The Mistake - HIATUS escrita por Ciin Smoak


Capítulo 7
Mama Smoak


Notas iniciais do capítulo

Estou aqui com mais um cap pra vocês e hoje vamos ter o que vocês tanto queriam que acontecesse logo aqui na fic, espero não decepcionar vocês kkkkkkkkkkkk...

Gostaria de dizer que estou muito feliz com todos os reviews que eu recebi no cap passado e quero dizer também pra que vocês não se preocupem porque nenhum review vai ficar sem resposta, ok? Eu só estou um pouco sem tempo agora por causa da semana de prova, então tive que escolher entre responder aos reviews ou postar o cap novo, mas agora de madrugada mesmo já vou começar a responder todos vocês!!!



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A lua até beijou o mar

Pra não ficar de vela, 

Os quatro perdidos de amor

Eu, você, o mar e ela

Luan Santana - Eu, você, o mar e ela

 

 

—Mãe, isso não é um encontro, pelo amor de Deus! –Minha mãe revirou os olhos pela milésima vez e gargalhou alto.

—Você também me disse isso da ultima vez e pelo o que eu me lembre vocês terminaram a noite com ele te falando sobre estrelas e constelações. –Me joguei no sofá e no mesmo momento minha mãe puxou minha cabeça para o seu colo.

—Dessa vez é diferente mãe, ele não quer simplesmente me ver, ele quer conversar comigo e parece sério, quer dizer, depois do que aconteceu hoje eu tenho quase certeza de que é bem sério! –Donna franziu o cenho em confusão e antes mesmo que ela pudesse perguntar, me ergui do seu colo e contei tudo o que havia acontecido, desde o despertador até o quase beijo. Minha mãe ficou em silêncio durante todo o meu relato e eu franzi o cenho em confusão porque aquela não era uma reação típica dela, estava prestes a perguntar o que diabos estava acontecendo quando percebi que ela estava tremendo e no mesmo momento senti vontade de fugir.

Ela iria explodir!

Me levantei rapidamente e praticamente corri até a cozinha, consegui contar mentalmente até dez e então lá estava ele, alto e estridente. Minha mãe gritava tanto que eu já estava apavorada com a possibilidade de os vizinhos chamarem a polícia, DE NOVO, porque ano passado quando eu estava passando uns dias com ela, minha mãe havia gritado tanto por causa do casal que havia se beijado na novela que ela assistia todo santo dia que os vizinhos chamaram a polícia achando que um maníaco tinha entrado na nossa casa e como em Las Vegas todo tipo de coisa estranha acontece, a polícia acreditou e quando eu dei por mim nada menos do que três viaturas estavam paradas na nossa porta.

— AH MEU DEUS, AH MEU DEUS, AH MEU DEUS, VOCÊ BEIJOU OLIVER QUEEN! EU ACHO QUE VOU DESMAIAR, QUE ORGULHO DA MINHA BEBÊÊÊÊÊÊ!!! –Tapei os ouvidos com força e gemi baixinho de arrependimento, porque eu tinha que ter aberto a boca?

—Mãe para de gritar, a essa altura do campeonato o prédio inteiro já escutou e pelo amor de Deus, você não ouviu nada do que eu disse? Eu não beijei o Oliver, as nossas bocas se encostaram por acidente, mas a gente nem se mexeu, não foi um beijo.

—Ah é? Então quer dizer que se ele colocar aquele pênis de ouro dentro de você, mas não se mexer, você vai me falar que não fizeram sexo também? –Deixei o copo que estava em minha mão cair com um estrondo enorme, água e vidro se espalharam por todos os cantos da cozinha enquanto eu lancei o meu melhor olhar horrorizado na direção da louca que eu chamava de mãe. –Não me olhe assim, foi você quem começou com esse papo de “não teve beijo”, bebê!

Eu até pensei em argumentar alguma coisa, mas como se tratava da minha mãe eu preferi simplesmente fingir demência e limpar a bagunça que eu havia feito, me abaixei para poder pegar os cacos de vidro maiores, porém nesse momento a campainha tocou e a loira mais velha me puxou pra cima e me empurrou em direção à sala.

—Eu limpo isso querida, vá atender a porta, a ajuda acabou de chegar! –Franzi o cenho em confusão e caminhei lentamente até a porta, talvez tivesse um striper do lado de fora, eu não duvidava de nada que viesse dela.

Abri a porta com um rompante e me preparei para o pior quando estaquei de surpresa ao ver quem realmente estava na porta com duas bolsas enormes nas mãos.

—Curtis? O que você... –Ele revirou os olhos e passou por mim, deixou as bolsas em cima do meu sofá e nesse momento minha mãe apareceu com um sorriso enorme no rosto.

—Curtis, querido! Você chegou, ainda bem, não temos muito tempo! –Observei de boca aberta o meu amigo caminhar até a minha mãe e envolve-la em um abraço, mas o que diabos estava acontecendo?

—Tá bom, vamos parar de tentar deixar a Felicity louca, ok? Por que vocês estão se abraçando? Aliás, de onde é que vocês se conhecem? Eu só comentei do Curtis com você poucas vezes mãe e Curtis eu acho que só falei da minha mãe uma vez.

—Ah bebê, você postou uma foto na sua rede social com o Curtis e como eu gosto de conhecer os seus amigos fui pesquisar mais, ele me pareceu um homem de muito bom gosto e por isso eu chamei ele pra te ajudar. –Me sentei rapidamente, tentando em vão manter o pouco de sanidade que ainda me restava e olhei para minha mãe esperando que ela entendesse o recado. –Você está um pouco lenta hoje não é meu amor? Devem ser os nervos, bem, eu chamei o Curtis aqui pra ajudar a arrumar você!

—Por que eu preciso de ajuda pra me arrumar? –Curtis revirou os olhos e se sentou ao meu lado, enquanto a Smoak mais velha se sentou do outro. –Não é óbvio, Fel? Você vai sair com Oliver Queen e eu sei que vocês já saíram uma vez, mas estou sentindo que dessa vez vai ser diferente e bem, como você realmente está precisando de uma ajudinha, sua mãe chamou e eu resolvi vir auxiliar a minha amiga.

—Ajudinha? –Eu ainda estava confusa e estava pensando seriamente em pedir um exame toxicológico para os dois, mas nesse momento minha mãe me virou em sua direção e revirou os olhos.

—Curtis só está sendo um amor, o que acontece na realidade é que o seu esmalte está descascando, você está cheia de olheiras e seu cabelo está parecendo uma palha desgrenhada, bebê, aliás, quando foi a última vez que você hidratou ele? –Arregalei os olhos, em parte pelo susto, em parte pela indignação e tudo o que a descarada fez foi sorrir. –Não fique brava comigo, eu sou sua mãe e posso te falar isso porque eu te amo, mas não se preocupe, ok? Nós vamos dar um tratamento de beleza completo pra você, começando por agora!

Não tive sequer tempo de protestar, minha mãe começou a me arrastar em direção ao quarto e Curtis riu baixinho antes de pegar as suas bolsas e segui-la. O que se seguiu foram praticamente três horas de “ajuda da beleza” como dizia a minha mãe, eles lavaram o meu cabelo com um shampoo cor de rosa tirado de dentro da bolsa atômica do meu amigo (foi assim que eu a apelidei devido a quantidade de coisas que haviam lá dentro) e logo em seguida Curtis cortou as pontinhas e me ajudou a refazer a franja, minha mãe cuidou das minhas unhas e depois eles ainda me obrigaram a ficar durante um bom tempo com uma máscara facial e pepino nos olhos.

Assim que Curtis começou a escovar o meu cabelo, minha mãe se sentou à minha frente e começou a sorrir de uma maneira assustadoramente empolgada. –Olha só bebê, você precisa aprender a interpretar os sinais, ok? –Franzi o cenho em confusão e ergui a cabeça para Curtis que parecia preocupado em deixar o cabelo perfeito.

—Sua mãe está falando dos sinais de que o Oliver está interessado, caso você não tenha entendido!

—Como assim sinais? Gente ele me chamou pra conversar porque a situação de hoje foi muito constrangedora e provavelmente ele está querendo esclarecer tudo e se desculpar, só isso! –Minha mãe gargalhou alto e acariciou o meu rosto ternamente, ela sempre fazia isso quando eu dizia algo que ela considerava inocente demais.

—Ah meu amor, se um cara não quer nada com você ele te manda uma mensagem ou te liga, na melhor das hipóteses, ele te encontra pessoalmente por cinco minutos e fala o que precisa falar, mas ele não te chama pra jantar, bebê! –Abri a boca, mas nada saiu, eu não sabia o que pensar, será que minha mãe estava certa?

Eu estava realmente me apaixonando pelo Oliver? Se a vontade de ser beijada por ele mais cedo e as borboletas no estômago fossem algum tipo de sinal, eu diria que sim.

Eu não estava completamente apaixonada!

Mas estava no meio do processo!

Mil e uma situações diferentes começaram a rondar a minha cabeça e eu comecei a ficar sem fôlego, ele podia me dizer qualquer coisa desde “Felicity, eu não tenho nenhum tipo de sentimento amoroso por você” à “Felicity, eu te amo”.

Ok, eu estava sendo exagerada, mas em minha defesa eu estava em pânico!

Curtis parecendo perceber isso, desligou o secador e se sentou ao meu lado rapidamente e me abraçou.

—Eu sei que você tá nervosa, afinal, é o Oliver Deus Grego Queen, mas não fique assim, tudo bem? Vai dar tudo certo, você não precisa apressar nada, interprete os sinais, se por acaso você ver que ele está realmente interessado em você...

—Você beija ele, bebê!

—O que? Mãe, você ficou louca? –Ela me lançou um olhar inocente e eu me segurei para não surtar diante de toda aquela loucura.

—É só se você tiver certeza, bebê! –Respirei fundo e como eu sabia que argumentar não adiantaria de nada, me limitei a assentir e continuar em silêncio.

Oliver havia marcado de me buscar as oito e meia e quando Curtis terminou de arrumar o meu cabelo e percebeu que já se passavam das sete, ele e mamãe entraram em desespero e começaram a me maquiar como dois malucos, eu estava morrendo de medo de estar parecendo uma palhaça, mas tinha que ter ao menos um pouco de fé no trabalho dos dois, então respirei fundo e deixei que eles fizessem o que queriam.

Quando eles terminaram, praticamente jogaram um vestido em cima de mim e eu o coloquei o mais rápido possível, se a campainha tocando era algum sinal, então Oliver havia acabado de chegar.

—Ok, ajude ela a terminar de se arrumar Curtis, eu vou lá embaixo receber o meu futuro genro. –Praticamente me joguei em cima da porta e comecei a negar com a cabeça freneticamente. –Minha filha, eu não vou fazer nada demais, prometo! Agora saia da minha frente porque eu preciso conhecer o senhor Queen.

Dito isso, ela me empurrou levemente e saiu rapidamente do quarto, eu me virei para Curtis de maneira desesperada e ele me puxou pra cama como um raio, começou a me ajudar a colocar o sapato e os acessórios e foi soltando o meu cabelo que ele havia prendido para poder deixa-lo ondulado. Apesar da nossa agilidade, ainda demorei quase dez minutos dentro do quarto e todo tipo de coisa passou pela minha cabeça.

E se a minha mãe falasse algo constrangedor? Meu Deus, será que ele ainda estava me esperando ou já tinha decidido ir embora?

Assim que Curtis me liberou, me olhei no espelho rapidamente e gostei do que vi, em seguida respirei fundo e saí do quarto com as pernas trêmulas.

Por favor meu Deus, não permita que ela tenha sido Donna Smoak!

Cheguei na sala e estaquei diante da visão que quase me cegou, Oliver Queen estava sentado no meu sofá rindo com a minha mãe...

OLHANDO O MEU ALBUM DE FOTOS!

Precisei me segurar na ponta do outro sofá para não sair correndo e tirar aquilo das mãos dele e apenas tossi de leve para mostrar que eu estava ali, por um segundo tive o prazer de ver o olhar de Oliver em minha direção, mas ele logo tratou de desviar o olhar e eu suspirei frustrada.

—Você está tão linda, bebê! Eu estava aqui mostrando pro Oliver como você era adorável e fofinha com as suas bochechinhas rosadas. –Eu apenas cerrei os olhos e o Queen gargalhou, parecendo entender o motivo da minha revolta, além de estar constrangida por ter alguém olhando pras minhas fotos de bebê, é claro!

—Não se preocupe, Felicity! Eu prometo não contar pra ninguém que você não é loira de verdade, o seu segredo está seguro comigo! –Eu revirei os olhos diante do deboche dele e o mesmo se levantou rapidamente e estendeu a mão pra mim, eu a aceitei rapidamente e em seguida caminhamos para fora do apartamento com o som das palmas da minha mãe.

Esperei até entrarmos no carro e somente quando colocamos o cinto é que me virei na direção dele. –Desculpe pela minha mãe, ela é meio intensa! –Ele fez um gesto com a mãe como se não fosse nada demais e sorriu.

—Sua mãe é encantadora, Felicity! Eu adorei conhece-la, de verdade. –De uma maneira estranha me senti feliz com a declaração dele, afinal minha mãe era minha única família e era importante pra mim que ele gostasse dela.

—Ela não te falou nada demais, não é? Por favor, diga que ela não falou nada constrangedor! –Ele afastou um fio de cabelo do meu rosto e em seguida deu partida no carro.

—Fe-li-ci-ty, está tudo bem, relaxa! –Tentei fazer o que ele falou, mas foi em vão, ele me parecia sério demais, mas ao mesmo tempo não me parecia com raiva ou algo do tipo.

Eu não sabia o que estava prestes a acontecer e isso me assustava como o inferno!

Fizemos a viagem em um silêncio que beirava o constrangedor e eu estava me segurando para não roer as unhas, porque minha mãe e Curtis haviam me arrumado com tanto carinho e não era justo fazer isso com eles. Fizemos um percurso de quase uma hora e somente quando chegamos é que eu percebi aonde ele tinha me levado.

Era o Starling Island, o restaurante novo que havia sido inaugurado na beira da praia há algumas semanas atrás, eu havia lido sobre ele e comentado com o Oliver que queria ir lá assim que conseguisse um tempo, mas não imaginei que ele realmente estivesse prestando atenção no que eu estava falando já que ele estava ocupado com vários relatórios.

—Então, vamos? –Me limitei a assentir e abri a porta do carro rapidamente, Oliver deu a volta no mesmo e me ofereceu seu braço para entrarmos no estabelecimento. Assim que pisamos no lugar, um garçom muito gentil veio nos receber e nos levou até o andar de cima onde uma mesa já nos esperava, O Queen puxou a cadeira para que eu me sentasse e eu franzi o cenho em confusão, o que diabos estava acontecendo?

O lugar não tinha uma atmosfera romântica, era simplesmente calmo, como o mar em um dia de céu limpo, me passava uma tranquilidade tremenda e o som das ondas ao fundo completava o cenário.

—Obrigada por me trazer aqui, Oliver! –Ele sorriu de leve e deu de ombros.

—Eu sabia que você estava ansiosa para vir aqui, então pensei, por que não?

Ele falou de uma maneira tão displicente que foi impossível não dar risada e em seguida o garçom chegou e fizemos os nossos pedidos. O jantar se seguiu de maneira tranquila e divertida, em nenhum momento o assunto do “quase beijo” veio a tona nem nada do tipo, eu estava começando a achar que Oliver havia me trazido até aqui justamente para provar que aquele episódio não havia significado nada e que continuávamos com a nossa amizade de sempre.

Quando terminamos a sobremesa e Oliver pediu a conta pensei que a nossa noite estaria encerrada ali, mas assim que saímos do restaurante, ele segurou minha mão para me impedir de continuar andando até o carro.

—Você gostaria de dar uma volta na praia antes de irmos? –Sorri contente e caminhei em direção ao carro para tirar os sapatos.

Será que eu pareceria boba se falasse que sempre quis andar na praia de noite? Bem, eu sempre quis, mas sempre tive medo que o Jason ou Freddy Krueger pulassem de algum lugar, sei lá.

—Você não me parece nada boba e não se preocupe, acho que não seremos atacados por personagens de filmes de terror. –Corei até o ultimo fio de cabelo ao perceber que havia falado aquilo em voz alta e me segurei para não colocar a mão na boca para impedir que outra bobagem constrangedora saísse dali!

Eu trocaria um pouco do meu Q.I por um filtro na minha boca sem dúvida alguma!

—Você vai ficar muito chateada se eu disser que continuo te escutando? –Revirei os olhos e comecei a andar para a praia rapidamente, eu já havia tirado os meus sapatos e estava com o rosto tão vermelho de vergonha que achei melhor não esperar Oliver tirar os dele.

Caminhei por um curto período de tempo e avistei uma pedra consideravelmente grande, fui até lá rapidamente e subi na mesma, eu conseguia ter uma ótima vista dali e isso aliado ao fato de a lua parecer estar se escondendo dentro do mar e a leve brisa marítima batendo no meu rosto fez tudo ficar mais perfeito.

Fechei os olhos por alguns segundos e logo pude escutar alguém subindo na pedra atrás de mim.

—Espero que não seja o Jason! –A gargalhada de Oliver soou alta e assim que abri os olhos vi que ele estava ao meu lado olhando o mar.

—Sou só eu, infelizmente!

Ri baixinho e me permiti ficar ali por algum tempo apenas apreciando a vista, o silêncio que se passava por nós agora era confortável e eu estava feliz com isso.

—Felicity, sobre hoje mais cedo...

Ok, tudo sempre pode piorar!

—Oliver, não precisamos falar disso, foi um acidente, não foi nada demais!

Eu estava nervosa, não queria perder o que eu tinha com o Oliver. Eu estava me apaixonando por ele? É claro! Mas preferia continuar sendo sua amiga do que não ser nada.

Eu estava me sentindo patética!

—Não diga que não foi nada demais Felicity, você sabe que foi! Olha, eu nem sei por onde começar a dizer isso, é que eu, eu não estava pensando, quer dizer, eu, meu Deus como isso é difícil!

Fechei os olhos por um segundo me sentindo constrangida, ele nem sequer conseguia me dar um fora, como é que uma noite como essa passou de perfeita para humilhante em questão de um minuto? 

—Oliver, não precisa se preocupar com isso! Meu Deus, eu sei que nós somos só amigos, você não precisa se preocupar disso não ter ficado claro pra mim, quer dizer, o que aconteceu hoje foi um acidente e no calor do momento pode ter feito algumas dúvidas aparecerem, mas não foi nada demais, podemos simplesmente passar uma borracha em tudo isso e continuarmos sendo quem somos, eu realmente não gostaria de perder você! –Eu estava quase beirando o desespero e ele pareceu perceber isso, pois logo tratou de me abraçar e me acalentar por alguns segundos antes de me soltar e ficar acariciando o meu rosto.

—Mas eu não posso passar uma borracha em tudo, Felicity! E não se preocupe porque você não vai me perder!

O olhar que Oliver estava lançando em minha direção era carinhoso e ouso dizer, amoroso também. Eu não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo, mas minha mãe havia me dito que se ele me desse um sinal eu deveria beija-lo.

Isso era um sinal, certo?

Procurei não pensar muito, simplesmente fechei os olhos e puxei o rosto do Queen contra o meu, grudei meus lábios nos seus e percebi ele ficando estático no começo, mas continuei com os olhos fechados. Alguns segundos se passaram antes de ele relaxar o seu corpo contra o meu e abraçar minha cintura, eu suspirei com aquele contato e embora o nosso beijo não passasse de um simples selinho, eu podia dizer que estava mais do que feliz.

Afastei o meu rosto de dele, mas não obtive a expressão que eu achei que veria, o homem à minha frente não parecia feliz, triste ou irritado, ele parecia perdido!

—Eu confesso que estou um pouco surpreso com isso! –Oliver não parecia irritado, parecia simplesmente confuso e uma luz estranha permeava o seu olhar.

—Isso o que?

—O beijo! –Ri baixinho e revirei os olhos, isso pareceu deixa-lo mais confuso ainda.

—Que beijo? –Isso Felicity, continue negando e talvez ele pense que está louco.

—O beijo que você acabou de me dar! –Ele me lançou um olhar presunçoso e eu fiz a melhor cara de deboche que a minha situação me permitia fazer.

—Eu não te beijei, Oliver!

—Felicity, acho que eu consigo reconhecer quando sou beijado!

Merda mãe, por que diabos eu fui seguir o seu conselho?

Eu havia entendido tudo errado, ele não me queria. Tudo o que Oliver estava tentando dizer era que me queria como amiga, mas que aquela cena de hoje não deveria se repetir, como eu havia sido idiota de pensar que daria certo, em que universo um homem como ele olharia para uma mulher como eu? Desastrada e sem graça!

Fui tirada da minha sessão de auto piedade quando ele ergueu o meu rosto com a mão esquerda e acariciou a minha bochecha de forma cálida.

—Por que você ficou tão triste de repente? –Me afastei um pouco do seu toque e voltei a olhar em direção ao mar.

—Podemos acabar com isso logo, Oliver? Eu já entendi que a situação de hoje foi um erro e que não vai se repetir, mas preciso te falar que me chamar pra jantar na praia só pra dizer isso foi um desperdício de dinheiro da sua parte. –Me virei e desci da pedra rapidamente, comecei a caminhar em direção ao carro à passos largos, mas logo me senti sendo puxada contra um corpo musculoso e mesmo que contra a minha vontade, suspirei.

—Meu Deus, você ao menos se escuta? Pra uma pessoa formada com honras no MIT você realmente não está conseguindo entender uma coisa muito simples.

—Olha só, Oliver eu já entendi muito bem o que você quer dizer, não precisa...

—Fe-li-ci-ty, você pode calar a boca, por favor? –Fiquei muda diante do seu comentário e senti minha respiração se acelerar quando ele se aproximou de mim.

—Aquilo que você me deu não pode nem sequer ser considerado um beijo, acho que eu preciso te mostrar como se beija de verdade, era isso que eu estava tentando dizer o tempo todo, mas já que você não quer... –Ele disse tudo isso enquanto me dava as costas e voltava a andar em direção ao mar, eu demorei alguns segundos para raciocinar, mas quando o fiz o alcancei rapidamente e pulei nas costas dele fazendo com que os dois caíssem.

Eu não senti nada, pois o corpo de Oliver amorteceu a minha queda, mas me desesperei assim que o escutei soltando um grunhido.

—Ai meu Deus, eu te machuquei? Sinto muito, eu... –Fui calada rapidamente pelos lábios de Oliver e suspirei em sua boca, ele rapidamente pediu passagem com a língua e eu cedi mais do que satisfeita, nesse momento um choque percorreu todo o meu corpo e eu me senti flutuando, a boca de Oliver era macia e quente e nossas línguas batalhavam na busca pelo controle de forma erótica.

As mãos de Oliver apertaram minha cintura antes de puxar uma das minhas pernas em direção a areia para que eu pudesse ficar encaixada entre as pernas dele, eu não conseguia perceber o vento que fazia com que a areia se grudasse em nossos corpos, nem o fato de estarmos em um local que apesar de vazio ainda era público, tudo o que eu conseguia pensar era no quanto aquele beijo era bom e no quanto era prazeroso o fato de Oliver estar engolindo cada um dos meus gemidos.

Nos afastamos somente quando o ar nos faltou totalmente e eu o encarei surpresa.

—Eu não entendo, eu sou só eu, quer dizer, não que isso seja ruim, eu adoro ser quem eu sou, mas...

—Você é perfeita! –Foi impossível não sorrir diante da declaração dele e no momento em que ele começou a puxar o meu corpo contra o seu novamente, o seu celular começou a tocar.

—Você deveria atender! –Ele suspirou frustrado e se sentou rapidamente comigo ainda em seu colo, em seguida tirou o celular do bolso e eu consegui ver que se tratava de uma ligação do seu amigo Tommy, ele apenas desligou o aparelho e voltou o seu olhar pra mim.

—Por que você não atendeu? Pode ser importante! –Ele me lançou um sorriso cafajeste antes de me jogar contra a areia e subir em cima de mim.

—Eu estou fazendo algo mais importante agora senhorita Smoak, não percebe?

Cruzei minhas pernas atrás das costas dele e me permiti gemer baixinho quando sua boca voltou a se encostar na minha.

Eu não sabia como as coisas seriam amanhã, mas sinceramente, no momento eu não estava me importando muito!

—Sabe o que a sua mãe me disse hoje mais cedo? –Me limitei a balançar a cabeça, totalmente ofegante e desconcertada. –Ela me disse que caso eu não tomasse uma atitude logo, ela tomaria por mim! –Dito isso ele voltou a me beijar com ainda mais afinco e foi impossível não gemer alto dessa vez.

Obrigada, mamãe!


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Notas finais do capítulo

Finalmente rolou o tal beijo, e aí o que vocês acharam? Gostaram?
Por favor meus amores, favoritem a fic, recomendem se quiserem e comentem, ok? Eu tive uma baixa resposta de comentários no último cap de End Game e isso me deixou muito triste, não me abandonem, por favor!
Beijooos!!!!