Castle escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 43
XLIII - Tempestade


Notas iniciais do capítulo

Heyyyyyyyyyyyyy guerreiros
Desculpem a demora, estava muito sem criatividade e sem conseguir escrever muito com toda essa loucura de volta as aulas k
Mas boa leituraaaaaaaaaaaa em breve volto!



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Wanda

Coloquei tudo para fora pela segunda vez naquela manhã.

  - Droga, James, onde você está? - murmurei, sentada no chão do nosso quarto. Estava fraca, com tonturas e além de ter litros de vômitos naquele quarto.

Me forcei a levantar, respirando fundo e me concentrei em não cair. Força, Wanda Maximoff Romanoff. Andei encostando firmemente nos móveis para fora do quarto. Não tinha uma alma viva naquele corredor.

  - Merda.

Andei devagar, sentindo cada vez mais meu estômago embrulhando. Minha vista estava preta e meus olhos se encheram de lágrimas devido ao mal estar. Caí nos braços de alguém segundos depois.

  - Wanda, o que foi?

  - Chharles. - murmurei, começando a chorar.

  - Eu senti que você estava mal. O que está acontecendo?
  
  - Não sei. - admiti, finalmente conseguindo enxerga-lo. Nem sabia que ele tinha forças para isso, mas ele me pegou no colo, andando firmemente pelo corredor.

  - Vira a direita. - pedi, e sem problema nenhum ele o fez.
 
Devagar meu irmão me colocou na cama, abrindo as janelas em seguida e desfrouxou meu vestido.

  - Cadê o Sr. Romanoff?

  - Em reunião, eu acho. - ele suspirou, preocupado.

  - O que está acontecendo, sestra? - perguntou, segurando minha mão.

  - Estou fraca. E tonta. Com enjoos.

Vi sua boca abrir.

  - Ah, meu Deus. Como eu não notei antes?

  - O que? - perguntei, arregalando os olhos.

Devagar ele tocou minha barriga. Seus olhos vidrados se iluminaram pela primeira vez na vida. Chharles sorria mas seus olhos sempre permaneciam mortos. Mas então agora eles estavam iluminados como uma lanterna verde intensa. Um sorrisinho preencheu seus lábios.

  - Wanda. Você está gravida.

  - O que? - arregalei os olhos, vendo-o sorrir. - Não, não estou não.

  - Estou ouvindo o coração dela, Wanda.

  - Ela?! É garota? - meus olhos se encheram de lágrimas e comecei a tremer de emoção. As lágrimas começaram a escorrer, junto com gemidos nervosos saindo da minha boca. - Eu vou vomitar.

  - Vai mesmo. - ele assentiu e vi seus olhos cheios de lágrimas.

  - Se você chorar eu definitivamente vou vomitar! - eu ri entre as lágrimas. Agora eu ria, chorava compulsivamente e Chharles sorria sentado na minha cama.

  - Eu vou ser tio.

  - E eu vou ser mãe! PUTA MERDA! - Chharles gargalhou, se levantando e mandou um guarda chamar uma enfermeira. Ela logo veio, realizando uma checagem em Wanda.

  - É oficial, princesa, a senhora está grávida. - ela sorriu, e chorei compulsivamente.

Chharles

  - Vou chamar James. - disse, respirando para me recompor dessa emoção repentina. - Não preciso nem dizer o que acontece se contar isso a alguém, certo?

  - Claro, alteza. - a mulher respondeu enquanto Wanda claramente chorava, e não precisava de muito para desvendar isso.

Dei meia volta, passando pelo vão das portas de carvalho do quarto e andei em linha reta até o final do corredor, milimetricamente calculando onde o corrimão fica.

Desci as escadas despreocupadamente, senti alguns soldados de armadura passando por mim. O engraçado é que eles achavam que não precisavam fazer reverência para mim porque eu não enxergo, mas eu sei muito bem quando alguém faz ou não.

Assim que terminei de descer as escadas senti uma mulher passar por mim, cheirando a lavanda e pelo seu jeito de andar notei que era uma criada gorda.

  - Onde está o Sr. Buchanan? - perguntei, provocando um solavanco de susto nela. Eu tinha esse poder de assustar pessoas.

  - Cinco salas daqui, alteza. Quer que eu...?

Dei meia volta, continuando a andar e contei na mente quantas salas passei. Tateei a porta duas vezes até achar a maçaneta e a abri. Senti vários olhos em mim. Homens que nunca vi antes, um deles senti que estava com uma veia do coração entupida, porque batia com dificuldade. Coitado, tem duas semanas no máximo.

Senti o cheiro de James, e era o que eu precisava.

  - James, Wanda está passando mal. - ouvi a cadeira rolar para trás e logo seus passos saíram da sala ao meu lado. Senti sua preocupação no ar.

Uma das inúmeras desvantagens de conseguir ler as pessoas como um poema fácil é que suas emoções ficam claras como água, consigo distinguir a verdade sem nenhum esforço. Por exemplo, a meses finjo que não sei que minha irmã é uma bruxa.

As pessoas são previsíveis demais. Mas a parte ruim, como eu dizia, é que as emoções dos outros ficam reais demais. Ou seja, eu sinto tudo. E dói. Se alguém está triste eu fico triste. Se alguém está preocupado, eu fico. Se alguém quer morrer, eu quero morrer. É simples. Então muito tempo atrás aprendi como parecer morto para as pessoas e controlar minha mente o suficiente para carregar esse fardo.

James estava prestes a ter um colapso nervoso, com seu coração batendo cento e dezesseis vezes por minuto.

  - O que aconteceu?

  - Qual a diferença de saber agora ou depois? - perguntei, fazendo-o bufar. Fácil de ler.

Muita gente me acha grosso, frio e insensível. E eu sou. Por fora. Mas as outras pessoas só conseguem ver isso, e é patético. Eles não conseguem ver mais que as aparências. Me apressei para acompanha-lo e senti seu olhar em mim pensando se eu fosse cair correndo naquela escada daquele jeito. Coitado. Cair?

E era outra coisa que acontecia, depois de vinte e seis anos com os outros achando que sabem o que é melhor para você, logo se acostuma com os suspiros de pena e mãos tentando me guiar inutilmente. Eu fiquei cego com um ano e meio de idade. Então as únicas coisas que tenho imagem é o pequeno rosto gordinho de Natasha sorrindo para mim e meu castelo em Romanoff. Mas não é terrível. Eu vejo mais que muita gente.

Por exemplo, sei perfeitamente que estou num universo fictício de uma realidade paralela.

James abriu a porta do quarto deles, comigo atrás e ouvi Wanda tentar se recompor e senti que ela sorria. Outro poder, eu amo quando pessoas sorriem para mim, porque eu sinto. E quem mais fazia isso era Natasha.

E porque eu não gosto do Steve? Ele sorri pra mim tanto quanto ela. E isso o faz ser uma das minhas pessoas preferidas. E além do fato de seu amor por ela ser tão gigantesco que me enjoa e lembra constantemente que nunca ninguém me amará desse jeito.

  - O que aconteceu, meu amor? - ouvi ele se debruçar sobre ela. Wanda voltou a chorar, preocupando-o ainda mais. Mas ela sorria.

  - James... Bem... Eu... Am... - ela olhou para mim. - É... Então... Eu...

  - Ela está grávida. - eu disse, sem emoção alguma, e ele engasgou com a própria saliva.

  - Wanda! - ele gritou, sorrindo também e logo começou a chorar enquanto abraçava-a e beijava-a. - Ah, meu Deus, ah, meu Deus!

  - Nós vamos ser pais. - suas testas se encostaram e eu sorri. - De uma garotinha.

  - É menina?! - James gritou, ainda mais feliz, como se fosse possível.

  - É!!!!!! O Chharles sentiu!

  - MEU DEUS! - e logo eu fui abraçado violentamente, sendo sacudido no lugar. - MEU SANTO DEUS!

  - Ei, ei, eu sei que estão felizes, mas é melhor ninguém saber, okay? Papai não vai gostar nada de saber que você está grávida. - eu disse.

  - Quem está grávida? - a voz de Tthomas surgiu como um fantasma atrás de mim, me fazendo bater na testa.

Ninguém disse nada enquanto as engenhocas pequenas do cérebro idiota do meu irmão funcionavam.

  - Oh, meu Deus. Não. Sério?! - ele gritou, sorrindo, e Wanda assentiu, feliz. - Caralho! Eu vou ser tio de novo meu Deus!!!!!!!!

Ele passou por mim, me jogando com o ombro para o lado e foi até ela, abraçando e beijando seu rosto.

  - Parabéns, Wandinha, pra você também, James. - pelo barulho dos tapas carinhosos que James levou, ele teve muito autocontrole. Tthomas andou até a cama. – Oiiiiii mini Romanoff! A gente vai brincar muito, ouviu, baixinha? Vou te ensinar a degolar pessoas usando uma colher.

— Tthomas! – Wanda reclamou, empurrando-o e notei que antes ele estava com a orelha em sua barriga.

  - Vamos deixa-los a sós. - disse a Tthomas, que sorria abertamente.

  - Descanse, sestra. - ele disse, beijando o topo de sua cabeça. Dei meia volta, saíndo do quarto.

  - Que cara é essa, Chhar? - ele cruzou os braços.

  - Eu achei que bruxas não engravidavam.

  - O que?! Você...?! - ele arfou para trás, com a boca aberta.

  - É óbvio, Tthomas. Por que acha que vim para cá? Porque Natasha sumiu? Eu sabia que Stark tinha pego ela e que logo ia soltar. - me aproximei dele, sussurrando o final. -  Mas eu vim porque eu senti que algo terrível tinha acontecido com ela. E assim que pisei aqui eu senti toda a energia e caos dentro dela.

  - Chharles, ela...

Eu o interrompi.

  - Eu preciso que fique atento. E que confie em mim. Eu exergo muito mais que você. E você precisa acreditar nisso. - segurei seu braço e o senti engolir em seco. Seus batimentos aumentavam e ele estava nervoso por acreditar em mim. - Eu amo Wanda tanto quanto você, quero ela segura. Mas eu não me engano. Wanda é perigosa. Ela tem magia vermelha. Eu acredito que ela seja boa, mas talvez aquilo dentro dela simplesmente não seja.

  - Chharles, você é insano.

  - Tthomas. Você precisa acreditar em mim. Eu posso ver.

  - Então arrume um óculos. - ele agarrou o colarinho da minha blusa. - Wanda não faz mal a uma mosca. Talvez você devesse ver que isso é inveja, Chharles.

Ele deu meia volta, saíndo andando com passos bravos e logo não senti mais sua presença. Suspirei. Tthomas é puro. Mais que Natasha, Wanda, Steve, ele é diferente. E isso o fazia vulnerável demais.

(...)

Steve

Abri os olhos de vagar, tendo como primeira visão um mar de cabelos ruivos. Minha esposa. Minha rainha.

Um sorriso bobo se formou em meus lábios enquanto observava ela dormir, tão tranquila depois de fazer amor comigo. Eu tinha cada vez mais certeza que cada parte de mim ama e sempre amará Natasha Romanoff.

Nat estava deitada de bruços com as costas nuas parcialmente cobertas por cabelo e sua cabeça me usando de travesseiro enquanto meu braço abraçava suas costas. Sua respiração calma batia em minha pele quente.

Olhei para a janela brevemente, vendo o mar e a areia branca bem ali, esperando-nos. Mas com ela aqui eu não queria estar em nenhum outro lugar no mundo. Perdi a conta de quanto tempo fiquei observando-a, mas eu certamente poderia fazer aquilo o dia inteiro.

Depois de um tempo seus olhos piscaram devagar até um sorriso se formar em seus lábios.

  - A quanto tempo está me olhando dormir, Rogers? - ela perguntou, com a voz sonolenta que eu queria ouvir todos os dias.

  - A muito tempo. - sorri ainda mais.

  - Isso é constrangedor.

  - Depois do que fizemos ontem a noite você ainda considera algo entre nós dois constrangedor? - ela riu, negando com a cabeça.

  - Por falar nisso, acho que não consigo andar. Sua culpa. - ela deu um sorriso sorrateiro, se virando de barriga para cima sem pudor nenhum. Eu poderia me acostumar facilmente com ela deitada nua ao meu lado todos os dias.

Apoiei a cabeça na mão, deitado de lado e comecei a fazer carinho em seu ventre subindo e descendo.

  - Não exagere. - arqueei uma sobrancelha.

  - Isso aí é um exageiro, na verdade. - ela apontou para baixo e eu corei enquanto ela ria e me levantei, pegando minha calça preta no chão e a vesti com Natasha me observando com um sorriso. - Se aquelas duas crianças que éramos soubessem que iríamos acabar assim...

  - A mini Natasha teria vomitado. - eu disse e Natasha riu. - Você me odiava.

  - Eu não te odiava, só não suportava a ideia de casar com você. E eu amava te dar umas surras.  - olhei para ela sério, o que gerou uma crise de riso nela.

  - Levanta daí, sua preguiçosa. - eu disse, indo até ela que gemeu em resposta. - Nós temos que fazer nosso café. Esqueceu?

  - Nunca cozinhei nada na vida. - ela se espreguiçou na cama, resmungando enquanto seus ossos estalavam.

  - Para nossa sorte, eu sim. - ela pegou minha blusa no chão, vestindo-a e fez sinal para eu pega-la no colo.

Revirei os olhos, sem deixar de gostar da ideia e a fiz ficar de pé na cama. Abracei suas costas pequenas com meus braços, fazendo-a enrolar as pernas em mim e abraçar meu pescoço como uma criança, e carreguei-a facilmente assim.

A casa era simples, pequena, mas encantadora. Era a casa de férias dos meus pais. A cozinha era grande, com muitas janelas e uma bancada ao lado de um forno super estrambelhado que eu não tinha ideia de como usar.

  - Você disse que sabia. - ela reclamou, enquanto coloquei-a sentada na bancada.

  - Vou descobrir. - beijei a ponta do seu nariz e me afastei. 

Peguei um cesto de frutas e pães, colocando na frente dela uma faca e uma tábua.

— Facas eu sei que você sabe usar.

Ela sorriu, me puxando para perto e me beijou. Mordi seu lábio antes de dar meia volta e sair pela porta dos fundos. Ao lado da casa havia uma pilha de madeira. Peguei três, entrando em casa novamente.

  - Eu não sou ruim nisso. - ela disse, sorrindo vitoriosa enquanto cortava morangos.

Comecei a lutar com o forno, tentando entender aquela estrutura de barro com duas portinhas. Depois de alguns minutos entendi que a madeira e o fogo eram em baixo, e a fornalha em cima.

  - Vamos fazer um bolo de frutas. - sugeri, e Natasha me olhou com terror.

  - O que?

Eu ri, já abrindo as portas dos armários e pegando os ingredientes. Ovos, farinha, açúcar e leite. Comecei a misturar os ingredientes como a Dona Benta da cozinha me ensinou quando era pequeno.

  - A massa está pronta. Aí passamos as frutas na farinha para elas não irem pro fundo do bolo. - expliquei a ela, que me observava fazer tudo sozinho.

  - Uau. Certeza que se você não fosse rei seria um padeiro. - ele sorriu. - Mas então iria falir porque iria querer dar comida a todas as crianças passando fome nas ruas.

  - Provavelmente. - dei um sorrisinho triste. Pobreza era algo que me incomodava tanto. - Você acha que seria o que?

  - Bem... Uma prostituta? - arregalei os olhos e ela riu. - Eu... Bem. Não sei cozinhar, tocar nada, pintar, costurar, cuidar de crianças... A única coisa que eu sei fazer é matar. Então provavelmente seria uma assassina de aluguel procurada.

  - Eu acho que você seria uma boa chefe de polícia. - ela comprimiu um riso.

  - Eu? Seguindo regras?

  - Na verdade a única regra que teria que seguir é a justiça, e você é uma pessoa justa. E matar caras maus você já faz de graça.

  - Okay, pode ser. - continuei misturando a massa, sentindo seu olhar sobre mim. - Eu amo como você enxerga as melhores partes de mim.

Olhei para ela, dando um sorriso.

  - Eu amo você inteira. Todas as suas partes.

  - O que eu fiz pra te merecer? - ela perguntou, comendo um morango.

  - Algo muito bom. - eu ri, colocando o bolo no forno com certa dificuldade.

  - Dez a um pro forno. - ela zombou.

Comemos pão com leite e frutas enquanto esperávamos o bolo. Natasha me contou histórias sobre os irmãos dela, e eram muitas. Ela podia falar que não, mas Nat ama falar deles.

  - Nós devíamos tomar banho. - Natasha sorriu maliciosamente.

  - Nós? - perguntei, erguendo a sobrancelha para ela.

  - Uhum.

— O bolo...

O argumento morreu quando a ruiva se levantou, tirando a blusa que usava e andou lentamente até a porta, fazendo sinal para eu acompanha-la. Ai, meu Deus. Eu fui, não é? Eu sempre vou atrás dela.

Natasha encheu a banheira esquentando a água de leve com a pequena fornalha embaixo da banheira de porcelana no meio do banheiro de piso polido com uma grande janela no segundo andar.

Ajeitei minha roupa e quando voltei Natasha estava lá dentro, olhando para mim. Tirei a calça, ficando completamente nu e Natasha mordeu os lábios. Eu sei que eu corei, talvez eu nunca parasse de corar.

Entrei na banheira devagar, me posicionando atrás dela e segurei a lateral de sua barriga com as duas mãos. A água morna em contato com nossa pele era confortável e novamente sentir sua pele nas minhas mãos agora úmidas era mágico.

Além do rosto e braços, eu nunca havia tocado Natasha propriamente e agora nós tinhamos um ao outro por inteiro.

  - Nada é mais precioso que você. - murmurei contra seu ouvido, fazendo-a fechar os olhos. - Nem minha coroa, meus diamantes, nem meu reino.

Passei as mãos pelo seu corpo e ela soltou um suspiro pesado.

  - Todas as Romanoffs são bruxas. E você me enfeitiçou e me fez seu. - Natasha sorriu e beijei seu pescoço. - Eu morreria por você.

  - Eu mataria Deus por você. - ela disse, me fazendo sorrir.

Natasha se virou de frente para mim com uma perna de cada lado, aproximando o corpo no meu e passou os braços ao redor do meu pescoço. Selei nossos lábios com certa urgência, agarrando sua cintura firmemente.

O beijo me fez literalmente incendiar para todos os lados. Eu segurava seu corpo possessivamente, ela com as mãos no meu cabelo os puxando de leve. Apertei sua bunda com força, fazendo-a arfar e reiniciar o beijo.

Nos separamos por um segundo, suficiente para Natasha fechar os olhos enquanto beijei seu pescoço e segurei-o com a mão fechada ao redor delicadamente.

  - Steve... - ela abriu os olhos, me fazendo levantar a cabeça. Natasha respirou fundo e eu rapidamente entendi. - O forno.

  - Droga. - murmurei, olhando para o corredor e vi fumaça. Natasha saiu de cima de mim, se enrolando numa toalha enquanto peguei outra para mim. Amarrei-a na cintura e descemos as escadas ao som das risadas de Natasha.

  - Abre as janelas. - pedi, repreendendo-a com um olhar.

Abri o forno, sendo recebido com uma fumaça intensa e acabei encostando na parte de dentro, queimando as costas da minha mão.

— MERDA. - saí de perto com a dor e respirei fundo para conte-la. Natasha apagou o forno habilidosamente após abrir todas as janelas.

Enfiei a mão embaixo da água enquanto Natasha lidava com os estragos. O desastre acabou e saímos da cozinha e eu segurava meu antebraço com força, tentando não xingar um palavrão bem feio.

  - Deixa eu ver. - Natasha sorriu, segurando meu braço só de toalha e eu sorri. - Não está tão ruim.

  - Agora sim é dez a zero pro forno. - suspirei, fazendo-a rir.

  - Senta, eu vou pegar as coisas pra fazer um curativo. - Natasha desapareceu enquanto joguei a cabeça para trás e reapareceu minutos depois vestindo minha blusa, com cabelos menos molhados e uma caixinha marrom.

  - Demorei achar. - ela se sentou diante de mim, começando a cuidar da leve queimadura. - Devíamos chamar um médico.

  - Não, tudo bem. - bufei, irritado por ter me descuidado.

  - Isso acontece, Steve. Com pessoas normais. - ela disse, trabalhando habilidosamente.

Observei seu rosto concentrado e quando ela começou a murmurar uma melodia baixinho e finalmente ela amarrou uma faixa ao redor da minha mão e sorriu.

  - Prontinho, rei Rogers. - ela sorriu, dando um beijinho em cima da faixa e eu quis morrer de fofura.

A mulher mais mortal de todos os reinos conhecidos também era muito fofa.

  - Valeu a pena queimar o bolo. - ela sorriu maliciosamente, me analisando de toalha e eu corei, claro.

Natasha subiu as escadas carregando a caixa e eu fui checar a cozinha. Depois de alguns minutos nada mais estava quente então tirei a forma com meu bolo arruinado lá de dentro. Após arrumar tudo fui atrás de Natasha e a encontrei no quarto, usando um vestido simples e bem aberto de cetim azul com corpete branco com tiras amarraveis pretas.

  - Onde você vai tão linda? - perguntei, encostado na porta e ela sorriu.

  - Vamos cavalgar? A princesa precisa de exercício.

  - Claro. - abri minha mala que era uma caixa revestida com couro e fivelas. Peguei outra calça preta e um colete marrom para colocar por cima da minha blusa beje e solta no corpo. Calcei as botas pretas por fim, saíndo atrás de Natasha pela casa.

Estava um dia bonito com um leve sol, em breve ficaria muito quente. Andamos pelo caminho entre as árvores e chegamos no curral atrás da casa.

  - Ei, Princesa! Cuidou bem do Romanogers? Esse bobão precisa de carinho constante, parece o dono. - ela sorriu, fazendo carinho nos dois.

— Natasha. - reclamei, abrindo um sorriso.

Abrimos as portas do curral e Natasha colocou cela na Princesa e eu no Romanogers. Montamos nos dois e voltamos até a areia.

  - Qual será o mais veloz dos dois? - perguntei, acariciando o Shire preto e branco que eu estava montado.

  - Só tem um jeito de descobrir. - Natasha sorriu e disparou com o cavalo.

E eu fui atrás, tocando o Romanogers que logo acompanhou-a pela areia. Nós dois sorríamos, cavalgando a toda velocidade arrancando areia no chão, lado a lado. O vento cortava pelo meu rosto, esvoaçando os cabelos dela, era uma sensação de adrenalina e liberdade. O som dos cascos batendo rápido no chão e as ondas se quebrando se fundiam, dando mais selvageria aquela paisagem do sol da manhã refletido no mar.

— Tchauzinho, rei Rogers. – Natasha disse, ante de sorrir e forçar mais a princesa que disparou a nossa frente. Aceitei o desafio, levando Romanogers a cortar o vento ainda mais rápido. Logo ultrapassamos Natasha e pisquei para ela, que ficou vermelha como um pimentão. Mas competitiva ao extremo do jeito que minha esposa é, rapidamente ela me alcançou e cavalgamos rápido como dois raios, um preto e um branco.

Nossos olhares desafiadores acompanhados por sorrisos cheios de adrenalina se cruzavam. Eu nunca pegaria mais leve com ela, muito menos o contrário. Cavalgamos por uma enorme distância na gigantesca praia e ao longe pude ver a aldeia. Algum de nós tinha que terminar isso, e foi o que fiz. Tirando forças não sei de onde, o Romanogers disparou a metros e metros de Natasha. Quando estava bem longe parei, olhando para a Princesa extremamente cansada diminuindo a velocidade. Natasha bufou, finamente parando a minha frente sem olhar para mim.

— Você nunca soube perder.

— Eu nunca precisei aprender! – ela revirou os olhos enquanto sorri, aproximando nossos cavalos ofegantes. – Princesa, me diz que você não fraquejou pra fazer charme pro Romanogers.

— Ela nunca faria isso. – parei ao seu lado, bem colado a ela. – Ao contrário da dona...

Sorri, me inclinando pra beijar Natasha, que abriu um sorrisinho.

— Nunca. – ela voltou a cavalgar, me deixando parado ali. Bufei, negando com a cabeça. -Mulheres.

Romanogers relinchou em resposta. Segui Natasha, indo em marcha lenta pela areia. Durante nossa corrida nuvens cinzentas preencheram o céu sem nós dois sequer notarmos. E logo começou a chover.

— Droga. – disparamos com os cavalos, mas rapidamente ficamos ensopados. Em alguns minutos voltamos para a casa, prendendo os cavalos no curral. Tranquei ambas as portinhas, acariciando a Princesa antes de seguir Natasha pelo caminho aberto meio as árvores.

— Nat? – a chamei, fazendo-a se virar. – Dança comigo?

Natasha abriu um sorriso gigante como todas as vezes que eu a chamo pra dançar. Por mais que ela não admita, dançar é o que ela mais gosta de fazer. Natasha me puxou até a areia de frente para a casa, unindo nossos corpos. Ao som barulhento da chuva, vento e trovões distantes inventamos nossa própria melodia animada.

Ela rodava pela areia, caindo em meus braços antes de mudarmos drasticamente o passo, tudo escrito na coreografia em nossas mentes. Não precisávamos combinar, sabíamos exatamente o que o outro ia fazer em seguida e eu nunca a deixaria cair. Sua risada era a melhor das músicas e sempre que dançávamos eu não parava de sorrir.

Tempo se passou e a chuva aumentava, os trovões mais pertos e a areia molhada cheia de pegadas nossas. Girei Natasha, fazendo-a voltar até mim antes de me beijar apaixonadamente. Segurei seu corpo firmemente no meu e a observei meio ao beijo, seus olhos fechados com gotas pingando dos seus cílios, suas sardinhas que eu amo.

— Você seria uma dançarina se não fosse rainha. – comentei, ouvindo um trovão alto atrás de mim.

— É. Talvez.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAA gostaram????
A primeira narração do Chharles?
Wanda grávida?!
Steve e Nat fofos?!
Scarlett não ganhou o oscar??????!!!!!!!!!

Comente, favoritem e recomendem pq se não eu choro. Leiam minhas outras fanfics e até a príxima!



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