My best friend, my love! escrita por EvilV


Capítulo 12
Não suporto essa sombra


Notas iniciais do capítulo

Agradeço pelos comentários...



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— Henry, deixa a menina em paz... vá tomar seu banho, por favor, saia daqui. – Cora falou chegando na hora. O homem saiu, a menina olhou para a mãe e começou a chorar. A mulher continuou – Calma filha, eu estou aqui, não vai acontecer nada. Vou trazer o seu jantar e você pode trancar a porta para se sentir mais confortável. – A menina assentiu

— Mãe... você dorme aqui comigo essa noite? – Perguntou Regina transparecendo seu medo.

— Claro que sim, só vou ter uma conversa com seu pai antes. Já volto ok? – Cora fechou a porta e desceu para buscar o jantar da filha.

Cora levou o jantar para Regina e já estava sentada a mesa junto com Robin, quando Henry se juntou à eles.

— Peça para Regina descer para o jantar. – Falou se servindo. Robin quis se levantar da mesa, mais Cora o olhou pedindo para que ficasse e o mesmo obedeceu.

— Ela já jantou no quarto. – Cora disse respondeu ríspida, passando o resto do jantar em silêncio.

Ao terminarem a refeição, Robin foi até onde a irmã estava para lhe fazer companhia e ajudar com as matérias da escola, pois a garota, não iria voltar para a escola até que estivesse melhor.

No escritório, Henry tentava convercer Cora que a atitude que teve foi correta.

— Cora, meu amor... isso não podia ficar do jeito que estava, elas passaram dos limites... são duas mulheres!!!

— Quem passou dos limites foi você! Se não consegue aceitar Henry, tudo bem, não precisa. Pelo menos respeite. A Regina sempre foi uma garota ótima, nunca tivemos problemas com ela, diferente do que passamos com a Zelena. – Cora chorava ao lembrar do momento em que viu sua filha no chão. – Henry eu pensei que ela estivesse morrendo... se isso acontecesse... pode ter toda certeza do mundo que eu te mataria.

— E o que queria que eu fizesse? Ela mereceu... Cora elas são MULHERES! – gritou o homem.

— Poderia ter conversado não ter agido como um selvagem... E você tem razão, elas são mulheres e se amam, souberam escolher melhor do que eu... me casei com um ogro. – confessou Cora.

— Não vou responder as suas ofensas porque sei que está agindo com raiva e esse não é o momento. Resumindo, eu não quero mais que elas fiquem a sós. A Regina terá um segurança que vai segui-la para todos os lugares, inclusive para a escola. Não vou impedir que ela fique perto de Emma, mais tudo que acontecer, esse nosso novo funcionário, vai me relatar e se houver algo errado ela sofrerá as consequências novamente. – disse sério.

— Eu não posso acreditar no que estou ouvindo. Sinto que não te conheço mais. Você vai acabar destruindo tudo que construímos... tenho pena de você. – Cora disse com os olhos vermelhos saindo do escritório.

— Onde vai? – perguntou o marido.

— Hoje vou passar a noite com a Regina, não suporto olhar para você. Só pense em uma coisa Henry... quando é proibido o amor só aumenta – Virou as costas sem esperar por qualquer resposta do marido e foi para seu quarto se arrumar para dormir com a filha.

Algumas semanas se passaram, Regina já estava recuperada e voltando a sua rotina normal, tirando o fato de que o segurança ficava colado nela o tempo todo. Henry disse a diretoria da escola, que a filha havia sido vítima de um assalto enquanto voltava do parque, e que quando a encontraram, ela estava toda machucada e não lembrava de nada que tinha acontecido. A menina, com vergonha e medo, confirmava a história que o pai contara.

Emma só se aproximava da amiga para conversarem coisas triviais, sendo vigiadas pelo homem de terno, sempre sério, não conseguiam e nem podiam ter qualquer outro tipo de intimidade. Nem mesmo para usar o celular Regina ficava tranquila, o segurança sempre via o que ela estava fazendo com o aparelho.

Nesse tempo, Cora se afastou da empresa para cuidar da filha, que apesar de ter se recuperado fisicamente, seu psicológico ainda sentia os efeitos causados pela agressão e o pai, impedia que Cora a levasse para se consultar com um terapeuta, alegando que o estado da garota era passageiro.

Robin, para ajudar a mãe e Mary, passou a trabalhar na empresa depois das aulas, auxiliando a tia no que deveria ser feito por Cora e o garoto se surpreendeu com o tipo de trabalho, passando a fazer-lo com gosto e dedicando suas horas livres para o clube de música, que passou a ser seu hobby.

Alguns meses depois, perto do término das aulas, Regina chegou exausta em casa, encontrando sua mãe no escritório.

— Mamãe, podemos conversar? A sós por favor... – Olhou para o segurança, que não moveu um passo.

— Graham, pode se retirar por favor – Cora disse olhando para o homem – é uma conversar particular entre mãe e filha, não será preciso sua presença... pode colocar no relatório do dia se preferir e não se esqueça que o dinheiro do seu salário sai do meu bolso também. – disse despreocupada e o homem mesmo que contrariado saiu fechando a porta e aguardando ao lado de fora.

— Mãe, estou cansada dessa sombra atrás de mim... ele me espera até quando estou tomando banho. – falou chorando – Na escola todos ficam me olhando como se eu me sentisse superior à todos, eu não gosto disso, parece que estou sendo protegida de um assassino... estou com saudades da Emma.

— Eu imagino meu bem, vou tentar dispensar o Graham. – Cora se aproximou da filha cansada por ter que presenciar o sofrimento da garota – Não tem falado com a Emma?

— Apenas o necessário, o segurança fica ouvindo todas as minhas conversas, ninguém além dela e Robin querem ficar perto de mim... ninguém gosta de ser vigiado... ele confere até minhas mensagem do celular mamãe... eu prometo não fazer nada de errado – continuou chorando.

— Querida, você nunca fez nada de errado... espere mais algumas semanas, pelo menos até o fim das aulas por favor, estou tentando resolver isso, mais sinceramente estou perdida... Vamos ao cinema hoje? Podemos chamar a Emma e a Mary, vamos só nós quatro, sem o Graham, assim seu pai não dirá nada... você vai se sentir melhor? – Cora olhou para a filha tentando contornar a situação, que nem mesmo ela saberia como resolver.

— Tem certeza que ele não vai me agredir? Tenho medo que ele... – Cora não deixou ela terminar.

— Ele não vai fazer nada meu amor, eu prometo. Você estará comigo, tenho tanto direito sobre você quanto ele. – Abraçou a menina – Venha, vou pedir para o Graham tirar o resto da semana de folga e vamos ligar para Emma.


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Notas finais do capítulo

continuem acompanhando... bjoss



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