Assim que Cora recebeu alta, Regina ligou para o irmão para ir buscá-las.

— Como é bom estar em casa! – Cora falou enquanto entrava na sala.

Ingrid e Granny estavam na cozinha preparando o café da manhã e ao ouvirem a mulher, foram até a sala encontrá-la. Cora ainda estava um pouco fraca e abatida, mais o médico garantiu que ela se sentiria melhor nos próximos dias.

— Fico feliz que a Sra. esteja de volta. – Falou Granny – Mais vamos tomar café pessoal, já está tudo na mesa. – Disse a mulher seguindo para a sala de jantar.

Após a refeição, Granny foi com Robin ao supermercado para comprar os ingredientes para o almoço. Cora não quis ir para o quarto, preferiu ficar na sala assistindo alguma coisa na TV com sua irmã e Regina.A garota estava distraída com o celular enquanto as mais velhas conversavam.

— Regina. – A garota olhou para a mãe. – Você já comprou as passagens para voltar? – Regina negou com a cabeça. – Já deviam ter visto isso...

— Ainda não sabemos quando vamos.

— Vocês tem que ir amanhã Regina, não quero que perca mais aulas do que já perdeu.

— Vou esperar que você fique bem, não vou conseguir te deixar assim.

— Eu já estou ótima filha, se não tivesse, certamente ainda estaria no hospital. – Cora falou.

— Mais quem vai ficar com você? O Robin vai para a empresa e para faculdade e a Granny tem outras coisas para fazer mãe!

— Regina, eu disse que vou ficar aqui por algum tempo. – Falou Ingrid – Vou estar disponível para sua mãe 24 horas por dia, não vai ser preciso que fique aqui. – Sorriu. A garota abriu a boca para falar, mais Cora foi mais rápida.

— Daqui um mês vocês vão entrar de férias, não quero que percam essas aulas, elas vão fazer falta na hora dos testes! E sua tia vai ficar aqui por tempo indeterminado. Então amanhã mesmo quero que vá.

— Nossa! Até parece que não me quer por perto! – Resmungou fazendo as mulheres rirem.

— Ah, que bebê bravo eu tenho. – Cora disse apertando a bochecha da filha. – Sabe que eu amo te ter por perto, mais agora você tem outra prioridade, que é estudar!

— Tá bom! Vou ligar para Emma e veremos as passagens. – Disse saindo para o jardim.

Almoçaram todos juntos, a família Mills, Marco e a família Swan. Os jovens aproveitaram para ficar na piscina enquanto os mais velhos conversavam animadamente.

No domingo a noite, as meninas voltaram para Los Angeles. Ao chegarem no apartamento ligaram para Killian para avisar que já haviam chegado e o rapaz aproveitou para levar algo para que jantassem juntos, ele estava com saudade das amigas.

[...]

Zelena acordou apreensiva, não dormira muito bem pensando em como contar aos policiais sobre a ligação do pai. Depois de deixar a filha na escola, ela e o marido foram se encontrar com Marco, pois o homem, iria com eles falar com o policial responsável pela investigação.

Já no departamento policial, o detetive responsável pelo caso veio recebe-los e pediu para que entrassem em sua sala.

— Bom dia! Podem se sentar por favor... – Disse. – O Marco me disse que a Sra. quer tirar algumas dúvidas à respeito do acidente de sua mãe, como posso lhe ajudar?

A mulher contou ao detetive sobre a ligação que o pai tinha lhe feito, disse que achou estranho, pois o mesmo tinha mentido sobre a descoberta da notícia.

— E como é seu relacionamento com seu pai? – Perguntou.

— Bom, eu não tenho grandes problemas com ele, mais confesso que ele é bem agressivo quando as coisas não saem como ele planejou. – Respirou fundo.

— Como você disse ele se separou à alguns meses de sua mãe, mais pelo que consta o divórcio foi amigável.

— Sim foi, mais ele custou a assinar... não sei se ele seria capaz de fazer tal coisa detetive, eu só achei estranho o modo como ele agiu...

— Ele tentou fazer algo com sua mãe ou com alguém da família? Você falou que ele pode ser agressivo.

— Com a minha mãe não... minha irmã e eu já tivemos problemas com ele, mais isso é assunto pessoal. – Falou não querendo mudar o foco da conversa. – Bom, só quero que a investigação sobre o acidente termine logo.

— Claro! – Respondeu o detetive. – Vou adicionar esse depoimento ao caso, se constar que o veículo não sofreu falhas técnicas e sim foi sabotado iremos procurar pelo seu pai. – Zelena a olhou um pouco apreensiva. – Não se preocupe, o depoimento é anônimo.

— Que bom! – Zelena confessou aliviada. – Vamos então? – O marido e Marco assentiram. – Obrigada detetive! – Se despediram do policial indo para seus trabalhos.

[...]

Alguns dias depois, a investigação sobre o acidente já tinha sido concluída. O detetive informou à Marco, que o veículo não sofrera nenhuma falha técnica, que o mesmo havia sido sabotado, as linhas do freio realmente tinham sido cortadas; o detetive ainda informou que abriria outro processo para identificarem o autor do crime, mais que levaria um pouco mais de tempo.

Ao receber a notícia, Marco avisou Zelena, que preferiu não mencionar nada à sua família para não preocupá-los.

Henry havia sido procurado na empresa por alguns policiais para prestar um depoimento. O homem acompanhou os policias até a delegacia, onde alegou que não tinha nada haver com o acidente, confirmando seu álibi.

As investigações pararam por alguns dias, para as festas de fim de ano.

Emma e Regina já estavam na cidade e esse ano, Cora decidiu que as festas seriam na casa dela. Depois dos problemas que a família passou, a casa das montanhas, que era onde costumavam passar esse período, trazia algumas lembranças, que todos preferiam esquecer.

Ingrid ainda continuava morando com Cora, depois que a mulher sofrera o acidente, a irmã decidiu deixar a fazenda com os empregados por um tempo. Ela precisava ajudar a irmã que ainda sentia algumas dores.

Na noite de natal todos estavam reunidos, Zelena e os irmãos tinham feito uma decoração simples e muito bonita na casa, enquanto Granny, Cora, Ingrid e Mary preparavam a ceia.

Após fazerem a refeição e comemorarem, Elsa e Robin quiseram ir à uma festa que um de seus amigos estava dando.

— Meninas, vocês vão? – Perguntou Elsa.

— Ah, vamos ficar! – Respondeu Emma com desanimo.

— Credo! Por isso não namoro, não quero ficar como vocês... duas velhas! – Comentou Robin.

— Ah fica quieto... você só não namora porque a Elsa não quer! – Regina disse zombando deles, fazendo a amiga corar.

— Que sem graça... vamos Elsa, deixa essas velhas aí. – Robin saiu junto com a amiga.

— Você acha que eles se gostam? – Perguntou Emma.

— Pelo jeito sim, eles ficaram sem graça. – Olhou para a namorada. – E eu nem imaginava. – Falou rindo.

Emma apoiou a cabeça no ombro de Regina.

— Hoje você vai dormir lá em casa né? – Perguntou vendo ela assentir. – Então podíamos ir embora, pelo jeito eles tem muito assunto! – Olhou para os mais velhos.

— Claro. – Regina respondeu. – Assim teremos mais tempo a sós. – Beijou a namorada se levantando logo em seguida para avisar que estavam indo.