A fazenda - Vick e Fred - Amf & Tda escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 7
C - 7 - Já sou seu amigo!


Notas iniciais do capítulo

Gracias a todas por estarem aqui!!!!



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Marcão sabia que a filha era uma moça educada e gentil, mas ao mesmo tempo ainda era uma menina. Apesar dos rompantes de grosserias que ela fazia pela fazenda ou dos mimos que demonstrava, Victória era uma menina ainda e ele tinha todos os cuidados do mundo com ela eram só os dois.

— Ele se comportou sim pai, mas pediu pra pegar na minha perna.- falou pra ver o pai vermelho...

— O que? Pegar na sua perna? - ele deu um berro.- Esse homem quer morrer? - bufou olhando a filha.

— Pai, o senhor me deixaria casar com ele?- o olhou.

— E você deixou? O que disse?

— Pai, eu estou brincando Rivero é um ótimo rapaz e me respeitou a todo momento!

— Minha filha, eu o deixaria casar com você sim... se você não fosse comprometida e não amasse Lalinho, mas você é comprometida! Rivero é um homem trabalhador, mas safado!

— O senhor sabe o que dele?- perguntou curiosa.

— Ele é filho de um velho amigo meu, que morreu de modo estranho. - ele suspirou. - A mãe dele é uma mulher trabalhadeira e honesta! - ele sorriu lembrando dela. - E ele foi criado trabalhando.

— Trás eles pra jantar aqui?- o olhou.- Eu quero ser amiga dele!

— Eu trago, não sei se a mãe dele virá, mas eu convido. Por que você mesma não vai la hoje e convida?

— Eu não sei onde ele mora!- enrolou o porco em uma toalha.

— Na Fazenda Bananal! Ele mora na fazenda de Olavo numa bela casa.- ele suspirou e a olhou.- Agora esse porco é família?

— Seu neto!- ela se levantou e foi até ele.- Diz oi pro vovô.- e o porco roncou e ela caiu na risada.- Lalinho não veio, pai?

Ele sorriu ao porco e perdeu o riso.

— Não veio filha, você quer que te leve na cidade para ver ele? - disse com preocupação. - Filha, esse namoro está bem?

Victória suspirou.

— Eu não sei mais se ele me ama, acho que ele perdeu o interesse em mim ou ele já teria me pegado...- falou sem querer.- Me desculpa, pai.

— Filha, ele nunca tentou nada? - ele disse curioso.- Ele fica só sentado com você?

— Nunca, eu quero, mas ele foge...- falou com cuidado não queria parecer uma qualquer.

— Então, minha filha, você vai terminar com ele! - ele disse com amor a ela , era sua princesa. - Ele não serve para você se nem ao menos te beija!

— Eu amo ele...- disse quase sem certeza.

— Ama mesmo?

— Estamos juntos a muito tempo!

— E daí? - Ele disse calmo.

— Pai, não quero que se decepcione comigo!

Marcão queria que a filha estivesse feliz que as coisas entre ela e o noivo fossem como qualquer jovem e não uma coisa morna como aquilo que ele estava vendo.

— Victória não quero você infeliz! Eu quero você pura se casando, mas não quero você casando com um homem que nem te beija! Que isso, minha filha, você é muito linda! Eu quero o melhor para você e eu gosto muito dele, mas eu quero que você pense bem se é isso que você quer! - Ele disse sendo amoroso com ela. - Somos só nós dois, minha filha, sua mãe não está mais conosco eu sou a única mãe que você tem. Se eu fosse a sua mãe, se eu fosse uma mulher, diria para você  que você precisa ter certeza no seu coração de que ele é realmente um homem, se você tem dúvida é porque não serve para você!Se ele tivesse passado do ponto eu dava um tiro nele, minha filha, mas ele nem tá procurando o ponto.

— Ele não procura mesmo!- suspirou.- Depois da viagem a gente resolve isso, tá bom?

— Amor, eu quero te contar uma coisa! - Ele disse todo atencioso com ela.

— Diz?

— Você decide a hora que quiser, minha filha, é sua vida! Eu era louco pela sua mãe e como seu avô não queria que a gente namorasse, eu pulava a cerca para ver sua mãe! Uma vez eu caí, me cortei todo! - Ele começou a rir.

— Papai, o senhor fazia isso?- ela riu.

— Eu era namorador, minha filha, eu adorava namorar e a sua mãe era muito linda como você é acho que você até mais bonita do que sua mãe! - Ele falava com os olhos cheios de orgulho amava tanto aquela filha. - E quando eu comecei a namorar, ela era uma menina como você e nós dois queríamos casar e seu avô não queria! Mas eu lacei sua mãe de jeito!

— E como foi que conseguiu casar?

— Eu fui a fazenda do seu avô e ele me ameaçou com vários tiros. Eu disse que ele tinha que permitir o casamento porque eu tinha desonrado sua mãe!

Victória arregalou os olhos.

— Papai, o senhor queria morrer?- ela riu sentando e secando seu porco.

— Aí seu avô me deu esse tiro aqui. - Ele mostrou a barriga e a marca do tiro suspendendo a camisa. - Mas não era verdade porque eu respeitava a sua mãe! A gente queria muito um ao outro, mas eu respeitei sua mãe!

— Fala a verdade o senhor furou ela por isso tomou um tiro!- ela riu.

— Eu furei sim, mas depois do tiro! - Ele disse começando a rir. - Sua mãe foi me visitar e disse "já que ele te machucou porque acha que você me desonrou, então vamos dar motivo a ele!"

— Papai, se eu não casar virgem o senhor vai ficar muito triste?- Victória soltou aquela frase com calma.

Ele a olhou. Sentiu o coração palpitar mas quando Victória começava com aquelas coisas é porque boa coisa não vinha.

— Por que tá me perguntando isso, Victória, se você disse que Lalinho nem toca em você?

— Porque eu quero saber, pai, só por isso! Ele não me toca mesmo.- falou com verdade nos olhos.

— Eu quero que você se respeite! Não quero esses homens safados metendo na minha filha! Você não é vagabunda, Victória! Eu já te disse que meu problema não é você gostar de alguém e querer estar com alguém, Victória, você anda por aí na mão dessa gente! Na boca dessas velhas fofoqueiras! Você deixou alguém te tocar, Victória por isso que está me perguntando isso? Quem foi, Victória?

— Eu não deixei, papai!- falou bem mentirosa.- Mas eu quero deixar!

— Quem? Quem você quer deixar porque você me disse que está pensando ainda se vai ficar com seu namorado ou não?

— Eu quero que Lalinho me toque para saber se é com ele mesmo que eu quero casar!- Suspirou.

— Minha filha... tocar como, onde? - ele disse com calma. - Tocar onde e como?

— Não sei papai, me tocar!- falou como se não soube como fazer.

— Filha, eu não quero muita intimidade não em! - ele disse sério e suspirou. - Nada dele tocar aqui em você! - ele apontou entre as pernas. - Com nada dele!

Ela riu.

— Tudo bem, papai, eu não vou deixar, agora o senhor cuida do meu filho que eu vou tomar banho pra gente ir convidar os Rivero pra jantar!- levantou dando o porco a ele.

Ele ficou rindo e pegou o porco.

— Olá, porco, você até que é bonitinho mesmo!Parece que tá rindo!

— Ele se chama Frederico Júnior como pai dele!- ela riu.

— Pai dele? - Marcão olhou para ela sério. - Quer dizer que Frederico é pai desse porco? Estou olhando bem para você em Victória!

— Papai, foi ele quem me deu nada mais justo que ser o pai!- ela riu e o beijou.- Eu te amo muito Sandoval!- ela saiu correndo para dentro de casa e subiu para o quarto para se arrumar.

Marcão ficou rindo segurando aquele porco e o bichinho estava todo cheiroso por que a Victória tinha conseguido deixar ele bem lindo.

— Agora vou ter que ficar andando por aí com esse porco debaixo do braço, só você, minha filha, só você!- Ele falou rindo e caminhando com o bicho enquanto esperava a filha.

Meia hora depois, Victória desceu com uma roupa confortável e olhou o pai com o porquinho.

— Vamos, papai? Ou vai se vestir com perfume?- ela riu.

— Não, eu vou assim mesmo! Pega seu porco aqui!- Entregou o porco para ela, ela foi e pegou o porco e saiu de casa junto a ele.

Os dois entraram no carro e ele dirigiu até chegar à casa de Frederico.

— Agora você desce e vai lá falar com eles que eu vou te esperar aqui no carro! Você quer que eu vá junto com você?

— Por que não quer ir? O convite é nosso papai ou o senhor não quer eles em casa?

Paulina parou na porta ao ver o carro parar e sentiu seu coração acelerar o que eles estavam fazendo ali? Será que ele tinha descoberto sobre o filho e Victória? Esperou que eles saíssem para falar com eles.

— Vou com você, minha filha, você está certa é mal educado eu não descer! - Ele não queria descer porque Paulina era alguém que ele conhecia. Alguém que ele conhecia de muito tempo. Deu a mão a filha e foi com calma.

— Boa tarde!!- Paulina falou educada com eles.- Algum problema?

— Viemos fazer um convite, Paulina. - ele disse educado. - Eu e minha filha queremos convidar para um almoço ou jantar em nossa casa.

— Que convite?

Frederico veio de toalha gritando a mãe.

— Paulina Rivero essa cueca aqui está... - quando viu a mãe na porta.

Victória segurou a risada ao ver o jeito dele!

— Frederico, tenha modos, não estamos sozinhos!- ela o olhou.- Vá colocar uma roupa agora que eles querem falar com a gente!

— Me desculpa, Marcão, senhorita Victória! - ele disse assustado e saiu.

— Desculpem, meu filho, ele é um tanto...

Marcão olhou para Paulina e nada disse, ela nem terminou de falar.

— Entrem para tomar um café acabei de fazer!

Victória soltou o pai e entrou curiosa para ver a casa por dentro e olhou bem para Paulina que era linda.

— A senhora é muito bonita.- sorriu e terminou de entrar e ela retribuiu o sorriso e olhou Marcão.

Ele entrou todo educado e parou em frente a Paulina. Era um homem enorme estava todo envergonhado de estar ali. Olhou para filha e sorriu, só ela mesmo para fazer isso com ele.

— Mas agradecemos e aceitamos o cafezinho!

Ele sabia que era importante para filha aquela visita a ele ou ela não teria pedido. Frederico desceu vestido e perfumado e veio sorrindo deu a mão a Marcão.

— O que foi que houve? Deu formiga lá em Olho d'Água?- Ele deu um beijo na mão de Victória e se sentou. - Frederico, Júnior está bem?

Ela riu e deu o porco a ele.

— Frederico Junior?- Paulina perguntou sem entender.

— Sim, seu neto!- Victória falou rindo e apontou o porco.- Quero fazer o batizado dele e preciso que aceitem o jantar!- era provocação para o pai porque sabia que ele não ia gostar nada daquilo.- E papai já sabe de tudo, Frederico.

— Victória que história é essa de batizado de porco?

Victória insinuou que Marcão soubesse do caso deles para ver a reação de Frederico. Ele olhou para ela sem entender nada porque não era para isso que ela tinha pedido para ir ali.

— Melhor que ele já sabe assim resolvemos o seu problema e o meu!- Frederico olhou para ele com os olhos bem vivos.- E aí, você deixou, tá tudo bem?

Marcão olhou para cara dele sem saber muito bem o que dizer.

— Papai, aceitou sim o jantar porque ele sabe que quero ser sua amiga e por isso quero que vocês jantem comigo e papai precisa de uma namorada!- olhou para Paulina que arregalou os olhos e Victória soltou uma gargalhada.

— Mamãe está livre para namorar, ela não tem namorado! Bem, pelo menos se ela tem ele não vem aqui em casa!

— Estou brincando gente!

Marcão olhou para filha estava vermelho como um tomate.

— Victória, você está constrangendo a senhora! Desculpe, Paulina é que minha filha tem essa coisa porque não tem uma figura feminina em casa! - Ele olhava para Paulina encantado.

— Ela é linda, pai, eu gostei muito dela!- sorriu com os olhos brilhando já com intenção de deixar Frederico mais perto.- Vocês aceitam ir com a gente?- Estava fazendo tudo espontaneamente e nem se dava conta.

— Eu aceito sim quando vai ser esse jantar aí? - Ele disse todo feliz olhando para ela.

— Hoje, vocês já podem ir com a gente se quiser!

— Mais eu nem tomei banho, nem nada.- Paulina falou.

— Você quer ir, mãe? Eu já tô pronto já, a gente espera você tomar um banho rápido! Enquanto eu fico aqui com eles tomando café, você toma seu banho, se apronta!

— A senhora não precisa ficar constrangida não porque eu também ainda não tomei banho! - Marcão falou todo educado.

— Então, eu vou tomar banho, filho, pega café para eles que eu já volto.- olhou a todos e subiu as escadas quase que correndo.

— Pode deixar, mãe! - Ele sorriu e foi pegar o café. Entregou o café dele e entregou de Victória e depois disso sorrindo.- Quer alguma coisa mais, Victória além do café, você é uma menina que é refinada gosto de coisas caras!

Marcão ficou prestando atenção.

— Tem bolo? Eu estou sentindo o cheiro.- tomou o café toda educada.

— Tem bolo sim de laranja e de milho!Eu vou pegar para você!

Victória olhou o pai e sentou do seu lado.

— Pai, é de uma namorada assim que o senhor precisa!- ela sorriu esperando a reação dele.

— Victória, pare com isso que está me constrangendo, uma mulher linda como essa mãe dele só uma vez na vida! Foi sua mãe e mais nenhuma!

— Você está me dizendo que não aguenta ela?- o encarou.

— Não é isso, filha! Ela é uma mulher muito bonita, muito atraente, seu pai não tem isso não, seu pai é cavalo doido! Não sou mais um cavalo novo não, um bezerrinho igual Frederico!

— Eu não sou bezerro! - disse entrando com o bolo dela e entregando. - Eu sou cavalo feito, Marcão! - Ele olhou a filha e disse com calma.

Victória nada mais disse e pegou o bolo para comer.

— Filha, em respeito a você não vou dizer o que seu amigo merece ouvir! - ele riu e olhou Frederico que riu de volta.

Ficaram conversando sobre a vida e sobre a fazenda e então Paulina desceu linda e perfumosa. Marcão reagiu na hora. Eles todos se levantaram e sorrindo, Frederico e Victória se olharam.

— Vamos? - Frederico disse piscando para a mãe.

— Vamos, meu filho!

Victória levantou com seu porquinho e olhou Paulina.

— Olha que linda, pai.- Victória sorriu e Paulina corou.

— Não deu tempo pra tudo isso, senhorita Victória.- falou educada.

— Você está maravilhosa, Paulina!

Ele estendeu o braço para que ela segurasse nele. Ela o segurou e sorriu caminhando para sair. Victória olhou Frederico e sorriu. Eles saíram juntos e Frederico e Victória se deram a mão. Ele foi devagar com ela atrás para que os pais não ouvissem o que ia dizer.

— Você armou isso?

Ele piscou para ela.

— Eu não!- ela falou como se não entendesse do que se tratava.- Eu só quero que você seja meu amigo!

Ela sorriu para ele, eram só amigos!!!


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