The Mistake - HIATUS escrita por Ciin Smoak


Capítulo 18
Mistakes and Deceptions


Notas iniciais do capítulo

Óóóoóóóóóóóoóóh quem voltoooooou kkkkkkkkkkkkkk....
Oi meus amores, to aqui com um cap novo fresquinho pra vocês e só queria dizer uma coisa antes de liberar as princesas pra ler...
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VAMO COMENTAR NÉ MEU POVO? Os números de reviews cairam um pouco e eu fiquei bem triste, então por favor, não me abandonem tá?

Agora vamos à leitura minhas lindas amoras!!!



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Why do you have to go and make things so complicated?
I see the way you're
Acting like you're somebody else, it gets me frustrated

Complicated - Avril Lavigne

 

 

—EU TIVE UMA IDEIA MUITO GENIAL!

Ergui a cabeça da papelada que eu estava preenchendo e revirei os olhos assim que vi Thea entrando na minha sala no modo “aloprada”.

—Você tá parecendo uma doida, eu gostaria de esclarecer isso! –A morena deu de ombros e deu um beijo no ombro do Curtis antes de vir se sentar na cadeira à minha frente.

—Eu vou fingir que nem te ouvi cunhadinha, porque eu tô muito empolgada com a minha ideia! –Cruzei os braços e esperei ela falar, mas a doida continuou calada e eu só conseguia pensar que o parafuso solto dentro da cabecinha dela havia estourado de vez. –Eu não vou falar nada até alguém aqui se animar!

Nesse momento Curtis correu e colocou a sua cadeira ao lado da Thea e olhou pra ela, mas acho que ele percebeu que eu o estava encarando, pois logo começou a olhar pra mim. –O que? As ideias dela são as melhores sempre e você sabe disso!

Eu discordava com respeito dessa afirmação!

—Tudo bem, estamos todos empolgados, por que você não desembucha logo? –Ela revirou os olhos, mas logo voltou a sorrir.

—Minha mãe vai viajar hoje, ela tem um casamento de uma amiga chata lá em Londres e vai levar a chata Rochev junto! As duas só vão voltar daqui a três dias, então eu pensei, por que não fazer uma big festa do pijama na mansão enquanto elas estão fora?

—EU ADOREI!

—MAS NEM PENSAR!

Curtis e eu gritamos ao mesmo tempo e então os dois me olharam como se eu fosse a estraga prazeres!

—Vocês enlouqueceram? Ela me odeia, esqueceram o que ela fez comigo e com o Roy naquela bendita festa há algumas semanas atrás? Se eu for parar na casa dela, assim que ela voltar e descobrir vai chamar a polícia falando que eu roubei alguma coisa!

Thea revirou os olhos e Curtis riu baixinho.

—Não seja tão dramática, Oliver e Thea também são os donos da casa e podem convidar quem quiserem, além do mais, você e o Oliver já estão praticamente morando juntos no seu apartamento, então tudo o que é seu e dele e tudo que é dele é seu, portanto, ela não poderia te acusar de roubar nada! –Lancei meu melhor olhar de “eu vou te matar” pro linguarudo e então assinei o último documento e entreguei tudo pra ele.

—Por que você não levanta a bunda daí e leva isso pro setor financeiro antes que eu mate você? Será que ninguém aprendeu que não se pode dar corda pra essa maluca?

O traidor ergueu as mãos em sinal de rendição, pegou os papéis e saiu da sala cantando como o bom cretino que era.

—Felicity, tá tudo certo, não precisa se preocupar tanto! –Bufei então e então me levantei e fui pegar café.

Porque agora eu tinha uma linda cafeteira na minha sala, namorar o CEO tinha suas vantagens!

—Você bebeu antes de vir pra cá por acaso?

—Eu já falei com todo mundo, ok? Todo mundo concordou, até o Oliver, os únicos que estão sendo chatos são você e o Roy.

Espera, o Oliver tinha concordado com essa sandice?

—É claro que ele concordou, inclusive ele achou uma ótima ideia! Qual é Felicity, piscina, churrasco, sala de cinema, quartos enormes com camas ainda maiores, um final de semana inteiro se divertindo, o que pode dar errado?

Ela não deveria ter perguntado isso, agora alguma coisa ia dar errado!

—Você sabe por que o Roy e eu somos os únicos a discordar disso? Por que nós somos aqueles que a sua mãe odeia e de certa forma, ir pra casa dela aproveitar pelas costas dela, parece muito desrespeitoso!

—Felicity, não é nada desrespeitoso, aquela casa é tanto dela quanto minha e do Oliver, temos o direito de levarmos as pessoas que gostamos pra lá, então por favor, não se preocupe, ok? –Ela tinha uma cara de cachorrinho no rosto, mas a inocência logo sumiu e deu lugar a uma expressão descarada. –Além do mais, eu tenho meus meios pra convencer o Roy e tenho certeza de que o meu irmão tem os dele pra convencer você!

Corei até o último fio de cabelo e não sabia dizer se era devido ao fato de ela ter dito algo assim ou se era porque ela realmente tinha razão!

—Vai embora ou eu vou jogar o meu mouse em você!

Ela gargalhou alto, mas assim como o Curtis saiu da minha sala com as mãos levantadas!

Depois disso eu voltei ao trabalho e estava tão cheia de coisas pra fazer que nem consegui ver o Oliver na hora do almoço, Curtis e eu acabamos almoçando comida japonesa na nossa sala mesmo e ainda por cima, tivemos que comer às pressas, pois não queríamos ter que ficar na empresa até mais tarde.

—Nem acredito que terminamos todos os cálculos, Barry e Caitlin vão ficar impressionados quando chegarem de Central City amanhã! –Assenti levemente e continuei arrumando as minhas coisas.

Os dois pombinhos do momento haviam precisado viajar para Central e Caitlin estava muito nervosa, pois a tal Iris morava lá. Eu passei horas falando com ela que aquilo não significaria nada porque o Barry gostava dela, mas acho que no fim das contas, ela precisaria passar por toda a situação pra poder ver que estava tudo bem e se acalmar.

—E aí, vai subir no Olimpo hoje? –Ri baixinho e acenei rapidamente.

—É claro, meu carro quebrou, esqueceu? Vou pegar carona com o Oliver hoje!

Curtis riu alto e eu olhei pra ele, sem entender.

—Tá bom, e é só por isso que você vai subir lá, sei!

Saí da sala mostrando o dedo do meio pra ele e então me dirigi até o elevador, no momento em que eu iria entrar, dei de cara com Raissa saindo de dentro do mesmo!

—Oi querida, eu já ia chamar você! Meu menino me pediu pra falar com você e te mandar subir, ele disse que só está terminando de assinar uns documentos! –Assenti com um sorriso e ela me deu um beijo no rosto antes de sair do elevador. –Se divirtam, mas não façam nada impróprio demais, pelo amor de Deus!

—Por que você tá dizendo isso? Eu só vou lá em cima esperar ele terminar de assinar os documentos! –Por que diabos todo mundo estava pensando coisas assim hoje?

—Ah meu bem, você pode estar indo com essa inocência, mas eu ajudei a criar aquele menino, conheço bem as intenções dele ao chamar você lá pra cima!

Aquilo atiçou a minha curiosidade e outras coisinhas mais também, mas eu com certeza não ia fazer sexo na sala dele, qualquer um poderia nos pegar.

Tudo bem, essa era a hora de parar de pensar em fazer sexo com Oliver pelo bem da minha sanidade!

—Agora você me deixou assustada! –Ela revirou os olhos e me empurrou de leve na direção do elevador, eu apertei o botão da presidência, mas as antes das portas se fecharem completamente eu pude ver o sorriso dela.

—Você mente muito mal, Felicity!

Fiquei rindo sozinha dentro do elevador, mas assim que saí do elevador, estaquei.

Oliver estava sentado, lendo alguns papéis, e uma das janelas de vidro da sala dele estava aberta, deixando o sol de fim de tarde entrar totalmente.

Meu Deus, meu namorado estava parecendo uma pintura de tão lindo!

Fiquei ali admirando ele por alguns segundos, mas como se estivesse sentindo a minha presença, ele ergueu a cabeça e então sorriu pra mim e era uma sensação estranha porque, de certa forma, eu sentia que o meu mundo mudava toda vez que ele sorria.

Eu havia me tornado um clichê e estava mais do que feliz em admitir isso!

Oliver acenou pra que eu fosse até ele e foi isso que eu fiz, caminhei calmamente e entrei na sala dele com um sorriso no rosto.

—A que devo a honra da sua presença, senhorita Smoak? –Oliver se levantou rapidamente e caminhou até mim.

—O meu namorado me chamou, senhor Queen! O senhor por acaso não teria visto ele por aqui, teria? –Oliver agarrou a minha cintura com força e então me puxou na direção dele.

—Não vi, mas se esse idiota te deixa solta por aí, azar o dele! –Não tive tempo de falar mais nada, pois ele logo grudou a boca na minha e me beijou com tudo o que tinha.

Qualquer um que nos visse nesse momento pensaria que estávamos há dias sem nos ver, mas a verdade é que havíamos feito sexo hoje de manhã, o homem estava me transformando em uma ninfomaníaca e eu não poderia me importar menos.

Minha saia tinha uma fenda um tanto quanto considerável e eu gemi baixinho contra a boca do meu namorado quando senti ele subindo a sua mão pela minha coxa e entrando dentro da minha saia.

Eu estava me agarrando a ele como louca, mas senti o momento em que Oliver estacou completamente assim que sua mão chegou onde deveria estar a minha calcinha.

—Você veio pra QC sem calcinha? –Ele estava ofegante e sua boca já estava inchada dos beijos, eu tinha certeza de que não estava muito diferente.

—Eu tive que vir! Todas as minhas calcinhas ficam marcadas na maioria das minhas saias, então eu comprei várias calcinhas sem costura porque elas não marcam, mas eu não tive tempo de ir na lavanderia ainda, então eu to com roupa suja acumulada, ou seja, ou eu vinha sem calcinha ou eu... –Ele me interrompeu naquele momento e voltou a grudar sua boca na minha, eu ofeguei alto  e choraminguei baixinho assim que senti a mão dele passando levemente pela minha intimidade.

—Por favor, me diz que você está disposta a rever a sua regra de sexo na empresa pelo menos por hoje, eu posso realmente morrer se você disser que temos que esperar até chegar em casa!

Eu estava disposta a rever minha regra? Com certeza!

—Estamos em uma sala onde as malditas paredes são de vidro, Oliver! Não podemos fazer isso aqui! –Eu estava tão desesperada quanto ele, mas ainda tinha algum senso dentro de mim.

—Eu posso resolver isso! –Ele me lançou um sorriso sujo e então enfiou o rosto no meu pescoço e mordeu forte.

Eu gritei alto, só não sabia se era de prazer ou de dor, mas tive vontade de mata-lo ao perceber que ele havia me deixado uma puta marca.

Estava tão perdida na luxúria que nem sequer percebi quando Oliver me pegou no colo e me carregou pra algum lugar, quando dei por mim estávamos nos beijando de novo e eu estava abraçando a sua cintura com as pernas, enquanto sentia a dureza dele contra o meu núcleo sensível.

—A sala de arquivos, Oliver? –Ele deu de ombros, mas logo começou a arrancar a minha blusa, levando o meu sutiã junto.

—Aqui é seguro, ninguém vai nos ver! –Nem tive tempo de tentar argumentar contra (como se eu quisesse), pois ele logo abaixou a cabeça e chupou o meu seio direito com força.

Eu gritei alto e senti a vagina ficando totalmente encharcada, Oliver sabia disso, pois riu baixinho contra o meu corpo e eu senti a vibração correndo do bico do meu seio até o meu clitóris.

—Oliver...por favor! –Eu não queria enrolação, queria que ele viesse duro e forte, mas o cretino parecia ter outros planos.

—Eu não posso fazer isso meu amor, preciso dar atenção pras minhas meninas ou elas vão ficar se sentindo negligenciadas! –Depois disso ele voltou aos meus seios e chupava com tanta força que eu tinha certeza de que ficaria cheia de marcas.

Eu já estava derretendo contra ele, choramingando baixinho, mas tudo foi levado à outra nível quando ele enfiou a mão no meio das minhas pernas e enfiou três dedos em mim de uma só vez.

—Isso...Deus, isso! –Eu estava largada em cima de uma pequena mesinha, totalmente rígida enquanto gritava alto, Oliver sabia como me levar a loucura e meu orgasmo estava tão próximo que eu já estava sentindo uma dor física.

Eu apertava Oliver com toda a força que tinha e ele sabia que eu estava perto, pois me ajudou a alcançar o fim quando finalmente largou os meus seios e subiu a sua boa até a minha orelha. –Você fica tão linda quando goza, por que você não faz isso pra mim agora, senhorita Smoak?

Depois disso ele passou o polegar contra o meu núcleo inchado e eu vim com força enquanto mordia o ombro dele, agora estaríamos os dois marcados, mas ele não parecia se importar.

Ficamos ali deitados por alguns minutos enquanto eu tentava me recuperar de um dos melhores orgasmos da minha vida.

—Isso tudo era saudade, senhor Queen? –Ele riu baixinho e então se levantou, em seguida, começou a tirar a camisa e é lógico que eu ajudei ele com isso.

—O que eu posso fazer? Eu amo a minha namorada, sabe? –Aquilo me fez sorrir e eu acariciei o rosto dele antes de voltar a ajuda-lo com as roupas.

 Estávamos desenfreados, nem parecia que eu tinha acabado de ter um orgasmo a menos de cinco minutos atrás.

Oliver levantou a minha saia até a cintura e eu desabotoei a sua calça e a desci até o joelho juntamente com a cueca. Meu namorado gemeu alto quando eu peguei a sua ereção nas mãos e comecei a acaricia-lo.

—Puta merda, Felicity! –Ele estava com os olhos cerrados e respirava em lufadas enquanto eu fazia movimentos cada vez mais rápidos. –Chega, eu preciso estar dentro de você, AGORA!

Ele retirou as minhas mãos do seu membro e então começou a procurar algo incessantemente dentro dos bolsos da calça, provavelmente a camisinha.

—Sabe, eu estou tomando remédio e estou limpa, então se você quiser... –Deixei a pergunta em aberto, mas Oliver sabia do que eu estava falando.

—Deus, eu te amo tanto! –Ele tinha um sorriso enorme no rosto e me beijou apaixonadamente antes de se aproximar ainda mais de mim. –Obrigada por confiar em mim!

—Obrigada por confiar em mim também!

Nós dois já havíamos conversado sobre isso antes, tanto Oliver quanto eu nunca havíamos tido experiências sexuais sem proteção, porque nunca antes havíamos confiado em alguém pra fazer isso, até agora...

Fui tirada dos meus devaneios quando Oliver apertou os bicos dos meus seios levemente, eu gemi baixinho com aquilo porque as minhas mamas já estavam tão sensíveis por terem sido tão duramente manipuladas a alguns minutos atrás que agora o mínimo toque tinha o poder de fazer a minha intimidade se contrair.

—Agora Oliver, por favor! –Aquele calor estava voltando e eu sentia que poderia ter um colapso se ele não entrasse em mim agora.

Solucei alto quando ele se colocou inteiro dentro de mim, eu já estava tão molhada que foi fácil recebe-lo e logo voltei a cruzar as pernas atrás das suas costas, o puxando ainda mais pra mim.

—Tão gostosa! –Oliver gemia baixinho e me apertava com força enquanto entrava e saía duramente de mim, eu estava vendo estrelas, estar com ele era tão bom que eu simplesmente não entendia como havia passado toda a minha vida sem saber a sensação que era fazer amor com aquele homem.

Ficamos naquele vai e vem intenso por um bom tempo, mas logo percebi que Oliver já começava a rosnar e meu núcleo parecia estar tão inchado que lágrimas já chegavam aos meus olhos.

—Oliver...por favor! –Ele sabia o que eu queria, então aumentou ainda mais o ritmo das suas estocadas e começou a massagear o meu clitóris com força.

Eu me desmanchei completamente em um grito mudo, me agarrando a ele como se o mundo dependesse disso, Oliver não estava diferente, pois ele havia apertado a minha cintura com tanta força que eu tinha certeza de que ficaria com marcas.

Sentir ele se derramando dentro de mim, nossos corpos colados um no outro, foi uma experiência surreal.

—Meu Deus, nunca havia sido tão bom assim! –Oliver tinha um sorriso largo no rosto, apesar de ainda estar ofegando e eu não estava muito diferente.

—Concordo totalmente senhor Queen! –Beijei sua boca por mais alguns minutos e lutei contra a sensação de vazio assim que ele saiu de dentro de mim.

Nos vestimos rapidamente em meio à beijos e risadas e eu tinha um sorriso gigantesco no rosto assim que saímos daquela pequena sala de arquivos.

Sorriso esse que morreu assim que dei de cara com Moira Queen sentada no sofá.

—Ora, fico feliz que tenham finalmente terminado, mas preciso dizer que achei que vocês foram pouco originais. O chefe e a funcionária na sala de arquivos? Não é um enredo original, talvez vocês devessem ter ido até o terraço, isso eu acho que ninguém tentou ainda! –Meu rosto estava vermelho como um tomate.

Lá estava eu, a mulher que havia gritado que era a melhor no que fazia e que exigia respeito, sendo a pessoa que Moira Queen sempre achou que eu era, uma qualquer que fazia sexo na empresa com o chefe.

Eu não tinha palavras pra refuta-la, não dessa vez!

—O que eu faço com a minha namorada dentro da minha empresa fora do horário de expediente não é da sua conta, agora o que você está fazendo aqui? Achei que me livraria de você pelo final de semana inteiro. –Ela lançou um sorriso ácido em minha direção e então voltou os seus olhos pra ele.

—Essa ainda é minha empresa também e eu posso dizer que os acionistas não vão ficar felizes se eu contar pra eles que o presidente anda desrespeitando o local de trabalho e agindo como um qualquer! –Aquilo pareceu tirar Oliver do sério, ele levava o cargo de presidente muito a sério e ver a mãe desmerecendo isso pareceu ser o fim.

—Jura? E o que eles iam achar se eu contasse pra eles, se eu contasse pra todo mundo que você não passa de uma... –Nesse momento, Moira arqueou a sobrancelha na minha direção e Oliver se calou no mesmo momento.

—Que eu não passo de uma o que? Vamos, diga! –Oliver respirou fundo por várias vezes e então voltou os seus olhos pra mim.

—Felicity, será que você poderia me deixar sozinho com a minha mãe? –Eu me senti ficando em choque, quer dizer, ele estava mesmo me mandando ir embora?

Assenti em silêncio e comecei a caminhar em direção à porta.

—Amor, eu...-Não ouvi o que ele tinha pra falar, simplesmente fechei a porta atrás de mim e caminhei rapidamente até o elevador, não olhei na direção dos Queens nenhuma vez e só me permiti começar a tremer quando cheguei na minha sala.

Eu sabia que não havia sido a intenção dele, mas depois de toda essa cena me pedir pra sair havia sido uma humilhação.

Fiquei ali bebendo água e respirando fundo por um bom tempo, não saberia precisar quantos minutos haviam se passado, mas eu sabia que aquela sensação ruim só poderia significar uma coisa...

Levantei a cabeça e vi que a pessoa que eu menos queria ver no mundo estava ali, parada de maneira altiva, olhando pra mim.

—Você não percebe querida? É boa o suficiente pra uma rapidinha na sala de arquivos, mas não pra ouvir os assuntos da família, por isso ele te pediu pra sair!

 Tentei manter a cabeça erguida, mas pela primeira vez eu achava que Moira Queen tinha razão, então tudo o que consegui fazer foi continuar olhando pra ela enquanto ela caminhava pra longe da minha sala.

Fiquei ali, parada, em silêncio, até ouvir os passos dela sumirem e só então eu me permiti chorar.

Minha mãe costumava dizer que o meu coração era bom e que não aguentava coisas ruins dentro dele, por isso eu chorava, pra não deixar que as coisas ruins infestassem o meu coração.

Bom, eu podia dizer que estava sentindo muitas coisas ruins agora.

—Felicity? –Escutei a voz do Oliver e então levantei o rosto, não me importando em mostrar o quanto estava triste. –Meu amor eu...-Ele começou a se aproximar, mas eu me levantei e estendi a mão rapidamente.

—Não quero que você chegue perto de mim! –Aquilo pareceu magoa-lo e eu me senti com ódio, porque ele não tinha o direito de estar machucado nesse momento. –O que você vai dizer? Que sente muito? Que não fez por mal? Que eu não devo ligar pras coisas que a sua mãe fala?

—Olha, eu sei que lá em cima foi ruim, mas...-Gargalhei alto, mesmo em meio às lagrimas e aquilo o fez parar.

—Ruim? Ruim, Oliver? A situação toda foi humilhante, eu me senti como uma prostituta, porque você fez sexo comigo na sala de arquivos enquanto dizia que me amava, mas no segundo seguinte me pediu pra sair, como se eu não fosse digna o suficiente de estar ali, de estar no meio da sua família, de participar da sua vida.

Ele estava paralisado e o silêncio dele só meu deu forças pra continuar falando, porque agora eu sentia que meu corpo era uma barragem que havia acabado de ser aberta.

—Sabe, eu sempre quis te contar sobre o meu pai, meu passado, mas sempre disse pra mim mesma que a oportunidade nunca havia aparecido, mas a verdade é que eu nunca consegui contar sobre uma das partes mais importantes da minha vida porque via que você não confiava em mim o suficiente pra contar a parte mais importante da sua vida. Você nunca fala sobre os seus pais ou sobre o que diabos aconteceu entre você e a sua mãe e eu nunca disse nada, porque eu sempre pensei que você iria me contar quando estivesse pronto, mas essa situação toda está me deixando doente. Sua mãe me odeia e eu nem sei o porquê, ela faz insinuações sobre o passado de vocês dois e eu não entendo nada, eu tentei superar, tentei aguentar, mas a verdade é que ela parece sempre estar entre nós dois e eu não posso viver com o medo constante, pensando em qual vai ser a próxima humilhação que vou passar perto dela!

Peguei a minha bolsa, mas era difícil enxergar com aquela visão tão turva e caminhei pra fora da sala, passei por Oliver e ele segurou o meu braço.

—Felicity, eu... –Soltei o meu braço do dele e o encarei.

—Você o que, Oliver? Você vai confiar em mim pra contar o que está acontecendo? Vai confiar no meu amor, confiar que o que quer que seja, eu posso aguentar junto com você? Que você não precisa enfrentar tudo sozinho? –Ele abriu e fechou a boca diversas vezes, mas no final permaneceu calado.

—Era o que eu pensava! –Virei as costas pra ele e então saí da minha sala, somente quando estava no corredor é voltei a olhar na direção do meu namorado.

Se é que ele ainda era isso!

—Eu não tenho muita experiência nisso, mas a minha mãe sempre me disse que o amor consistia em compartilhar tudo com o outro, inclusive as partes feias, então, se você não está disposto a compartilhar essa parte da sua vida comigo, não sei se você realmente quer estar comigo!

Depois disso eu praticamente corri pra fora da empresa e só consegui respirar fundo quando entrei dentro do táxi.

Acho que o motorista se assustou comigo, pois eu ainda estava com o rosto banhado em lágrimas, mas ele foi extremamente gentil, porque ficou em silêncio, respeitando o meu espaço, mas me estendeu um lenço e aquela atitude me comoveu ainda mais.

Disse pra ele me deixar na praia, naquela mesma onde eu e Oliver havíamos nos beijado pela primeira vez. Eu sabia que a corrida até lá sairia cara, mas no momento, eu não podia pensar em nenhum outro lugar onde eu quisesse ir.

Assim que chegamos ao local, eu entreguei o dinheiro pro motorista e o agradeci, ele me olhou com um sorriso no rosto e segurou a minha mão levemente.

—Não se preocupe, o que quer esteja acontecendo, vai melhorar! –Assenti com um sorriso e então saí do carro, agradecendo a Deus por ter colocado uma boa pessoa no meu caminho.

Retirei os sapatos e caminhei até a mesma pedra onde havíamos subido, me sentei lá e fiquei olhando por mar por muito tempo antes de pegar o meu celular dentro da minha bolsa e discar aquele número que eu já tinha gravado na minha mente.

Oi bebê! –A voz dela parecia tão feliz e isso só me fez ter ainda mais vontade de chorar!

—Mãezinha, a gente pode conversar?

O que aconteceu, minha filha?


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Notas finais do capítulo

Nem preciso perguntar de quantas maneiras vocês já pensaram em me matar né? kkkkkkkkkkkkk...
Enfim, comentem, (favoritem ou recomendem, caso não estejam com muito ódio kkkkkkkkkk), to louca pra ver o que vocês tem pra falar, então apareçam tá bom?
Beijooos!!!!