um ela tinha visto por foto e os outros dois não, enquanto Emiliano pensando que Constância olhava demais para o homem que visivelmente era mais velho que ela, disse.

— Emiliano: Agora que estamos todos juntos vamos procurar meus padrinhos, vem Conny.

Ele pegou no braço dela e Alejandro o mais humorado deles disse, animado.

—Alejandro: Bom agora todo mundo já foi apresentado, vamos para a cerimônia da minha castração.

Ele riu, Diana pegou no braço dele e disse, começando andar com ele.

—Diana: Para de dizer besteiras, meu pai não vai fazer isso apenas questioná-lo se ele tiver essa oportunidade, então não dê ainda a ele. Ok?

Ela o beijou rápido e todos ali começaram andar.

Mas como uma peixe fora d’água Carlos sabendo que iam fazer uma reunião em família, depois de uns minutos com eles andando pelo parque, quando teve Alejandro do lado dele, ele disse.

—Carlos Manuel: Vou dar seu tempo para que conheça seu sogro irmão e vou andar por aí, então qualquer coisa me ligue.

Alejandro bateu no ombro dele e disse.

—Alejandro: Desculpa te colocar nessa situação, mas você precisava sair e eu de você aqui comigo, porque sabe, estou gostando muito de Diana.

Ele parou de falar, mirando Diana de costa para eles conversando com as irmãs, Carlos também olhou não só para ela mas para todos ali e assentiu com a cabeça, e voltou olhar seu amigo pegando no ombro dele também e disse.

—Carlos Manuel: Eu sei meu amigo e fico feliz por você, parece ter encontrado a mulher que vai te colocar na linha, como não ficar feliz?

Ele riu batendo no ombro dele devagar e rindo também, Alejandro disse.

—Alejandro: Agora vai passear e encontrar a sua também, aqui tá cheio de gatas, mano. Você precisa de alguém que te mostre o lado da bom da vida fora seus pacientes e livros.

Longe deles, Victoriano ao lado de Inês pararam à frente de onde estavam o show. Victoriano escrevia uma mensagem a Diana perguntando aonde estavam, no celular dele, enquanto uma mão dele segurava o celular a outra mantinha pegada a mão de Inês que por isso, ela segurava a garrafinha cerveja que ele tinha comprado, o que hora e outra ela tomava uns goles ainda que fizesse cara feia por não apreciar o gosto da bebida, mas que sentindo que precisava relaxar ela bebia.

Que então enfiando o celular do bolso depois de ser respondido por Diana, Victoriano mirou Inês com a garrafa na boca e bufou, dizendo.

— Victoriano: Morenita, disse que não queria beber.

Inês então depois de fazer outra cara feia engolindo a cerveja, disse entregando a garrafa a ele.

—Inês: Isso é horrível. Quero vinho quente.

Ela buscou olhar dos lados visando as barracas que ela sabia que nelas também tinha a bebida que ela queria. Que depois de ouvi-la, Victoriano disse.

—Victoriano: Nada disso, Inês. Nem pode beber bebidas com álcool como acaba de fazer, sabe disso.

Ele virou o resto que tinha da bebida para acabar com ela de propósito e não ter Inês bebendo mais, que soltando a mão dele, ela disse.

—Inês: Não estou pedindo permissão, Victoriano.

Ela o olhou séria sustentando a pose do que queria. O lugar que estavam, estava cheio, o som de pessoas falando, o som da música tudo isso trazia um desespero interno dentro de Inês que todo aquele tempo ela estava lutando para não demonstrar que seu desejo era de sair correndo de onde estavam até que ela estivesse no conforto e segurança da fazenda, que por isso ela havia se forçado tomar da cerveja de Victoriano mesmo sem gostar que agora optava pelo vinho que seria de bom gosto.

Que respirando aliviado, ao ver as filhas chegando ao lado de Emiliano e dois homens que ele não conhecia mas imaginava quem seriam, Victoriano disse.

—Victoriano: Nossas filhas já apareceram.

Ele sorriu e Inês se virou para vê-las e deu o mesmo sorriso.

Inês logo notou também que as filhas deles estavam acompanhadas pelos namorados, que então ela olhando Victoriano de lado, ela disse.

—Inês: Seja gentil com os rapazes Victoriano, por favor, querido.

Agora de cara fechada, Victoriano esperou que todos se aproximasse deles.

Que assim, Cassandra de mãos dadas a Ivan sem saber como o chamaria para apresentar aos pais, respirou nervosa com aquele dilema que tinha, enquanto Diana também respirou nervosa por ter o seu que desde que contou ao pai que Alejandro era o filho do homem que o havia passado para trás nos negócios, enquanto os mais jovens dali, riam ansiosos para assistir tal cena que viria a seguir.

Que assim, Diana primeiro disse já diante dos pais.

—Diana: Mãe, pai, esse é Alejandro, meu namorado.

Alejandro mostrou um sorriso de dentes brancos, tendo Inês retribuindo e Victoriano ainda de cara fechada, que assim, ele deu a mão primeiro para sogra e disse.

—Alejandro: Muito prazer, senhora, é uma honra conhecer a mãe de minha Diana.

Quando ouviu minha Diana, Victoriano bufou podendo ser ouvido e Alejandro beijou a mão de Inês e ela o respondeu.

—Inês: O prazer é meu, querido.

Ela tocou na mão dele que ainda segurava a dela e depois ela buscou olhar Victoriano que ainda não dava um sorriso e Alejandro também o olhando, agora sem um sorriso pelo nervoso, ele pigarreou e se dirigiu ao sogro dizendo.

—Alejandro: Muito prazer em conhecê-lo, senhor, Victoriano.

Ele deu a mão para Victoriano, que sentindo um aperto dado em um dos braços dele, por Inês, ele estendeu a mão também, dizendo de voz grossa.

—Victoriano: Te quero semana que vem na minha fazenda, para conversarmos melhor, rapaz.

Alejandro assentiu e trazendo toda sua coragem ele o respondeu convicto.

—Alejandro: Eu estarei lá!

Os dois desfizeram o aperto de mão e os olhos de Victoriano buscou agora os de Ivan que estava ao lado de Cassandra e disse.

—Victoriano: E você, quem é?

Ivan puxou o ar do peito. Victoriano o intimidava também com toda sua presença, sendo mais velho, mais forte e mais alto que ele e Alejandro, que assim, cheio de coragem ele se apresentou como sentiu que devia fazer.

—Ivan: Me chamo Ivan, sou engenheiro, trabalho com sua filha, Cassandra e sou também o namorado dela, senhor.

Ivan deu a mão para Victoriano que sorriu para o rapaz em sua frente diferente do que tinha feito a Alejandro.

E depois de um silêncio ter ficado entre eles, Constância disse cortando o clima de olhares tensos que Victoriano trocava com seus novos genros.

—Constância: Vamos todos agora para o lado do show, gente!

E momentos depois, uma banda formada por homens tocavam e cantavam músicas dançantes acima de um palco, com uma platéia mais a frente deles que cantavam juntos e até dançavam.

Victoriano por trás de Inês e abraçado a ela, não sabia para onde olhava se para o show ou para filhas que estavam em cantos separados entre as pessoas mais que os olhos dele as alcançavam, que por um pouco a frente deles e no mesmo modo abraçado, Diana e Alejandro assistiam o show, que assim, Victoriano disse, descontente.

— Victoriano: Eu não gostei de Alejandro, morenita, achei ele muito abusado e aquele Ivan, não sei, achei confiante demais pro meu gosto.

Inês buscou olha-lo da maneira que estavam e disse.

—Inês: Pare de ser ranzinzo Victoriano e só preste atenção no sorriso que nossas filhas estão ao lado deles.

Ela buscou olhar agora para outro lado e sorriu vendo Cassandra de frente conversando alegremente com Ivan, e concluiu.

—Inês: Nossas filhas estão apaixonadas.

Victoriano bufou enciumado por suas duas meninas até que ele ouviu Emiliano chegar de copo na mão e disse, encarando a bebida dentro dele.

—Victoriano: E essa bebida, Emiliano?Se tiver álcool te proíbo que beba.

Sem Emiliano ainda respondê-lo, Inês disse pegando o copo de bebida dele.

—Inês: A bebida é minha, Victoriano. Obrigado, meu querido.

Ela sorriu para Emiliano depois de agradecê-lo e também pegou o cartão que tinha em posse dele por ter pedido para ele buscar aquela bebida e pôs dentro do bolso do colete que ela usava, e Victoriano pensou que estava passando em um teste de paciência aquela noite.

Inês levou na boca a bebida de vinho quente feito com especiarias, como frutas vermelhas dentro do copo também e depois gemeu, apreciando agora sim o sabor daquela bebida.

Que depois que ela fez, ela olhando disse.

—Inês: Não me olhe assim Victoriano, as quantidade de remédios que estou tomando, diminuíram e quero beber.

Ela tomou outra vez da bebida voltou olhar o show mas agora vendo Constância chegar com outro copo e ele dizer grosso, fiscalizando assim também ela.

—Victoriano: E esse copo?

E Constância rápido disse.

—Constância: É uma bebida sem álcool papai.

Constância então saiu para ir mais perto do palco que estava os cantores junto a Emiliano e Inês sorriu achando graça de Victoriano e alguns minutos passou, até que ela se agarrou a ele, de frente e o abraçou pelo pescoço mas ainda com o copo na mão e ele de mãos na cintura dela.

Que então tendo ela ali, já com os olhos demonstrando que o álcool começava pegá-la, Victoriano disse.

—Victoriano: Logo estará zonza Inês e depois terei que te carregar até o nosso carro.

Inês revirou os olhos e depois o beijou em um beijo rápido, se afastou e tomou mais um pouco de sua bebida.

Broche de oro, então começou tocar, o toque dela fizeram os casais se agarrar e agora Victoriano sorrir por lembrar daquela música apesar de ter um par de jovens cantando a música que para ele, era deles. Que assim, ele abraçou Inês por trás de novo, a beijou no pescoço e disse ao pé do ouvido dela.

—Victoriano: Conhece essa música, morenita? Hum?Lembra dela?

Inês sorriu deitando a cabeça no peito dele e brincou.

—Inês: Não faço ideia, querido.

Ela então buscou os olhos dele rindo e ele depois de dar um o beijo rápido nela, disse.

—Victoriano: Mentirosa.

Eles se beijaram mais uma vez. E mais um pouco a frente deles, os mirando, Ivan ao lado de Cassandra disse admirado.

—Ivan: Seus pais parecem um casal de namorados, Cassandra.

Cassandra sorriu olhando para os pais e depois voltando olhar para Ivan, disse.

—Cassandra: Por que eles são. E sobre como se apresentou diante dos meus pais, não precisava fazer.

Ivan tocou no queixo dela. De início, Cassandra para ele, trazia incômodo, inquietação que por isso muitas das vezes se desentendiam nos poucos meses que já trabalhavam juntos, que quando pensou que ia perdê-la, Ivan havia percebido que o que sentia por Cassandra era uma forte atração que estava fazendo ele se apaixonar por ela. Que então depois de deixar de tocar o queixo dela, levando as mãos aos cabelos dela, ele disse.

—Ivan: Não quero ser só seu lance, um caso ou qualquer coisa que não tenha um compromisso contigo, Cassandra. Quero ser seu namorado, aceita?

Cassandra suspirou pensativa e depois disse.

—Cassandra: Provavelmente vamos brigar bastante porque você gosta de mandar e eu não quero ser mandada e implica comigo, então não sei se devo aceitar Ivan.

Ivan a beijou e depois a respondeu.

—Ivan: Estou disposto a baixar a guarda, ser menos implicante em mandão por você. E agora, hum? Aceita?

Ele beijou ela outra vez, agora um beijo mais lento e de língua que depois ainda sobre o efeito dele, ao abrir os olhos, Cassandra o respondeu.

—Cassandra: Sim.

Carlos Manuel tinha se juntado com os demais, mas agora acompanhado por uma morena, que tropeçou propositalmente nele e desde então estava o seguindo aonde ia, que apesar de desconhecida, a jovem bonita e alta astral não trouxe incômodo a Carlos e sim o conforto de também estar acompanhado como os demais homens naquele grupo.

Que assim, abraçada em Alejandro, de frente para ele, Diana que podia ver atrás do namorado, o amigo dele e uma moça, disse.

—Diana: Seu amigo não perdeu tempo.

Alejandro que já tinha visto assim como ela que Carlos Manuel tinha uma companhia, sorriu e disse.

—Alejandro: Eu sabia que ele ia se render para mexicanas.

Ele que bebia, levou um pouco do copo na boca e Diana seguiu encarando o amigo dele com a companhia que ele tinha, agora se afastando de onde estavam.

Inês não muito distantes deles, depois que bebeu toda sua bebida disse de copo vazio na mão.

—Inês: Vamos embora, querido? Estou zonza.

Victoriano suspirou esperando aquela queixa dela ainda que ela só tinha ficado em um copo de vinho quente, e disse.

—Victoriano: Eu disse que logo que ficaria assim, morenita.

Inês cheirou a camisa dele esfregando o rosto no peito largo dele e depois ergueu a cabeça para olhá-lo e disse.

—Inês: Não me dê sermões, Victoriano. Só vamos para casa e nela, vamos fazer amor.

Ela o abraçou pelo pescoço dando beijinhos nele e depois agarrada a ela, Victoriano disse.

—Victoriano: Vou dizer a nossas filhas mais velhas para que fiquem de olho em Emiliano e Constância que iremos embora, enquanto você já que está zonza, me espere aqui, hum.

Inês assentiu se afastando dele e ele beijou o meio da testa dela antes de deixá-la e caminhar em direção a Diana que estava as uns 20 passos longe deles.

Inês sozinha suspirou e olhou o copo dela que ela segurava vazio. Ela então olhou ao redor visando uma lata de lixo, que assim ela avistou uma mais a frente de onde ela estava.

Victoriano falava com Diana e Cassandra que se aproximou, enquanto Constância seguia mais no meio de quem assistia o show ao lado de Emiliano, que então quando ele já ia, ele se virou e olhou pro lado de onde tinha deixado Inês e não a viu.

Inês tinha jogado seu copo fora, mas então teve mais de frente dela uma barraca de tiro ao alvo e uma doce lembrança de quando jovem havia conhecido Victoriano, invadiu a mente dela.

A barraca de tiro ao alvo, tinha ursos entre outros brindes evidentes nela, enquanto também tinha clientes a frente dela.Inês então enfiou sua mão no bolso e tocou o cartão que tinha nele. Com os quase 25 anos casada com Victoriano ela tinha que ao menos saber um pouco sobre armas e tiros, assim ela deduzia.

Que então ela andou até a barraca querendo tentar um brinde e daquela vez ela brincar naquela barraca e deu seu cartão para o atendente dela que acabava de atender um jovem casal. Que segundos depois, ela tinha uma arma de brinquedo na mão e mirava o alvo. Ela deu um tiro, outro, mais outro e todos errando o alvo, o que fez ela respirar desanimada e até culpar a bebida que tinha tomado por não conseguir acertar um.

Até que ela ouviu.

— X: Deixa eu ajudá-la.

Inês então olhou para quem falava com ela e era Carlos Manuel, que a viu chegar e errar todos os tiros no alvo.

Ele pegou com gentileza a arma de brinquedo da mão dela e mirou no alvo, tendo uma única tentativa para acertar. O que ele fez. Acertou o alvo e sorriu com Inês o olhando, ali parada como que se a imagem dele fosse uma visão.

A jovem que estava acompanhando ele, bateu palminhas eufórica com o acerto dele e ele largou a arminha na mesa da barraca e disse.

—Carlos Manuel: Pronto. Da próxima vez só mantenha a calma e atire.

Carlos Manuel fez que ia sair, mas como que saísse de um transe, Inês segurou firme acima do pulso dele e de uma forma que surpreendeu os dois, que depois de baixar os olhos onde a mão dela estava, ela disse.

—Inês: Espere. Quem é você?

Ela soltou devagar onde segurava e o encarou nos olhos reconhecendo algo familiar neles, com aqueles olhos verdes como duas esmeraldas.

Carlos por sua vez, se sentiu atraído aos olhos também daquela mulher. Mas ele sabia que tal atração não se vinha por ele ser um homem e ela uma mulher, era uma que parecia chamá-lo para se afundar naquelas íris e conhecer as histórias que tinha nelas.

Que assim piscando para aquele encanto se quebrar, ele a respondeu.

—Carlos Manuel: Sou Carlos, Carlos Manuel. E a senhora?

Carlos sorriu e Inês sorriu de leve ao olhar o sorriso dele e o respondeu.

—Inês: Me chamo, Inês. E tem um bonito nome, Carlos Manuel.

Carlos ia responder mas então o atendente disse a eles.

—X: Senhora, tem que escolher qual brinde quer.

Inês e Carlos então olhou para o atendente e ela, apontou para um urso marrom e disse.

— Inês: Aquele.

Enquanto esperava receber o urso, Carlos Manuel a encarava em silêncio sem querer sair dali, ainda que sua acompanhante o tinha puxado pelo braço.

Que depois de analisar cada gesto de Inês e vê-la com um urso médio nos braços, ele disse.

—Carlos Manuel: Foi um prazer conhecê-la, senhora Inês.

Inês então sorriu e também disse.

—Inês: O prazer foi meu, Carlos Manuel.

Carlos então se afastou sendo puxado pela moça outra vez, que então abraçada no urso Inês vendo ele tomar distância, resolveu gritar quando sua cabeça trouxe uma questão.

—Inês: Carlos Manuel!

Carlos se virou enquanto a jovem tendo Inês já com uma rival ali, revirou os olhos por ver ela tendo a atenção que ela queria. Que então atendendo o chamado de Inês, Carlos voltou alguns passos a frente e a respondeu.

—Carlos Manuel: Sim?

E Inês de coração que começava acelerar, disse.

—Inês: Quantos anos tem?

Ainda que não entendesse a curiosidade dela, ele respondeu.

—Carlos Manuel: 22, senhora.

Com um último sorriso dado a ela, ele deu as costas a deixando.

E Inês sussurrou baixo.

—Inês: É mesma idade do meu filho, Fernando.

Os olhos dela se umedeceu em lágrimas e ela girou o corpo indo em outra direção se agarrando no urso.

Que andando, esquecendo onde estava e o que fazia ali, Inês começou ser levada pelas lembranças que vinha em sua mente e a tristeza que nela também ao criar em imagens de como o filho dela estaria naquela idade e longe dela.

E ela andou, até sentar em um banco e pôr o urso ao lado dela. Imagens de Carlos Manuel invadiam a mente dela junto com de Fernando bebê. Ambos tomavam a mente de Inês, apenas por um querer que ela passou desejar, que naquele segundo, Carlos fosse Fernando.

Ela então soluçou na avalanche de sentimentos que aquele desejo impossível causou nela. E Aqueles dias todos que Inês seguia enterrando as lembranças de Fernando, um desconhecido havia as desenterrado, mostrando a ela mais uma vez, que a dor que tinha pela perda de seu primogênito, sempre estaria com ela, dentro dela só esperando ser cutucada para ser sentida e lembrada.  

 


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