Destinos Cruzados escrita por Kah Lockhart


Capítulo 2
Primeiro encontro...?


Notas iniciais do capítulo

Opa, tudo bom? quase que não dá tempo de postar o capítulo no dia, não é mesmo? pois é, ainda bem que deu tempo.
O tema do capítulo 2 é: " a primeira vez que saímos juntos" e o primeiro encontro desses pombinhos não foi beeem um encontro, mas isso vocês vão perceber enquanto leêm o capítulo.
Eu tentei descrever de forma mais clara possível tudo o que acontece no capítulo do mangá em que isso ocorre então... espero que gostem.
feliz dia dos namorados e boa leitura 0/



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Após sair do dormitório, Tsukune seguiu até a academia pelo caminho de sempre. Seu coração estava acelerado, o nervosismo tomava conta de seu ser a cada passo que ele dava rumo a escola. E então, sua mente foi tomada por outra lembrança. Uma lembrança divertida e frustrante ao mesmo tempo, mas que ele, naquele momento, se recordava com carinho.

O evento ocorreu durante seu treinamento para controlar os poderes vampíricos que, apesar de serem necessários, corroíam seu corpo, lhe causando alguns males. Tsukune havia sido mandado para o “paraíso dos monstros”, local criado pelo diretor Mikogami para abrigar criaturas mágica que corriam risco de extinção, junto com Ruby, para que pudesse aprender a controlar seus poderes de modo eficiente.

Naquela época, Tsukune portava a tranca sagrada em seu braço direito, pois ela o mantinha em sua forma humana e o impedia de ser corrompido pelo sangue vampírico em suas veias, já que o mesmo estava transformando-o em ghoul. Por isso, além de disponibilizar um local para o treinamento, o diretor também disponibilizou um de seus artefatos mágicos mais preciosos – o chicote que anula magias: Belmont, para que ele pudesse usar seus poderes sem sofrer as consequências.

Na manhã do dia seguinte ao início do treinamento, Tsukune e Moka haviam combinado de ir até o paraíso dos monstros para continuar o treinamento, já que ela poderia ajudá-lo a aperfeiçoar seus golpes e seus conhecimentos em lutas.

Mas, o que aconteceu naquele dia, foi bem diferente de qualquer outro. Tsukune estava esperando-a em frente a uma estátua, enquanto se aquecia, efetuando alguns golpes no ar. Por pensar que aquele seria um dia normal de treinamento, ele estava vestido com o uniforme de ginástica da academia, já que era uma roupa confortável. Enquanto ele se alongava, uma voz rouca e sedutora se fez presente no ambiente, fazendo-o parar o alongamento de imediato. Moka havia acabado de chegar.

— Já chegou? Desculpe a demora. – Ela disse em tom sereno, diferente do normal.

— Ah, bom dia, Moka-san, conto com sua ajuda no trei... – Tsukune dizia até virar-se em direção a ela e ver que Moka estava em sua verdadeira forma.

Aquela era uma imagem rara, e muito bela. Moka estava com um vestido de alças finas de cor preta, com babados que se estendiam até acima dos joelhos, uma echarpe branca, que se confundia com seus cabelos prateados, uma pequena bolsa na mão esquerda e sapatilhas pretas. No rosto, apenas um batom rosa, que, mesmo não sendo tão chamativo, dava destaque aos seus lábios. Tsukune ficou embasbacado com o que viu, já que era raro vê-la com uma roupa diferente do tradicional uniforme escolar, e fazendo uso de maquiagem, mesmo sendo apenas um batom. Após alguns minutos observando-a, ele se manifesta, demonstrando surpresa.

— Mas o que houve? Porque veio toda produzida assim? – ele questiona, demonstrando uma mistura de nervosismo com timidez.

— Eu é que te pergunto, que roupas são essas? Veio de moletom para se encontrar comigo? Que senso de estética você tem? – ela responde demonstrando estranheza.

— Mas... você não ia me treinar hoje...? – Tsukune questiona outra vez, mostrando estar em choque com a situação.

— Mudei de ideia, isso fica para depois – ela responde, virando as costas para ele e seguindo em frente – venha comigo um pouco, Tsukune – acrescenta em seguida, lançando para ele um olhar de canto que parecia um tanto quanto malicioso.

E então, Tsukune correu um bocado para alcança-la e ambos seguiram juntos até o “Território extra dos monstros”, um local onde estão localizados diversos tipos de lojas, como se fosse um shopping. Ele estava receoso, por estar andando por aí enquanto deveria estar treinando, e principalmente por estar vestido com roupas de ginástica. Ao questionar sobre o motivo das comprar repentinas, Moka levanta uma pequena parte do vestido, mostrando a ele que estava com o chicote do diretor enrolado na coxa de sua perna esquerda, já que o item permitia que ela ficasse livre por bastante tempo, sem ter que remover o rosário do pescoço, e explica que queria aproveitar seu tempo livre e que seria uma pena estragar esse momento “treinando alguém como ele”.

Tsukune estava acostumado a “tática de proteção” utilizada por Moka, então não se importou com o que ela havia dito anteriormente. E então, ele a questiona, querendo saber como ela havia conseguido o chicote emprestado, já que era uma peça raríssima da coleção do diretor. E a resposta não foi nada agradável.

— Ah, é que eu não pedi permissão – ela responde em tom sereno – eu peguei por conta própria. Foi praticamente um roubo – acrescenta em seguida.

Ao ouvir aquelas palavras, Tsukune entrou em desespero. A possibilidade de o diretor já estar sabendo do “roubo” e de ter colocado seus seguranças atrás dos dois era enorme, o que fez com que ele ficasse apreensivo, olhando de um lado para outro, enquanto Moka escolhia com tranquilidade as roupas que iria comprar. Depois de alguns minutos observando diversos vestidos, e perceber que Tsukune estava desesperado, Moka diz para ele sentir o ambiente ao redor, utilizando seu sensor de energia sinistra, pois seria mais fácil saber de onde viria um provável ataque, assim como os morcegos fazem enquanto voam.

Depois de ouvir aquela recomendação, Tsukune fechou os olhos, tentando se concentrar para que pudesse sentir as energias hostis à sua volta. Até que sentiu algo se aproximando. A quantidade de energia era pequena, mas notável. Ao abrir os olhos, viu Moka parada em sua frente, com o braço esquerdo um tanto esticado, enquanto segurava o dedo indicador com o dedo polegar e os mantinha próximos a cabeça dele. E então, ela o atinge com um peteleco na testa que o lançou alguns metros para trás.

Após se recuperar do impacto, Tsukune continuou a acompanhar os passos de Moka, enquanto tentava descobrir qual era a verdadeira intenção dela com aquele passeio. Até que percebeu que nunca havia a visto tão tranquila e sorridente antes. Por ela aparecer, na maioria das vezes, enquanto ambos estão em perigo e envolvidos em algum tipo de briga, vê-la tranquila daquela maneira era algo satisfatório. Por mais que estivesse preocupado com a possibilidade de haver uma perseguição por parte dos seguranças do diretor, e confuso sobre o que exatamente significava aquele “encontro”, Tsukune se sentia satisfeito ao ver quão descontraída ela estava, mesmo que o passeio custasse sua permanência na escola, caso fossem descobertos.

Em seguida, ambos acabaram parando em uma floricultura. Tsukune observava atentamente a uma pequena planta carnívora, cujo ele segurava firmemente para que não a derrubasse, até que Moka lhe chamou a atenção, com uma frase que ele nunca pensou que ouviria dela:

—  Pensando bem, esta é a primeira vez, não é? Que passamos um tempo assim, só nós dois – ela diz enquanto admira um buquê de margaridas – Até que não é ruim. É bom fazer isso de vez em quando – acrescenta em seguida, virando-se em direção a Tsukune, e sorrindo gentilmente em seguida.

Aquele simples sorriso fez com que o coração de Tsukune acelerasse de imediato, e seu rosto fosse tomado pelo rubor. Ele não imaginava que ela pudesse sorrir daquela maneira, e nem que aquele simples gesto o faria se sentir tão bem.

Passado algum tempo, após a maratona de compras, ambos estavam perto de um pequeno parque, com uma quantidade considerável de brinquedos infantis. Enquanto Moka andava tranquilamente com duas pequenas caixas de sapato, e um ursinho de pelúcia, equilibradas em sua cabeça, e uma sacola em sua mão direita, Tsukune carregava uma grande quantidade de sacolas de compras.

— Eu acabei comprando bastante coisa – Moka diz em tom sereno, enquanto continua a caminhar.

— É, mas quem pagou fui eu – Tsukune responde em tom de lamento, já que havia gasto todo o dinheiro que sua mãe havia lhe mandado para utilizar no seu dia-a-dia na academia.

Em seguida, Moka para sua caminhada de maneira repentina, e, após retirar o que estava em sua cabeça e colocar na sacola que trazia consigo, olhou de maneira suspeita para Tsukune.

— Vejamos... acho que está na hora. É bom que não tem muita gente por aqui – ela diz enquanto deixa a sacola de compras no chão – Tsukune... – diz em seguida, aproximando-se de Tsukune, enquanto o olhava fixamente.

— O-o quê? O que foi, Moka-san? – Ele questiona em tom assustado, tentando se afastar.

— Ande de mão dadas comigo – ela responde, mostrando a mão direita para ele.

Aquelas palavras fizeram Tsukune ser tomado pela surpresa. Ele não esperava ouvir algo do tipo, ainda mais vindo dela. E então, ele se manifesta em um tom fora do normal, demonstrando surpresa, e uma pontada de medo:

— O QUÊ? PORQUE FAZER UM NEGÓCIO DESSES, COMO SE FÔSSEMOS NAMORADOS PASSEANDO...?

— É para compensar você por ter me acompanhado o dia todo... – ela responde em tom sereno, mantendo a expressão misteriosa no rosto – ou você não quer? – questiona em seguida.

— Hã...? Não... ou melhor... é que eu sinto que vou levar um chute se fizer isso... – ele responde, demonstrando extremo nervosismo, enquanto dá um passo para trás.

— Anda logo – ela manifesta, juntando sua mão esquerda com a mão direita de Tsukune, e entrelaçando seus dedos com os dele.

O coração de Tsukune acelerou de imediato. Sua mente era tomada por perguntas, mas ele não conseguia se concentrar em nada, além da sensação do toque macio de Moka em sua mão, e do seu rosto, completamente tomado pelo rubor, refletido nos olhos vermelhos dela. Até sentir uma quantidade enorme de energia se aproximando de ambos, o que faz com que eles se afastem para o lado, o que fez com que ambos não fossem atingidos por algo que havia caído do céu.

— O que foi isso? Alguma coisa caiu do céu. O que será isso? – ele questiona, enquanto a poeira levantada no impacto do “objeto não identificado” se dissipava, revelando a silhueta de alguém que ambos conheciam muito bem.

— URA... MOKA... -  Kurumu disse, enquanto se levantava, e olhava para Tsukune e Moka com olhar assustador – Isso é imperdoável... Além de roubar o precioso chicote da Ruby-san, ainda fica passeando de mãos dadas com o Tsukune?! – acrescenta em seguida, alongando suas unhas e emanando uma aura maligna poderosíssima.

— Nã... Não é nada disso, Kurumu-chan... – Tsukune tenta explicar, mas é interrompido por Kurumu, que parte para cima dele.

— Não adianta tentar se explicar!!! Punição!!! – ela diz, antes de avançar em direção a Tsukune e Moka.

— Vamos fugir daqui Tsukune – Moka diz antes de puxá-lo pelo braço e sair correndo.

Depois de despistar Kurumu, ambos se escondem dentro de um mercado das redondezas. Enquanto descansava da correria repentina, Tsukune se manifesta:

— Conseguimos despistá-la? Não esperava que a Kurumu-chan fosse vir atrás do chicote. O que eu faço? – questiona, enquanto respira lentamente, buscando se acalmar.

— Se ela vier me atacar de novo, eu acabo com ela – Moka responde em tom sério, estralando os dedos da mão direita.

— Não, não faça isso!!! – ele diz em tom de desespero.

— Nesse caso, trate de me proteger. Isso se não quiser que eu lute contra ela – ela diz enquanto entrelaça seu braço direito no braço esquerdo de Tsukune, e apoia a cabeça em seu ombro.

Tsukune ficou imóvel por alguns segundos, já que era inevitável para ele não notar os seios de Moka pressionados contra o seu braço. Mas ele não teve tempo para pensar em besteiras, pois sentiu uma energia fortíssima vindo da sessão de revistas pornográficas. Ao olhar para a direção de onde vinha a energia, viu Mizore escondida no meio das revistas, com suas mãos em forma de garras de gelo.

Após ser descoberta, Mizore efetua um ataque feroz, jogando kunais de gelo na direção de Tsukune e Moka, fazendo com que eles fujam outra vez. Com o passar do tempo, Tsukune passa a perceber como funcionava a detecção de energias sinistras, e, enquanto fugia, questionou Moka sobre o porquê de ele não sentir essas energias antes.

— Isso aconteceu porque eu perturbei o espírito delas – Moka responde demonstrando seriedade no tom de voz – Amor, ciúmes, ódio, quando os sentimentos se exaltam, a energia também fica forte... até o ponto de um novato como você captar – Acrescenta em seguida.

— Não sabia... – Tsukune balbucia, enquanto toma consciência de que tudo o que Moka havia feito até aquele momento, foi para perturbar o espírito das garotas, assim, ele poderia captar as energias delas. Ele ficou perdido em seus próprios pensamentos por alguns minutos, até perceber que estava em uma rua sem saída.

— Droga... não tem saída. Não tem outro jeito senão voltar, Moka-san – ele diz olhando para ambos os lados, procurando um local para se esconderem.

— Não... Caímos em uma armadilha. Elas nos encurralaram aqui como queriam, nós já estamos na mira delas – Moka diz em tom sério.

— O quê??? Mas de onde elas iriam...? – ele questiona surpreso, enquanto olhava para os lados, em busca das próprias respostas.

— Eu não sei... elas acalmaram o poder sinistro... devem estar planejando um ataque surpresa – ela responde, colocando as sacolas que segurava no chão e retirando o cachecol branco dos ombros – Que idiotice, vou acabar com elas – acrescenta em seguida.

— Nã... não, eu já disse que não – ele manifesta em tom elevado, enquanto também deixa as sacolas que segurava no chão.

— Tsukune, se não quiser que eu lute com elas, vai ter que me proteger. Se não é capaz disso, não se intrometa – ela responde em tom sério.

Tsukune não acreditava no que havia acabado de ouvir. Ele sabia que Moka poderia derrota-las num instante, mas não queria que ela e as garotas brigassem. Mas, como não sabia de onde viria o ataque, e não havia para onde fugir, ele não poderia fazer nada, a não ser observar.

— Senti o poder delas aumentar um pouco... devem atacar logo, afaste-se, Tsukune – ela manifesta, enquanto se prepara para receber o ataque das garotas.

Nesse momento, Tsukune utiliza de seu conhecimento recém adquirido, e, em um ato arriscado, abraça Moka pelas costas, fazendo com que a energia das garotas se elevasse ao máximo, incluindo a energia de Ruby, que estava logo acima deles. Apesar tê-la abraçado por impulso, ele pode senti-la tremer ao envolve-la com seus braços.

Após ser vista, Ruby os ataca, mas, em mais uma atitude impulsiva, Tsukune carrega Moka e a tira da mira do ataque. Ambos caem no chão e, devido ao impacto do ataque de Ruby, algumas pedras acabam atingindo a cabeça e as costas de Tsukune, causando algumas feridas.

Depois do ataque de Ruby, Moka parabeniza Tsukune por ter colocado que ela havia lhe ensinado em prática, mas reclama por ele tê-la abraçado e o chuta em seguida mandando-o para longe.

Aquela havia sido a primeira parte de um intenso treinamento, que se iniciou naquele dia e durou até o ataque da Fairy Tale. Mas, apesar de Moka ter lhe dito que havia roubado o Belmont e armado o encontro para treiná-lo no uso da detecção de energia, ele sabia que o “encontro” havia sido importante para ela, assim como foi para ele.

O sinal da academia fez com que Tsukune voltasse para a realidade. Ao perceber que estava na frente do portão da academia, ele correu para dentro do prédio, tendo como rumo a sala do clube de jornalismo, pois sabia que ela estaria lá, e queria fazer o pedido o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler e até o próximo capítulo 0/



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