A fazenda - Vick e Fred - Amf & Tda escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 46
C - 46 - O intruso...


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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— Papai, eu posso te contar uma coisa?

Ele sorriu e a olhou com amor...

— Pode me contar tudo, minha filha.- Sorriu com ela ali, era sua menina linda.- Somos amigos...

— Papai, Paloma está tendo relação e eu não sei como contar a Frederico.- Falou, sabia que se o marido descobrisse que ela tinha contado a ele primeiro iria ficar ainda mais bravo. Ele olhou com o coração espremido.

— O que? O que me disse? Paloma está transando? Quem é o vagabundo que furou minha neta?- Ele estava sem cor...

— Ela não transa, papai, ela tira o calor e se falar isso perto dela, ela chora feito criança.

— Como assim tira o calor, Victória? Esse rapaz se aproveitou dela?- Ele se ajeitou na cadeira porque já queria matar o garoto.- Só me responde isso, por favor, minha filha. Quem é a pessoa que seu pai precisa castrar?

— Papai, ela não entende nada disso. Se você falar transar, ela morre, mas é exatamente isso que ela está fazendo!

— Ela foi enganada! Se não sabe o que está fazendo porque foi enganada!- Ele sentiu uma coisa estranha no peito.

— Papai, sua neta é avoada. O senhor sabe como ela é. Ela tem uma violeta e ele uma mandioca.

— Nós temos que pegar esse rapaz e resolver isso. Que é isso, Victória?

— Papai...- Ela começou a rir lembrando da filha.

— Pode começar a falar que eu quero entender direito essa história, eu vou meter tiro nesse garoto.

O pedido chegou e ele começou comendo de tanto nervoso que estava. Sabia que Frederico não ia brincar com aquilo que seria pior do que ele se pegasse o garoto.

— Ela está namorando e ele conseguiu ver a anatomia dela, outro dia eu vi os dois cuidando da horta e ele chama ela de tomatinho.

— Tomatinho é um tiro na cara desse vagabundo. Ele deve ser um safado por isso que conseguiu o que queria.- Comeu nervoso e tomou sua xícara de café inteira pedindo outra.- Eu quero saber quem é porque eu vou na casa dele tirar satisfação.

— Papai, ele é como ela. Eu já observei os dois por horas e eles conversam de tudo e quando bate o calor.- Falou com vergonha da filha. - Papai, ela está feliz e ele não é um safado!

— E o que você acha que vai fazer? Aceitar isso e pronto? Ela é uma criança ainda, Victória!

— Proibir é que eu não posso, papai, eu já fui como ela...- Falou entendendo.- Eu achei que ia demorar, mas ela é esperta e deu um caldo na gente.

— Minha filha, você não era com ela, você sabia o que estava fazendo. Sabia exatamente o que estava fazendo.- Ele comeu o outro pedaço de bolo estava muito nervoso com aquela notícia.- É melhor você se preparar para contar isso para Frederico porque ele não vai deixar barato! Não quero que ele bata na minha menina. Conheço meu genro, se estiver esquentado vai acabar batendo nela.

— Papai, ela sabe perfeitamente o que está fazendo. Ela sabe!- Comeu do bolo dele e sentiu algo estranho.- Esse bolo está estragado?- Fez cara feia.

— O bolo está delicioso, Victória, você que deve estar sem paladar com esse assunto.- Ele deu um suspiro pesado aquela notícia era bem perigosa para ser resolvido assim.- Se soubesse que você ia falar isso comigo tinha tomado uma cachaça ou pedido alguma coisa mais quente. No final toda nossa família tem fogo na bunda, não é mesmo, minha filha?

Victória riu de leve e se afastou daquele bolo.

— Papai, isso é de família! Não tem como e o senhor é o mais safado.- Zombou dele.

— Minha filha, eu sempre tentei controlar isso que eu sinto, mas não dá. A sua mãe por exemplo anda com ciúme de uma mocinha que lavar roupa lá no quintal. Estava lavando a roupinha dela sossegada e sua mãe cismou que eu estava olhando a bundinha da moça.- Ele começou a rir era safado mesmo, mas não tinha olhado a bunda da moça.

— Papai, se ela te pega, ela acaba com sua raça. Você olhou?

— Eu não olhei nada, minha filha, estava com dor de cabeça cuidando de umas coisas graves da Fazenda. Vou te contar exatamente como aconteceu. A menina estava lá lavando a roupinha dela e sei lá alguma coisa na nossa casa. Eu estava anotando alguns balancetes no papel e sentei com as pernas abertas porque estava com calor na poltrona do lado de fora. Sua mãe veio virada um bicho dizendo que eu estava todo igual Don Juan sentado na varanda olhando ela. Gritou que to correndo atrás de bu...ta nova...- Ele soltou uma gargalhada bem alta.- Veja você, Victória, eu gosto da dela...

Victória o acompanhou na risada ele era terrível e a mãe mais ainda.

— Sua mãe tá apertada até mais que muita novinha.

— E você lá sabe como é uma pomba nova? Papai, não fale uma coisa dessas!

— Minha filha, claro que eu sei, o que eu mais fiz nessa vida foi comer pomba nova! Sua mãe fica de besteira, eu não quero saber de mulher. Quero saber de meter o pau é nela! Aí, ficou lá, toda sentida reclamando, acredita que ela até chorou, Victória?

— Eu não preciso saber disso!!! Mamãe anda muito sentimental, o senhor sabe o que está acontecendo? A vejo estranha desde aquela briga que ela atirou contra o senhor e pediu o divórcio.

— Eu acho que sua mãe está sentindo alguma coisa, não quer me contar o que é. Ela anda falando umas coisas esquisitas, anda com ciúmes bobos de umas coisas que não tem nada a ver.

— O que ela anda falando? Quer que eu vá conversar com ela?

— Quero que você converse com a sua mãe sim! Ela sempre foi uma mulher alegre agora só fica resmungando pela casa e cobrando que eu não estou dando atenção a ela. Mas eu passo o tempo todo que eu posso com ela, minha filha! Acho que eu vou levar sua mãe para viajar.

— Papai, a quanto tempo vocês não saem juntos? Pra passear? Quanto tempo não fazem algo diferente que não seja brigar com Lulu?

— Há muito tempo porque tudo sua mãe não pode. Tudo que eu convido sua mãe para fazer, ela diz que não tem tempo porque tem que cuidar de Luana. Tudo na nossa casa é Luana, Luana, Luana e Luana não está nem aí para nada! Eu fodendo e sua mãe querendo ver se Luana estava bem. Se tinha chegado em casa...

— Papai, arraste ela pra viajar porque deve ser esse o problema.

— Eu vou fazer isso, minha filha, pode deixar que eu vou fazer isso. Mas preciso da sua ajuda para convencer ela.

— Eu vou te ajudar sim, papai! Pode deixar comigo!- Tomou mais de seu café sorrindo por ter aquele momento com seu paizinho.

— Sua mãe é tudo que eu tenho, minha filha. Ela é o amor da minha vida e nem precisa ficar se preocupando com pomba nova.- Começou a rir porque sabia que a filha entendia ele.

— Eu sei que o senhor escolheu ela, papai e para sempre!- Falou com orgulho dela, para Victória ela era a sua mãe e seria a única em sua vida.

— Ela é a mulher mais perfeita que um homem poderia querer. Sabe sorrir, sabe sofrer, sabe dar atenção, sabe tudo. Você já viu como a sua mãe monta no cavalo?- Ele falou todo orgulhoso porque ela era uma mulher maravilhosa realmente.

Ela riu.

— O senhor fica olhando e pensando safadeza que eu sei!- O beijou toda carinhosa.

— Minha filha, sua mãe é a melhor amazona que eu conheci. Papai é um homem que cavalgou muito nesse mundo, posso dizer isso para você com tranquilidade!

— Papai, eu também escolhi o melhor cavalo de montaria e que saiu dela, eu sei o que o senhor sente!- ela sorriu apaixonada como era por Frederico.

— Minha filha, tem que acertar tudo com a sua mãe ou ela fica louca.- Termino de comer seu bolinho de morango.

Ela riu e terminou de comer enquanto eles conversavam era sempre tão bom ficar junto a ele que não queria mais ir embora e esquecia até de seus afazeres na empresa.

— Por que você não vai conversar com a sua mãe? No dia da macarronada, você leva minhas crianças e conversar um pouco com ela. Mas não conta dessa história de Paloma lá em casa não.

— Eu vou sim, papai, pode preparar a macarronada que eu estou cheia de desejo.- Falou salivando.

— Cheia de desejo?- Fico até com medo quando você fala assim.- Com fogo no rabo que Frederico tem para vocês fazerem uma criança essa altura do campeonato pouco custa.

Ela sorriu.

— Papai, estamos tentando fazer mais um bebê.- Ele quase engasgou quando ouviu aquilo dela.

— Aí essa altura vocês vão fazer uma criança! Pelo amor de Deus, Victória?

— Vamos sim! Vamos fazer mais um bebê.- Falou feliz.- Eu quero, nossos filhos querem e Frederico também.

— Eu também quero. Mas fico pensando na manobra que vai ser isso agora com você já com a empresa funcionando a todo vapor. Um bebê vai tirar você do seu caminho.- Não me entenda mal, Victória. Eu amo meus netos.Estou preocupado com você.

— Papai, eu tenho tudo que quero e um bebê não vai me atrapalhar, não é como foi com Mariano ou Paloma. Agora é diferente!- Sorriu para seu paizinho.- Eu não pensei em ter mais filhos, mas Paloma quer um irmão e não é só por ela... - sorriu feliz. - Ela somente acendeu dentro de mim a vontade de ser mãe mais uma vez.- Os olhos brilharam de amor.

— Minha filha, você é uma mãe maravilhosa. Tem que ter sim, muitos filhos.- disse todo amoroso com ela e sorriu.- Eu amo ser avô. Quero vocês felizes. Vamos comemorar esse bacuri.- ele sorriu e beijou sua menina que ele amava tanto.

Victória o beijou mais o amava tanto.

— Papai, acho que não está aqui ainda...- Falou amorosa.- Estamos fazendo sempre, mas a médica disse que pode ser um pouco demorado já não sou aquela jovenzinha.

— Eu acho é que meu genro está sem fogo!!!!- Disse rindo e cheio de atenção com a filha.- Frederico está acabado, isso sim!!!- gargalhou alto com a filha ali, amava muito ela.

Ela negou com a cabeça.

— Se tem uma coisa que nunca vai faltar ali é fogo, papai.- Ria enquanto falava.- Frederico não me da paz nunca, papai!!!!

Ele riu alto e falou só para ela.

— E nem aí, né, minha filha?- ele sabia que a filha nunca tinha sido fácil.- Por isso que aquele peão não olha nem pro lado.- Riu mais.- Porque a cabrita dele tem fogo.

— E se olhar, ele está morto!!!!- Riu alto e o abraçou.- Podemos ir? Tenho que ver como está a empresa e ir para casa...

— Sim, minha filha podemos e quero que não esqueça de nosso macarrão.- ele se levantou sorrindo e beijando sua menina, pagou a conta e os dois caminharam para seus carros.

Marcão a tocou forte e abraçou assim que parou na porta do carro dela.

— Eu te amo, Victória, sempre vou amar...

Ela o abraçou forte deitando a cabeça em seu peito sentindo aquele amor que ele sempre declarava por ela.

— Eu te amo, papai...

Nesse momento um homem se aproximou deles e disse.

— Marcos Sandoval?

— Sim...- ele se virou e olhou o homem.- Eu mesmo...- ele disse com Vick em seus braços.

— Me chamo João Paulo Sandoval e sou seu filho!

Victória no mesmo momento soltou o pai e o encarou com o rosto já tomado de um sentimento que ela nem conseguiu explicar.

— O que disse, rapaz?- Ele ficou em choque olhou a filha e olhou o rapaz.- Meu filho? Mas eu não tenho...- ele se assustou.- Quem é você?

— Você tem sim, eu sou filho da Tatiana...

A sensação de horror e estranheza tomou absoluta conta dele, era estranho imaginar que tudo que aquele jovem parado em sua frente pudesse ter qualquer ligação com ele. Olhou Victória mais uma vez, conhecia a filha e sabia a bomba que aquela notícia era.

— Eu sou filho de Tatiana... - repetiu com os olhos presos nele.

Victória sentiu o peito inchar tamanho o susto daquela revelação, um irmão? Um irmão que tinha sido criado pela mãe e ela abandonada.

— Vai embora daqui, você não é nada nosso!- Gritou.

— Calma, minha filha, calma.- ele disse em choque.- Qual seu nome? Onde você estava?- disse nervoso com ela e sentindo o peito doer.

— João Paulo e estava estudando fora, minha mãe nunca me disse quem você era por muitos anos, mas por fim consegui a verdade e aqui estou para ser seu filho.- Falou com calma, mas respirava pesado.- Eu sou seu filho!


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