Destinos Cruzados escrita por Kah Lockhart


Capítulo 1
Amor a primeira mordida


Notas iniciais do capítulo

Yo 0/
Essa é a primeira vez que eu participo de um desafio do Nyah!. E já que é sobre o dia dos namorados, porque não escrever sobre meu OTP lindo, não é mesmo?
O tema dessa semana é: "A primeira vez que nos falamos", por isso, nesse capítulo vocês verão como a história linda, mas nada tranquila, de Tsukune e Moka começou :3
Espero que gostem, e até lá embaixo 0/



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Aquela era para ser mais uma manhã normal. Tsukune estava em frente ao espelho, executando um perfeito nó em sua gravata vermelha. O cuidado com a aparência tinha uma razão especial. Ele havia decidido que faria algo que, segundo ele, já deveria ter feito há muito tempo, mas só agora teve coragem para tal ato: Pedir a garota que ama em namoro.

Enquanto ele fazia os últimos ajustes em sua aparência, sua mente foi invadida por lembranças de um passado não tão distante, mas que eram importantes para o rapaz. Ele se lembrou do dia em que a conheceu.

Era uma manhã parecida com aquela que ele estava vivenciando. Tsukune havia acabado de chegar na grandiosa, mas assustadora, Academia Yokai. Suas pernas tremiam e sua pele estava arrepiada, devida a atmosfera tenebrosa da escola, até que ouviu uma voz suave, mas um tanto quanto desesperada, acompanhada de um barulho, que parecia ser de uma bicicleta.

— Cuidado, sai do caminho!!! – Disse a pessoa que conduzia a bicicleta, minutos antes de atingir Tsukune pelas costas.

Após o impacto, ambos caíram no chão. Depois de alguns segundos imobilizado, ele tenta se reerguer, até que sente que sua mão direita estava tocando algo macio, que com certeza não era o chão onde havia acabado de se machucar. Ao olhar para frente, ele viu a imagem mais linda que havia presenciado até aquele momento: uma garota de cabelos rosados, que abriu os olhos lentamente, revelando seus lindos e hipnotizantes olhos verdes, enquanto demonstrava estar um pouco atordoada, devido ao acidente.

Tsukune nunca havia visto uma garota tão linda quanto aquela que estava em sua frente naquele momento. Ela parecia um anjo. Sua beleza exótica, mas grandiosa, encantou o garoto a ponto de o mesmo não perceber que estava tocando na parte interna de sua coxa direita.

 E então ele se afastou rapidamente dela, temendo que sua reação fosse violenta, mas, o que a garota fez foi ajeitar sua posição e dizer o motivo que a levou a perder o controle da bicicleta.

— Desculpe, sofro de anemia e fico um pouco tonta de vez em quando – disse enquanto afastava algumas mechas de cabelo de seu rosto delicado – você está bem? – acrescenta em seguida.

Após ouvir o que ela havia dito, o nariz de Tsukune começou a sangrar, provavelmente por conta do impacto com o chão. Ao ver aquela pequena, mas notável quantidade de sangue sair das narinas dele, a garota retirou um pequeno pano do bolso de seu casaco e o levou em direção ao local que estava manchado. Até que, por algum motivo não específico, ela começou a agir de maneira estranha.

— O seu sangue... eu sinto o cheiro dele... – Dizia enquanto parecia estar em uma espécie de transe.

Por ainda ser humano, e não ter seus sentidos tão aguçados como atualmente, Tsukune só sentia o cheiro comum de sangue humano coagulado, por isso estranhou a reação da garota, que naquele momento, já estava próxima o suficiente para envolve-lo em um abraço. Enquanto o envolvia em seus braços, ela pronuncia, enquanto sua respiração saia do ritmo normal:

— Ah não, está acontecendo de novo...

No pensamento de Tsukune só havia lugar para um sentimento: Desespero. “O QUE ESTÁ ACONTECENDO?”— Pensava consigo mesmo, enquanto a garota aproximava o rosto dela no seu.

— Desculpe por isso... mas... veja bem... – ela dizia pausadamente, enquanto respirava fundo e direcionava seu rosto para o lado direito do pescoço de Tsukune – Eu sou uma vampira – acrescenta antes de morde-lo.

Ela cravou as presas no pescoço dele, fazendo-o gritar em seguida. Tsukune ficou paralisado devido ao medo que havia tomado conta de seu corpo, já que nas histórias que ele havia lido, vampiros eram seres aterrorizantes, que matavam pessoas de maneira cruel e que odiavam alho, cruzes, água benta e, principalmente: humanos. Mas, ao contrário do que ele pensava, ela não o matou, apenas utilizou um pouco de seu sangue como alimento. Devido ao pânico, Tsukune saiu gritando de um lado para o outro, de maneira exagerada, parecendo uma criança chorona:

— ELA SUGOU O MEU SANGUE, ELA SUGOU O MEU SANGUEEEE!!

Depois de presenciar aquela cena um tanto quanto vergonhosa, a garota se pronuncia, visando se desculpar pelo que havia feito, e finalmente diz o seu nome: Moka Akashiya. É um belo nome, não? Tsukune também pensa assim.

Depois dessa confusão, ele também se apresenta e passa a acompanha-la até a escola. Não se sabe se ele fez isso por medo, ou por querer a companhia dela por mais tempo, mas assim ele fez. Ambos se separaram na cerimônia de início de ano letivo, mas voltaram a se encontrar, pois, por ironia do destino, os dois estavam na mesma sala. Posteriormente, ambos foram juntos até o local onde é localizado o dormitório dos alunos. Em frente a um conjunto de tumbas, Moka revela seu segredo a Tsukune: disse que usava o rosário no pescoço para selar seus poderes de vampira, e que quando ele fosse retirado de onde estava, ela se transformaria eu uma “verdadeira e assustadora vampira”. Ela diz também, que não podia retirá-lo por si só. O que levou Tsukune a crer que nunca veria seu lado “monstruoso”.

Em meio ao desespero de ser o único humano na academia, Tsukune sentia alívio quando Moka estava por perto. Enquanto ambos começavam a construir sua amizade, e futuramente seu amor, eles eram observados por Saizo, o valentão da classe.

A primeira frase de Saizo em sala foi sobre matar humanos e abusar de garotas, e, infelizmente, ele já havia escolhido sua primeira vítima. A primeira coisa que Saizo fez foi colocar Tsukune contra a parede e dizer que o queria longe de Moka, pois em sua visão, ela merecia “coisa melhor”. E então, Tsukune, que estava em dúvida sobre deixar a escola, toma sua decisão: ele iria entregar sua carta de desistência ao diretor e voltaria para a casa, para a sua vida simples de antes. Mas antes que pudesse chegar ao diretor, ele se encontra com Moka. Assim, Tsukune diz que quer voltar para a casa e frequentar uma escola de humanos.

Revoltada com o que havia acabado de ouvir, Moka declara que não gosta de humanos, pois, quando era pequena, sofreu bullyng de seus colegas de escola, o que fez com que o sentimento de inferioridade crescesse dentro dela, e diz que Tsukune foi o único que a aceitou como ela era, e que não se sentia mais sozinha. Aquelas palavras causam confusão em Tsukune, levando-o a revelar sua verdadeira identidade, causando mal-estar entre os dois.

Neste momento, Saizo aproveita a brecha e parte para o ataque, mas, antes que ele pudesse fazer algum mal a Moka, Tsukune decide voltar, e acaba por enfrenta-lo. Não foi uma boa ideia, já que Saizo estava em sua verdadeira forma, e um humano não teria chance nenhuma contra um Orc de 2 metros. E então, Saizo o atinge, fazendo com que Tsukune seja lançado por alguns poucos metros, mas o suficiente para machuca-lo.

Moka foi até onde Tsukune estava caído de imediato, acolheu-o em seus braços e começou a derramar lágrimas, pois pensava que aquilo havia acontecido por sua culpa. Ela dizia que não devia ter se aproximado dele, pois sabia que faria mal ao garoto de alguma maneira, já que ela era um “ser maligno” para a espécie dele, e que só queria ter um amigo.

Tsukune se comoveu com suas palavras, e, juntando sua coragem, e um pouco da força que lhe restava, disse que queria ser amigo dela, mesmo ela sendo uma vampira, e por puro instinto, tentou alcançar seu rosto. Mas ele estava se sentindo tão fraco que não conseguiu manter a mão erguida por muito tempo, o que levou seus dedos a enroscarem na pequena, mas notável cruz que ela carregava no pescoço, fazendo com que se desprendesse do colar.

Foi então que algo extraordinário aconteceu. A aparência de Moka mudou completamente. O tom rosa de seu cabelo foi substituído pelo prateado, seus olhos verdes ficaram vermelhos, com uma fenda no meio, e suas presas se fizeram notáveis. No primeiro momento, Tsukune ficou assustado, pois mesmo não sendo um monstro, ele pode sentir sua aura assustadora. Mas, ao mesmo tempo em que ele sentia um medo tremendo, ele também estava maravilhado. Ela era naturalmente linda, mas, em sua verdadeira forma, ela era ainda mais fascinante.

Era impossível tirar os olhos dela, mesmo enquanto ela executava um Roundhouse Kick perfeito no rosto de Saizo, lançando-o a alguns metros e o deixando atordoado. Depois de manda-lo para longe, ela se dirigiu até onde Tsukune estava. Ele já estava bem o suficiente para se manter em pé, apesar de ter tido um pouco de dificuldade, pois estava tremendo muito, mas conseguiu se manter firme, mesmo com as pernas bambas. Quanto mais perto ela se aproximava dele, mais as pernas de Tsukune tremiam. Mas, no fim das contas, ela não fez nada contra ele. Ao chegar perto dele, ela se manifesta, tentando tranquiliza-lo:

— Não fique tão nervoso, faz algum tempo desde que fui acordada... eu ainda estou um pouco zonza de sono. Eu não tenho intenção de machucar você – Diz enquanto pega o rosário das mãos de Tsukune e se aproxima dele – porque o seu sangue é saboroso... mesmo quando “eu” estou adormecida – manifesta acariciando-o gentilmente com a cruz que estava em sua mão direita – Até uma próxima. Tome conta da “outra” Moka, a mais sentimental, está bem? – acrescenta antes de colocar a cruz de volta em seu colar, selando a si mesma, e voltando a sua “forma normal”.

Tsukune ficou confuso no início. Ele pensava que eram duas pessoas habitando o mesmo corpo, mas, na verdade eram duas partes da mesma pessoa. Depois que o rosário quebrou, seus sentimentos por Moka ficaram mais fáceis de serem entendidos, mas, antes era um tanto quanto difícil para ele saber o que realmente sentia, já que, em sua mente, “elas eram duas”.

O despertador o traz de volta para a realidade, e assim que percebe que está na hora de partir para a academia, ele pega sua maleta e sai de seu quarto, determinado a dizer tudo o que sentia a aquela que é a dona de seu coração.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada por ler e até semana que vem *-*



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