Destiny escrita por DhampirGirl


Capítulo 2
Capítulo 2 - A primeira vez que saímos juntos


Notas iniciais do capítulo

OI OI, GENTE!
Eu me atrasei em postar o capítulo? Me atrasei. Não vou mentir sobre isso, gente. Se minha história não estiver participando mais oficialmente do desafio, aceito isso. Não tinha o que fazer para evitar a situação, porque esse final de semana fui acometida por uma virose e, quando melhorei, tinha que estudar para provas. De manhã, escola; de tarde, estudar e de noite, cursinho. Simplesmente não tive tempo de escrever durante a semana até hoje. Dá vontade de chorar em norueguês? Dá, porém vamo fazer o quê.
Mas, bem, vou continuar seguindo a inspiração do Desafio e postar dentro dos prazos do grupo. Eh isto.
Além disso, quero agradecer imensamente as pessoas que leram e comentaram ❤ Me fez tão feliz ❤
Por fim, boa leitura!



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Thomas só foi buscar Napoleão na manhã do dia seguinte.

 Aconteceu que no horário o qual Heather ligou os ônibus já haviam parado de operar, táxi seria caro e todo o dinheiro disponível de Wright ia servir para pagar a recompensa e caminhar até a casa dela, na chuva, não era viável. Desse modo, depois de muitos agradecimentos, choro de alívio, pedidos de desculpa pelo incômodo, discussões – Ela não queria receber os cem dólares e o homem achava isso um absurdo -, os dois decidiram que ele pegaria o cachorro às 8:30h.

 Passar a noite com Napoleão foi uma experiência assustadora e ao mesmo tempo satisfatória para Collins. Ela sofreu com pequenas paranoias sobre a segurança do cão, tanto que averiguou pelo menos duas vezes se todas as janelas e portas estavam trancadas para evitar que ele fugisse, pois na mente dela isso poderia resultar nele fugindo de novo e ficando perdido ou ainda sendo atropelado, mas também ficou extremamente alegre com a presença de outro ser vivo no apartamento. Fazia bastante tempo desde a última vez que escutou ruídos no interior da residência, teve “alguém” para desabafar sobre os seus pensamentos enquanto assistia programas de reforma domiciliar – Não tinha problemas em ficar sem resposta – e acordou com o calor de outro corpo próximo a si na cama, mesmo que esse viesse apenas de uma bolinha de pelos enrolado perto dos pés.

 Heather já teve três namorados para poder saber como era sentir falta dessas coisas: Uma vez no colegial, outra na faculdade e a última quando retornou para Nova Orleans, porém nunca vingou mais do que um ano. Ou a garota se cansava dos caras, ou eles se esgotavam dela. Até que frequentava encontros, inclusive às cegas quando Julian insistia no amigo de um amigo, entretanto logo no início mostravam que não dariam certo.

 Atualmente, ela se dedicava integralmente ao seu trabalho na rádio, às suas plantas e em maratonar séries, programas e filmes. De vez em quando, sentia o ímpeto de sair num sábado à noite, se contatar com outros seres humanos, contudo esquecia rapidamente isso, acabando por se enrolar no sofá a fim de aproveitar a própria companhia. A ideia de toda a pressão de ser social num lugar cheio de gente, os julgamentos que saberia que as pessoas fariam quando a vissem, principalmente sozinha, e a preguiça de tentar manter um elo com alguém depois a faziam desistir de tudo.

 Em suma, era bastante difícil para Collins criar uma relação com outra pessoa. O máximo que ela tinha eram os pais, Julian e uma amiga da faculdade a qual chamava Kristen e conversa apenas esporadicamente pela internet.

 Então, quando, no dia seguinte, o porteiro do prédio ligou para Heather avisando que havia um homem querendo subir para seu apartamento, ela sentiu-se, além de um pouco desolada, tentada a dizer não e manter Napoleão. Era um pensamento irracional e estúpido, ela sabia, porém não teve como o controlar. O cão tinha sido uma companhia tão boa para si, o lembrava tanto de Bilbo. Só que ele também parecia ser muito especial para Thomas o qual, nas duas conversas tidas entre os dois, mostrou se importar muito. Não seria justo roubá-lo, portanto, depois de forçar-se a pensar racionalmente, com pesar no coração, permitiu o visitante.

 Enquanto Wright provavelmente subia os três lances de escada até seu andar – O elevador quebrou há uns dois meses e não foi consertado até agora –, a garota buscou por Napoleão, encontrando-o puxando a cortina da janela da sala de estar com toda a força que seus sete meses e pequeno tamanho poderiam deixar - O que não era muito.

 “Ah, cara” Heather não conseguiu controlar o riso de afeição que soltou quando viu a cena. Deveria estar brava, mas ele não estava realmente fazendo estrago e era fofo “Nada disso, danadinho. Seu dono está chegando para te levar e a gente quer evitar que ele espere, ok?”

 Agachou-se próxima ao animal, puxou a cortina de sua boca, reparando que agora o tecido tinha marcas de dentes, todavia somente balançou a cabeça em descrença para isso e pegou Napoleão no colo, logo se dirigindo até a porta quando ouviu uma batida.

 Ao abri-la, Collins ficou encantada com a pessoa que estava na sua frente. Ela já estava tão acostumada a conversar com indivíduos os quais provavelmente nunca veria na vida que nem tentava mais colocar um rosto à voz, no entanto, parando para pensar agora, a aparência de Thomas fazia jus ao jeito que agiu, porque ele parecia uma bagunça.  Wright era alto, mas aparentava estar tentando ser pequeno ao encolher-se contra si mesmo, o cabelo castanho com fios puxados na testa formando uma espécie de franja estava desgrenhado, a pele suavemente morena não conseguia esconder as sardas que lhe salpicavam o rosto, o óculos de armação preta dava a impressão de ser grande e a roupa era composta por uma blusa social branca e gravata azul sob um colete de lã bege com listras anis, calça marrom e sapatos também sociais.

 Quanto aos seus olhos, ela notou a coloração verde deles somente quando o homem levantou o olhar até si e depois o focalizou no cachorro em seu colo. O sorriso dele ao ver o animal, o qual se remexia a fim de ter liberação para poder ir até o dono, foi gigante.

“Ah, meu Deus! Eu senti tanta falta de você” Ele exclamou antes que Heather pudesse ter alguma outra reação além de encará-lo e também estendeu os braços em direção a Napoleão “Eu posso, por favor?”

  “Claro” Sussurrou e entregou o cachorro à Wright, embora por dentro só quisesse o manter para si. Ela tinha que ser racional.

 Thomas imediatamente acolheu-o contra seu peito e começou a dar pequenos beijos na cabeça de Napoleão que parecia querer retribuir o carinho com lambidas na face do homem. Frases como “Estava tão preocupado com você”, “Nunca mais faça isso comigo” e “Eu amo você” começaram a serem sussurradas contra o pelo do cão.

 A garota começou a sentir que estava sobrando na cena e ficou desconfortável com isso. Só desejava sair dali, voltar para seu apartamento, fingir que nada nunca aconteceu. No fim das contas, ainda tinha Phoebe e Anakin para lhe fazerem companhia. Sua vida voltaria a ser fantástica como sempre foi, pois não seriam algumas horas com um cachorro que mudaria tudo. Ela nem estava se sentindo levemente carente.

 Sendo assim, para acabar com a situação logo, pigarreou visando chamar atenção de Wright, o que deu certo, pois no mesmo instante ele parou de interagir com o cão e lhe encarou com os olhos esbugalhados e um rosto corado.

 “Me desculpa! Caramba, eu fui tão rude agora” Agitado, Thomas disse e ajeitou Napoleão para que pudesse o segurar com uma mão só “Que vergonha. Sinto muito por te ignorar assim, Heather, não era essa minha intenção. Aliás, é Heather, né? Porque, se não for, vai ser ainda mais embaraçoso ter errado seu nome. Bom, enfim, só para confirmar, eu sou Thomas Wright. É um prazer te conhecer.”

 As únicas coisas que Collins pôde absorver do monólogo todo era que o homem falava rápido, tinha medo de errar seu nome e lhe estendia a palma esquerda em um cumprimento. Praticamente no automático, retribuiu o aperto de mão.

 “Heather Collins. Só para confirmar também” Wright riu aliviado e ela sorriu para pelo menos tentar ser simpática.

 “Então... Ele deu trabalho?”

  Heather deveria comentar que a blusa branca dela provavelmente seria marrom depois que Napoleão se esfregou nela, que seu sapato estava mastigado de ontem à noite e que a cortina da sala estava mordida? Provavelmente não, Thomas ficaria ainda mais envergonhado.

 “Não, foi tudo tranquilo.”

 “Você tem certeza?” Encarou Collins desconfiado “Ele costuma ser bastante bagunceiro.”

  “Absoluta” Deu um sorriso cheio de dentes que devia estar parecendo estranho. Mentir e sorrir abertamente nunca foram uma habilidade da garota.

 “Eu vou tentar acreditar” Sua voz permanecia descrente, todavia deixou de lado isso ao colocar Napoleão no chão, tirar a guia da coleira que estava pendurada no seu cinto, a prender e levantar-se antes de colocar a mão no bolso da calça, tirando de lá várias notas de dólar “Aqui está a recompensa.”

 “Thomas, já te disse que não quero seu dinheiro. Foi um prazer cuidar de Napoleão para mim. Por que iria querer ganhar dinheiro sobre isso?” Talvez nunca tivesse sido tão sincera com uma pessoa que acabou de conhecer, mas isso era verdade e não tinha como a negar.

 “A gente já teve essa conversa, Heather. Eu prometi e, caramba, você salvou meu cachorro. Sou tão grato a você é essa é minha forma de recompensar” Wright continuou a segurar as notas em direção a ela, quase as empurrando até si.

 “Por favor. Guarde o dinheiro e, não sei, compre um brinquedo para Napoleão por mim.”

 “Tá tudo bem então” Ele olhou para seus sapatos – que Napoleão estava jogado em cima – por um tempo e, quando voltou a encarar, parecia nervoso “Você já tomou café da manhã?”

 “O quê? Não, não tomei. Por quê?” Collins não entendeu o motivo da pergunta, afinal, o cachorro já estava entregue, os negócios resolvidos, não deveriam seguir com suas vidas agora?

 “Então você não gostaria de ir tomar comigo e Napoleão em um lugar que conheço?” Thomas estava visivelmente ansioso pela resposta e, como já conseguia ser previsto, desatou a falar velozmente “Sabe, seria uma forma de eu poder te recompensar pelo o que fez e... Sei lá, não ser só dinheiro? Além disso, poderia passar mais tempo com meu cachorro já que pareceu gostar dele. É... Isso aí.”

 O pedido fez o coração de Heather acelerar. Naturalmente, o recusaria, porque isso envolveria uma pressão para ser simpática que não gosta de lidar pela manhã, mas no dia de hoje ela estava querendo companhia e nutria uma preguiça tão grande de preparar café da manhã que decidiu aceitar o convite e ver no que daria. Além disso, Wright parecia ser uma boa pessoa a qual era incapaz de violentá-la e, se ele tentasse algo, o spray de pimenta sempre estaria consigo mesmo.

 “Yeah, claro.” Seu timbre estava estranho, carregado, então pigarrou um pouco a fim de falar mais claramente “Posso pegar minha bolsa antes? Acho que depois de lá já vou para meu trabalho.”

 “Sem problemas. Vou ficar esperando aqui fora” Thomas abriu um sorriso alegre por sua resposta e recostou-se na parede do corredor ainda a olhando suavemente quando pediu licença ao distanciar-se até seu quarto atrás das coisas. 

 Ela pegou uma bolsa azul antiga, de seu período na faculdade, dentro do armário, pois a sua costumeira estava molhada e suja do dia anterior, e, em seguida, jogou todos os pertences necessários dentro dela. A sua aparência ficou a mesma em virtude de já ter se arrumado anteriormente para a entrega de Napoleão, contudo não conseguiu se conter em pelo menos tentar controlar seu cabelo mais uma vez.

Trancando todas as portas e janelas e obrigando a si mesma no pensamento a tentar ser social com alguém ao ponto de, quem sabe, fazer um amigo, deixou seu apartamento a fim de ir viver outra aventura em menos de 24 horas.

 Durante o percurso até o dito restaurante, Wright e Collins conversaram. Sinceramente, na maior parte do tempo foi o homem quem puxou assuntos variados, desde o clima até fatos científicos – Heather ficou um pouco enojada quando ele contou que o líquido no fundo dos copos é essencialmente a saliva da própria pessoa, no entanto, foi interessante saber disso -, enquanto a garota ficava tensa cada vez que atravessavam uma rua com Napoleão, o qual passeava todo serelepe, por conta de seu receio dele ser atropelado e apenas concordava em outros momentos por medo de falar algo estúpido e vergonhoso, o que em sua cabeça acabaria com qualquer chance de amizade.

 Quando chegaram ao estabelecimento “Imperium”, sentaram-se numa mesa externa, com Thomas posicionado no lado direito dela e o cachorro deitado nos pés do dono de tão cansado que ficou da caminhada, e começaram a folhear o cardápio trazido por uma simpática garçonete. Depois de ler a primeira página de bebidas, a garota levantou o olhar para o companheiro, assustando-se ao o encontrar lhe olhando fixamente com o queixo apoiado na mão direita sobre a mesa.  

 “O que foi?” Heather sentia-se como um cervo na frente de faróis de tão espantada que estava “Eu fiz alguma coisa, Thomas?”

 “Não, não, é só que...” Wright desviou o olhar, arrumou-se na cadeira e ajeitou os óculos. Ela conhecia esse movimento de tanto que fazia antigamente: Era nervosismo “Por favor, me diz que eu não tô ficando louco ou, bem, pelo menos não tanto, e que eu já ouvi sua voz antes. Da ligação no caso. Eu fiquei o caminho todo pensando que te conhecia de algum lugar, mas não faz sentido”

 “Na verdade, você não está tão louco, Thomas” Ficou aliviada com a pergunta e também se permitiu sorrir um pouco “Eu, hum, sou a radialista da Fun FM.”

 “O quê?!” O homem exclamou, exaltando-se ao ponto de Napoleão acordar brevemente, porém ele logo voltou a dormir “Eu estou sempre ouvindo a sua rádio. Sério mesmo. Sou apaixonado pelos programas de vocês, até conheci o Adam Naas de lá. Aliás, muito obrigado por isso. As músicas deles são legais.”

 “É verdade. Preciso confessar que fiquei até surpresa ontem quando alguém pediu por ‘Please, come back to me’, porque isso não é exatamente comum.”

 “Ah, então, sobre ontem... Desculpa por interromper o programa. Eu estava muito desesperado com o desaparecimento do Napoleão e queria alguma ajuda para encontrar ele o quanto antes, aí me veio à mente a sua rádio, sabe? Sei que foi errado, mas não consegui me controlar.”

 “Não, sem problemas. Foi boa sua atitude, porque olha onde estamos agora: Napoleão são e salvo por causa disso. E obrigada por nos ouvir. É algo muito importante para nós.”

 Por um curto momento, os dois trocaram olhares e sorrisos e, a partir disso, Heather finalmente começou a sentir-se mais confortável na presença de Thomas.

 A conversa fluiu intensamente enquanto eles comiam seus respectivos pedidos – Torrada com geleia e chá de jasmim para Collins e cappuccino acompanhado de macarons de chocolate para Wright -, ao ponto da garota deixar-se ser a coisinha sarcástica que sempre é e também ficar feliz por ter aceitado o convite de sair de casa. Ela não ria tanto fazia eras.

 Thomas era realmente uma companhia incrível para se passar o tempo, pois se mostrou ser educado – “Você quer um macaron? Pode pegar, eu não me importo”, “Não precisa, eu na verdade sou vegana”, “É o quê? Me conta mais sobre isso” -, engraçado, simpático, atencioso, apaixonado por História – “Por que você acha que meu cachorro chama Napoleão?” –, atencioso, um ótimo ouvinte e o barulho de sua mastigação não a incomodava, o que era algo de grande importância.

 Entretanto, o ápice do café da manhã foi quando a garçonete simpática aproximou-se da mesa deles com a conta da refeição e entregou-a a Thomas – Collins nem tentou contestar, pois esse era o acordo desde o início – dizendo:

 “Chefe, aqui está a conta e o Josh me pediu para perguntar se você vai ficar direto na cozinha ou vai voltar só de tarde.”

 O pronome usado, “Chefe”, fez a garota franzir a testa e encarar Wright que estava com um olhar mortificado no rosto e sinalizando com as duas mãos para que a moça parasse de falar. Será que...?

 “Perdão, ‘chefe’?” Ela perguntou só para confirmar suas dúvidas.

 “Sim, o Thomas é dono daqui. Ele não disse?” A moça entregou o homem que só afundou na cadeira, derrotado.

 “Nop” Heather respondeu fazendo ênfase no “p”.

 “Mentindo para seu encontro, chefe?” Ela virou-se para Wright com um sorriso zombeteiro “Que feio. Acho que vou ser obrigada a mandar o Napoleão morder seu tornozelo como punição já que esse é o único lugar que ele alcança mesmo.”

 “Caramba, Katherine!” Thomas exasperou-se e se arrumou na cadeira para encarar sua funcionária “Eu ainda não tinha dito, ok? E Napoleão é fiel a mim e não para você e seus planos malignos. Só... Me dá essa conta e fala para o Josh que só vou vir de tarde. Ainda tenho que resolver umas coisas.”

“Ok. Vou deixar você terminar seu encontro em paz e espero que seja sincero agora, ouviu, senhorzinho?” Katherine entregou o caderninho para o homem e despediu-se de Heather com um aceno rápido antes de voltar para dentro do restaurante.

 “Isso não é um encontro!” Thomas ainda tentou gritar para a garçonete, mas foi em vão, então ele virou-se para Collins, a qual estava rindo da situação toda, com um sorriso envergonhado “Me desculpa por não ter tido dito antes que esse restaurante era meu. Não queria que você se sentisse obrigada a gostar da comida só porque meio que foi eu quem a fez.”

“Relaxa, não estou realmente irritada nem nada por não ter falado. Não é nenhum crime federal, eu espero” Ela tentou tranquilizar Thomas e até mesmo colocou a mão em cima da do companheiro para dá-lo algum conforto já que ele parecia desolado por ter omitido a informação, no entanto, logo a retirou “A situação foi engraçada na verdade e você não deveria se preocupar com minha reação sobre comida, porque ela estava bem gostosa, ok?”

 “Jura?” A garota acenou com a cabeça e ele soltou um suspiro aliviado “Ok. Isso é bom. Não estraguei nossa primeira saída juntos por conta de uma mentira e a comida estava boa. Isso é... Muito bom, Heather.”

 “Totalmente.”

 Em seguida, Thomas separou o dinheiro para pagar a refeição e ambos levantaram-se da mesa. Dirigiram-se até a esquina mesmo com um Napoleão protestando por ter sido acordado através de passos lentos, quase tendo de ser arrastado no chão, pois ali seria o ponto que seus caminhos desviariam.

 Heather não podia fingir que não havia gostado do Wright, muito menos negar sua vontade de se encontrar com ele pelo menos mais uma vez para ver se conseguiriam desenvolver melhor aquela amizade. Além disso, havia o cachorro que ganhou um pedaço de seu coração e se despedir dele seria complicado. Sendo assim, quando a voz alheia soou, implorou que não fosse um simples adeus:

"Você poderia me dar o seu telefone?" Ele questionou, encarando seus pés que ficavam chutando o chão num sinal de nervosismo "Eu realmente gostei de conversar com você e queria continuar a manter contato."

 Ela ficou quieta durante algum tempo após a pergunta por conta do espanto e felicidade borbulhando no seu peito. Wright havia gostado dela também? Seu desejo tinha dado certo?

 "Ah, meu Deus. Você pode dizer não, ok?" O homem parecia desesperado depois de seu silêncio. Até mesmo havia levantado a cabeça e seus olhos estavam esbugalhados ao a encarar "Eu não vou ficar bravo nem nada. Se você não estiver a vontade, eu só vou embora. Aliás, acho que vou indo"

 Thomas acenou com a cabeça para si resignadamente, pegou Napoleão no colo e começou a se virar para seguir seu rumo.

 "Espera!" Collins pediu um pouco mais alto do que queria.

 O que ela perderia dando seu celular para Thomas? Absolutamente nada, era na verdade algo que estava estranhamente ansiando.

 "Eu vou te dar meu número.”

 "Sério?" Wright parecia que tinha ganhado o mundo com isso em virtude de sua feição maravilhada.

 "Uhum."

 E Heather começou a ditar os dígitos para Thomas quando ele retirou o celular do bolso.


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Notas finais do capítulo

E aí, gente, o que acharam?
Espero que meu cérebro infestado de vírus da gripe não tenha me feito deixar isso tudo uma merda, mas, se isso aconteceu... JAJAJWJAJAJWJJAJAJAJAHW Rindo de nervoso.

Até mais,
DhampirGirl