My best friend, my love! escrita por EvilV


Capítulo 13
Vamos à festa


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...



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As semanas que se seguiram, Henry resolveu dar uma folga à filha, que já havia entrado de férias da escola. Depois de conversar com a menina e fazer com que ela jurasse que só veria Emma com a presença da mãe, ele dispensou o segurança por algum tempo, ou até que as férias terminassem.

Regina por sua vez estava desenvolvendo alguns transtornos psicológicos relacionados à agressão que sofrera. Passava a maior parte do tempo dentro do quarto, sentia-se como se o mundo tivesse perdido a cor, seus sentimentos, tanto positivo quanto negativo desapareceram, era como se fosse indiferente à qualquer coisa que acontecesse à sua volta. Quando se sentia muito ansiosa, atordoada por não conseguir sentir nada além da indiferença, era na dor que ela encontrava conforto, assim, costumava se ferir com diversos objetos que encontrava na sua frente, e para que ninguém percebesse, ela sempre usava calças e blusas de manga longa.

Era um dia de sol escaldante, a garota se encontrava dentro do quarto lendo um livro, no qual, não sabia do que se tratava por não conseguir se concentrar na leitura. Ela ouviu batidas na porta e logo em seguida seu irmão a chamou.

— Baixinha, estou entrando – disse o rapaz – Levanta dessa cama, vamos para piscina. Ei, e essa roupa de frio aí? O sol está fervendo, acho que é o dia mais quente do ano, você está com febre? – disse se aproximando e tocando a testa da irmã.

— Estou bem Robin, o ar-condicionado está ligado e por isso estou com essa roupa...

— Então coloque um biquíni e desça, chamei Daniel e as meninas para vir passar a tarde conosco, nossa mãe vai fazer alguns petiscos.

— Não quero sair daqui, só quero terminar meu livro. Se a Emma vir diz para ela subir aqui... junto com a mamãe é claro. – Respondeu para o irmão e voltou a folhear o livro.

— O que está acontecendo com você? – Robin estava desconfiado do comportamento da irmã – Regina, tire esse moletom por favor...

— Não vou tirar nada, está frio aqui dentro.

— Então eu desligo o ar-condicionado, pode ser? – falou pegando o controle do aparelho.

— Robin!!! Me deixa! Vai para piscina logo, seus amigos devem estar chegando e eu n... – Nesse momento o garoto segurou o braço da menina e puxou a manga da blusa para cima, revelando alguns cortes superficiais no ante-braço.

— O que é isso? Você se feriu com o que? ... Me responde por favor!!! – Regina começou a chorar e não respondeu o que lhe foi perguntado. – Sério que você está se machucando Regina! Sinto muito mais não posso deixar de falar para nossa mãe...

— Não, não, não! Não diga nada Robin, ela vai ficar brava e se nosso pai souber ele pode me machucar de novo...

— Me escuta! Ele não vai mais fazer nada contra você está me ouvindo! Mais você não está bem, fica trancada aqui dentro o tempo todo, precisa de ajuda e eu vou te ajudar. Vamos marcar uma consulta para você, se quiser podemos até entrar no consultório juntos. Tudo que aconteceu é muito para você digerir e nós vamos te ajudar. – Robin abraçou a irmã que ainda chorava.

— Mais não conte nada para mamãe, por favor Robin.

— Sinto muito, mais ela vai ter que saber. Não posso esconder isso dela, pode ser que você não me entenda e provavelmente vai me odiar também, mais será melhor, tudo bem? – olhou para a irmã que assentiu – Posso te ajudar a fazer um curativo para poder disfarçar? Assim você desce lá com a gente...

A menina concordou e Robin a ajudou a esconder os ferimentos. Ela colocou um vestidinho leve com mangas longas que costumava usar quando ia para a piscina e pediu para que ele não a jogasse dentro da água.

— Agora vamos, está ansiosa para ver a Emma? – perguntou sorrindo.

— Claro que sim, só de ficar ao lado dela já me sinto melhor – respondeu retribuindo o sorriso.

O dia foi agradável, os adolescentes ficaram na piscina brincando, hora tocando violão e cantando. Cora e Mary passaram boa parte do tempo juntas com eles, comeram besteiras o dia todo. Emma e Regina ficaram sentadas debaixo de um guarda-sol conversando, estavam mais à vontade ficando perto de suas mães e amigos.

— Amor, vamos entrar na água – Disse Emma recebendo um olhar negativo da outra – Só um pouquinho vai, está tão quente.

— Pode ir você, eu fico aqui te assistindo – Sorriu para a menina.

— Quero que vá comigo, se você não for eu não vou – Disse segurando o braço de Regina um pouco apertado e percebeu a feição de dor que a mesma fez. – O que foi, nem apertei seu forte seu braç... – Falou Emma erguendo a manga do vestido – Regina, porque esses curativos? O que aconteceu com seu braço? – falou assustada e percebeu que a garota ficou pálida na hora.

— Emma, fala baixo... – resolveu falar a verdade – eu me machuquei, por isso não vou entrar na piscina, finge que não viu – falou olhando para baixo.

— Fingir?... Agora deixo passar, mais depois conversamos... Na verdade não vou conseguir esperar, me conta agora antes que eu chame sua mãe.

Regina contrariada, contou quase em um sussurro o que estava fazendo, Emma preocupada com a situação queria a todo custo que Cora participasse da conversa, mais a menina disse que o irmão contaria à mãe, o que deixou a loira mais calma.

Chegando a noite, todos foram embora, estavam exaustos pelo dia divertido que tiveram.

— Amor, depois vou perguntar para o Robin se ele conversou com sua mãe à respeito do seu problema, se ele não falar eu mesma falo... mesmo que você deixe de gostar de mim... – Emma falou enquanto se despedia.

— Tudo bem amor! Eu não vou te odiar por nada que fizer – disse abraçando a loira e recebendo um beijo no rosto.

 

[...]

Depois do jantar, Henry foi direto para o escritório enquanto os filhos subiram para o quarto. Robin pediu para que a mãe o acompanhasse, contou sobre tudo o que Regina estava fazendo com ela mesma, disse que a garota precisava de ajuda e que se ela se negasse a leva-la a algum médico ele mesmo levaria. Cora já sabendo do estado da filha, se apavorou ao saber que a mesma estava se auto-mutilando, e decidiu marcar uma consulta para o próximo dia.

Antes de levar a filha ao médico, Cora conversou com Regina sobre o que ela estava passando, convenceu a menina a ir à consulta como se fosse um teste, se ela não se sentisse bem que não voltaria, o que era pura mentira da mulher, é claro que ela faria a filha fazer todo o tratamento necessário.

Na primeira consulta, Regina tentou resumir pelo o que tinha passado no último ano, contou sobre tudo, menos da agressão que sofrera do pai. Essa parte ela disse que Henry, só não estava aceitando muito bem o relacionamento que ela tinha e a tratava mal por isso.

Archie o psiquiatra, depois da consulta, pediu para que Cora entrasse na sala, passando alguns medicamentos que a menina deveria tomar. O diagnóstico que ele passou, foi que Regina estava com depressão e síndrome do pânico, e que faria o tratamento por alguns meses.

Ambas voltaram para casa em silêncio, Regina não estava magoada, apenas não queria que Cora descobrisse que ela não tinha contado toda a verdade à respeito do pai, e se elas começassem a conversar, provavelmente ela diria.

O restante das férias fora tranquilo, os jovens sempre se reuniam e saiam juntos. Regina estava se recuperando muito bem devido a medicação e algumas sessões de terapia que fazia. Henry ao perceber o comportamento da filha mudar, a vigiava menos, só mandava o segurança segui-la quando esta, saía para os lugares sem a mãe, e a resposta que sempre obtinha era que nada havia acontecido entre elas.

Robin passou a cursar a faculdade de arquitetura, não que tenha desistido da música, ele apenas percebeu que gostava de trabalho que desempenhou na empresa para ajudar sua mãe e que a música, apesar de amar, ele tinha como um hobby e por vezes era convidado a tocar em alguma festa que tinha na cidade. Ele estava muito feliz com o rumo que sua vida tomou, sua única preocupação era realmente a irmã mais nova, ele sabia que a qualquer momento elas iriam ser entregues por algum funcionário misterioso que Henry tinha espalhado pela cidade, sendo assim, sempre que podia alertava para que Regina fosse cuidadosa.

As garotas se comunicavam por mensagens no celular, mais nunca deixaram de sentir o que sentiam, pelo contrário, como Cora dissera “quando é proibido o amor só aumenta”, foi o que aconteceu. Mesmo sendo, em partes, perseguidas, elas sempre davam um jeito de ter alguns minutos à sós, onde pudessem conversar, se abraçar e às vezes se beijar.

Já havia meses que não conseguiam ficar à sós, o ultimo ano da escola já estava quase terminando, e sempre nesse período existiam as festas que os universitários faziam para comemorarem as boas e as péssimas notas.

  “Regina, minha irmã disse que vai ter uma festa da faculdade dela amanhã à noite, elas nos chamou, o que você acha?” – Emma

  “Tenho que ver se minha mãe vai permitir, o Robin ainda não me disse nada, se ele for acredito que ela deixe” – Regina

  “Então tenho certeza que vamos, hehehe, a Elsa me disse que o Robin vai tocar na banda...” - Emma

  “Ótimo :D :D, só vou ver com ela, depois te mando a resposta” – Regina

  “ s2 “– Emma        

  “s2 s2 “ – Regina.

Regina confirmou com Cora, mais Henry ordenou que o segurança fosse junto, sem encontrar outra saída a garota resolveu ir mesmo assim, seria melhor do que ficar longe de Emma, e assim esperou ansiosa para que a noite da festa chegasse logo.


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Notas finais do capítulo

...



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