Opostos escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 4
Conflito


Notas iniciais do capítulo

Finjam que é a Clary/ Lily Collins segurando o bebê.



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P.O.V. Mary.

Domingo. Dia de ir á igreja.

Nós chegamos á igreja e encontramos com todos os conhecidos e amigos.

—Olá Celine, Jonathan, Stephen.

—Olá Mary. Olá Clary.

—Oi.

—Vamos querida, a missa já vai começar.

—Não. Eu vou ficar aqui fora com a Davina.

—O que?

—Eu não vou entrar.

—Por favor, não queremos que acabe em conflito. Hoje é domingo.

—Isso vai acabar em um conflito muito sangrento se eu tiver que colocar um pé pra dentro dessa igreja.

—Por favor Clarissa, a missa já vai começar.

—Eu... não... vou... entrar. E nem a minha filha.

—Clarissa, vamos logo.

—Não! Você é católica, eu não ligo. Mas, eu não sou.

O padre veio.

—O que está havendo?

—Nada padre, apenas que minha filha não parece disposta a ouvir o sermão de hoje.

—Como se algum deles tivesse alguma moral pra passar sermão!

—Minha filha...

—Eu não sou sua filha!

—Virar as costas para Deus não é a resposta.

—Eu nunca virei e nem virarei as minhas costas para Deus. Só pra vocês. E como eu disse, isso vai acabar num conflito sangrento se vocês não pararem de me fazer entrar nessa merda de igreja.

—Blasfêmia!

—A sua gente passou três mil anos nadando no sangue da minha gente. Porque não se afogam nele.

O Padre começou a sufocar em sangue e eu também.

—Eu não vou entrar. Espero vocês aqui fora.

O sangue parou de vir e eu fiquei atônita. Clary começou a balançar o bebê, a cantar pra ele como se nada tivesse acontecido.

E a pequena Davina olhava tudo á sua volta com franca curiosidade.

—É. Ta vendo como os vitrais são bonitos? Eles foram construídos com o dinheiro roubado e com o sangue que foi derramado. O sangue do nosso povo. Cristãos, eles falam de paz e matam porque acham graça. Falam de voto de castidade e abusam de crianças, eles foram nossos aliados a muito tempo, mas eles se perderam, eles nos traíram. Eles nos caçaram, Agnes me falou que na era de ouro da Igreja Católica, os inquisidores costumavam matar famílias inteiras. E nunca era culpa deles, era sempre culpa de outra pessoa. No começo eles eram bons, mas se corromperam, eles devastavam cidades inteiras sem remorso. Estupravam mulheres, matavam elas, atiravam crianças dos muros, matavam mulheres grávidas. Então, me perdoem se eu não estou disposta a colocar os meus pés nesse lugar.

Então eu finalmente compreendi o porque dela não querer entrar na igreja.

—Agnes te contou isso?

—Toda história tem dois lados. Eles podem ter ganhado a batalha, mas vão perder a guerra.

—Você pode ficar ai fora está bem? Não precisa mais vir conosco a igreja se não quiser.

—Obrigado. Eu vou pra casa.

—Como?

—Eu tenho pés. Posso caminhar. Tchau.

Ela foi embora levando Davina com ela.

—Porque a deixou ir Mary?

—Porque você acha, Joseph? Realmente não percebeu sobre o que ela estava falando?

—Não.

—Eu nunca pensei que fosse verdade, mas a nossa filha nos provou logo em seu primeiro dia em nossas vidas que o mundo é um lugar muito mais misterioso do que poderíamos imaginar. E aparentemente a caça ás bruxas...

—Oh! Entendi.

—Se metade do que as evidências cientificas indicam for verdade, é um bom motivo pra haver uma rixa. Massacraram o povo dela, talvez até seus ancestrais.

—É.

—Vamos. A missa já vai começar.

Eu entrei na igreja e o padre começou a falar, mas eu estava longe. E se a Igreja realmente descobriu que as bruxas existiam? E se eles realmente as caçaram e massacraram? Talvez tenham feito isso por medo, mas ainda assim é um bom motivo para se ter raiva.

—Mary. Mary!

—O que?

—O sermão acabou.

—Oh! Vamos.

Assim que chegamos em casa, Clary estava alimentando Davina.

—Oi.

—Olá. Eu quero que vocês saibam que vou tentar encontrar os meus pais biológicos. Eu amo vocês, mas eu quero saber de onde eu vim. Qual é a minha linhagem.

—Tudo bem querida. Nós compreendemos.

—Você sempre serão meus pais. E eu quero saber porque os meus pais biológicos não me quiseram, porque eles me abandonaram.

P.O.V. Jace.

Caça ás bruxas? O que tem á ver a caça ás bruxas com a Clary não querer entrar na igreja?

—Essa história tá muito mal contada.

—Nem me fale priminho. Coisas estranhas começaram a acontecer desde que a Clary chegou na cidade. Armários escolares batendo, pessoas se afogando em sangue, pessoas queimando. E toda vez que eu tento perguntar sobre isso ou falar á respeito a Clary dá respostas evasivas ou desculpas esfarrapadas. Mas, eu vou descobrir o que está acontecendo ou eu não me chamo Isabelle Lightwood.


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