Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Olá lindonas aqui estou eu sedenta pra seguir com essa segunda fase dessa essa história pra vocês! E agora estarei postando um novo capítulo mas que serão dois, um agora e o outro amanhã. E espero que gostem da história que vai seguir a partir daqui. Ela é toda complexa um pouco triste mas tá tão linda na minha mente que estou sedenta pra ir com ela até o fim e mostrar isso a vocês. Enfim fiquem com o capítulo!!!



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*****




Era manhã de uma nova semana que se iniciava. Muito cedo, Victoriano despertava sozinho na cama, que apressado ele tateou o lado de Inês procurando ela.


Pela noite, ele a viu inquieta na cama e se mexer por várias vezes. A insônia não tinha deixado Inês dormir e ele foi logo consciente daquilo e que mesmo assim, a falta de sono dela pela noite a tinha tirado cedo da cama.  E assim, Victoriano esfregou o rosto preocupado, lembrando do motivo que podia ter tirado o sono de Inês. Ele tinha tomado ela nos braços aos prantos no sótão no dia anterior. Outra vez, era de novo Fernando, a ausência do filho deles mesmo depois de 22 anos passados que fazia Inês ter crises como a que mais uma vez ele havia presenciado. E Victoriano pensou, que Diana tinha razão, era hora de ligar para clínica que Inês se tratava para ela passar por uma nova consulta antes que ele a visse perder mais noites de sono e abalada como ele a surpreendeu.

E então ele saiu da cama. Victoriano vestia um pijama preto de calça e uma blusa regata da mesma cor, e quando ficou de pé conseguiu ver Inês, levando o leve sol da manhã, sentada em uma espreguiçadeira na varanda do quarto enquanto tinha um livro na mão. E ele suspirou ficando por um momento a olhando e depois caminhou para o banheiro do quarto para fazer sua higiene matinal antes de ir até ela.

Da espreguiçadeira marrom e almofadada, de pernas dobradas de lado que ficavam amostra por estar com uma leve e sexy camisola do tom creme, Inês folheava um livro de romance que gostava muito de ler enquanto o vento suave batia no rosto e cabelos dela. E como estava, ela ouviu a voz de Victoriano dizer, quando voltou. 


— Victoriano : Bom dia, morenita. Será que posso me juntar a você?

Inês levantou cabeça para olha-lo e sorriu. Ela tinha o rosto pleno junto a um sorriso belo, que se Victoriano não soubesse que ela tinha tido uma noite mal dormida e a conhecesse tão bem, ela poderia engana-lo fácil.

Inês, então assentiu com a cabeça e Victoriano deu um beijo nos seus lábios antes dela se afastar indo pra frente, e ele sentar atrás dela encostando as costa na espreguiçadeira. E assim, ele suspirou pensativo e ela se ajeitou nos braços dele deitando as costas em seu peito e voltou abrir o livro. Inês sabia que ainda era cedo para Victoriano se levantar pra deixar a fazenda e ir para empresa, e então ela desejou desfrutar da companhia dele até quanto podia naquela manhã.  E Victoriano a aconchegou, abraçando ela com seus fortes braços. E assim, ele ficou um tempo em silêncio com ela enquanto a via voltar a ler. Até que ele não se conteve mais em dizer.


— Victoriano : Não dormiu nada essa noite, Inês. Devo ligar para seu médico?


Inês suspirou fechando o livro. Pensou que era bom demais para ser verdade não ver Victoriano se preocupando com os males dela, já há quase 5 meses sem ela sofrer  uma crise como a que ele presenciou. Mas ela recaiu e a crise que teve e a que a deixou entre prantos no sótão, ela sabia que não ia ser fácil esquecida por ele e que por isso, daria mais motivos para mais preocupações dele. Mas se sentindo bem, Inês queria esquecer o episódio . Ainda mais que com os anos passado, ela seguia não gostando de ser sempre o cristal de Victoriano, nem o centro das atenções da família. Não da maneira que era...


E então, ela suspirou com pesar, subiu o olhar para olhar Victoriano, e se moveu pra deixar o livro em uma mesinha ao lado deles para depois dizer o olhando.


— Inês : Sabe o que quero? Quero que faça amor comigo.


Victoriano abriu a boca mas nada pôde dizer, quando teve a boca de Inês encontrando com a dele sem esperar reposta dele. E ele não se fez de difícil, a beijou subindo as mãos que abraçavam o corpo dela para apertar os seios com desejo.


Os pássaros cantavam voando próximo aonde eles estavam, e o som dos cânticos deles se misturou ao som dos beijos que Victoriano e Inês começaram trocar. Que neles, Inês girou o corpo subindo de frente no colo de Victoriano com as pernas dela abraçando a cintura dele. E como ela havia pedido, ele estava pronto para fazer amor com ela. Que a apertando nos braços, Victoriano entre suspiros de tesão, descia os beijos no pescoço de Inês e buscava o vale entre os seios dela que se mostravam já eretos para ele debaixo do fino pano da camisola que ela usava.

Inês suspirava excitada e de olhos fechados enquanto era beijada e apalpada por Victoriano. Era sempre nos braços dele o lugar que ela se sentia mais viva. Mais mulher. Parecia que fazer amor com ele a revigorava. Pois era só quando faziam amor, que Inês pensava que tinha certeza que não tinha Victoriano a olhando com olhares de pena e compaixão, e nem a tratando como um cristal quebrável. O que ela odiava. Odiava com toda sua alma quando via tais sentimentos estampado no rosto de todos, mais ainda mais no rosto do homem que amava. Que dessa forma, Inês se sentia pequena, menos mulher quando pensava que tinha a pena do próprio marido.  E que assim, quando ele sempre a tinha como mulher nos braços dele, trazia a ela os maiores dos consolos,  que era a ilusão quando ele a tomava que voltava ser a mulher que se casou com ele.  Não aquela que já madura, sentia cada vez mais frágil diante de seus fantasmas do passado.


E ela então, sentiu Victoriano levantar a camisola dela e ela ergueu os braços pra se livrar rápido da única peça que a vestia. E quando Victoriano viu os seios de Inês, tão belos e do tamanho que cabia perfeitamente entre suas mãos, de pele alva e macia, ele logo os apertou nelas soltando um gemido de tesão. E Inês jogou a cabeça para trás deixando seus lindos cabelos cair sobre suas costas nuas. E Victoriano, levou os lábios para o peito dela, beijou ali o meio daqueles seios sem larga-los. E não deixando de roçar os lábios na pele suave dela, ele disse, rouco de desejo a adorando como que se os anos não tivessem passado.

— Victoriano : É a mulher mais linda que meus olhos contemplaram todos esses anos, Inês. 


Inês soltou um leve gemido e buscou os olhos dele. A adoração que Victoriano tinha por Inês, junto com todo seu desejo, se mantinha intacta durante os anos passados. Ainda que ela algumas vezes temia em acordar e não ter mais todo desejo e adoração que tinha do marido em todos aqueles anos.  E em só pensar em perder toda a intensidade de Victoriano, Inês, sentia que uma parte dela poderia morrer se ele algum dia deixasse de querê-la como sempre a queria. Ela se sentia tão dependente do amor dele quanto sentia que era do ar para respirar. 


Mas espantando os temores que assombrou sua mente, Inês, desceu as mãos e sentiu o membro de Victoriano, grande e toda sua grossura no meio da perna dele e apalpou com desejo com a mão. E Victoriano retribuiu o toque, roçando os dedos na intimidade dela . Ele sentiu ela molhada e fechou os olhos soltando um baixo gemido seguindo a tocando. E Inês gemeu.


— Inês : Oh, Victoriano. Oh, meu amor.


Ela sentiu ele escorregar os dedos para dentro dela e ela desejou ter mais que eles em seu interior. E então ela tomou os lábios dele com mais fome e Victoriano que não vestia nada por baixo da calça de moletom do seu pijama, tirou seu membro pra fora, e Inês sentiu ele penetra-la segundo depois. Ela o agarrou forte nos ombros, se posicionou melhor na espreguiçadeira, ficando de joelhos nela para dar impulso e começou cavalga-lo, gemendo.


Eles olharam nos olhos um do outro entre suspiros de prazer e gemidos. Victoriano, tomou a cintura de Inês com força, para ela ter mais rapidez no seus movimentos. E ela fechou os olhos deixando se levar pelas mãos dele em seu corpo que subia e descia no membro dele. Cada deslizar dos seus sexos conectados os deixavam com mais desejo e tesão. E quando Victoriano, viu que Inês respirava mas agitadamente e seus gemidos se tornavam mais audíveis, notou que o orgasmo dela se aproximava. E então, ele segurou nos seios dela e disse entre os dentes.


— Victoriano: Goza pra mim, meu amor. Goza...

Victoriano levou a boca em um seio de Inês, enquanto apertava o outro e ela gritou de prazer, foi mais rápida e gozou gemendo alto .


E Victoriano vendo que ela diminuía sua intensidade, se levantou com ela e a levou para o quarto. Quando Inês esteve na cama, olhou Victoriano se despir e suspirou voltando sentir todo desejo que a pouco foi saciado com um orgasmo. Victoriano, estava sendo como um bom e velho vinho que quanto mais os anos passavam ele ficava melhor, mais gostoso e desejável.  E ela lambeu os lábios apenas o admirando ficar nu.

E quando ele voltou até ela, Inês o abraçou com as pernas em volta do corpo dele, e ele levou a ereção dele até entrada dela, a penetrou e começou a se mover rápido, dessa vez ele tendo controle dos movimentos. Inês agarrou nos lençóis da cama gemendo e suas pernas em movimentos com o corpo de Victoriano, foram agarradas pelas mãos dele.

Ele estava ofegante, cada rápida reentrada em Inês, o fazia se aproximar do seu orgasmo. Mas ele saiu dela e ela gemeu sofrida pela perca dele, mas logo depois ele se ajoelhou na cama e ela sentou, e ele a buscou pela nuca para um beijo com fome dela. E depois, ele disse, todo vermelho.


— Victoriano: Vira, vira de costa para mim, morenita. Quero degusta-la dessa forma.


Ele mordeu o ombro dela ofegante, depois das palavras e Inês soltou um riso e depois um gemido manhoso para ele ouvir e se virou como ele queria.


Victoriano a olhou se empinar de costa para ele. E ele suspirou mais excitado com a visão que tinha dela. E então, ele desceu o rosto, beijou o centro do canal dela todo molhado, e Inês choramingou gemendo agarrando firme nos lençóis com mais tesão, enquanto apertava os olhos fechados. Victoriano começou lamber a vagina dela e brincar com seu clitóris, sem pressa, a degustando como havia dito que faria . 

E Inês gemeu mais insana. Estava toda vermelha e exposta para ele.  E o quadril dela começou ter vontade própria, que se movia lento contra o rosto dele que fazia Victoriano gemer cheio de tesão enquanto tinha as mãos agarrando a cintura dela.


— Inês : Ah, Victoriano! Oh, céus! Eu vou...Ah!


Inês gozou de novo aos berros.  E, Victoriano, gemeu ouvindo ela gemer satisfeita. Mas sem querer deixar o que fazia, ele  segurou mais firme na cintura dela e explorou com mais fome o sexo dela, subindo a língua até mais em cima depois desceu de volta sondando o canal dela que dava a ele todo o gozo dela. E então ele parou, parou já não podendo mais não estar dentro dela.  E quando ele deslizou para dentro seu membro em uma lentidão, ele sentiu Inês contraindo novamente e então ele foi rápido, para dar aquele prazer novamente e mais intenso a ela do que antes .

Inês sentia seu orgasmo mais forte, mais gostoso enquanto o corpo dela estava nas fortes mãos dele. Victoriano, era o homem e o único que poderia dar ao corpo dela todo aquele prazer múltiplo como fazia ela ter até ver seu corpo amolecer perante tanto prazer. Isso tudo porque, cada célula do corpo de Inês era vulnerável a Victoriano. 

E era assim, com o rosto virado entre os lençóis da cama e seu cabelo revolto, toda vermelha, sendo tomada por ele, que Inês sentia ser a mulher cheia de vida outra vez. Victoriano era o seu remédio daquela parte dela que só despertava nas mãos dele. E a ausência dele poderia ser a total perdição dela.

E com ele ainda se movimentando dentro dela, ela notou que ele iria gozar e ela procurou com a mão abaixo do seu corpo seu clitóris para se estimular. Queria gozar novamente com ele. E enquanto ele dava suas últimas investidas contra ela, ela gozou, gozou desejando ficar naquele quarto, na cama com ele toda a vida.


Mais tarde.


Inês colocava um brinco na orelha no meio do quarto. Ela tinha um sorriso largo no rosto, enquanto se arrumava para descer e estar com as filhas no café da manhã. Victoriano, que estava já bem vestido para tomar café com suas amazonas e seguir para sanclat, chegou e a abraçou por trás. Inês tirou a mão de sua orelha ainda sorrindo, baixou ela e tocou os braços de Victoriano que abraçou ela pela cintura. E depois que ele beijou ela no rosto e roçou seu bigode carinhosamente na pele do pescoço dela, ela o ouviu dizer feliz.


— Victoriano : Depois desse despertar que tivemos, não poderei em hipótese alguma ter um dia ruim, morenita. Estava tão sedenta essa manhã.


Depois de suas palavras, Victoriano riu, beijando agora o pescoço de Inês, enquanto ela sentia seu rosto corar. Tinham quase 25 anos de casamento e ele às vezes ainda tinha o poder de fazer ela corar como a menina que foi um dia nos braços dele. E assim, como estavam, Inês suspirou também feliz . O dia estava belo e o despertar dele passando aqueles momentos com Victoriano na cama, ela pensou que não tinha também como ela ter um dia ruim. E assim, ela disse, buscando de lado os olhos dele.


— Inês : Devíamos fazer amor pelas manhãs mais vezes, meu amor.


Victoriano, sorriu e a respondeu ainda abraçado com ela em um tom brincalhão.


— Victoriano : Posso assinar um documento agora mesmo com essa cláusula em nosso casamento, que cumprirei todas as manhãs com muito prazer, morenita.


Victoriano a beijou nos lábios rindo, e Inês depois baixou a cabeça pensando nas palavras dele. Podiam fazer amor todas as manhãs. Mas não era em todas elas que ela estava bem para ser a mulher dele e ele parecia sempre saber quando ela necessitava dele, não como homem, mas como o marido que acima de tudo a amava. Viver naquele casamento dentro daqueles anos, virou uma montanha russa que Victoriano aprendeu andar. Um dia, tinha Inês totalmente elétrica, sorridente, mãe, mulher, em outros podia ter ela em crise, arisca, fugindo dele, criando motivos para sofrer mais e brigar, e necessitada assim de atenção não só dele como das filhas. E Inês muitas vezes se perguntava até quando Victoriano aguentaria a instabilidade dela e estar naquela montanha russa que ela se culpava que tinha tornado o casamento deles.


E então sem dizer nada, ela saiu dos braços dele e foi até a penteadeira, sentou na cadeira pegou uma escova de cabelo e começou a penteá-lo. E Victoriano, disse estranhando o comportamento dela.


— Victoriano : Disse algo mal?


Inês logo negou com a cabeça. Tinha o melhor dos maridos. Mas sentia que ela não era a melhor das mulheres para ele.


E então ela disse, não querendo revelar o que sentia naquele momento.


— Inês : Quando Bernarda, vem?


Victoriano suspirou. A viúva de seu pai, era muito querida pelas filhas dele com Inês, mas por ela, nem tanto e ele sabia. As duas seguiam com um relacionamento distante mas que se respeitavam, o que era importante para Bernarda aquilo para ter a entrada livre na fazenda e poder ver, as netas que era assim que ela as queria. Principalmente Constância. E sem saber quando Bernarda vinha, ele disse.


— Victoriano: Conny, que disse que ela vem Morenita, mas ainda não sei quando. Sabe como nossas filhas gostam dela. Principalmente nossa Constância.


Inês suspirou de corpo tenso. Não a agradava muito ver Constância querer como queria Bernarda. Havia passado mais de 20 anos que esteve pela primeira vez a frente daquela senhora que já tinha pouco mais de 60 anos, e ainda assim, Inês não podia esquecer como foi recebida e atacada por ela durante os primeiros anos de casamento com Victoriano. Bernarda poderia ainda não aceitar ela, e se isso ainda de fato acontecia, Inês não mais ingênua com o ser humano e o mundo não muito cor de rosa que vivia, não se sentia segura diante dos segredos que ela e Victoriano guardavam, das jovens filhas deles nas mãos de Bernarda. Principalmente o que podia afetar mais Constância e que ela se culpava toda a vida da jovem por sua falha.  E então, Inês largou a escova se levantou e disse séria, olhando Victoriano nos olhos.


— Inês : Não me agrada muito ver que Constância goste tanto de Bernarda. Eu, eu temo, Victoriano. Temo que um dia ela revele a nossa menina e não só a ela, o que houve no passado!


Inês respirou pesadamente expondo seu temor a Victoriano. Recordava também da conversa que Constância havia levantado no almoço anterior entre eles, que Bernarda dizia que ela não era amada pela mãe. E Victoriano que teve Inês  na frente dele, pegou nas mãos dela e disse a vendo de olhos aflitos, mas acreditando que aquilo não aconteceria. Ele confiava em Bernarda, ela era da família. Seguia sendo uma Santos e que amava a filhas deles com sinceridade e que por mais isso, ele acreditava que ela jamais revelaria tais segredo que eles escondiam das meninas, principalmente de Constância, dos dias maus que tiveram.


— Victoriano: Bernarda não faria isso. Ela ama nossas meninas como netas. Principalmente Constância, Inês. Não pense isso. Além do mais, penso que já é hora de deixar de ter tantas desconfianças com Bernada. Morenita, ela sempre esteve ao nosso lado.


Inês puxou a mão que Victoriano segurava e se afastou dele cruzando os braços e disse, descontente.


— Inês : Adelaide também. E ainda assim, sinto que nosso passado é mais seguro com ela. Do que com sua madrasta Victoriano.

Victoriano suspirou. Inês podia ser muito teimosa quando botava uma ideia na cabeça dela, que nem ele que era como a bússola dela quando ela ameaçava se perder, fazia ela mudar de ideia ou acreditar em algo que duvidava.


E então ele apenas disse, depois que passou uma mão entre seus cabelos grisalhos.


— Victoriano: Morenita, por favor.


Inês o olhou de lado, com os olhos que a tinha presa sempre em sua cadeia de amor que ela tinha dele todo seu cuidado e carinho e então, ela se aproximou dele, repousou as mãos sobre seu peito e disse. 


— Inês: Eu não sei querido, posso estar enganada, mas a muito tempo que não confio em Bernarda. Tenho medo de um dia acordar e minhas filhas descubram que tem um mãe louca que já esteve em um hospício. Ainda mais Constância que rejeitei ela em seus primeiros dias de vida. Temo tanto que ela saiba disso.


Victoriano suspirou vendo que do rosto de Inês descia uma lágrima, ele limpou com o dedo tomou o rosto dela entre as mãos e disse, para tranquiliza-la. 


— Victoriano: Elas só sabem o que convém elas saber, Inês. E seguirá assim... Bernarda não falará nada. Se falar, eu mesmo proíbo que ela volte pisar em nossas terras. Ninguém fará mal a você ou a nossas filhas tendo a mim ao lado de vocês. Não chore.

Victoriano beijou a testa de Inês depois de suas palavras. E depois que voltou olhar nos olhos dela, ela disse quando soltou um suspiro em pesar.


— Inês : Meu passado me condena como mãe, Victoriano e Conny, foi a mais prejudicada.


Inês só falava da verdade que sentia e sabia que não podia concertar. Ainda que quisesse, ainda que tentasse. Tinha uma sombra de culpa entre ela e sua caçula que ela mesma tinha criado a afastando assim dela mesmo que não fosse intencionalmente. E Victoriano conhecia mais que ninguém aqueles sentimentos que Inês nutria. Viu ela se doar muito por Constância, se cobrar, proteger a menina, que agora era uma moça que Inês não conseguia ser tão afetuosa com ela sem vim na mente seu erro do passado e que ela não se perdoava. Não se perdoava por ter rejeitado a filha. E então, ele disse, decidido a não seguirem com a conversa que estavam tendo. 


— Victoriano : Que tal não estragar nosso dia que começou maravilhosamente bem, falando do passado, hum? Vamos descer, nossas amazonas devem estar nos esperando.


Inês fechou os olhos os abrindo em seguida depois que puxou seu ar do peito e assentiu concordando com Victoriano, dizendo.

— Inês : Tem toda razão. Vamos, meu querido.


Inês deu um beijo nos lábios de Victoriano e deixou o quarto sendo seguida por ele.


E momentos depois eles entraram na sala do jantar.  A mesa com um banquete de pães, bolos, bolachas, frutas, chás, leite, café e suco estava montada com as meninas sobre ela e Adelaide chegava com um sorriso e uma cesta de pães doces para acrescentar na mesa. E de braços dado com Inês, Victoriano disse feliz.


— Victoriano: Minhas Amazonas todas na mesa, meu dia não tem como melhorar mais.


Victoriano puxou a cadeira pra Inês sentar, e ele ouviu Diana dizer, enquanto Adelaide ia pro lado de Inês e pegava na mão dela carinhosamente.


— Diana : Bom dia para vocês, atrasados. Certeza estavam namorando.


Inês escutou as palavras de Diana, apenas dando um sorriso olhando para ela e depois para suas duas outras filhas na mesa dando o mesmo sorriso de amor a elas.


E Cassandra, que passava requeijão em um pedaço de pão disse também, sorrindo.


— Cassandra: Bom dia pombinhos.


E Victoriano que havia sentado todo espaçoso na ponta da mesa, servindo de café, sorriu, mas olhando Constância que parecia distante enquanto mordia uma torrada sem olha-los.

E depois que Inês já acomodada, jogou um guardanapo sobre a perna vendo Adelaide servir chá para ela em uma xícara. Ela finalmente disse.


— Inês : Bom dia, minhas filhas.

O sorriso que Inês agora deu largo que acompanhou seus olhos, fizeram Cassandra e Diana sorrir com ela. E Diana disse.


— Diana : Parece tão bem essa manhã, mamãe.


E Victoriano com um riso maior depois que desviou os olhos de Constância e buscou os olhos de Inês, respondeu Diana.


— Victoriano : E ela está querida.

E Cassandra que estava animada por ver Inês bem melhor que a última vez que sentaram naquela mesa, ela disse. Querendo ter um momento com a mãe depois da faculdade.


— Cassandra : Depois da minha aula podíamos tomar um banho de rio mamãe, nós duas e Conny.


Victoriano então ficou inquieto com a ideia. Os olhos dele logo buscou os de Inês. E depois ele disse, quando voltou olhar para Cassandra no modo dele protetor demais.


— Victoriano : Não sei se é uma boa ideia, filha.


Inês suspirou ficando nervosa. As vezes ... As vezes tinha Victoriano pior que um pai. E o tinha daquela forma quando ele fazia aquilo, que era tratá-la como o cristal dele.  E então rápido e sem olha-lo, ela disse.


— Inês : A ideia é maravilhosa, filha. Mas e você, Conny, minha filha, irá?


Constância que bebia um pouco do suco que tinha na mão voltou com ele na mesa e olhou para o rosto da mãe, de coração já acelerado depois de ouvi-la. Inês queria a companhia de Constância com ela, queria ela junto naquele passeio que se tornaria mais fácil ela também ser a mãe dela com Cassandra presente. Era estranho, mas Inês sentia que quase sempre tinha uma parede de gelo entre elas que ela sentia que era difícil quebra-lo quando só tinha as duas mas que como estavam acompanhadas, Inês tinha a coragem como estava tendo de fazer aquilo. Porquê a sós, os pensamentos viam, a culpa, a lástima que fazia Inês sempre recuar e não fazer mais para que Constância se sentisse amada como era sem dúvidas por ela como as irmãs eram.

E ainda que Constância deseja demais aquele passeio com a mãe. Ela foi firme em dizer.


— Constância: Não sei. Fiquei de cavalgar com Emiliano depois da aula.


E Inês despois que buscou rápido os olhos de Victoriano, e que atrás dela, Adelaide em pé em um canto também a observava e que ambos sabiam a luta que ela tinha em seu interior com os sentimentos que travava em relação o que fez no passado e que parecia que pesava mais nas costas dela conforme Constância ia crescendo. Ela disse com coragem.


— Inês : Podemos fazer isso também, nós duas com sua irmã e Emiliano se quiser.


E Constância que tinha um garfo e faca na mão, largou eles ao lado do seu prato de panqueca doce que foi um gesto malcriado e que Diana observou fazendo cara feia para irmã mais nova. E então, ela disse questionando a mãe que preferia estar com ela sempre acompanhada.


— Constância : Por que não pode ser só a gente? Porque mamãe?


Inês levou a mão dela na testa e seus dedos nervosos tremeram e ela desceu aos lábios os fechando para esconder o maldito desequilíbrio que ela tinha emocional e que fácil era notado quando ela se exaltava. E antes que Victoriano dissesse algo, Cassandra disse, querendo tirar o clima que tinha ficado na mesa.


— Cassandra: Quer me tirar do programa, Conny?


E Victoriano de olhos fixos em Constância, depois que limpou os lábios ele disse sério a ela.


— Victoriano: O convite é para as três. E você vai, não vai Constância?


Constância deu de ombros e virou o rosto segurando lágrimas nos seus olhos . Inês tinha pegado na mão de Victoriano que estava sobre a mesa para não vê-lo exaltado com a filha deles. E Diana, que tinha alguns flashs do tempo do nascimento de Constância e que nele tinha alguns acontecimentos na mente dela, ainda na espera de mais esclarecimentos que não teve como queria mas que ela podia entender que fazia parte da história do irmão que teve e que Victoriano a tinha calado sobre esse assunto com uma breve explicação que pouco ela lembrava.  Ela disse, ciente que no meio do relacionamento da irmã mais nova dela e a mãe, tinha uma grande questão mal resolvida que explicava a atitude de ambas.

— Diana : Não vamos tornar o convite de nossa irmã em uma briga, Conny.  Façam esse passeio as três. Se divirtam por mim e o papai.


E depois de um silêncio que por sorte foi quebrado por uma história que Cassandra lembrou, voltaram a comer com o espírito feliz que estavam no início do café.


E mais tarde na empresa de laticínios Sanclat.

Victoriano trabalhava cheio de ambição que em meio dela, ele planejava salvar uma empresa que estava a beira da falência comprando-a. Ele queria reerguer a famosa empresa de laticínios como a dele mas agora nem tanto, que levava o nome de, S.A, laticínios e derivados do leite, almejando assim com esse plano unir as marcas, fazendo uma parceria no mercado que a empresa dele já tinha conquistado internacionalmente.  E que por isso, ele estava eufórico para empreender mais aquele novo negócio. Mas que ainda só estava na mente dele aquele plano ambicioso feito por um empresário tão visionário como ele e em comunhão com seus sócios. E que para por em prática o que queria, Victoriano, precisava de mais informações que tinha da quase falecida empresa. Para comprar ela e sua marca, ele sabia que precisava saber qual terreno estava pisando e ter fácil a venda dos atuais donos dela. E que para obter essa tais informações, ele precisava aderir a velha e certeira carta da espionagem empresarial que muitos empresários usavam, interessados em compras de empresas e também de outras coisas mais e que assim mandavam subordinados sondar terrenos alheios para voltar com o relatório completo. E Diana se ofereceu pra ser a espiã empresarial do pai. Se ofereceu porque era capaz daquilo. Era tão ambiciosa como ele. Ela era ambiciosa mas não daqueles que respiravam dinheiro, e sim com o pai dela, que era inteligente, tinha o espírito vencedor que dificilmente jogava para perder. 


E assim, toda eufórica como Victoriano, Diana, disse no meio do escritório dele na empresa .


— Diana : Não é a primeira vez que faço isso, papai.  Sabe que posso.


Victoriano sorriu de lado. Não era mesmo a primeira vez que Diana era uma peça que beneficiava ele. Esperta como era, ela já foi em eventos que ele não pôde estar apenas pra sondar e jantares empresarial o representando sempre obtendo êxito.  E então ele disse todo orgulhoso, tendo as mãos nos braços dela.

— Victoriano : Sim, sim. Eu sei minha filha. É uma Santos! E uma missão dada a nós é uma missão cumprida!


Ele riu alto e beijou Diana na testa e andou até a mesa dele, enquanto dizia.


— Victoriano : Só vou pedir que tome cuidado . E qualquer problema me ligue imediatamente.


Diana, bateu continência com um riso e saiu da sala de Victoriano. E quando ele viu a porta se fechar, sentou por trás de sua mesa suspirando . Ele tinha em Diana, o que o pai dele buscou nele com aquela idade. E Victoriano cada dia que passava sendo pai de três mulheres, via seus conceitos cada vez caindo, aonde cresceu em uma família que tinha um feio costume de só querer dar postos altos e todos créditos ao êxitos financeiros aos frutos homens dela. Diana que trabalhava ao lado dele formada em administração de empresas e Cassandra que estudava engenharia civil, era a prova para ele que ele estava na era onde as mulheres podiam tudo, podiam até voar se quiserem...


E horas depois.


Na empresa de laticínios, S.A, disfarçada de uma interessada empresária em comprar os produtos da empresa, Diana entrava em uma área refrigerada depois que despistou dois homens funcionários da empresa que dava um tour com ela entre a fábrica.


Ela vestia um jaleco branco que deram a ela, calça jeans e botas marrons, com os cabelos presos em um rabo de cavalo e um crachá no peito pra ser identificada como uma possível compradora. E assim, ela andava vendo baldes gigantes aonde alimentos derivado do leite estavam sendo preparado. E ela viu também uma esteira, aonde tinham forminhas que rolavam depois de cheia por um líquido cremoso por uma máquina.

Diana andava olhando tudo com os olhos curiosos. Ela era os olhos do pai ali, e com eles ela observava que a produção era pouca. Era mais que claro que estavam realmente a beira da falência. E assim, andando ela ouviu vozes e olhou para trás vendo a porta branca de duas partes que havia passado pra entrar naquele local que tinha uma plaquinha que dizia que era restrito. E então sabendo que não podia ser pega ali, ela olhou para outra porta na esquerda de madeira branca, escrito não entre, que  ela rápido entrou nela. Quando bateu de cara com um rapaz que também se escondia por trás daquela porta.


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