Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Eu tinha avisado para vocês que estava com uns capítulos prontos e fazendo outros certo? Por isso eles não estão demorando a serem postados. Eu demorei muito com essa história parada e por isso estou só escrevendo ela por enquanto. Eu só quero chegar perto da segunda fase, o que provavelmente será entre o capítulo 20. Obrigada por estarem lendo e segurem na mão de Inês depois daqui, nossa neném vai precisar kkkk eu tô rindo mas ando chorando escrevendo essa história kkkkk.



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9 meses depois. 



Em um hospital. Inês com Victoriano, todo tempo ao seu lado, dava a luz ao seu primeiro filho.

Fernando, como chamava seu avô paterno, nascia de parto normal aos berros e cheio de saúde.

Aos cinco meses, Inês e Victoriano tinham descoberto que de fato o filho que esperavam, era menino. E que Victoriano e Fernando, nunca tiveram dúvidas, mas Inês só acreditou quando no exame de ultrassom mostrou claramente o sexo de seu filho. E depois de descobrir que estava grávida, descobrir o sexo dele, foi o que fez mais ela chorar de felicidade. De fato ela estava na família de primogênitos homens.

E cinco horas depois de um parto sem complicações de Inês. Ela dormia no seu leito enquanto, Victoriano com o filho deles, enrolado em uma manta verde, o aninhava nos braços.

Victoriano, sentia o homem mais feliz no mundo naquele momento. Seu filho que dormia nos braços dele, o tinha enchido de um amor que ele desconhecia. Fernandinho, era um bebê gordo de pele rosada, olhos claros como os de Victoriano, com os poucos cabelos que parecia que seriam castanhos, uma boquinha minúsculas e dedos das mãos cumpridos . Ele era uma graça, o bebê o mais lindo daquele hospital, segundo o pai mais babão que segurava ele. Enquanto o avô, não o tinha conhecido ainda. Mas, Fernando Santos, já estava dentro de seu jato particular pra conhecer seu neto, que orgulhosamente tinha o nome dele.


E ali, enquanto Victoriano olhava com os olhos cheio de amor seu filho. Inês, despertou e sorriu vendo ele de costa com Fernando nos braços.

Estava em paz, estava feliz . Era mãe e finalmente tinha convertido o homem que amava em pai . Levando a mão ao lado da cabeça, tocando nos cabelos, Inês só pensou o quanto sua mente podia ser negativa e enganosa . Havia sofrido com ela e seus pensamentos, de que não seria capaz de ser mãe. E agora estava ali, feliz como no dia de seu casamento. E o que podia acontecer pra acabar com aquela felicidade. Mais nada! O que ela tanto almejou naqueles quase 3 anos, já tinha nos braços de Victoriano.


E então, Victoriano se virou pra ela. Ele sorriu olhou o filho nos braços e voltou olhar para ela pra dizer sorrindo.


— Victoriano: Sou o homem mais feliz do mundo, Inês. E isso graças a você!


Inês sorriu vendo ele se aproximar. E devagar, Victoriano deu um selinho nela e Fernandinho, resmungou e Inês se sentou dizendo.


— Inês : Alguém está com fome.


Victoriano, viu ela descer um lado de sua troca de camisola e o seio dela mostrar que estava farto de leite. E assim, entregando Fernando para os braços de Inês, Victoriano brincou .


— Victoriano: Agora terei que dividi-los.


Fernando sugou com vontade o seio de Inês e ela buscando os olhos de Victoriano, disse sorrindo como ele estava.


— Inês : Tão ávido como o pai dele.


Victoriano riu e disse, todo orgulhoso.


— Victoriano: Assim são os Santos! Meu filho não ia ser diferente.


E no dia seguinte, Inês com o filho estava de volta na fazenda.


Fernando o avô, já estava instalado na fazenda junto com Bernarda, sem terem pressa pra voltar.


E no quarto do bebê.


Inês deixava seu filho dentro do berço. Ela suspirava de amor. Ele era o presente mais belo que a vida tinha lhe dado.


E o olhando dormir, Victoriano a olhava da porta do quarto em silêncio.


O quarto de Fernando, era em um azul claro e branco e os móveis no tom das cores. Um quadro, de Inês grávida sendo abraçada por Victoriano por trás, ficava em uma pequena estante de frente pra porta. Logo, quadros com Fernando e os pais encheriam aquele móvel acompanhado em imagens seu crescimento.


E assim, baixo pra não acordar o filho deles, Victoriano, disse se aproximando.


— Victoriano : Meu pai e Bernarda, nos esperam para almoçarmos em família.



Inês então sentiu Victoriano tocar o ombro dela. E virou sua cabeça para olha-lo. E disse, com uma felicidade que não cabia no peito dela.


— Inês : Posso passar horas olhando nosso filho, que acho que não me cansarei de fazer isso. As vezes até penso que não é real. Estou tão feliz, Victoriano.


Victoriano beijou nos cabelos de Inês. E disse, tão feliz quanto ela.


— Victoriano : Penso igual, morenita. Mas é a nossa realidade. Sempre soube que me daria um filho.


Inês se virou para ele o tocou no peito e disse com amor, porque dentro daqueles dois anos até ela descobrir que estava grávida ele sempre esteve a apoiando e acreditando que teriam sim aquele milagre, que era Fernando.


— Inês : Sim. Você sempre soube, e nunca teve dúvidas que viria um menino. Isso é tão...

Victoriano sorriu dando um selinho nela e continuou.


— Victoriano: Tão família Santos de ser. Essa é a palavra, meu amor. Eu sabia todo tempo que nosso primeiro filho, seria um menino.


Inês sorriu . Não tinha dúvidas daquilo. E com as mãos no peito dele e enquanto ele abraçava ela pela cintura, ela disse, desejando que o filho dela, fosse como ele como o pai quando se tornasse um homem.


— Inês : Converta nosso filho no homem que é hoje. E eu morrerei de orgulho.


Eles então se beijaram e Victoriano a abraçou, olhando seu filho dormir no berço. Era sim o homem mais feliz do mundo.




E assim alguns dias passou.


E em um domingo de manhã na capela da igreja da fazenda.


Victoriano e Inês, com um padre e alguns convidados pra ver aquela cerimônia, batizavam Fernando.  E Vicente e Diana Maria, eram os padrinhos daquela criança.


Na primeira fileira dos bancos da capela, Fernando Santos, de braços dados com Bernarda, olhava sorridente seu neto chorar alto quando a água benta caiu na testa dele. Estava orgulhoso e sentia que finalmente morreria em paz depois de conhecer seu primeiro neto.

E no final da cerimônia, se fazia uma festa naquele dia bonito de sol, e cheio de sorrisos e paz na fazenda, Morenita.


E Bernarda observava tudo calada demais. Via Inês feliz e sorrir com amor para seu filho sentada em uma das mesas. A jovem, agora sim tinha tudo que queria. E ela revirou os olhos e saiu dali.


E Inês, na mesa que estava, ouviu seu sogro dizer quando se aproximou dela.


— Fernando : Será que posso pegar um pouco meu neto?


Ela levantou a cabeça, vendo Fernando em pé se apoiando em sua bengala, enquanto sorria olhando o neto nos braços dela. E ela também sorrindo disse.


— Inês : Claro, seu Fernando.


Fernando puxou a cadeira e sentou, e logo em seguida Inês deu o filho nos braços do avô.


Fernando com suas mãos já com a pele calejada com os anos que lhe trazia experiências de vida com elas, segurou o neto da forma que ele ficou estirado e de frente para o corpo do seu avô.  E Fernando observava seu meninão, todo de branco com a mãozinha na boca já com quase 3 meses de vida.

E assim ele disse para aquele bebê.

— Fernando : Vai ser um homem honrado, chefe de família e que ao crescer isso tudo que vê, também será seu, meu neto.


Fernando seguiu falando com seu netinho todo bobo, e Inês se levantou da mesa procurando por Victoriano entre as pessoas mas não o viu, encontrando assim, Diana Maria que parecia aflita.



E assim, ela disse.


— Inês : Aconteceu algo?


Diana Maria passou seus cabelos loiros para trás e disse o que afligia ela.


— Diana Maria : É Diana Elisa, sabe que ela está grávida, e agora recebi uma notícia que ela está no hospital.


Inês suspirou preocupada. Sabia que a irmã gêmea de Diana Maria, estava grávida e estava tendo um início de gestação conturbada. Já que irresponsável, diferente da irmã, havia se envolvido com um homem que a abandonou e doente com depressão, ela levava uma gestação complicada e que por isso, Vicente e Diana Maria cuidava dela, por ela estar morando com a irmã e cunhado.


E então Inês, disse amável como sempre era.


— Inês : Sua irmã precisa de você, Diana Maria. Vai vê-la.


Diana Maria respirou fundo arrumando os cabelos do vento que dava . E respondeu com um pouco de pesar, Inês.


— Diana Maria: Não quero deixar a festa do batizado do meu afilhado assim, Inês.


Inês então tocou um braço dela, alisando para que Diana Maria se tranquiliza- se e em relação aquilo. E disse.


— Inês : Seu afilhado está bem. Está com o avô dele, que já está lhe dizendo que não tem opção que ele vai ter que tomar um dia as rédeas de tudo isso, enquanto ele dorme ainda sem entender nada.  Pois bem, a parte que exigia sua presença, já passou. Cuide agora da sua irmã e me mande notícias por favor.


Inês depois de suas palavras sorriu com sinceridade para sua agora comadre e Diana Maria, tocando a mão dela que tocava nela, disse.


— Diana Maria: Você é uma santa, Inês. Como não ama-la?


E ainda sorrindo, Inês a respondeu.


— Inês : Não seja boba, e vai. Eu aviso a Vicente, o que está acontecendo, quando ele não vê-la.


— Diana Maria: Obrigada, Inês.


Inês observou Diana ir e sentiu Victoriano pegar no ombro dela, chegando naquele momento e perguntar.


— Victoriano: Onde Diana Maria, vai?


Inês então se virou e não vendo Vicente, com ele, ela disse.


— Inês : Aonde está Vicente? Achei que estivesse com você. Diana Elisa, não está bem, e por isso ela teve que deixar mais cedo a festa.


E soltando um suspiro pesado, Victoriano disse sério, por saber também da história de Diana Elisa .


— Victoriano: Vicente parou em uma mesa com nossos amigos da empresa. E não entendo, essa espécie de homens, que abandona suas mulheres grávidas! Sinto vergonha de ser um, quando vejo uma atitude covarde dessas!


Inês então tocou o rosto de seu amor com carinho e disse.


— Inês: Você teve um ensinamento diferente pelo seu pai, meu bem. Você nunca seria capaz de fazer isso.


E Victoriano abraçou Inês pela cintura e disse, agora sorrindo.


— Victoriano: E vou passar os mesmos ensinamentos para meu filho. Ele vai saber como tratar bem uma mulher e ser responsável desde cedo.


Inês então riu, lembrando que seu sogro já fazia aquilo também para o neto ainda bebê . E então ela disse, em tom de brincadeira, mas certa que teria um filho que lhe daria orgulho quando fosse um homem.


— Inês : Pobre do meu bebê, que nem saiu das fraudas ainda e já sabe que tem um sobrenome pra honrar e tomar posse.


E dias depois ...



Inês estava em uma cadeira de amamentação no quarto de Fernando, aninhando ele nos braços enquanto seus pensamentos cheios de saudades iam até Constância. E ela sorriu olhando para seu filho que mesmo dormindo sorriu. Fernandinho, já tinha quase 5 meses e Inês, seguia experimentando de um amor incondicional que era de mãe pra filho. E sentindo esse amor, era inevitável ela não pensar em Constância com ela agora exercendo aquele papel de ser mãe também.

E assim, baixinho, Inês disse pra seu bebê.


— Inês : Estaria a vovó, feliz e orgulhosa da mamãe se pudesse me ver assim, meu amor ?


Ela tocou com os dedos os cabelinhos do filho . E depois se levantou e deixou ele no berço, beijou a própria mão e tocou em sua cabecinha o abençoando naquele gesto de amor. E assim, ela caminhou para o quarto dela.


Victoriano, estava de viagem de negócios há dois dias e só voltaria no dia seguinte pela manhã. E quando entrou no quarto, sabendo que dormiria sem ele de novo, Inês suspirou cheia de saudades e depois pegou seu robe e cobriu sua fina camisola e saiu do quarto. E assim, ela desceu as escadas e antes de seguir o caminho no meio dela, ela suspirou outra vez naquele silêncio. Era tão grande aquela casa só para ela e Victoriano morar.


E pensando nisso, Inês lembrou das palavras de Victoriano que depois do primeiro filho deles, teriam mais cinco. E Inês sorriu, não queria mais cinco, mas se contentaria com mais dois.
 

E então, ela foi pra cozinha, comeu um pedaço de bolo que Adelaide havia feito pela noite, tomou água e subiu. E logo depois deitou e quando fez, pela babá eletrônica, Inês ouviu Fernando chorar. E ela sorriu cheia de amor, pensando nas noites dela que não eram mais as mesmas depois que seu filho havia nascido. E assim, ela saiu do quarto para vê-lo e momentos depois com ele enrolado em uma manta, se deitou com ele ao seu lado na cama.


E dessa forma, pela madrugada, Victoriano chegava em casa de surpresa . E ele sorriu, quando surpreendeu o filho no lugar que ele ocupava na cama, dormindo com Inês. Ela de lado o abraçava com um braço, ele então tirou o braço dela devagar de cima do filho deles, e o pegou no braço. E assim ele disse, vendo Fernando se espreguiçar nos braços dele.


— Victoriano: Então é assim, campeão, toma meu lugar ao lado da mamãe quando não estou?


Victoriano sorriu para seu filho que bocejou tranquilão nos braços do pai, e ele olhou Inês de sono pesado dormir e voltou a dizer.


— Victoriano: Papai estava com tanta saudade de você e da mamãe. Cuidou dela pra mim não foi? Hum?


Ele beijou a testa do filho e Fernando, então resolveu chorar. E Victoriano vendo Inês se mexer na cama, balançou o filho dizendo.


— Victoriano: Shiu, meu amor . Não vamos acordar ainda a mamãe. 


Ele então saiu do quarto, e ao lado do dele, colocou Fernando no berço, ficou olhando pra ver se ele voltava a dormir e quando viu. Voltou para o quarto desabotoando a camisa que usava.


E quando parou na frente da cama, ele subiu de joelhos nela e se arrastou beijando a perna de Inês, que tinha se virado quando ele saiu. E assim, ele todo tarado cheirou o sexo dela.


— Victoriano : Inês... Inês, já estou aqui minha vida.


Ele a chamou e puxou a calcinha dela pra baixo, Inês abriu os olhos e o que ela procurou primeiro com a mão dela, foi Fernando ao seu lado, enquanto Victoriano já tirava a calcinha dela. E assim ela disse, quando sentiu a boca dela na sua vagina.

— Inês : Já, já voltou, Victoriano.


Ela gemeu fechando os olhos e passando a língua nos lábios, sabendo sem precisar perguntar que antes dele estar com o rosto aonde estava ele mesmo tinha levado Fernando para o quarto. E assim, ela ouviu ele dizer, enterrando dentro dela dois de seus dedos.


— Victoriano: Estava com tanta saudade, Inês.


Ele voltou a chupar o clitóris dela movendo os dedos dele também. E ela segurou os forros da cama gemendo, e o respondeu.


— Inês: Sim, eu sei que estava. Estou sentindo o quanto.


E ele se afastou arrancando a camisa e disse, todo cheio de desejo.


— Victoriano: Espero que esteja com as pílulas em dia, se não te faço outro filho hoje mesmo.


Inês riu e o respondeu o vendo se despir.


— Inês : Que convencido está, meu amor.


E Victoriano também rindo disse.


— Victoriano: Eu estou com tesão da minha mulher.


Ele então se debruçou sobre ela e a beijou nos lábios e depois voltou a dizer ofegante, pegando no pano da camisola dela.


— Victoriano: Tira Isso . Hum.


Ele puxou a camisola e Inês ficou nua, e ela puxando ele pelos braços e o prendendo pelas pernas, disse.


— Inês: Vem meu garanhão, faz amor comigo.


Ela tomou a boca dele e sentiu logo depois, Victoriano invadi-la. E ele começou gemer na boca dela se movimentando com força e rápido, parecendo que tinha acabado de sair do deserto e ela era a água que ele tanto queria.


E mais dias se passaram.  E como se fosse mais um dia normal.


Inês pegou seu carro, colocou seu filho com a cadeirinha na parte de trás e saiu . Era uma linda manhã de sol que se fazia e ela ia levar Fernando que fazia cinco meses ao pediatra. Victoriano, sempre ia nas manhãs de consultas do seu filho com Inês, mas naquela manhã ele tinha uma reunião importante que não pôde adiar.


E assim Inês ia sozinha, mas ao final na consulta havia prometido passar na empresa e juntos voltarem para casa e almoçarem.


Mas algo não estava certo aquele dia.  Fernando, havia acordado chorão e Inês angustiada sem razão.

Depois do fim da consulta, Inês saiu de um prédio no meio do centro da cidade com seu filho nos braços e uma bolsa de bebê ao lado de um ombro dela.


E assim, ela atravessou a rua e entrou no carro dela depois que deixou Fernando na cadeirinha atrás.


E quando saiu com seu carro, outro saiu no mesmo momento atrás do dela. O trânsito, no horário do almoço, estava lento e Inês resolveu ligar o rádio do carro. O dia estava lindo, mas por algum motivo ela não estava animada.


E por isso, ainda no centro da cidade, optava em não ir para empresa sanclat. Desejava estar em casa com seu filho e lá, ligaria para avisar a Victoriano que o esperaria para o almoço.


E entre muitas curvas no centro da cidade, Inês entrou na região rural. A estrada de terra, lhe dava visão das fazendas que tinham naquela região e que eram vizinhas da fazenda de seu marido.


E pelo retrovisor do carro, Inês sorriu para seu bebê que havia despertado e brincava com um brinquedo botando ele na boca . Mas olhando também mais além, ela viu um carro preto atrás dela e ela fixou os olhos nele, o tinha notado só aquele momento mas ele estava na cola do carro dela desde da saída do pediatra.


E confusa, quando voltou olhar a direção, um carro como o de trás passou na frente do dela parando virado, impedindo assim a passagem dela. Assustada, Inês freou seu carro de um modo que seu corpo preso pelo cinto foi para frente.

E assim, rapidamente ela olhou para trás para ver se Fernando estava bem. O bebê estava com seus olhos verdes bem arregalados  . E Nervosa ela disse.


— Inês : Está bem, meu filho. Me perdoe pelo susto. 


Ela soltou o cinto. E quando fez olhando para frente outra vez, ela viu que desciam do carro, três homens vestidos de preto e rostos cobertos com tocas que ela só podia ver os olhos e boca deles e um segurava uma arma. E com o coração acelerado, Inês imaginou que seria vítima de um assalto. E então quando desesperada ela se virou para trás de novo na intenção de pegar Fernando, ela conseguiu ver mais homens que saiam do carro de trás . E já chorando, ela ouviu baterem no vidro do carro dela e dizerem.

— X : Saia do carro madame, e nada te acontece!


E Inês com as mãos tremendo, tendo em mente que a única coisa de valor que tinha ali que eles podiam levar, era o carro e sua bolsa que tinha algum dinheiro. Abriu a porta, disposta a colaborar para não a machucarem e não machucarem seu filho. E assim, ela disse nervosa.


— Inês : Eu... Eu não vou reagir. Apenas peguem o que querem e me deixem aqui com meu filho.

Com o coração acelerado, Inês esperou por segundos a próxima reação dos homens encapuzados, depois de suas palavras.  E então ela viu um deles, abrir a porta de trás que ela havia destravado e ele pegar Fernando com a cadeirinha. E em um salto, ela saiu do carro e implorou, desesperada com seu corpo tremendo e lágrimas brotando dos seus olhos.


— Inês : Me dê ele. E podem levar o carro. Por favor...

Ela estendeu o braço a frente do corpo, querendo seu filho protegido nos seus braços de mãe.  Estava sozinha, com homens que cobriam o rosto e que com seu nervosismo já não podiam contar quantos eram mas estava certa que e eles podiam estar todos armados e não só um como ela tinha visto.  E naquele momento, ela só precisava de coragem pra se proteger e proteger seu filho deles.


Mas para o seu completo desespero, ela ouviu um deles falar atrás dela.


— X: Não estamos aqui pelo carro, madame.


Inês piscou nervosamente com lágrimas que já desciam descontrolada de seus olhos vendo seu filho nas mãos de um desconhecido que já havia tirado ele da cadeirinha. E sem ter outra opção, para lutar pela segurança do seu filho ainda que claramente aquela luta era injusta para ela.  Ela foi para cima do homem que segurava seu bebê, mas foi puxada pelos braços por outro que estava atrás dela e tinha falado com ela.


E o homem de mãos firmes nos braços dela, disse rude.


— X : Sem se exaltar madame, senão sairá machucada. E as ordens não é essa!


E com os braços presos ela buscou o rosto coberto do homem que falava com ela, que só mostrava apenas olhos e a boca dele.  E desesperada enquanto chorava, ela voltou a implorar.


— Inês : Que ordens? O que vão fazer ? Por favor, eu imploro, deixe-me a mim e meu filho em paz! Me entreguem ele!


Inês se sacudiu brava em uma luta contra o homem que a segurava. E enquanto o outro que tinha Fernando nos braços, se virou caminhando até outro carro. E ela sentiu que morria por contemplar com seus olhos seu filho sendo tirado dela e ela


E assim, chorando alto e lutando mais contra o homem de braços fortes que a segurava, enquanto os demais só a olhavam, ela gritou.


— Inês :  Aonde vão levar meu filho! Me devolvam ele! Não o levem pelo amor de Deus!


E de tanto lutar, Inês puxou com força seu corpo que escapou dos braços de quem a segurava. Mas quando deu dois passos para correr até aonde ela via que levavam seu filho, ela bateu em outro peito masculino que a segurou nos braços daquela vez de forma mais rude. E outra vez ela gritou aos choros.



— Inês : Meu filho!Não o tirem de mim!


Ela se sacudiu e mordeu o braço do homem que a segurava. Estavam armados ali, mas era mais pra por medo ou se acontecesse algum imprevisto, como se o marido da mulher que estava ali estivessem junto, porque contra ele a ordem era mata-lo mas contra ela, eram outras. Sem tocar em um fio de cabelo dela, levariam a criança. Essa era a ordem.


Mas mesmo diante daquela ordem, o homem que a segurava quando ela o mordeu, a esbofeteou. E Inês caiu ao chão desacordada e com a boca sangrando.


E tudo ali pra ela ficou calmo, escuro, breu. Enquanto os carros davam meia volta e saia dali levando Fernandinho com eles. Traçando outro caminho daquela história. Porque Inês acordaria em meio de um verdadeiro pesadelo e de braços vazios.


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