Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas lindas. Estou voltando com as atualizações, vou escrever os capítulos dessa fanfic a partir de agora até depois do natal, então eu paro pra voltar depois da virada do ano com ela também, mas até lá eu vou tentar escrever bastante para compensar vocês ok? E certa parte desse capítulo, ela foi contada no capítulo 19, lá tem um spoiler sobre o paradeiro de Fernando que vai começar ser revelado, então se vocês se sentirem perdidas, deem uma olhada nesse capítulo kkk bjs e espero que gostem do capítulo!!



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Inês foi calada dentro da caminhonete que um capataz da fazenda dirigia com ela e Adelaide dentro.

As palavras de Santiago, ainda que abusadas da forma que ele havia falado com ela, não deixavam a mente dela. Por isso não queria vê-lo, não queria voltar aquela clínica e tudo porque havia se sentindo confrontada, sim era isso. As pessoas mentem, porque a verdade dói, ela dói mais do que a própria mentira contada e Inês só tinha escutado verdades de Santiago como seu psiquiatra.

Ela já não vivia mais, não vivia por 22 anos, apenas existia. Seus gostos, suas vontades ela deixava sempre que decidiam por ela, desde... Ela suspirou pensando ainda jovem aos 18 anos, antes amparada pela mãe e avó e depois só por sua querida mãe que quando ela a deixou, ela ficou nas mãos de Victoriano, nos cuidados dele, que sozinha no mundo só teve a ele e seu amor.

Ela fechou os olhos tocando a testa, a verdadeira Inês, aquela ali era dependente de todos menos dela mesma.

Longe dali em um restaurante, sentada em uma mesa afastada e em um lugar mais discreto.

Bernarda avistou da mesa que estava, Loreto finalmente chegar e por te passado mais de 10 anos sem vê-lo pessoalmente, ela não pôde reconhece-lo de cara, não por sua aparência, mas ele ser agora o homem que ele sempre havia desejado ser. O andar dele parecia que deixava dinheiro cair, as roupas pretas caras, o rosto maduro exalando poder, o poder que o dinheiro dava a ele. Loreto Guzmán não era mais um Zé ninguém. Agora ele era patrão, dono, um homem da elite, rico e perigoso...

É, eles dois tinham conseguido com aqueles anos o que haviam desejado.

Loreto puxou a cadeira que estava a frente de Bernarda, e deu uma olhada para um “segurança” que andava com ele e parou ao lado da mesa, o rapaz acenou com a cabeça e os deixou para espera-lo fora do restaurante.

Bernarda sorriu, mas não dando um riso doce, ela tomava uma bebida gelada, que depois que fez e viu ele sentando, ela disse.

— Bernarda: Conseguiu mesmo tudo o que queria, Loreto, agora tem o mesmo dinheiro ou mais que Victoriano.

Loreto chamou com um sinal com a mão um garçom e a respondeu.

— Loreto: Ainda não consegui tudo querida, Bernarda. Ainda falta a segunda coisa que mais quis nessa vida e ele me roubou.

Bernarda revirou os olhos sabendo do que ele falava, enquanto ele já pedia uma bebida forte para o garçom que então, ela disse.

— Bernarda: Pelas nossas últimas cartas trocadas, sabe em quem sua querida Inês se tornou com os anos, Loreto. Ela é uma mulher doente, graças ao seu amor que diz ter por ela.

Loreto tocou na gravata preta que tinha no pescoço, mostrando um anel grosso de ouro no dedo dele com uma pedra vermelha valiosíssima no meio dele. Ele e Bernarda por alguns anos haviam se comunicado só por cartas e algumas vezes por um telefone descartável. Afinal o crime que tinham cometido tinha que seguir em segredo, seguia por 22 anos, porque ambos depois de Fernando descobrirem eles antes de morrer, sabiam que não podiam voltar vacilar, que se estavam ainda onde estavam era porque não tinha voltado.

Agora pelas cartas ele sabia que Inês sofria de transtornos psicológicos como a mãe dela sofreu e ele lembrava, mas ele sabia que não era tão grave como viu Constância padecer antes de morrer e ele sabia o que a curaria, ele tinha essa cura nas mãos dele.

Que assim ele a respondeu.

— Loreto: Temos a cura dela, Bernarda, eu tenho.

Bernarda bufou. Mataria Loreto se a cura que ele dizia chegasse até Inês. Tinham um trato que para ela valeria até a morte deles. Que então ela disse por entender o que ele havia insinuado.

— Bernarda: Temos um trato Loreto, que já dura 22 anos! Não o quebre! Era um Zé ninguém quando eu te procurei, por tanto o que é hoje também tem que agradecer a mim!

Loreto ficou calado e não porque temeu Bernarda e sim porque tinha trapaceado com ela. Ele junto a ela foram tutores de Fernando por 5 anos quando ele esteve depois do seu sequestro vivendo no país de Budapeste em um orfanato de freiras que proibido por um trato que envolvia muito dinheiro que eles davam a direção do orfanato, ele era adotado nunca, nunca até que souberam que um detive esteve interessado no garoto órfão. O que desesperada quando Bernarda recebeu uma ligação em Barcelona da madre superiora do orfanato, tomou uma decisão que o menino tinha que ser adotado e sumir do mapa com outro nome que desde que aprendeu a falar já atendia. A decisão imediata deles de deixarem o menino ser adotado por um casal de médicos suecos foi o que havia impedido de Victoriano alcançar o filho a tempo e recupera-lo. Mas diferente de Bernarda que depois que Fernando foi adotado quis esquecer da existência dele, Loreto não, ele garantiu por todos aqueles saber aonde ele estava, que caminhos percorreu durante sua juventude e aonde agora ele estava. E ele estava muito perto, perto demais dos pais biológicos dele.

Que assim ele a respondeu depois de beber.

— Loreto: O dinheiro que me pagou para juntos se vingarmos, me ajudou, mas não por muito tempo, tudo que tenho hoje tive que me impor Bernarda para nunca mais deixar que os grandes pisassem em mim por não ter aonde cair morto! Agora, agora tudo é diferente, que se eu quiser, entrego sim a Inês tudo o que ela mais quer e você não poderá fazer nada.

Bernarda ficou vermelha e ofegante depois de ouvi-lo e temendo que ele fizesse aquilo e se perguntando como ele se garantia, ela disse.

—Bernarda: Depois que aquele moleque foi adotado, não soubemos mais dele! Ou me enganou seu desgraçado?

Ele riu e tirou um charuto do bolso, pegou um isqueiro prata que valia a conta de mais de um cliente ali, o acendeu, fumou e depois a respondeu.

— Loreto: Claro que te enganei, mulher. Eu sabia que eu regressaria a essa terra e eu tinha que ter esse triunfo em minhas mãos e vou usá-lo quando chegar a hora.

Ele riu de lado e Bernarda se levantou possessa se segurando na bengala dela. Queria chegar ao túmulo ou ver Inês chegando, sabendo que ela nunca havia recuperado o filho que eles haviam tirado e agora via seu desejo ameaçado pelo amor doentio que ela via que Loreto ainda sentia por ela. Que por isso, ela disse.

— Bernarda: Antes de fazer isso, eu te mato seu infeliz! Te mato!

Loreto gargalhou a vendo de bengala e depois disse.

— Loreto: Claro que vou temer uma velha de bengala como já está. Antes talvez, mas agora não, então não me ameace Bernarda Santos porque os Santos nunca mais serão meus amigos.

Ele ficou de pé e a olhou. Bernarda bufou outra vez, riu e o respondeu.

— Bernarda: Boa sorte no que pretende, porque Victoriano segue sendo o mesmo, o mesmo homem que te roubou a louca que tanto queria!

Ela então andou saindo dali, enquanto, Loreto sentou e chamou o garçom mais uma vez mostrando o copo dele.

Ele havia visto Inês há quase 1 ano em uma foto em um site de jornalismo ao lado de Victoriano. A nota que ele estampou ao lado dela, foi novamente vencendo como empresário do ano e líder de vendas no país. E ele era ciente do que Bernarda havia falado, Victoriano era o mesmo, tinha o mesmo espirito competitivo e seguia tendo tudo o que queria, ao menos não tudo, porque Victoriano podia ainda ter a mulher que ele ainda amava mas não tinha o filho homem que tanto ele sonhou ter. Que até saber que Victoriano só era pai de meninas depois do nascimento de Fernando, Loreto sabia, que em troca, ele sim tinha um filho homem que ele tinha que se orgulhar e exibir a todos.

A lista do que agora eles já maduros tinham conquistado na vida eram iguais. Eram quase completa, eram empresários de sucessos, tinham muito dinheiro, mas um não tinha a mulher que amava ao lado e o outro o filho homem que lhe foi tirado.

Perdiam, perdiam por 22 anos naquela rivalidade sem fim.

Era final de tarde.

Quando Inês passou alisando as têmporas pela sala indo até a cozinha em busca de um chá.

Ela estava com Bernarda e Constância na fazenda, enquanto Victoriano, Diana e Cassandra anda estavam fora de casa.

Quando chegou na cozinha, Inês viu Adelaide preparando o jantar com Candela e sorriu para elas mesmo que sentia uma terrível dor de cabeça que ela sabia que parte dela era porque havia chorado e estado pensado demais ainda nas palavras de Santiago.

Que assim que Adelaide a viu, notando os olhos dela levemente irritado, disse.

— Adelaide: Precisa de alguma coisa, menina?

Inês assentiu vendo a senhora enxugar as mãos em um guardanapo, deixa-lo sobre a mesa ao meio que estava cheia de legumes frescos e disse.

— Inês: Sim. Eu quero uma caneca de chá.

Adelaide sorriu e mandou.

— Adelaide: Candela pode preparar, enquanto conversamos, hum? Veio calada do médico e depois passou o dia no quarto.

Candela já ia buscar o bule pra fazer o chá, quando Inês disse.

— Inês: Deixe que eu faço meu chá, Candela. Acho que tenho que começar fazer ao menos isso pra mim, meu chá.

Candela buscou os olhos de Adelaide que fez um movimento com a cabeça pra ela, fazendo ela entregar o bule a Inês, que quando pegou, Inês disse.

—Inês: Não quero mais que Santiago seja meu médico. Também não quero mais voltar a clínica dele.

Ela soltou a decisão que havia tomado primeiramente a Adelaide, que sabendo que assuntos como aquele geraria fofocas de sua menina na fazenda, Adelaide espantou Candela com um movimento de cabeça enquanto via Inês encher o bule de água na pia depois de ter colocado as folhas do seu chá dentro dele e disse.

— Adelaide: Menina você sabe que não pode ficar sem acompanhamento médico. Mas me diga o que houve para tomar essa decisão?

Inês deu de ombro, desligou a torneira não querendo que Adelaide desse razões as palavras de Santiago, não queria porque seria mais verdades jogadas na cara dela. Ela sabia onde tinha que mudar, dizia que ia, ouvia todos, mas ser confrontada a mudar era como que além de doer e lhe dar vergonha, a jogasse mais no buraco que se via lutando para sair por tantos anos e não conseguia. Que assim ela disse.

— Inês: Eu só não quero mais seguir me tratando na clínica dele nem com ele. Mas vou seguir meu tratamento, Adelaide. Victoriano com certeza ficará feliz quando souber que quero mudar de médico, ele nunca gostou de Santiago.

Ela levou o bule ao fogo, demorando alguns segundos para acende-lo que Adelaide a observando, ela disse.

—Adelaide: O que Victoriano sempre teve foi um ciúme bobo do doutor Santiago e sem razões. Seguem sendo sem razões, não?

Adelaide então perguntou estreitando os olhos e Inês assentiu e disse.

— Inês: Sim. Minhas razões são outras de querer deixar de ser a paciente dele.

O Bule apitou e Inês foi pega-lo, mas o pegando de modo errado ela relou o pulso no alumínio quente e gritou sentindo que sua pele tinha queimado. Adelaide foi até ela rapidamente e disse.

—Adelaide: Deixe que eu termino isso, hum.

Inês se afastou levando uma mão no pulso queimado sentindo que lágrimas vinha nos olhos dela, e não pelo leve ardor da queimadura e sim porque aquilo conseguiu frustra-la mais ainda, que mostrando como realmente ela estava, ela disse.

— Inês: Que inferno! Eu não sou capaz de fazer nada, nem meu próprio chá!

Adelaide colocou o chá dela quente dentro de uma caneca que depois de ouvi-la ela disse.

— Adelaide: Não é pra tanto, Inês, até eu me queimo nessa cozinha. Vem, tome seu chá.

Inês pegou a caneca com a mão tremula e disse, decidida se trancar no quarto de novo.

— Inês: Não deixem que me chamem para o jantar, não estou disposta a estar de novo na mesma mesa que Bernarda.

Adelaide assentiu com a cabeça e viu Inês deixar a cozinha.

Quando cruzou a porta e copa da cozinha, Inês na sala viu Bernarda e Constância juntas. Bernarda estava sentada em um sofá, lia um livro enquanto Constância estava do lado dela com a cabeça repousada em um ombro dela. Inês conseguia ver perfeitamente a cena e as olhou de cara fechada sustentando o chá quente em sua caneca em frente ao seu peito. Morria de raiva, de ciúmes de vê-las como via, elas tão juntas, tão intimas.

Ela ficou olhando sem as duas ainda notarem a presença dela, até que a porta de entrada da casa se abriu trazendo então a atenção das 3 pra porta.

Victoriano passou por ela falando grosso como era seu tom de voz, mas sorrindo sendo seguido por suas 2 amazonas.

— Victoriano: Lar, doce lar.

Constância ficou de pé quando o ouviu e vendo então a mãe dela ali, enquanto Bernarda cruzou os olhos com Inês com raiva. Ela havia voltado do restaurante decidida que voltaria pra Barcelona só com Constância ao lado dela, que por isso passou a tarde toda convencendo a jovem a insistir naquela viagem, que parecia que ela tinha tido êxito.

Que assim que Constância viu todos reunidos, ela suspirou e decidiu dizer o que para ela já estava decidido.

— Constância: Já que estão todos aqui, eu quero dizer que amanhã vou voltar com minha vó Bernarda para Barcelona.

Inês largou a xícara de chá quente no chão que se quebrou a frente dos pés dela. O chá salpicou nas pernas dela atravessando a calça que ela usava, mas ela não ligou, apenas tinha os olhos para sua menina que depois de falar, Bernarda tocava o rosto dela sorrindo, que então depois de verem o que tinha acontecido, Inês disse brava.

—Inês: Você não tem minha autorização de ir Constância e eu achei que tinha deixado claro isso ontem no jantar!

Victoriano que se aproximou dela e afastou dos cacos da caneca, também disse sério agora mirando Constância.

— Victoriano: Esta decisão não é para ser tomada assim, Constância. Ainda está no meio do seu ano letivo na escola e não tem idade pra decidir viajar sem nossa autorização.

Enquanto Cassandra tinha ido buscar alguém pra limpar a sujeira do chá no chão e Diana tinha os braços cruzados mirando todos, Bernarda sorriu de lado e disse sem temer o olhar que Inês lhe dava.

— Bernarda: Oras Victoriano, todos aqui devem concordar que Constância precisa dessa viagem. Os estudos dela eu posso cuidar disso se essa é a preocupação.

Inês andou até Bernarda, puxou Constância pelo braço do lado dela e disse.

— Inês: Não importa o que fale, ou que faça Bernarda, minha filha não vai sair daqui!

Constância fez cara feia por sentir o aperto da mão de Inês no braço dela e depois que ela foi solta, ela alisou o braço, vendo as duas mulheres se encararem, que Victoriano temendo um enfrentamento entre elas, ele se aproximou delas também passando o meio delas, dizendo.

— Victoriano: Vamos todos se acalmar. Esse assunto tem que ser decidido com calma!

E Diana também concordando com ele disse.

— Diana: Papai tem razão! Conny, você ainda é menor de idade nossos pais tem autorizar sua viagem e vamos fazer isso com calma, sem brigas.

Cassandra voltou com Candela e se aproximou de Diana cochichando com ela, enquanto Inês tremula de nervoso, disse com o que ouviu.

— Inês: Não me peçam calma! Essa mulher quer levar minha filha e vocês vão acabar permitindo que isso aconteça!

E Constância já chorando depois que ouviu Inês, disse.

— Constância: Essa mulher é minha vó mamãe e me quer bem! Eu vou voltar, mas agora tem que concordar que precisamos ficar longe uma da outra!

Inês chorou ao ouvi-la, levou as mãos nos braços dela depois subiu elas para o rosto dela. Não concordava com ela, pois sentia que daquela vez ela não voltaria, ela conseguia sentir que perderia a sua caçula para Bernarda que então, ela disse aflita.

— Inês: Não! Eu não concordo, filha! Não concordo! Você não pode ir, não pode deixar que nos separem. Eu não posso perder mais um filho, não posso perder você também, porque sei que se vai, não vai querer voltar pra mim.

Entre uma mãe como ela e um a vó como Bernarda juntando um avida livre que teria em outra país, Inês tinha certeza que perderia, que perderia Constância. Que então temendo isso, ela a abraçou com força, tremula, aos choros. Constância olhou todos a olhando com Inês agarrada a ela e parecia que a decisão dela ir apenas era dela. E era verdade

Victoriano estava preocupado com situação delas naqueles meses, era um dia bem e outros não, ele temia pelas duas, mas também por sua adolescente que por isso com a noite do que tinha acontecido sobre o sótão ele havia pensado em fazer ela se tratar também, mas com psicólogo que com aquela viagem podia não precisar. Cassandra e Diana apesar de não serem capazes de opinar naquela questão das duas, pensavam também que aquela viagem poderia fazer bem a Constância. Então Inês lutava sozinha ali para manter Constância no país.

Que então, Constância fechou os olhos dividida e chorou deixando lágrimas caírem dos seus olhos e a abraçou também com a mesma força.

Inês não precisava de muito pra tê-la rendida a ela, já que ela não conseguia resistir ao que mais queria, que era aquilo com Inês, com a mãe dela. Queria tê-la amando ela com aquele desespero como ela sentia que Inês estava, por sentir que não era amada igual por ela e já sabia o porquê e que isso ainda doía nela.

Que assim vendo a cena, Bernarda suspirou com raiva por ver que Constância ia voltar atrás e disse.

— Bernarda: Constância não merece essa migalha de amor que dá a ela, Inês! Essa cena que faz, é isso, só cena e vocês todos vão cair nela!

Quando ouviu Bernarda, Inês soltou Constância e não pensou, não raciocinou e a atacou. A mão de Inês foi para o pescoço de Bernarda fazendo ela cair sentada no sofá o que a fez subir em cima dela, as meninas gritaram e Victoriano foi rápido para tira-la de cima dela.

— Victoriano: Solte Bernarda, Inês!

Com ódio, Inês com uma mão, esbofeteou Bernarda a tempo de Victoriano tirar ela de cima dela depois. Que ofegante, Inês só pensava que o tapa que tinha dado nela devia ter dado há muito tempo.

Que assim, sentindo que precisava esbofeteá-la até cansar, fora si, se sacudindo enquanto Victoriano a segurava firme, ela gritou.

— Inês: Vai embora de minha casa sua víbora! Deixe minha família, minhas filhas em paz! Me solte, Victoriano! Me solte!

De olhos arregalados, Bernarda tinha se sentado, com uma mão no pescoço que doía e outra no rosto, ela chorou fazendo drama que poderia ajuda-la, mas com seu ódio ainda mais semeado que tinha por Inês depois do que ela tinha feito.

Diana ajudou Bernarda se levantar e Cassandra e Constância tinham ainda os olhos arregalados. Victoriano não soltava Inês, estava com raiva dela por ela ter perdido a razão e atacado Bernarda, mas também estava com raiva da viúva de seu pai pelo que ela havia falado. Para ele o que Bernarda havia dito tinha sido uma provocação que Inês revidou com agressão. Que por isso, ambas para ele tinham perdido a razão.

Que então ele disse vermelho de raiva.

— Victoriano: Cassandra, Diana, subam com Bernarda, enquanto você, Constância vai ficar aqui, para nós 3 conversamos, como devia ser antes que tomasse qualquer decisão sobre essa viajem!

Inês não quis saber em ter Bernarda ainda na fazenda, que por isso depois de ouvir Victoriano, ela gritou de novo tentando e se soltar dele.

— Inês: Eu disse que quero essa mulher fora daqui! Quero ela fora de minha casa, de minha fazenda!

Bernarda a olhou, entendendo que Inês recordava muito bem do passado delas que por gritava exibindo que era dona de onde estava, que a odiando mais, mas escolhendo seguir o papel de vitima ali, ela não disse nada, apenas andou amparada por Cassandra e Diana para deixarem a sala.

Victoriano esperou Bernarda sumir da visão deles para soltar Inês, que quando fez, ela tocou nos cabelos e encarou Constância que a encarou também e ele disse nervoso.

— Victoriano: Vão se resolver as duas aqui na minha frente! Vão prometer que a partir de hoje vão fazer de tudo para mudarem a situação que se encontram. Já basta isso! Está claro que se amam e se precisam, então parem de se afastarem, de se ferirem, já chega!

Ele gritou com elas e Constância limpou um lado do seu rosto que desceu lágrimas com as palavras dele, que para ela eram certas. Na verdade, não queria viajar, não queria deixar Inês. E que Inês a olhando disse, tentando se acalmar e apenas pensar que precisava convence-la de ficar.

— Inês: Eu juro que vou tentar mudar em relação a nós Constância, sei que falo sempre isso, mas agora é verdade, querida. Só me deixe provar isso. Não me deixe, meu amor. Por favor, meu anjo, eu sou sua mãe, não me troque por aquela mulher.

Constância soluçou agora de mãos no rosto e chorando copiosamente. Inês então se aproximou dela, chorando também a trouxe para os braços dela, fez ela sentar no sofá com Victoriano as olhando e a abraçou forte daquele modo.

Constância não falava nada, só chorava e Victoriano virou as costas, olhou para o teto lutando para que as lágrimas dele também não caíssem. Tinha que seguir firme com elas que por isso respirava fundo pra não perder a postura, enquanto Inês agora beijava e tocava nos cabelos loiros de Constância enquanto falava.

— Inês: Eu te amo, meu amor. Eu te amo querida. Me perdoe. Me perdoe por tantas coisas que já te fiz.

Victoriano então se virou pra elas, sentou no sofá a frente delas, suspirou agora vendo as duas em silêncio, mas agarradas. Constância tinha os olhos fechados, as pernas sobre o sofá, os braços em volta do corpo de Inês enquanto ela tinha os dela em volta dos dela também. Constância se sentia tão feliz ali, agora tão calma, tão amada contra o peito da mãe dela que não queria sair dali.

Que com elas em silêncio, Victoriano disse.

— Victoriano: Quero que comece passar por um psicólogo, Constância e não aceito não como resposta, enquanto você Inês seguirá com o seu tratamento, mas por Deus, morenita, deixe de fazer o que faz, de nos afastar, de afastar principalmente nossa Constância, olhe, ela precisa de você.

Inês assentiu com a cabeça, certa em como começar o que Victoriano queria, sabendo o caminho que tinha que seguir para mudar, para mudar tudo como agora ela vivia.

Ela então beijou a testa de Constância e disse decidida a começar sua luta de verdade.

— Inês: Eu sei que sou a maior errada aqui e sei como mudar e vou fazer isso.

O Jantar em seguida, foi servido em lugares separados.

Bernarda jantou no quarto que estava instalada na companhia de Cassandra depois que deu analgésico a ela, Victoriano jantou na mesa com Diana e Inês no quarto deles, mas com Constância.

Sabiam que aquela noite não era a primeira que elas se prometiam estar mais próximas, mas aquela noite parecia ser diferente das outras. O medo de não se terem mais, o amor as uniam desesperadamente.

Que assim passou a noite. Pela manhã ainda cedo, Victoriano esperava na sala Bernarda descer já de malas prontas para levar ele mesmo ela no aeroporto.

Ele então a viu descer a escada sendo ajudada agora por Jacinta, que quando as duas pararam a frente dele e Jacinta os deixou sozinhos, ele disse por não terem conversado sobre o que tinha acontecido a noite passada.

— Victoriano: O que houve ontem a noite só me fez crer depois de tê-la visto provocar Inês, que ela tinha razão e que existe sim uma rivalidade entre vocês duas mais forte do que eu pensava Bernarda e que nela, sabe que lado eu ficarei.

Bernarda o encarou nos olhos, não sentia que estava saindo derrotada da fazenda, porque ela sabia que voltaria estar ali em outro momento, mas mais que isso, tinha a maiores da vitorias contra eles, contra Inês. Que assim ela o respondeu, tocando um lado do pescoço que ainda doía pelo ataque que sofreu de Inês, com a mão que ela não segurava a bengala dela.

— Bernarda: Inês é uma louca me atacou, mas mesmo assim pra mim não é novidade que você ficará sempre do lado dela, Victoriano.

Victoriano suspirou, Bernarda acima de tudo ainda era da família, era uma avó ainda que não de sangue para a filha deles, que no passado o ajudou com elas que por tais fatos é que ele estava ali para leva-la ao aeroporto, como que ela não estivesse sido expulsa da fazenda por Inês que mesmo que ela não fosse aquela manhã embora, ele acataria a ordem dela, mostrando assim que lado ele sempre estaria.

Que então ele disse com pesar.

— Victoriano: Faz parte de nossa família, Bernarda, sou grato a você por muitas coisas sabe disso, mas ainda vê a mulher que amo assim, como louca, os anos passou e ainda a chama assim, isso que impede estarmos todos unidos e está mais claro pra mim que vocês não se dão bem, mas minhas filhas a amam e por isso não quero você distante delas que sei quando isso tudo passar, quero que siga ciente que as portas da fazenda seguirão abertas pra você sempre.

Bernarda ficou em silêncio e tocou no peito dele. No fundo o admirava, admirava o caráter que ele tinha, o homem que era, o pai também que amava as meninas que tinham sem ter o filho homem mais com ele, que por isso, ela disse.

— Bernarda: Você é um grande homem, Victoriano, meu Fernando, seu falecido pai, não errou em sua criação, a única coisa que errou foi faze-lo casar as pressas e olha no que deu. Mas agora vamos, porque não precisa se explicar do porquê estou sendo expulsa do lugar que vivi por anos, que compreendo seu lado, querido.

Victoriano suspirou sem mais nada a dizer e depois pegou as malas dela e atravessaram a porta.

As horas passou.

Victoriano nem as meninas estavam na fazenda, apenas Inês que recebia uma visita.

Santiago acabava de chegar na fazenda e seguia até uma área que ele nunca havia pisado.

Em uma mesa no ar livre montada com um café bonito da tarde, Inês esperava por ele. Santiago tinha ligado para ela o resto do dia passado depois que ela havia deixado o consultório dele, desesperado por pensar que não a veria mais, ele ligou inúmeras vezes pra ela no número do celular que ela tinha, mas que quase não usava para se concertar com ela, até que pela manhã daquele dia ele recebeu uma ligação dela que o convidava para estar ali. Que quando a viu com o rosto sereno, o vento fazendo os cabelos dela soltos voarem de um jeito que a deixava mais bela ao ver dele, ele sentiu que a teria de volta... pelo menos como paciente.

Que assim que ele chegou a frente da mesa redonda de toalhas brancas e um banquete nela, ele disse ainda em pé.

— Santiago: Boa tarde, Inês. Parece tão bem.

O parece bem para ele, era o modo que ele via de elogia-la sem parecer que estava flertando com ela que então Inês pegou um bule de porcelana que tinha café, serviu uma xicara logo de cara para ele por saber que ele ia preferir o café do que o suco que tinha na mesa, por conhece-lo sendo tanto anos paciente dele, ela disse.

— Inês: É porque estou bem, Santiago, então sente-se que quero conversar com você.

Ele riu, afastou a cadeira e disse, já experimentando do café.

— Santiago: Está perfeito.

Ele elogiou o café, enquanto ela sorriu, que depois ele quis dizer logo.

— Santiago: Queria te pedir perdão por ontem, Inês. Eu errei, não devia ter falado daquela forma com você.

Inês suspirou, agora partindo dois pedaços de bolos de fubá pra eles e o respondeu.

— Inês: E eu quero agradecer pelas palavras, não pelo modo que disse elas, porque me pegou de surpresa sua atitude, mas por elas.

Ela colocou o pedação dele em um prato que tinha a frente dele e depois o outro no dela e ele disse confuso.

— Santiago: Agradecer? Agora eu que estou surpreso, Inês. Jurava que você não me queria mais em sua frente nem pintado de ouro.

Inês deu um riso de lábios fechados pelo modo que ele falava e a fazendo lembrar que de fato tinha desejado aquilo mesmo na hora da raiva e disse.

— Inês: Sim, agradecer. Todos me amam aqui, minhas filhas, meu marido, minha Naná que a chamo carinhosamente assim por não tê-la como mais uma que trabalha para nós e sim como uma mãe, enfim todos eles por me amarem, me tratam sempre como se eu fosse quebrar, medindo palavras e ações comigo, que por isso tudo que falam ainda que necessito ouvir, não me causa, ou melhor não me causou o mesmo efeito que as suas palavras me causaram, porque eu que de qualquer forma, eu me curando ou não eles estarão sempre pra mim porque me amam.

Santiago pegou na mão dela apreensivo. Queria estar na lista dela que de quem amava ela, mas sabia que não estaria por não poder dizer, que antes que ela terminasse ele disse.

— Santiago: Posso não estar nessa lista que fez de quem te ama, Inês, mas você é importante pra mim também, sou seu médico há anos e sinto muito se te machuquei ou se te deixei pior.

Ele acariciou a mão dela de leve e Inês olhou o toque dele e depois que ele tirou a mão da dela, ela o respondeu com um sorriso no rosto.

— Inês: Eu sinto que se importa por mim, Santiago e não me deixou pior, me deixou pensativa que depois do que houve ontem a noite também relacionado a minha filha Constância, tive mais certeza que você tem razão. Eu devo mudar, devo viver como ainda eu posso viver se apenas eu querer. Então te chamei aqui para dizer que ainda o quero como médico e também aceito a oportunidade que me dá de voluntariar na sua clínica, claro se ainda quer seguir sendo meu médico e se sua proposta ainda segue de pé.

Santiago sorriu pra ela, tinha mais do que imaginou que teria indo ali, que então ele disse feliz.

— Santiago: Mas é claro que quero ainda que seja minha paciente Inês e mais ainda que esteja na clínica, vai te fazer tão bem. Eu tenho certeza disso.

Inês sorriu feliz e depois eles seguiram conversando, que como que se estivessem em uma consulta, ela contou a ele o que tinha acontecido a noite na fazenda e ele a ouviu atentamente antes de dar sua opinião.

Era mais das onze da noite, Inês fechava a porta devagar do quarto de Constância saindo dele depois que deitou com ela para verem um filme na televisão do quarto dela, ela só saiu dele quando a viu dormindo. Que então depois de fechar, ela caminhou até o quarto de Cassandra que era o mais próximo, bateu na porta e como não ouviu nada, ela entrou e a encontrou dormindo entre livros e um caderno. Inês suspirou caminhando até ela, arrumou tirou as coisas da cama dela colocou na escrivaninha dela, a cobriu vendo que ela já vestia um pijama e a beijou na testa.

Cassandra era uma filha que nunca havia dado trabalho a eles, Diana também não, mas Cassandra era tão madura, que ela as vezes esquecia que ela só era mais velha que Constância 3 anos e meio.

Depois de apagar a luz do quarto, ela então saiu dele e caminhou para o quarto de Diana, quando fez o mesmo, bateu e não teve resposta ela entrou, mas encontrou cama vazia, com roupas jogadas nela ainda no cabide, ela então chamou por sua filha mais velha imaginando que ela podia estar no banheiro, mas ouvindo só o silêncio, ela entendeu que Diana não estava, e não era só no quarto dela mas na fazenda pelo modo que via as roupas na cama dela como ela tivesse feito aquilo enquanto escolhia qual roupa usar para sair.

Ela então deixou o quarto pensando que devia conversar com Diana e assunto de mulheres.

Já no quarto dela com Victoriano, ela o viu caminhando de pijama em direção a cama que depois de vê-la, ele já se deitando, disse.

— Victoriano: E nossas filhas?

Inês então antes de ir ao banheiro, ela disse ocultando que Diana não estava em casa, não porquê temia a reação dele, afinal Diana já era maior de idade e sim por ela não saber aonde ela tinha ido e com quem, que isso poderia preocupa-lo.

— Inês: Estão todas dormindo.

Victoriano suspirou pensando que tinha um sonho de filhas que aquela hora já tinha todas em casa, que depois que Inês voltou pra cama depois que fez sua higiene pessoal para dormir, ela ao lado da cama pegou suas cartelas de comprimidos, tirou apenas 3 para tomar, que quando fez vendo ele de olhos já fechados disse.

— Inês: Já está com sono? Queria conversar, meu amor.

Ele abriu os olhos a vendo deixar o copo de água no móvel ao lado da cama deles, que vendo ela se deitando em seguida, ele disse.

— Victoriano: Um pouco, mas quer conversar sobre o que? Se é sobre o que houve ontem pra mim já está resolvido se eu ver você e Constância seguirem como estão, enquanto sobre Bernarda, ela já não está aqui, morenita não precisamos mais falar dela nem do que houve.

Inês se aconchegou nos braços dele e disse, depois que suspirou.

— Inês: Por isso estamos respirando essa paz outra vez em nosso lar, porque ela já não está aqui. Mas não é nada do que disse que quero falar, meu querido.

Com ela deitada de lado e com a cabeça sobre o peito dele, ele buscou olha-la depois que a ouviu e perguntou atento;

— Victoriano: É sobre o que então, morenita?

Inês suspirou querendo buscar as palavras certas para contar pra ele de sua escolha que ele ainda não sabia, que querendo se justificar antes de dar a noticia a ele que iria se voluntariar na clínica de Santiago ela disse.

— Inês: É sobre o fato que eu tenho que ocupar minha mente e me sentir útil.

Ele suspirou também, deu um beijo no meio da cabeça dela entre os cabelos dela e disse.

— Victoriano: Pode fazer isso na Sanclat, meu amor, já disse.

Inês suspirou outra vez aquilo que ele dizia sendo a questão ali, que buscando olhar nos dele, ela disse.

— Inês: Eu decidi que não quero estar na sanclat, Victoriano, não debaixo de suas asas, de sua proteção como já tenho sua e de todos aqui. Eu quero fazer algo que eu sei que vou fazer por mim, sem receios, sem saber que te tenho por perto como dono daquela empresa que fará que qualquer trabalho que eu faça lá seja só por fazer.

Quando a ouviu ele se afastou e ela também fez o mesmo, que de lado se apoiando com um dos seus braços na cama ele disse a olhando.

— Victoriano: Você não vai fazer o que estou pensando, não é, Inês?

Ele bufou ao final de suas palavras a vendo assentir em seguida e sentou já nervoso na cama e ela fez o mesmo.

— Inês: Se pensa que é eu me voluntariando na clínica de meu psiquiatra ajudando pacientes, sendo útil e vendo que existe sempre alguém necessitado de ajuda mais do que eu, é Victoriano. É isso.

Ele sentou de costa para ela e passou a mão na cabeça e depois se virando para olha-la, ele disse nervoso.

— Victoriano: E quando decidiu isso, Inês? Tinha decidido trabalhar comigo quando já estivesse bem. Está em um novo tratamento inclusive, iriamos esperar ele passar!

Ela então sentada como ele, o beijou na boca com ele sério e depois disse com ele ainda sério.

— Inês: Hoje, meu amor. Santiago esteve aqui e eu conversei com ele e...

Victoriano então bufou todo vermelho e disse enciumado como era do médico.

— Victoriano: Como assim ele esteve aqui, Inês?

Ele ficou de pé e Inês respirou fundo vendo ele mais nervoso e pediu.

— Inês: Victoriano se acalme, por favor!

Ele a mirou na ponta da cama e disse todo indignado.

—Victoriano: Como me acalmar, morenita? Prefere trabalhar com seu psiquiatra do que comigo e ainda o trás aqui pelas minhas costas!

Inês o olhou feio e agora brava pelo modo que ele havia falado, ela disse.

— Inês: Não trouxe ele por suas costas, sou cercada por seus cães fieis, então eu sabia que se eles quisessem contaria a você que meu médico esteve aqui! Então não fale assim que me ofende, enquanto trabalhar com ele, eu gostaria que me entendesse e me apoiasse deixando de lado seu ciúme bobo, porque estou confiante que me ajudará muito ser voluntaria na clínica dele, Victoriano.

Victoriano bufou outra vez. Morreria preso na cruz, mas morreria certo que Santiago nutria sim algo por ela, que por isso não estava disposto aceitar que ela passasse mais tempo do que o necessário com ele quando ela tinha suas consultas, que assim, ele disse nervoso.

— Victoriano: Não! Não posso apoiá-la, Inês! Tenho ciúmes desse médico, que se deixo que ainda seja paciente dele é que penso no seu bem-estar, agora passar mais horas do seu dia com ele do que passa em uma consulta, não, não apoio! Você não vai!

Quando o ouviu, Inês ficou vermelha de nervoso, ergueu a cabeça torcendo os lábios de lado e disse, aumentando a voz com ele.

— Inês: Eu não me lembro de estar te pedindo permissão Victoriano! Estou te comunicando sobre a minha decisão, o que é diferente! Agora se não quer me apoiar, em algo que pode me ajudar o que era o que me exigia ontem mesmo, eu lamento, mas vou ainda assim mesmo!

Ele bufou tendo certeza que ela iria mesmo e que não poderia fazer nada e nem devia mesmo não gostando para impedi-la, ele andou para deixar o quarto que quando ela viu a intensão dele, ela disse.

— Inês: Aonde vai?

Ela então saltou da cama para ir atrás dele e parando no lugar a respondeu.

—Victoriano: Vou beber para ver se consigo digerir com álcool o fato que minha mulher vai passar mais dias com seu médico que tem uma paixão encubada por ela do que comigo que sou o marido dela!

Inês puxou o ar do peito respirando fundo com aquela teimosia e insistência dele de pensar que Santiago de fato a via mais do que mais uma paciente dele e disse, brava

— Inês: Não diga besteiras Victoriano e não vai beber tão pouco já essa hora!

Ela pegou na camisa dele, Victoriano suspirou todo grande perto dela e ela se ergueu em seguida ficando na ponta do pé, o abraçou pelo pescoço e o beijou com vontade, ele então a tirou do chão e a levou até a cama, ele a deitou no meio dela, ergueu a camisola que ela vestia, mirou a calcinha pequena que tinha por baixo dela e a tirou com pressa.

Inês mordeu os lábios o vendo baixar o calção do pijama que ele vestia, que notando que ele não ia dar preliminares a ela, ela levou os dedos em sua intimidade, estimulou seu clitóris enquanto o esperava, que quando sentiu o peso dele sobre ela, ela ergueu os braços com ele subindo a camisola dela que depois que o pano foi jogado ao chão, ele entrou rápido dentro dela.

Ela gemeu apertando ele nas costas com as mãos, enquanto ele sem dizer nada, ofegante já entrava e saia de dentro dela rápido, intenso, fazendo só se ouvir as batidas dos corpos e as respirações pesada deles, até que quando ela sentiu que seu orgasmo vinha, com um sorriso no rosto, ela o apertou mais contra ela, moveu o quadril buscando o mesmo ritmo dele querendo gozar, que notando ela assim, a beira do orgasmo, ele a deixou.

Ele a deixou todo vermelho e ofegante, que em pé já fora da cama, subindo seu calção ele cobriu a ereção ainda evidente ali por também não ter gozado e disse.

— Victoriano: Eu poderia te fazer gozar a noite toda morenita, mas está preferindo seu médico, então vou te deixar de castigo essa noite.

Inês sentou na cama nua, tocando os cabelos de um lado e disse não tomando fé que ele iria fazer mesmo o que dizia.

— Inês: Não brinque com isso, Victoriano. Volta aqui, querido. Vem por favor.

Ela se deitou de novo levando uma mão entre as pernas dela e enquanto ele negou com a cabeça o pedido dela mesmo se sentindo tentado com ela ainda se acariciando, o que fez ele bufar de nervoso, queria voltar estar com ela, dentro dela, mas estava cheio de orgulho e ciúmes que por isso ele apenas disse, bravo.

— Victoriano: Vou beber, não me espere acordada, morenita.

Ele então saiu do quarto e ela virou de lado na cama e se agarrou com raiva dele nos travesseiros dela.


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