Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 12
Capítulo 12




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Haviam se passado dois anos.  Dois anos que Victoriano e Inês viviam uma vida de casados.  E entre esse tempo, algumas coisas haviam mudado.

Ele, administrava com habilidade e mãos de ferro a empresa de laticínios deixada em total confiança por Fernando, na mão de seu único filho, que por sinal o senhor seguia vivendo com Bernarda em Barcelona e longe da fazenda, que já não tinha o nome Santos, e sim Morenita, que Victoriano, tinha dado essa surpresa pra Inês, no primeiro ano de casamento deles . E assim, Fernando, mesmo que não morasse mais na fazenda,  já tinha visitado suas antigas terras que seguiam prósperas assim como os negócios na empresa, sanclat.

E ela, Inês. Estava mais culta, madura e já com 20 anos, era toda uma mulher que, Victoriano tinha moldado nos braços dele. Mas ainda que o casamento deles, seguia cheio de amor e paixão, ainda faltava algo para completar a felicidade do casal, que ainda estavam em sua boda de algodão que faziam naqueles dois anos de união. Faltava o fruto do amor deles, o filho homem que tanto Victoriano queria e que Fernando estava cansado de esperar aquele neto herdeiro chegar.

Mas aquela espera, não era tão dramática para aqueles dois homens esperar como estava sendo para Inês. Que já não tinha cara de encarar seu sogro nos olhos e vê-lo envelhecer cada dia mais, e ainda ela não fazê-lo avô daquele menino que ele tanto queria. Abalada cada dia mais com aquela infertilidade não diagnosticada, por um especialista, que já disse ao casal, que não havia nenhum problema para Inês ser mãe. O que fazia ela não entender do porque todo aquele tempo fazendo amor com Victoriano sem usar nenhum método contraceptivo, ainda não havia engravidado. E por isso, chorar escondido tinha se tornado rotina para Inês . Chorar por se sentir pouca mulher para ser mãe e realizar o sonho de seu marido e sogro, era uma rotina que Inês tinha apreendido a lidar e a esconder que estava lhe fazendo mais mal do que ela mostrava .

E aquele momento, estava ela vendo o resultado de um teste de farmácia depois de fazê-lo como devia.

Estava em pé, sobre o balcão da pia do banheiro do quarto dela e de Victoriano, enquanto segurava o teste . Negativo mais uma vez era o resultado. Descalça no chão e vestindo um pijama baby doll branco, Inês chorava sem entender porque não engravidava.

Pois a vida sexual dela, era tão ativa dentro daqueles dois anos que ela poderia já estar no seu 5° filho se quisesse. Mas ela e Victoriano nem tinham o primeiro.

— Victoriano: Inês, querida. Aonde está?

Do banheiro, Inês ouviu aquela voz de Victoriano grossa chama-la. Era noite, e ele regressava para o quarto para dormir depois de ter atendido ao chamado de um de seus capataz. Inês então rápido, puxou a primeira gaveta do balcão da pia e jogou o teste dentro. Se olhou no espelho limpando as lágrimas, mexeu nos cabelos e saiu de dentro do banheiro fingindo estar bem.

E ao lado da cama ela viu, Victoriano em pé, ele tirava o roupão preto que cobria seu pijama do seu corpo, pronto para se deitar. O dia tinha sido longo e Victoriano, só queria abraçar sua mulher e dormir toda a noite com ela.

E quando sentiu a presença de Inês, Victoriano se virou para olha -lá, sorriu e depois a despiu com os olhos. E pensou que talvez faria amor com ela primeiro e depois dormiriam.

— Victoriano: Um cavalo nosso fugiu e atravessou nossas terras, Inês. E como está a noite, não iremos achar esse danado até o dia clarear. Mas amanhã quero encontrar ele e quem foi que facilitou essa fuga .

Ele disse rápido suas palavras, indo até Inês que não o olhava nos olhos, e assim ele voltou a falar pegando nos lados dos braços dela.

— Victoriano: Como está? Passou o dia, bem Morenita?

Victoriano beijou a testa de Inês. E ela fechou os olhos ainda calada. Havia passado o dia longe dele, sem ir na empresa. Pois algumas vezes, por ter aprendido um pouco sobre administração já casada com Victoriano, Inês ia na sanclat e por isso as vezes, tomava o posto de secretária facilmente do seu marido. O que muitas das vezes não dava certo, já que Victoriano não conseguia ficar muito tempo sem tocar nela, quebrando aquele protocolo, de “patrão e funcionária”.

E assim . Ela o respondeu, negando como realmente estava.

— Inês : Estou bem e passei o dia bem.

Ela se afastou dele, e andou até porta que dava entrada na varanda. Victoriano a observou, vendo que Inês só estava presente ali em corpo mas sua mente estava longe. Já a conhecia bem para perceber que algo passava com sua mulher. E então ele foi atrás dela. Quando viu ela parar, colocando os braços sobre as grades da varanda e olhar a noite.

E por trás dela, ele disse.

— Victoriano : Está longe. O que está pensando, hum?

Ele alisou os braços dela e beijou sua nuca, a espera de resposta . E Inês sem rodeios expôs o que pensava.

— Inês : Estou pensando no filho que ainda não temos!

Victoriano respirou fundo quando a ouviu e se afastou. Aquele tema estava sendo constante causa de brigas entre ele e Inês. Ambos queriam filhos. Victoriano não abria mão de seu primogênito, e estava confiante que cedo ou tarde seriam contemplados por aquele presente. Mas quando Inês tocava naquele assunto, ela se alterava e dizia coisas que ele não gostava. Como quando dizia, que a culpa era dela que não tinham ainda um filho. Sendo que, Victoriano sabia que ambos podiam ser pais pelo médico deles ter dado aquele diagnóstico clínico aos dois. 

E assim ele disse, sério.

— Victoriano: Nosso menino vai vim, quando ele tiver que vim!

Inês riu ironicamente e se virou brava. Queria engravidar mas tinha também medo de ao invés gerar um menino no seu ventre, gerasse uma menina.  Decepcionando assim, o homem que amava e o pai dele como seguia fazendo.

E assim o olhando ela disse.

— Inês : Estou demorando tanto para dar esse filho a você que começo a temer se ele for menina. Seguirei te decepcionando como mulher e seu pai, que não lhe dei ainda o neto que tanto ele quer!  Me pergunto que raios de mulher sou!

Ela então andou de volta para o quarto brava e Victoriano foi atrás dela.

— Victoriano : Inês! Aonde vai, mulher?

Ele apressou os passos quando viu que Inês deixava o quarto. Inês queria ficar sozinha, olhar para Victoriano só lhe estava trazendo mais átona naquela noite depois de mais um teste negativo, a frustração que tinha. E quando percebeu que ele vinha atrás dela, apertou os passos desceu a escada já no andar de baixo, passou pela sala e entrou no escritório dele o ouvindo resmungar.

E quando Victoriano adentrou no escritório, disse bravo vendo ela revirar  a mesa dele .


— Victoriano: Que demônios está fazendo, Inês?

E Inês sem olha-lo mexendo nas gavetas que via da mesa dele. Ela disse.

— Inês : Buscando uma solução para nosso problema, Victoriano!

Victoriano não entendeu nada.  Até que Inês tirou de uma gaveta, um cartão de papel e bateu com ele na mesa irritada e disse.

— Inês : Aqui está nossa solução! O nosso divórcio, para que outra mulher dê o filho que tanto quer e o neto do seu pai!

Victoriano olhou o papel na mesa, tinha um número de um advogado que trabalhava com aquelas questões jurídicas . E então ele bufou de raiva, ficando vermelho. Inês só podia ter perdido a razão por falar de divórcio com ele. E assim ele disse, mais bravo.

— Victoriano : Está brincando comigo, Inês?

Inês ergueu o olhar . Queria chorar, mas estava sendo firme e empinou o nariz de cabeça erguida. O amava mais que sua própria vida. Vivia ao lado de Victoriano, um casamento feliz, ele a fazia feliz . Mas faltava aquilo, faltava o filho deles que ela revoltada estava sofrendo por ainda não engravidar.

E sustendo sua postura de mulher forte. Ela o respondeu .

— Inês : Não é brincadeira, Victoriano! Quero que seja pai! E está mais do que claro que não vai realizar seu sonho, casado comigo!

Victoriano, todo vermelho bufou outra vez. Achava um cúmulo o que Inês seguia dizendo. Estava seguro que seria pai dos filhos dela e mais seguro ainda que não daria divórcio algum a ela. E então ele disse bravo.

— Victoriano: Vai ser a mãe dos meus filhos. Você! Só você ! Agora pare com essa conversa mulher, e saia de trás dessa mesa e vamos voltar para o quarto.

Inês então suspirou nervosa. Sabia que tinha aborrecido Victoriano, com aquele assunto de divórcio. Mas estava sofrendo e queria ser compreendida. Para ele parecia mais fácil aquela espera, mas para ela já não era mais . Dois anos, não eram dois dias.  E quase chorando ela o respondeu. 

— Inês : Não leva a sério minhas palavras. Minha dor de ainda não poder gerar nosso filho, Victoriano!

Victoriano passou a mão no rosto, vendo que nos olhoa de Inês tinha lágrimas e quis ficar mais calmo. Gritar com ela não ia adiantar ainda que a “ solução” que ela tinha apresentado a ele para aquele dilema o tinha tirado do sério. E depois, de puxar o ar do peito,  ele disse um pouco mais calmo tentando entende-la.

— Victoriano:  Não quero que sofra por isso. Não vê que ficando assim, é que faz tardar uma gravidez, meu amor?

Mas com suas palavras surgindo outro efeito em Inês, ela disse mais nervosa ainda.

— Inês : Então, também acha que a culpa é minha de ainda não sermos pais?

Victoriano então bravo outra vez, respondeu para se defender do que ela tinha dito.

— Victoriano: Eu não disse isso, Morenita. Quis dizer que ficar como está, tão abalada emocionalmente, como me mostra. Tarda mais nossa gravidez. Porque nós dois somos jovens e saudáveis para sermos pais, temos a consciência disso! Não tem pra que sofrer tanto assim!

Inês levou as mãos nos cabelos, não querendo saber mais nada do que Victoriano dizia.  Para ela, ele e nem ninguém a entenderia. E já derramando algumas lágrimas, ela disse nervosa .

— Inês : Não me entende. Não pode me entender.

Inês se virou de costas, tocando os cabelos e Victoriano então aproveitou que ela estava distraída, deu a volta na mesa e a agarrou por trás a abraçando e disse paciente outra vez.

—Victoriano : Eu te entendo, meu amor. Entendo. Mas não é assim com você desse jeito que vamos ser pais. O segredo é nos se tranquilizar e praticar, praticar muito. Lembra da recomendação do médico, hum?

Ele beijou o pescoço dela e com uma mão, ele subiu e apertou o seio dela por cima do pano fino do baby doll, desceu a outra encontrando o shortinho curto dela e levou a mão o meio da perna dela.

E Inês sentindo o toque dele, gemeu baixinho mas disse manhosa.

— Inês : Para, Victoriano. Não quero. Eu quero nosso bebê.

E ele subindo agora as duas mãos embaixo da blusa dela, a respondeu.

— Victoriano: E eu também quero. Vamos seguir praticando, que uma hora ele vem. Hum.

Ele apertou os seios dela com vontade e Inês buscou rendida a boca dele pra beija-lo. Podiam recorrer para a inseminação, mas Victoriano queria que o primogênito dele fosse gerado de forma natural já que nenhum deles precisavam de tratamento . O conselho do médico do casal, era praticarem e Inês não tentar se cobrar tanto, porque o psicológico de uma futura mamãe afetava muito o processo dela conseguir engravidar. O que Victoriano, começava ver que era o que acontecia com Inês.  E falar do psicológico dela dentro daqueles dois anos era um tabu, que ele não queria pensar mesmo que tivesse razão pra ficar atento a ela.

E entre aqueles beijos, quando Inês viu, estava nua sobre a mesa do escritório do seu marido. A porta do escritório estava escancarada. Sozinhos, fora Adelaide que ainda servia eles e algumas mocinhas, tinham a liberdade de fazer amor em qualquer canto daqueles quatros cantos da casa e também de alguns espaços das terras da fazenda que Victoriano já tinha feito amor com ela.

E sendo movida naquela madeira firme pelas mãos e as penetradas de Victoriano contra ela, Inês o olhava todo vermelho com a blusa de seu pijama já marcando seu suor e a calça fora do corpo dele, largada ao chão. Victoriano, a penetrava enquanto ela estimulava seu clitóris apressadamente. E ele então pegou na mão dela e segurando, disse.

— Victoriano: Por que quer gozar rápido, hum? Estamos apenas no começo.

De fato, Inês queria logo chegar no seu ápice. Estava ainda nervosa com Victoriano, revoltada por não ser mãe ainda. Mas não resistia as carícias dele e por isso estava ali sendo tomada por ele em cima da mesa. E  vendo ele não parar de se mover, não largando a mão dela. Ela o respondeu, entre seus suspiros de prazer.

— Inês : Eu... Eu estou brava com você.

Ela então fechou os olhos e levou a mão livre em um de seus seios e apertou, com tesão. Conhecia tão bem seu próprio corpo, conhecia tão bem cada canto que lhe dava prazer graças ao marido que tinha, e que estava a frente dela observando todas suas ações descaradas quando faziam amor e que o deixava doido.

E com um riso no rosto, Victoriano diminuiu seus movimentos, e com a ponta do seu dedão depois de soltar a mão dela, ele tocou o clitóris dela,  enquanto a outra mão dele segurava uma perna dela em volta da cintura dele. E desse modo, ele disse.

— Victoriano: Se está brava comigo, eu não devia estar aqui te dando tanto prazer.

Inês voltou abrir os olhos e o olhou toca-la . Ela mordeu de leve os lábios, vendo ele safado estimulá-la sem deixar de se mover dentro dela. E  assim, ela disse.

— Inês : Tem que me mandar prazer, é seu dever de marido!

Ela então tocou os cabelos com sensualidade, e Victoriano a puxou da mesa e a pegou nos braços. Morria por Inês, morria de desejo, de tesão, sempre quando estava com ela daquele modo e ela soltava palavras como aquelas tão mandona. Ele simplesmente enlouquecia.

E como ele tinha ela nos braços, Inês o agarrou pelo pescoço e em pé ao lado da mesa ela começou subir e descer sobre a ereção dele, enquanto ele segurava nas pernas dela abraçada na cintura dele.

E assim, ele disse todo cheio de tesão com a fome que ela mostrava dele.

— Victoriano: Isso... isso, toma seu prazer, que é só seu por direito.

Inês cravou as unhas nos ombros coberto de Victoriano, e parou pra jogar a cabeça para trás e gemer.

— Inês : Oh, eu vou gozar logo, Victoriano. Oh, céus.

Ela voltou se mover como estava. E Victoriano sentindo ela mais rápida,  deixava ela ir como queria nos braços dele enquanto ele gemia ofegante, sem tirar os olhos dela.  E quando sentiu ela gozar e perder as forças logo depois, ele a encostou na parede. E começou ele rapidamente se mover dentro dela .

E assim ele disse, ouvindo ela gemer.

— Victoriano: Posso ficar a noite toda te dando prazer. A noite toda .

Victoriano buscou os lábios dela. E Inês gemeu mais no beijo. Queria todo prazer que ele dizia e sempre dava quando prometia. Eram jovens, recém casados e o que mais tinham, era energia pra fazer sexo.

E depois de tanto vai e vem, Victoriano, levou Inês para o sofá de couro que ficava encostado ao lado na parede que tinha uma janela. Ele sentou, deixou Inês sobre ele e arrancou rápido a camisa do seu corpo. E outra vez, naquela posição deixou ela tomar as rédeas da situação e que, Inês sem pudor algum tomava com maestria. Tinha perdido qualquer timidez com ele, ainda que seu rosto algumas vezes tomava ainda algum rubor depois daqueles dois anos casados, mas não se comparava com os primeiros meses. Que agora ela mesma o procurava pra fazer amor quando queria e se exibia, sendo desinibida como sabia que o enlouquecia .

E ela de joelhos para trás com suas pernas abraçando as de Victoriano, subia e descia rapidamente. Nem o beijava, só gemia fazendo ele gemer também, enquanto não deixava de subir e descer sobre a ereção dele. Ainda lembrava quando ele havia dito que o tamanho que ele tinha, a faria gostar . E era certo. Gostava de sentir ele entrar com toda sua largura dentro dela e senti-lo fundo com seu cumprimento que às vezes lhe tirava o fôlego quando o recebia de maneira mais selvagem mas que a enchia de tesão.

E como ela ainda estava, cavalgando, Victoriano, ele agarrou nos cabelos dela que estavam soltos e a fez olha-lo e ele chupou os lábios dela, que gemeu fogosa na boca dele. E assim,  depois ele disse, a encarando nos olhos.

— Victoriano: Não se atreva a falar mais de separação. Não se atreva.

Ele tomou a boca dela outra vez com vontade, e a virou trocando de posição a deitando.  Inês estava arreganhada, suada e ofegante sobre o sofá, e Victoriano, se ajoelhou com o corpo fora dele e tomou o sexo dela.

E com ele tomando o sexo dela, Inês insana, disse. 

— Inês : Me dá, me dá, um filho. Quero um... Um filho!

Victoriano esfregou o rosto na vagina bem depilada de Inês. Ele gostava de fazer aquilo nela, tinha tesão em depilar ele mesmo ela . E depois de dar um último beijo no centro de prazer dela ali no meio de suas pernas, ele subiu o corpo, puxou as pernas de Inês e ficou de joelhos ao meio dela e a penetrou novamente e se debruçando sobre ela, a respondeu todo ofegante o que ele acabava de ouvir ela dizer. 

— Victoriano: Depois de nosso primeiro filho, te darei mais 5! Eu prometo.

Inês então sorriu agarrou nos ombros dele e deixou ele se mover dentro dela, até que juntos encontrassem o gozo daquele momento.

E assim a noite passou.

Victoriano ainda muito cedo estava no banheiro, ele procurava seu creme de barbear. Até que ele puxou uma gaveta e viu um teste de farmácia . Ele pegou na mão e viu o resultado. E ele pensou em Inês . Estava preocupado. E se visse ela piorar emocionalmente, procuraria um profissional, mas não um que ajudasse ela ficar grávida e sim um que impedisse que ela perdesse de alguma forma seu equilíbrio emocional. Porque ainda que quisesse, Victoriano não esquecia que Inês merecia atenção dele na sua saúde mental e ele daria. Daria por medo de perde-la, para o mal que levou as pessoas que ela amava.

E momentos depois ele já arrumado, tocou nos cabelos dela tirando do seu rosto dormido na cama, e disse.

— Victoriano:, Eu já vou, morenita. Almoça comigo hoje.

Ele beijou a testa dela e Inês que tinha aberto os olhos. Assentiu com a cabeça ainda sonolenta . E ele voltou a dizer.

— Victoriano: Te espero na empresa.

Ele então beijou a mão dela e depois os lábios e deixou o quarto. E quando Inês viu que ele saiu. Suspirou, pegou o travesseiro dele o abraçou e uma lágrima envolveu os olhos dela. Só ficaria em paz sendo mãe. 

E mais tarde.

Inês estava tomando café da manhã na sala de jantar de sua casa, com  Diana Maria que a visitava.

Diana Maria, sabia de muitas confissões de Inês, assim como Inês sabia das confissões dela, já que já casada com Vincente, ambas tinham muito que contar sobre suas vidas de casadas .

E assim, Diana Maria falava.


— Diana Maria : Ai, Inês. Vicente chegou tarde essa noite de novo.

Inês sorriu de lado, colocando sua xícara de café com leite de volta na mesa. Diana Maria, era muito paranoica e ciumenta. E sabendo que ela não tinha motivos pra pensar besteiras de seu marido Vicente . Ela disse.

— Inês : Talvez não seja nada de mais. Victoriano disse, que estão com muito trabalho na empresa.

Diana Maria, passou um lado do seu cabelo para trás de sua orelha. Vicente tinha mesmo, dito que estavam cheios de trabalho na sanclat. Mas não adiantava ela não tinha controle de seus pensamentos. E assim, ela disse.

— Diana Maria: Se quer me tranquilizar,  me diga se Victoriano, chega tarde em casa também, Inês.

E Inês pensando quando Victoriano voltava tarde, a respondeu.

— Inês : Não sempre. Mas quando faz me avisa.

Diana Maria, então pegou um bolinho da mesa e respondeu Inês, de desejando ser segura e calma como ela.

— Diana Maria : Você é uma mulher muito tranquila e segura, Inês. O que é diferente de mim.

Inês suspirou dando de ombros e depois respondeu sua amiga, a razão que a fazia diferente dela.

— Inês : Eu só não tenho motivos para desconfiar de Victoriano. E tenho certeza que não tem pra que desconfiar de Vicente também.

Diana Maria, riu e respondeu Inês.

— Diana Maria: As vezes penso que não tenho . Mas é mais forte que eu.

Inês então riu também, não ia insistir mais indo contra a mente de sua amiga ciumenta. E assim ela disse.

— Inês : Vamos parar de bobagens. Seu marido é doido por você.

Elas seguiram conversando. Diana Maria, ficou até o fim da manhã com Inês. E quando deu o horário de almoçar com Victoriano, ela pegou seu carro e dirigiu sozinha para sanclat. Ela tinha aprendido a dirigir com Victoriano e só depois tirou sua habilitação e desde então dirigia.

E quando chegou na empresa, Inês saiu do elevador dando de cara com a secretária de Victoriano que mediu ela ao entrar. Entre aqueles anos, Inês mudou sua forma de se vestir, os vestidos simples que já usou, raramente usava e agora adotava mais um look social, que por ser esposa de um homem de negócio ela teve que participar de jantares com ele e festas de negócios que permitia ela estar de saltos e vestes elegantes como ela estava e que por isso se adaptou aquele modo de se vestir.

E segurando sua bolsinha na mão, ela parou na frente da mesa da secretaria, de Victoriano, que tinha a mesma idade dela e era morena como ela mas não tão bonita.

E assim, ela disse.

— Inês: Meu marido está?

A secretária, então olhou Inês. E disse.

— X : Sim, eu vou avisar que a senhora está aqui.

Inês suspirou, era tratada de senhora apenas por ser esposa do patrão dela. E vendo que a secretária, fez que ia pegar o telefone, ela adiantou e disse.

— Inês :Não precisa avisar. Ele sabe que eu vinha.

E assim, girando nos saltos, Inês foi em direção da sala dele. E quando Victoriano a viu, ele sorriu com o telefone na mão e logo se despediu de quem falava. E assim, com um sorriso ele disse.

— Victoriano: Veio me buscar para almoçarmos, morenita, ou veio me matar com essa sua beleza.

Inês sorriu corando, como Victoriano ainda gostava de ver e depois, ela disse, quando seus pensamentos voltou a na secretaria dele.

— Inês : Existe mais belas mulheres por aí...

Victoriano suspirou. Para ele, Inês era única e a mais bela . E então, ele a respondeu movendo o corpo na sua cadeira.

—Victoriano : Não, como você. Você é única. Agora, vem aqui e me dá um beijo, hum.

Inês negou com a cabeça ainda que sorrisse . Toda vez que eles se beijavam no escritório eles terminavam fazendo amor . E assim ela disse.

— Inês : Sabe que quando nos beijamos aqui, eu acabo sem roupa.

Victoriano abriu um sorriso malicioso pensando naquela verdade que ela dizia. E assim ele disse.

— Victoriano: O que é uma delícia. Não?

—Inês: Meu amor. Vamos.

Victoriano se levantou e voltou a dizer pegando as coisas dele.

— Victoriano : Já estou excitado. Vamos ter que resolver essa questão durante o caminho.

Ele então a beijou assim mesmo. E só soltou quando Inês rindo o empurrou  e propôs.

— Inês : Ao invés de almoçarmos em um restaurante, podemos almoçar em nossa casa e eu resolvo esse probleminha.

Victoriano riu alto e brincando disse.

— Victoriano: Probleminha, Inês? Isso é um problemão e você sabe.

Ele levou a mão de Inês na frente da calça dele, fazendo ela sentir realmente uma ereção ali. E ela disse com um sorriso mas sentindo de novo seu rosto corar.

— Inês : Você é um sínico, Victoriano Santos.

E eles se beijaram novamente . Até que depois de Inês frear, Victoriano de novo, ele disse agora sério.

— Victoriano: Semana que vem temos reunião com os acionistas e tem que estar presente.

Inês assentiu com a cabeça. Victoriano tinha dado ações pra ela, quando ela tinha feito 19 anos. E pensando nos outros acionista também, ela disse.

— Inês :Se terá reunião. Então seu Fernando e Bernarda, estarão presentes?

Victoriano rápido assentiu e disse, abrindo a porta.

— Victoriano: Sim, morenita. Agora vamos?

Inês deu a mão para Victoriano e saiu com ele da sala. Mas calada e pensativa. O sogro dela era acionista da própria empresa e Bernarda também, então estariam na fazenda . E Inês só pensava  em novamente olhar para os olhos de seu sogro sem estar grávida ainda.

E assim a semana passou.

Com visitas que já iam embora. Victoriano estava com o pai no escritório se despedindo, e Inês estava indo até eles. Quando parou na frente da porta ao escutar a conversa.

— Fernando: Filho, aonde está meu neto? Vou morrer de velhice e não me dá ele!

Fernando andou segurando uma bengala e se sentou novamente na cadeira a frente da mesa que antes estava sentado. E Victoriano de braços cruzados ao lado dele, disse soando despreocupado.

— Victoriano: Acredite pai. Falta de praticar que não é.

E Fernando nada feliz, retrucou.

— Fernando: Tem alguma coisa errada então, porque meu neto não veio ainda!

Victoriano riu e depois voltou responder.

— Victoriano: Não tem nada de errado, hum.  Talvez tenha, sua ansiedade e a de Inês. Porque eu já estou tranquilo.

E voltando a resmungar, Fernando de rosto virado com as mãos em sua bengala sentado como estava, disse.

— Fernando: Vai me dar um neto quando seu pai tiver em um caixão. É isso, filho!

Victoriano riu de novo dentro da sala, a velhice começava deixar o pai dele mais ranzinza. Mas enquanto, Victoriano ria, Inês chorava, e querendo sair dali. Ela deu meia volta e trombou com Bernarda que viu que ela chorava.

A mulher arqueou uma sobrancelha. Viu que ela tinha escutado conversa, e era ciente da pressão que Inês tinha pra dar um primogênito a aquela família. E assim, ela disse venenosa como sempre.

— Bernarda : Ouviu seu querido sogro e marido, exigir o filho homem que não pode dar?

Inês passou a mão em um lado do seu rosto e disse, encarando Bernarda.

— Inês : Não importa o que ouvi.

Bernarda cruzou os braços e soltou um risonho. E depois ela disse mais venenosa ainda.

— Bernarda : Tenho certeza que é estéril. Se não fosse, já daria esse menino pra essa família.

E Inês irritada a respondeu.

— Inês: É melhor que guarde seus venenos pra você Bernarda.

Inês fez que ia andar pra deixar Bernarda aonde estava, mas a mulher a pegou pelo braço e disse.

— Bernarda: Victoriano, transformou uma pobre coitada como você, em uma dama.  É seu dever retribuir isso dando um filho a ele!

Inês sentiu seus olhos encherem de lágrimas mas segurando elas, ela puxou o braço da mão de Bernarda e saiu deixando ela sozinha. E foi até a cozinha, encontrando Adelaide de avental cozinhando. E assim, a senhora olhou Inês ofegante e de olhos vermelhos. E ela disse, imaginando o que tinha acontecido, por Bernarda estar presente na fazenda e ela saber que dentro daqueles dois anos, a sua ex patroa não deixava de incomodar Inês quando estava de visita.

— Adelaide: Devia contar ao patrão, que essa bruxa da Bernarda, sempre te tratou mal, menina.

A mulher enxugou a mão rapidamente e foi até Inês e limpou as lágrimas  que ela chorando de novo deixou cair.

E assim, Inês disse se queixando da madrasta venenosa de seu marido.

— Inês : Ela é uma pessoa horrível, que sabe o quanto quero ser mãe e está usando isso contra por mim . Me dói não poder ter um filho que Victoriano e meu sogro tanto quer.

Adelaide então suspirou e séria ela disse o que achava.

— Adelaide: Eu sei menina, mas chorar não vai adiantar nada. Primeiro, você precisa lembrar que quem manda aqui agora é você e não deixar que essa mulher te afronte mais. Precisa colocar ela no lugar dela!

Adelaide então abraçou Inês, acariciando os cabelos dela.

E assim, 3 meses passou .

E Inês estava trancada no banheiro fazendo mais um teste de gravidez.  E Victoriano bateu na porta a surpreendendo. Ela se apressou largando o resultado em cima da pia, lavou as mãos e abriu a porta só pra ver o que ele queria.

Victoriano estava nervoso. Inês andava estranha, e ele tinha surpreendido ela chorar mais de uma vez aqueles dias e antes dele não ver ela pela casa tinha pego ela chorando de novo . Além de dentro dos últimos 3 meses, ele ter encontrado testes de gravidez que ele não podia mais contar dentro do banheiro. E por isso, ele já temia que Inês estava ficando obcecada pra ser mãe.

E assim ele raclamou, não muito calmo o fato dela ter se trancado no banheiro.

— Victoriano: Desde quando está trancando a porta?

Ele olhou para dentro do banheiro, queria ver o que ela estava fazendo, e Inês disse não desejando que ele entrasse.

— Inês : Eu preciso de privacidade, Victoriano.

Victoriano não quis saber, preocupado ele entrou no banheiro, quando viu de cara, em cima da pia uma caixa de teste de farmácia e um teste de gravidez já usado. E então ele disse nervoso e preocupado com ela. 

— Victoriano: Está ficando obcecada, Inês!

Inês então de coração acelerado olhou para onde ele olhava e foi pegar o teste que ela nem tinha tido tempo de olhar o resultado. Mas Victoriano pegou primeiro com raiva e disse.

— Victoriano: Amanhã, amanhã vou te levar ao médico. Precisa conversar sobre isso!

Inês passou a mão no cabelo rindo ironicamente. E depois disse.

— Inês : Que médico? Um psiquiatra? Sei que tem medo que eu seja mais uma louca, Victoriano!

Victoriano bufou de coração acelerado. Sua raiva naquele momento e preocupação era por medo mesmo de vê-lá adoecer. Mas era um medo que ele não tinha coragem ainda de assumir de voz alta. Assumir que o medo era de vê-la realmente enlouquecer. E assim, ele disse, justificando sua atitude.

— Victoriano : Tenho medo que essa obsessão que está pra ficar grávida, te faça mal. Isso que tenho medo!

E assim bravo como estava, ele foi jogar a caixa no lixo, jogou até que na hora de jogar o teste ele leu o resultado .

E estava nele positivo.  E então ele parou e olhou Inês em silêncio.

E ela perguntou.

— Inês : O que foi?

E a feição de preocupação e irritação de Victoriano, foi trocada por um ponto de interrogação estampando sua testa . E então, ele disse.

— Victoriano: Quando fez esse teste?

E Inês de braços cruzados respondeu baixo e logo depois virando o rosto por imaginar que no teste dava negativo de novo.

— Inês : Fiz agora!

E agora com um largo sorriso estampado no rosto, Victoriano disse.

— Victoriano: Aqui consta que vamos ser pais, Morenita.


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