Robin avisou sua tia Ingrid e a família Swan, que sua mãe já estava acordada e bem. À tarde, todos passaram no hospital para visitar a mulher.

— Crianças, vocês estão cansadas, vão para casa eu fico com ela. – Disse Ingrid aos sobrinhos.

— Não tia... – Regina quis protestar.

— Regina, você está aqui a quase dois dias! Precisa descansar também! Sua mãe está ótima querida. – Ingrid respondeu.

— Sua tia tem razão querida, eu estou ótima! – Cora disse sorrindo. – Deixe ela ficar hoje, assim podemos conversar, faz tempo que não passamos juntas. – Olhou para a irmã enquanto a garota ainda não se dava por vencida. – Robin, leve as meninas para casa e cuide delas por mim. – Pediu ao filho.

— Tá! Nós vamos... mais vou te ligar antes de dormir. – Disse beijando o rosto da mãe. – Tia, qualquer coisa me liga por favor!

— Se precisar eu ligo, pode deixar, mais tenho certeza que não vou! – Falou abraçando a menina.

— Então vamos meninas. – Disse Robin enquanto se despedia das mulheres. – Você quer ir Zelena?

— Não Robin, vou esperar para ir com o August, ele sai daqui uma hora. – Respondeu.

Os três saíram do hospital e foram para o carro de Robin que estava parado a poucos metros da entrada. Henry estava dentro do carro, que estava estacionado do outro lado da rua e viu o momento em que eles saíram, Emma caminhava abraçada a Regina, acreditando que algo ruim estivesse acontecendo, o homem resolveu ligar para a filha mais velha.

Assim que ouviu seu celular tocar Zelena atendeu sem olhar quem estava ligando.

— Alô! – Disse indo atender no corredor. – Oi pai!

— Zelena, como está sua mãe e o amante dela? Já morreram?

— Minha mãe está ótima pai e ela não tem amante, eles são namorados!... e ele também está ótimo! – Disse irritada. – Como você ficou sabendo? – Perguntou desconfiada.

— Li no jornal de hoje. – Falou dando de ombros. – Bom, só liguei por curiosidade mesmo. Espero que você e Robin apareçam na empresa amanhã, você sabe, como é segunda-feira temos muitas coisas para fazer e não po... – Zelena não deixou o homem terminar.

— Vou desligar, até mais. – Disse encerrando a ligação.

A mulher não acreditou no modo como o pai ficou sabendo do acidente, ela lembra de ter pedido para que não publicassem nada a respeito. Nesse momento David apareceu para buscar Mary.

— Oi Zelena, o que foi? Parece assustada. – Perguntou.

— Meu pai me irrita! – Confessou. – Tio, você leu o jornal de hoje? – Perguntou ao homem.

— Sim, porque?

— Saiu alguma coisa a respeito do acidente? Eu lembro que pedi para que não publicassem nada...

— Não Zelena, tenho certeza que não tinha nada. Eu me lembro de você pedir para aquele repórter que veio até o hospital para que não publicasse. Ele te ligou para pedir autorização? – Perguntou.

— Ahn, não. Eu só queria ter certeza. – Riu sem graça.

— Certo! – Respondeu. – Vim buscar a Mary...

— Ah sim, vamos entrar, a tia Ingrid vai ficar aqui hoje. – Falou a mulher entrando no quarto.

Assim que chegaram em casa, Regina foi direto tomar um banho enquanto o irmão e Emma disseram que preparariam alguma coisa para jantarem. Ao terminar o banho, Regina desceu indo direto para a cozinha, começou a rir.

— Então vocês fizeram pizza? – Disse apontando para a caixa em cima da mesa. – Não sabia que tinham esse dom!

— Não reclama baixinha, Emma e eu tivemos o trabalho de ligar para fazer o pedido e ainda escolher os sabores, então digamos que, em partes, nós fizemos o jantar. – Respondeu o rapaz sério vendo a mais nova rir da cara dele. – Para de rir... a Granny foi para casa da irmã dela e não sabemos nem esquentar água direito, não é Emma?

— Também não é assim né! Eu sei fazer sanduíche e café! – Respondeu Emma.

— Vocês são uns idiotas. – Falou a mais nova. – Vamos comer, estou com fome. – Falou se servindo de uma fatia de pizza.

Acabaram de jantar, lavaram a louça e foram ver um pouco de TV. Robin e Emma conversavam sobre uma série que ambos assistiam, enquanto Regina cochilava no sofá.

— Amor! – Disse Emma acordando a garota. – Vamos para cama, vai ficar com dores dormindo aqui. - Regina concordou.

— Boa noite Robin. – Falou Regina enquanto subiam as escadas.

Escovaram os dentes e colocaram um pijama. Quando Emma se deitou, Regina que já estava quase dormindo, aproximou se aninhando a namorada.

— Obrigada coração. – Falou baixinho e Emma a encarou confusa. – Por ficar ao meu lado, por me ajudar...

— Não tem que me agradecer meu amor... sempre estaremos juntas! – Regina a beijou delicadamente, depois se aconchegou melhor ao corpo da garota caindo em um sono profundo minutos depois.

[...]

A semana não foi das mais agradáveis. Regina passava a maior parte do tempo no hospital com a mãe, que estava se recuperando bem e revesava com Ingrid para que passassem a noite. Robin e Zelena passavam o tempo entre o hospital e a empresa. Zelena não tinha mais falado com o pai depois daquela ligação, o fato de que ele mentira como tinha descoberto sobre o acidente ainda a incomodava.

Já era noite de sexta-feira, Zelena saiu da empresa, passou para ver sua mãe no hospital e foi para casa. August já estava a esperando para jantar.

— Sua mãe vai receber alta amanhã de manhã amor. – Comentou August.

— É, minha irmã me falou quando fui lá agora à tarde. Hoje ela vai passar a noite por lá, minha tia vai ficar aqui na cidade por mais um tempo para ajudar minha mãe quando sair.

A mulher falava mais seu pensamento estava em outro lugar, fazendo com que August percebesse.

— Está tudo bem Zelena? Parece preocupada.

— Sim... querido, o Marco falou alguma coisa a respeito da investigação que estavam fazendo para verificar a falha dos freios do carro?

— O laudo ainda não saiu, isso é um pouco demorado.

— August... – Zelena precisava conversar com o marido sobre a ligação que o pai tinha lhe feito. – Eu não te falei nada outro dia mais, meu pai me ligou no domingo e eu achei um pouco estranho. – O homem pediu que ela continuasse. – Ele me perguntou se a mamãe e o amante dela já estavam mortos. – O marido da encarou – Eu perguntei como ele tinha ficado sabendo do acidente e ele respondeu que tinha visto no jornal. Como eu pedi que não publicassem nada, perguntei para o tio David e ele me garantiu que não tinha nenhuma reportagem à respeito... – Zelena estava com o olhar perdido. – Ele mentiu... será que ele fez alguma coisa querido?

Por um momento August ficou sem respostas. Ele e o sogro nunca foram grandes amigos e sabia que o homem não era nada confiável.

— Amor, você acha que ele seria capaz? – Perguntou vendo a esposa assentir. – Você quer falar com algum policial a respeito da ligação? Eles podem investigar melhor.

— Tenho um pouco de medo de acusá-lo, se ele descobrir... – Falou aflita.

— Zelena, se descobrirem que não foi uma falha técnica, com certeza eles irão investigar o autor do crime e digamos que, seu pai, é um dos principais da lista a serem investigados, ele é o ex-marido...

— É... preciso contar para alguém e se não for nada vou ficar mais tranquila. Você iria comigo à delegacia?

— Claro que sim! Podemos ir na segunda-feira mesmo. – Respondeu vendo o semblante preocupado da mulher. – Fique calma meu amor! As coisas vão se esclarecer logo. – Falou apertando a mão de Zelena.