Sometimes the stars decide
To reflect in petals in the dirt
When I look in your eyes
I forget all about what hurts

Miracles-Coldplay

—Aposto que ele vai acabar te chamando pra sair!

—E depois disso ele vai acabar partindo o seu coração!

—Dá pra ficar quieta, Sara? Não percebe que tá assustando a Felicity?

—Eu não estou assustando ela, Laurel, estou alertando ela, é bem diferente!

Revirei os olhos diante daquela discussão que já se estendia por quase vinte minutos e me levantei rapidamente, atraindo a atenção das duas mulheres a minha frente.

—Meninas, calma! Ele não me chamou pra sair e mesmo se chamasse seria somente como amigo, já disse umas mil vezes pra vocês que Oliver e eu não temos nada, ok? –As duas riram baixinho entre si e eu caminhei em direção à cozinha amaldiçoando os genes Lance. Bufei ao perceber que as duas haviam me seguido e abri a geladeira em busca de algum doce.

—Por que você fica tão reticente quando tocamos no nome do Oliver? Quer dizer, você já conquistou até a irmã dele! –Laurel falava com uma naturalidade impressionante enquanto Sara sorria por saber que eu não estava gostando do rumo da conversa.

—Eu não conquistei ninguém, não vou negar que acho que ela realmente gostou de mim, mas acho que só me chamou pras tais compras porque queria fazer algum tipo de brincadeira com o irmão!

Além do mais, ela é realmente louca!-Acrescentei mentalmente.

Flashback On

—Por que você e meu irmão são amigos? –Estávamos em uma loja de vestidos de festa caríssima e eu estava perdida ajudando Thea a escolher os vestidos, isso é, até o momento em que a Queen mais nova me lançou uma das perguntas mais absurdas.

—Como é?

Ela deve ter percebido que eu havia ficado automaticamente na defensiva, pois no mesmo momento se aproximou de mim e segurou a minha mão.

—Meu irmão não têm amigas, Felicity! Ele dorme com as mulheres por uma noite e depois acabou. –Senti meu rosto endurecendo e me afastei rapidamente.

—Eu não estou dormindo com o seu irmão! –Ela riu baixinho e eu franzi o cenho em confusão.

—Eu sei que não está e é isso que me deixa intrigada, mas não se preocupe porque eu vou descobrir o que está acontecendo!

—Acho que não existe nada para ser descoberto, Thea. Somos amigos e isso é tudo, não tem nada por detrás das cortinas! –Ela gargalhou alto e chamou a atenção de todas as pessoas que estavam na loja enquanto eu me preocupei em tentar disfarçar o rubor no rosto.

—Sempre existem coisas por detrás da cortina minha cara nerd, mas as vezes nem nós mesmos percebemos que está lá até que algo ative o gatilho!

Depois disso, ela me lançou uma piscadela e voltou a olhar os vestidos como se nada tivesse acontecido!

Flashback Off

—Felicity? –Voltei o meu olhar na direção das duas loiras que agora me encaravam parecendo preocupadas e suspirei.

—Eu estou bem gente, é sério! Oliver e eu somos só amigos, ok?

As duas assentiram e Sara se aproximou de mim. –Só estamos preocupadas, tome cuidado, ok? –Eu acenei em confirmação e Laurel me lançou um olhar significativo enquanto a irmã saía da cozinha.

—Eu sei que você precisa ter cuidado, mas não se esqueça de ouvir o seu coração!

Eu me preparei para argumentar sobre o quanto elas estavam sendo paranoicas com esse assunto, mas a tela do meu celular brilhou e eu vi o nome de Oliver, no mesmo momento eu senti o meu coração dando uma espécie de solavanco e respirei fundo tentando ignorar o olhar inquisidor da minha amiga.

Todos estavam sendo ridículos...

Eu não estava me apaixonando por Oliver Queen!

...

—Ai bebê, você já escolheu um vestido? E o sapato? Lembre-se de usar o batom vermelho, ele vai fazer toda a diferença! —Revirei os olhos pela centésima vez e sacudi a cabeça em frustração.

—Mãe, pela última vez, não é um encontro! —Oliver havia me mandado uma mensagem me convidando para jantar, eu aceitei pois não havia nenhum problema nisso, éramos amigos e é óbvio que podíamos sair juntos, mas ao que parece isso não era o suficiente pras mulheres que circulavam pela minha vida, tive que mentir pra Laurel e Sara já que sabia que as duas voltariam a surtar e logo que elas foram embora segui em direção ao quarto para tomar um banho e começar a me arrumar, porém quando eu menos esperava o celular tocou e era a minha mãe, eu cometi a grande burrice de comentar com ela que iria jantar com o meu chefe e pronto...

As portas do inferno foram abertas!

—Você vai jantar com Oliver Queen, bebê. É lógico que é um encontro!

—Você sai com as suas amigas e nem por isso chama de “encontro”.—Minha mãe gargalhou alto e nesse momento eu tive vontade de tapar os ouvidos, pois sabia que da boca dela sairia algo que me faria sentir vergonha alheia.

—Primeiro, minhas amigas não tem o que o senhor Queen têm entre as pernas, segundo, você já viu o abdome dele? Porque eu vi umas fotos na internet de alguns anos atrás e meu Deus bebê, você não tem...

—Mãe, pelo amor de Deus!

—Ei, o meu olhar foi puramente técnico, eu estava conferindo o pacote pra você bebê e preciso dizer, que belo pacote.

—Ok, chega. Já são quase oito horas e eu preciso terminar de me arrumar, acho que você deveria tomar algum remédio e ir dormir, eu te amo mãe!—Nem sequer dei a chance de ela dizer mais nenhuma palavra e desliguei, eu amava Donna Smoak, mas ela tinha o poder de me constranger como ninguém. De onde ela tirava essas coisas?

Sacudi a cabeça rapidamente tentando me concentrar depois do furacão Mamãe Smoak e comecei a me arrumar rapidamente, optei por um vestido azul marinho que ia até o joelho e um scarpin preto básico, destaquei meus olhos com o preto e passei um batom nude, porque isso definitivamente não era um encontro, portanto não valia a lógica do batom vermelho.

Estava terminando de arrumar o cabelo quando escutei batidas na porta e fui rapidamente, parando apenas para pegar a minha bolsa no caminho. Precisei me equilibrar depois de quase cair devido ao salto e assim que abri a porta me deparei com um sorridente Oliver, ele estava com um terno feito sob medida e a cor preto-azulada ajudava a destacar seus olhos, ele estava lindo...

Que minha mãe não me ouvisse falando isso!

Notei que ele me olhou profundamente por alguns segundos e depois pigarreou, como se estivesse tentando focar algo. –Nossa, você está linda senhorita Smoak! –Me senti corando e ri baixinho e fechei a porta do meu apartamento antes de começar a caminhar com ele em direção ao elevador.

—Você também não está nada mal senhor Queen! –Ele sorriu em minha direção e entramos no elevador, fizemos aquele curto caminho em silêncio e somente quando estávamos dentro do carro é que voltamos a nos falar. –Então, está sem o John hoje?

—Eu dei folga pro John por hoje e amanhã, é um dia especial pra ele! John vai pedir a namorada Lyla em casamento e bem, como eu vou ser o padrinho eu preciso apoia-lo nesse momento, certo? –Acenei em concordância e começamos a conversar amenidades enquanto passávamos pelas ruas cheias de Starling City!

—Então Felicity, como foi a tarde de compras com a minha irmã? Eu sei que foi há três dias atrás e nós não falamos depois disso, mas aconteceram alguns problemas com os sócios e eu fiquei ocupado resolvendo, sinto muito! –Eu lancei um sorriso terno em sua direção em um claro sinal de que estava tudo bem e o senti  mais relaxado.

—Bom, vamos dizer que sua irmã é muito intensa, se é que você me entende! –Ele gargalhou alto e eu sorri admirada, nunca o havia visto rir tão abertamente assim.

—Eu sei exatamente o que você está tentando dizer, Thea Queen é uma força da natureza a ser levada em consideração! –Eu revirei os olhos e nesse momento chegamos à um lindo restaurante, eu olhei admirada a fachada e Oliver saiu do carro rapidamente para abrir a porta pra mim.

—Olha, que cavalheiro!

—Eu tento ser às vezes!

Eu ri discretamente tentando não chamar a atenção, pois entendia perfeitamente o que Oliver queria dizer com “as vezes”, ele estendeu o braço em minha direção e eu me coloquei ao lado dele para então caminharmos lado a lado até o restaurante.

O lugar era imenso e ostentava muito luxo, um garçom nos levou até a nossa mesa e em seguida nos entregou os cardápios.

—Você gosta de comida italiana, certo? –Eu sorri e dei de ombros para logo em seguida voltar o meu olhar para o cardápio.

—Bem, todo mundo gosta de italiana!

Depois disso, fizemos os nossos pedidos e começamos a conversar sobre tudo e sobre nada, a conversa fluía fácil entre nós dois e entre histórias constrangedoras e pequenos segredos, eu percebi que estávamos contando um ao outro, coisas que não havíamos contado pra mais ninguém.

Fomos interrompidos quando o jantar chegou e eu minha boca se encheu de água diante do delicioso Tortellini de Bolonha que havíamos pedido. Não vou mentir, pelos primeiros minutos nos colocamos a comer em silêncio como dois condenados e somente quando estávamos começando a ficar satisfeitos é que voltamos a conversar!

—Eu não acredito que você correu pelado pelo Central Park! –Eu estava morrendo de rir com as histórias da adolescência do Oliver e ficava precisando me policiar a cada dois minutos para garantir que não estava fazendo uma cena no meio do restaurante.

—O que eu podia fazer? Era uma aposta e eu não podia perder a minha moral me negando a realiza-la. –Nesse momento minhas risadas foram morrendo aos poucos enquanto eu começava a lembrar da minha adolescência e do inferno que havia sido o ensino médio.

—Você deveria ser um dos garotos mais populares da escola, não é? –Ele assentiu parecendo perceber a minha mudança de humor e eu me limitei a abaixar a cabeça e sorrir amarelo. –O tipo de cara que sempre colocava o pé pra eu cair! –Senti uma mão segurando fortemente a minha e levantei o olhar só para me deparar com Oliver lançando um olhar consternado em minha direção.

—Eu posso ter cometido muitos erros Felicity, mas nunca humilhei ninguém, eu confesso que no ensino médio eu me omitia em certas situações, mas eu não era do tipo que fazia piadinhas com os outros. –Ele sorriu como se estivesse tentando me passar algum conforto e eu sorri de volta, a mão dele ainda segurava a minha, mas eu simplesmente não tinha nenhuma vontade de me desfazer daquele toque. –Sua adolescência foi tão difícil assim, Felicity?

Fechei os olhos rapidamente ao escutando-o tocar na ferida e balancei a cabeça para espantar os pensamentos ruins, eu não era mais a garotinha assustada do ensino médio, eu era uma mulher bem sucedida profissionalmente e que não levava desaforo pra casa. –Digamos que a época da escola foi um período bem difícil pra mim, eu estava em uma das escolas mais ricas de Las Vegas porque eu havia ganhado uma bolsa, mas quando os meus colegas descobriram que eu não tinha dinheiro como eles, começaram a me humilhar. –Colocavam o pé pra eu cair, jogavam comida em mim, me trancavam no armário, essas coisas! Eu precisei de muita coragem pra encarar aqueles anos, mas tudo valeu a pena quando eu consegui entrar no MIT, lá eu conheci pessoas iguais a mim e pela primeira vez me senti aceita, aprendi a me defender e percebi que não podia deixar ninguém tentar me humilhar, porque as pessoas não tem esse direito.

Me calei no instante em que percebi que talvez eu estivesse falando muito, mas quando me permiti olhar nos olhos do homem à minha frente, não percebi nada além de admiração, aquilo me fez sentir uma coisa boa no coração e por um momento, tudo o que importava era que ele continuasse me olhando daquela maneira.

Percebi que Oliver estava prestes a falar algo, mas fomos interrompidos pelo garçom que havia acabado de chegar com as nossas sobremesas, nos dispersamos por um momento e acabamos por soltar as nossas mãos, mas assim que o garçom saiu, ele voltou o seu olhar para mim rapidamente.

—Você é incrível, sabia? Precisa ter muito orgulho de você mesma, porque eu posso te garantir que já conheci muitas pessoas ao longo da minha vida e nenhuma delas teria a força e a coragem que você teve pra enfrentar tudo isso. Você é realmente notável, Felicity Smoak! –O sorriso de Oliver agora era largo e brilhante, daqueles que uma criança abre quando enxerga algo que quer muito e eu não pude deixar de corar com isso.

A noite estava sendo mais do que maravilhosa e eu queria que minha mãe estivesse aqui para perceber que dois amigos podiam sim sair para jantar. Terminamos de comer a nossa sobremesa em meio a conversas leves e quando Oliver pediu a conta, eu senti algo em mim se entristecer porque simplesmente não queria que a noite acabasse.

Caminhamos calmamente até o carro e quando entramos no mesmo, o corpo de Oliver se virou em minha direção. –Você está com sono? –Neguei com a cabeça rapidamente e ele sorriu. –Quer ir ao parque dar uma volta então?

Sorri ao perceber que ele parecia também não querer que a noite acabasse tão cedo e me aconcheguei no banco do passageiro.

—É claro!

...

—Você está com frio? –Estávamos sentados no banco em frente ao lago há quase uma hora e o tempo havia esfriado consideravelmente, eu até pensei em negar quando Oliver me fez tal pergunta, mas foi impossível fazer isso diante do seu olhar inquisidor, então eu apenas confirmei com a cabeça.

Antes que eu pudesse falar qualquer outra coisa, ele já havia retirado o paletó e colocado sobre os meus ombros, eu me senti melhor imediatamente e de alguma maneira desconhecido o seu cheiro me acalmou.

—Eu nunca iria imaginar que você gostava de vir em um lugar assim!

—Por quê?

—Não me entenda mal, mas é que você é Oliver Queen, é difícil imaginar o CEO da empresa mais importante de Starling gostando de um lugar tão simples assim. –Ele sorriu parecendo entender o meu posicionamento e se aproximou de mim, apontando para uma estrela logo em seguida.

—Consegue ver aquela estrela ali, perto do cinturão de Órion? –Eu não era muito boa em astronomia, mas a estrela para qual Oliver apontava estava tão brilhante que era praticamente impossível não enxerga-la.

—Estou vendo, o que tem ela? –Ele sorriu e em um impulso, encostei minha cabeça em seu ombro.

—O nome dela é Sirius e as histórias contam que ela surgiu assim que Órion morreu, ele foi transformado em uma estrela e Zeus precisava uni-lo aos seus caçadores então, Zeus levou os cães caçadores de Órion até o céu pela mão na forma de uma estrela e assim conseguiu uni-los ao seu líder, completando assim o cinturão de Órion. Os astrônomos dizem que Sirius é a estrela mais brilhante do nosso sistema e que ela está lá desde os primórdios da terra, guiando as civilizações. –Ele falava com tanta suavidade que eu não conseguia fazer nada além de manter os meus olhos fechados e imaginar cada situação que ele descrevia.

O que diabos estava acontecendo comigo?

—Meu pai me contava essa história quando eu era criança, ele me dizia que todos precisavam de um ponto de recomeço, algo ao qual se agarrar quando as coisas ficassem difíceis e nós desejássemos poder ter forças pra tentar de novo. Depois que ele morreu eu acho que precisei desse ponto de recomeço pela primeira e quando me lembrei das histórias dele, eu olhei pro céu e desde então sempre me permito olhar pra Sirius e imaginar que outro mundo existe além desse que conhecemos, que eu sempre posso brilhar mais do que imagino e que eu sempre posso fazer a coisa certa, mesmo que isso me custe muito as vezes.

Nós ficamos em silêncio por alguns minutos e tudo o que eu fiz foi refletir sobre tudo o que havia acontecido até agora, se alguém me dissesse que Oliver Queen, o ranzinza, mal educado e arrogante CEO da QC tinha esse lado extremamente sensível e humano eu me recusaria a acreditar, mas agora, eu me sentia a pessoa mais sortuda do mundo por ter a chance de estar vendo o mundo pelos olhos dele.

—Felicity?

Ele me olhava com uma expressão envergonhada, como se estivesse com medo de ter se exposto demais e tudo o que eu pude fazer foi abraça-lo, ele retribuiu o contato rapidamente e suspirou. –Isso foi lindo, Oliver! Obrigada por compartilhar essas coisas comigo, acho que vou olhar para o céu também quando precisar me lembrar de algo bom!

Ele me soltou lentamente e quando eu ergui os olhos em sua direção percebi que seu rosto estava mais do que próximo do meu, todos os pensamentos sumiram na minha casa e tudo o que eu soube fazer foi me aproximar ainda mais tentando destruir qualquer distância que pudesse existir entre nós.

Eu já estava conseguindo sentir a respiração de Oliver contra o meu rosto e fechei os olhos em expectativa, mas quando eu menos esperava um toque estridente nos assustou e eu pulei no banco rapidamente.

Peguei o celular ainda indecisa sobre agradecer ao universo pela interrupção ou chutar a bunda dele, percebi que era uma mensagem da minha mãe e quando li o conteúdo tive vontade de me jogar no lago.

O furacão estava prestes a chegar em Starling!

“Eu vou ter uma folga no trabalho semana que vem e como estou morrendo de saudades vou visitar você, preciso aproveitar para te dar uns conselhos sobre homens, você parece estar meio perdida bebê. Chego na quarta feira, te amo!”

—Tá tudo bem? –Eu levantei o olhar e percebi que Oliver me encarava preocupado.

—Sim, é só que minha mãe resolveu vir pra cá semana que vem! –Ele assentiu e logo em seguida franziu o cenho de uma maneira adorável.

—Você não tem um bom relacionamento com ela? Por isso ficou assim? –Ri baixinho e percebi que ele começou a me encarar ainda mais confuso.

—Eu amo a minha mãe, ela é maravilhosa! Ela só é intensa demais sabe? Ela definitivamente chama a atenção por onde passa e eu não gosto de atrair a atenção pra mim, então...

Ela assentiu em reconhecimento e pude ver algo se passando pelos olhos dele depois de entrarmos nesse assunto de família.

—E você, Oliver? Como é a sua relação com a sua mãe? –O Queen ficou tenso no mesmo momento e eu me assustei, será que eu havia sido invasiva demais? –Olha, me desculpe se fui muito intrometida, você não precisa responder!

—Não, não é isso! É só que as coisas entre mim e minha mãe são muito delicadas e eu nunca falei disso pra ninguém, não sei se estou pronto pra falar agora, além do mais, eu não gostaria de estragar essa noite perfeita. –Sorri em entendimento e em um gesto automático segurei sua mão como se isso fosse capaz de conforta-lo.

—Você pode me contar quando estiver pronto, se você quiser, é claro!

Ele riu baixinho e balançou a cabeça como se ainda não acreditasse em algo.

—Você é realmente incrível, Felicity Smoak!

—Você também é, Oliver Queen!

Nos olhamos firmemente por alguns poucos segundos e em seguida, Oliver me abraçou de lado com o braço livre e continuou segurando minha mão, senti um beijo no topo da minha cabeça e me aconcheguei ali.

Voltei a olhar para Sirius e percebi que agora eu sempre olharia pra essa estrela quando precisasse de algum conforto, além do mais ela sempre me lembraria o Oliver...

Eu gostava disso!