My best friend, my love! escrita por EvilV


Capítulo 15
Eu sempre vou te amar


Notas iniciais do capítulo

Mais um pouquinho de sofrimento, sorry!



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Alguns dias se passaram depois daquela noite. Henry não voltara para casa desde o ocorrido, apenas falou com Cora por telefone dizendo que esperaria os ânimos acalmarem para que pudesse conversar com ela e com filha, alegando que tinha uma proposta que seria bom para ambas as partes.

Regina estava piorando seu estado emocional. A melhora que obtivera durantes os meses de tratamento havia desaparecido, a garota se negava a sair do quarto até mesmo para frequentar as últimas semanas de aula. Assim, Cora pediu uma autorização para que a filha terminasse os estudos em casa, e a diretoria sabendo do estado em que a garota estava, concordou com o pedido.

Cora continuou em casa para cuidar da filha. Emma, aparecia todos os dias para ver como Regina estava, conversavam sobre vários assuntos, mais jamais tocavam no assunto “Henry”. Robin e Elsa estavam na faculdade e trabalhando junto com Mary na empresa, o que deixava o dia de ambos bem corrido, o garoto se recusava a falar com o pai, quando o encontrava no elevador ou qualquer outra parte da empresa, mudava seu caminho.

Certo dia, Henry resolveu voltar para casa, era pouco mais de 2 p.m., ele sabia que o filho não estaria em casa, tendo assim, a oportunidade de falar com a esposa e a filha sem que Robin o atrapalhasse.

— Cora... Regina... estou em casa. – Henry disse ao entrar na sala.

Cora que estava trabalhando no escritório, levantou e caminhou para encontrar o homem.

— O que você quer? – Disse a mulher

— Querida, eu disse que voltaria quando tudo estivesse melhor e aqui estou eu... Chame a Regina, quero conversar com vocês. – Disse pegando um copo de Whisky e sentando em uma poltrona que ficava na sala.

— Tem certeza que você só quer conversar? – Cora perguntou retirando o copo de Whisky da mão do marido.

— Vou fazer uma proposta. Vocês vão concordar comigo tenho certeza.

Cora subiu para chamar a filha, que custou a descer pelo pânico que já lhe tomava conta só de ouvir a voz do homem. Assim que chegaram, Henry pediu para que elas se sentassem. Regina com medo, ficou ao lado da mãe quase se escondendo atrás da mesma.

— Regina, não precisa se esconder atrás da sua mãe, se eu quisesse fazer alguma coisa, já teria feito você não concorda? – Falou sorrindo enquanto a menina segurava o choro.

— Deixe de enrolação Henry, diga logo o que quer. – Ordenou Cora impaciente.

— Bom, como vocês já sabem, eu nunca, NUNCA, irei aprovar esse... isso que você pensa que tem com a Emma. E não é porque é com ela, seria com qualquer OUTRA. Você é uma mulher Regina... e linda, posso não demonstrar, mais eu realmente te amo e só quero o melhor para você... – Quem assistisse a cena pensaria, sem dúvidas, que a vítima ali era Henry.

— Era isso? Terminou? – Cora falou, o homem suspirou profundamente olhando para a esposa.

— Ainda não meu amor... Regina, você já está terminando as aulas e sabemos que iria para a Universidade de Nova York no outono, correto? – A garota assentiu – E também sabemos que Emma foi aprovada para a mesma faculdade não é? – Perguntou encarando a menina.

— Sim pai – Respondeu a garota quase sussurrando enquanto segurava o braço da mãe.

— Por isso mesmo, que vou te informar que você irá para Califórnia, consegui uma vaga para você no curso de Arquitetura, que é o que você quer. Então quando terminar a aulas, iremos até Los Angeles para encontrar um apartamento e resolver toda a burocracia que a faculdade exige. – Falou se vangloriando.

— O que? – Regina começou a chorar – Califórnia é muito longe... eu consegui em Nova York, já estava tudo cer... – Henry a interrompeu

— Sinto muito, mais se você quiser ir para alguma faculdade, você irá para onde eu escolhi. Caso se oponha, ficará em casa ou trabalhando conosco. Desde que você não fique mais perto daquela garota, por mim tanto faz.

— Henry, você não pode decidir por ela. É a vida da nossa filha, ela se esforçou por anos para conseguir ser admitida na Universidade de Nova York... – Cora se impôs.

— Ambos teremos benefícios filha. Você faz o curso que tanto sonhou e eu te mantenho longe dela. Se escolher o contrário, como disse, quem sairá perdendo será você. Agora ligue para sua amiga, marque um encontro e termine seja lá o que tiverem, vocês vão se distanciar com o tempo mesmo, então que faça de uma vez. – Falou com superioridade.

Cora não suportou a situação, a filha chorava e o marido se vangloriava de sua tristeza. O casal começou a gritar um com o outro deixando a menina ainda mais atordoada.

— PAREM! Por favor, parem... Mãe, tudo bem... eu vou pra Califórnia. – Disse chorando e correu para o quarto, fechou a porta e correu para o banheiro.

Henry e Cora discutiram por mais alguns minutos, a mulher, vendo que o marido estava irredutível, apenas virou as costas e saiu da sala, deixando que ele continuasse a falar sozinho.

— Regina, abra a porta... – Não ouvia resposta alguma – Eu vou entrar ok? – Não obtendo resposta novamente, Cora entrou no quarto, foi até o banheiro onde encontrou a filha chorando e com alguns arranhões no braço. – Meu amor, pare com isso, por favor! – Abraçou a menina.

— Tudo bem mãe, já estou me sentindo melhor. – Respondeu com os olhos vermelhos.

— Você estava indo bem com a terapia, está machucada agora... Regina por favor, não faça isso, eu deixo que você me machuque pois a culpa também é minha, mais não faça isso com você mesma meu amor... – A mulher chorava enquanto segurava a garota.

— Desculpa... você não tem culpa de nada mãe. Eu que não sei controlar meus sentimentos. Não farei mais, prometo... e... eu vou para Califórnia, não se preocupe. – Falou sem coragem de olhar nos olhos da mãe.

— Ok, quero que se sinta a vontade para decidir, não vou interferir. Se escolher realmente o que seu pai propôs, poderei ir com você e se quiser ficar também vou te apoiar... vamos dar um jeito. – Falou a mulher se sentindo culpada pelo que a garota estava passando e por não conseguir se impor diante do marido.

Horas depois, mesmo achando estranho, Emma foi encontrar com Regina no parque como ela havia pedido na mensagem. Ao chegar no local combinado, encontrou a amiga sentada na grama perto do lago com a cabeça apoiada nos joelhos.

— Meu amor! – Disse Emma tocando o ombro de Regina – O que houve? Me encontrar aqui no parque não vai ser arriscado?

— Oi Emma, dessa vez meu pai sabe que estou aqui com você. – Regina falou baixo e Emma fez uma cara de surpresa – Mais antes que fique feliz, vou te avisar que não é uma notícia boa. – Essa fala fez com que Emma desmanchasse o sorriso que tinha e se sentou ao lado da garota.

Regina contou a proposta que o pai tinha lhe feito, chorava enquanto contava e a raiva de Emma só aumentou.

— Eu não acredito nisso! Maldito, maldito!... Amor... tudo bem, são só alguns meses, nós podemos nos ver por vídeo e nas férias vamos voltar para cas... – Regina não deixou que ela terminasse.

— Emma, eu não quero mais! – Emma a olhou desconsolada – Sinto muito, mais já sofremos o bastante... não quero que desperdice sua vida por minha causa. – Regina disse séria.

— Você está mentindo!!! – Regina em silêncio só encarava a garota – Você está brincando não está? Não pode fazer isso... eu te amo e você... me ama também... não ama? – Regina não respondeu, tinha os olhos encharcados pelas lágrimas que se recusava a deixar rolar – Diz que não me ama mais e eu prometo te deixar para sempre... vou te entender se for isso...

Regina não respondeu, só se aproximou da amiga lhe dando um beijo delicado. Se afastaram e olhando nos olhos de Emma disse.

— Me perdoe, eu sinto muito... – Disse olhando nos olhos de Emma, se levantou e caminhou em direção à sua casa.

— REGINA! REGINA, VOLTA POR FAVOR! – Emma a chamava e a garota seguia sem olhar para trás – Eu te amo e não vou te deixar – Falou baixo para si mesma.

A garota caminhava olhando para baixo, sua visão estava embaçada pelas próprias lágrimas e sussurrou baixinho ao ouvir Emma chamar seu nome

— Eu sempre vou te amar meu amor...


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Notas finais do capítulo

bjoss



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