Pokemon Randomizer Nuzlocke - Região de Kanto escrita por Rice s2


Capítulo 3
03. Realidade


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, desculpa pela demora mas está aqui mais um capítulo de Pokemon Randomizer Nuzlocke - Região de Kanto. Assim como o último, tive novamente algumas dificuldades com o desenrolar da trama, mas também a verdadeira causa do atraso foi a Copa do Mundo. Meu trabalho tem pegado no meu pé para aderir o espirito do verde e amarelo e tem tomado meu tempo livre de escrita. Mas enfim, antes tarde do que nunca, não é? Segue a leitura e aproveitem o texto da mesma maneira que aproveitei escrevê-lo.



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Capítulo 3 – Realidade

Em muitos feriados que acontecem no decorrer de um ano, as crianças se mantém bastante empolgadas e eufóricas com as datas que lhes beneficiam através de regalias ou privilégios. Na páscoa, por exemplo, temos os ovos de chocolate enfeitados com adornos coloridos e chamativos que foram escondidos pelas Bunearys e Lopunnys. No Halloween, por outro lado, os meninos e meninas se fantasiam com seus personagens favoritos e saem às ruas das cidades pedindo por doces ou causando travessuras com pokemons sombrios e fantasmagóricos. E não se esquecendo do Natal, temos os presentes entregados pelo santo Delibird, que desce nas chaminés alegremente justamente para deixá-los nas árvores iluminadas e coloridas. Obviamente, os feriados, além de fazer com que todos ganhem alguma coisa importante, nos faz lembrar do espírito e da mensagem que cada um traz. A lição dessas “folgas” está na representação da união com a família e amigos, presenteando-os com amor e carinho incondicional. Esses sinais de afeto, mesmo que de forma simples e sutil, fortalece laços e gera uma confiança inabalável com aqueles que convivem ao seu redor.

Em adultos, essa situação tende a ser um pouco complicada… Afinal, com a bagagem de vida e as experiências obtidas com muitas tentativas e erros do passado, os fazem pensar não somente uma ou duas vezes, mas sim em várias vezes antes de agir caso envolva algum tipo de relação com outro ser, seja ela de forma amável, amigável, agressiva ou repulsiva. Por isso, são tomados por responsabilidades do cotidiano e complementados com estereótipos de várias culturas, justamente para evitar a aproximação daqueles que se tem a menor das suspeitas e permanecer próximos dos que já apresentam uma forte ligação, garantindo então, a sobrevivência na sociedade como um todo. Há casos em que as pessoas ignoram esse tipo de coisa e abraçam qualquer um que esbanja um sorriso confidente e mantém o brilho nos olhos com a esperança e o forte desejo de viver a vida como ela realmente é. Claro que isso não é algo comum, mas também não é visto com maus olhos por aqueles que não adotam esse tipo de costume.

Já com crianças, a coisa muda de figura. Sendo sinceras até o fim de suas inocências, cada uma acredita naquilo que quer acreditar, sem se importar com o destino dos futuros incertos e imprevisíveis. Pode ser que eles se espelhem em alguém bastante influente, como o Capitão Riolu que captura criminosos e vilões nos desenhos animados, ou talvez naquele ator famoso que salva a mocinha no filme “O Grande Castelo do Doutor Arbok” ao proferir lições de vida. Enfim, o ponto é que, ao absorver essas características, cada um constrói uma personalidade própria e passa a agir conforme essas convicções que se molda com o tempo. No caso de Mariko, ela viveu se espelhando no próprio pai que, independente de sua constante ausência por causa do trabalho, sempre o admirou através das histórias que ouvia antes de dormir. Sua mãe, Emiko, enfatizava partes importantes nesses contos e realçava ainda mais a imaginação da garota ao envolver sentimentos nas palavras. Com isso na cabeça, sempre teve uma expectativa elevada de como seria o início da jornada pokémon, do primeiro pokémon, do primeiro ginásio pokémon… Essas coisas. E pelo que deu pra notar, esse mesmo “início” fazia cada vez mais essa mesma expectativa cair do topo ao chão, como, por exemplo, achar um ovo podre por entre os arbustos na páscoa, não ganhar nenhum doce porque a fantasia não é legal no halloween ou receber um pedaço de carvão do Delibird porque se tornou uma criança muito mal-criada no natal.

— Professor…. É um macaco. — Dizia Mariko seriamente para aquele pokémon que a observava com olhos curiosos e que me mexia a cauda de um lado para o outro sutilmente. — Porque raios meu primeiro pokémon é um macaco?! —

— Calma lá… Não acha que tá exagerando um pouco? — Decepcionado com a rejeição da menina ao sorrir de modo sem graça, o professor Oliver ainda se mantinha de forma desleixada na cadeira com as pernas estendidas em cima da própria mesa.

— Você mesmo disse que escolhe o pokémon que combina com a pessoa. Tá me chamando de macaca também?! — Revoltada, quase se levanta pra gritar na cara dele e, possivelmente, puxar uma briga, mas se conteve ao ver que o pokémon ainda se mantinha próximo dela com um olhar curioso e com a boca semi-aberta de surpresa.

— Se não gostou, pode devolver e voltar pra casa. — Respondendo de modo ríspido, Oliver manda um olhar sério para a garota, fazendo-a entender que não estava ali para brincadeira. — Olha, você não é a primeira a reclamar… Se eu ganhasse uma moeda toda vez que um novato faz esse tipo de coisa, com certeza eu estaria gastando uma boa grana no cassino de Celadon e ganhando uma fortuna. — Suspirando em desapontamento, o professor se dava de ombros e começa a se posicionar mais profissionalmente na cadeira, mantendo a postura ereta e os pés no chão.

— E-Eu não disse que não quero ele! Só quero saber o porquê de ser esse e não ser o que todo mundo diz que é pra começar quando se escolhe um pokémon. Tipo um charmander, entende? — Ressentida, Mariko se resguarda no sofá que está sentada ao cruzar os braços e fazer uma feição pra lá de emburrada.

— Ora essa… Eu te dei esse Aipom porque é a sua cara. — Sorrindo de leve, responde como se fosse uma forma de piada ou uma brincadeira apenas para zoar a menina. Obviamente, a mesma não gostou nem um pouco, revelando então uma veia pulsante na testa justamente pela raiva que começou a sentir por causa da resposta dada pelo professor. — Se todo mundo começasse com o que quisesse, não acha que qualquer jornada seria um tanto quanto chata e sem graça? Ganhar um pokémon poderoso ou versátil logo no início da aventura não garante nenhum tipo de aprendizado para o treinador... E é basicamente isso o que nós, os representantes da Jornada dos Mestres, evitamos. — Complementando, Oliver continua os dizeres de forma calma, mas ainda mantendo o mesmo sorriso de antes enquanto a observa de olhos semicerrados.

— ...o que você quer dizer com isso? — Diminuindo os nervos a flor da pele, Mariko voltava com o seu semblante reservado, afastando um pouco o próprio corpo porque Aipom se aproximava cada vez mais da garota, querendo observá-la de perto e tocá-la com a ponta dos dedos da cauda.

— O que eu quero dizer é que, após verificar seu histórico com seus pais e com os professores da sua escola, você não tem nada de especial e é igual a qualquer idiota que anda por aí. — O professor não pega leve com as palavras enquanto apontava os fatos ao levantar dois dedos da mão direita, ressaltando a quantidade de coisas que se destaca na garota ao manejar alguns papéis sobre a mesa com a mão esquerda. — Entretanto, há um certo “charme” em você… Mesmo que queira resolver tudo na porrada, grande parte das brigas que realizou eram apenas brincadeiras entre amigos, realçando ainda mais a relação que tem com os mais próximos. Enquanto as outras, envolvendo estudantes praticantes de bullying, não perdia tempo e defendia os mais fracos ao ficar frente a frente com os punhos levantados. Você não vê diferenças, sejam elas de sexo, raça ou força… Tratam todos como iguais… E mesmo que seja diferente, seus olhos brilham pra querer saber mais da pessoa… Ou do pokémon. —

— Ok, isso tá começando... A me dar medo… E raiva… E já entendi o que quer dizer… Agora dá pra fazer esse... Bicho sair de cima de mim...? Por favor…? — Mariko compreendia cada palavra do professor ao vê-lo apontar mais defeitos do que qualidades com a ponta dos dedos. E enquanto o homem dizia, visualizava a si mesma no pokémon que subia de forma habilidosa em seu corpo e analisava cada parte da cabeça da garota com seus pequenos bracinhos arroxeados e com a mão gigante que chama de cauda, bagunçando os cabelos vermelhos e apertando lugares que a deixavam bem desconfortável.

— Não posso… O pokémon é seu agora... E somente você deverá lidar com “ela”, porque, pelo que to vendo, acabou gostando de você. — Sem olhar, o professor Oliver mantinha a atenção agora nos documentos expostos na mesa, colocando a maleta com as pokebolas restantes de lado e visualizando alguns papeis. — Só tome cuidado porque ela ainda é quase uma recém-nascida, então não entende muita coisa e aparenta ser bem frágil. —

— P-Para com isso! Ta me fazendo cócegas! — Se revoltando novamente enquanto ria um pouco, acaba pegando a Aipom pela barriga gentilmente com ambas as mãos e mantém ela em frente ao corpo. — O que é que ‘cê tá olhando? Tem algo errado com o meu rosto? — Dizia Mariko ao observá-la com olhos semicerrados.

A Aipom parecia bastante empolgada com a nova pessoa enquanto sorria de modo ingênuo para Mariko. Achando que a mesma estava brincando com ela também, apenas agitava os bracinhos rapidamente, indicando que queria ir bem mais alto. Entendendo os movimentos e as feições ao levantar uma das sobrancelhas de modo desconfiado, Mariko não tinha como recusar aquilo, realizando assim o desejo de diversão daquela criança. E levantando cada vez mais alto os próprios braços, os risos da Aipom ecoavam pelo laboratório, dando um ar de graça e satisfação não somente para o professor que mantinha a atenção em seu trabalho, mas também para a recém-treinadora pokémon que sorria ao corresponder com aquele sentimento inocente. Jogando aos poucos a Aipom no ar e pegando-a com cuidado com ambas as mãos, encerrava a brincadeira depois de alguns minutos e colocando-a logo ao lado para descansar no sofá. Mas ainda mantendo a agitação, não preferiu ficar quieta, decidindo assim se manter na cabeça de Mariko e utilizando o cabelo dela como travesseiro fofo.

— Dá um nome pra ela… — Dizia Oliver ao perceber que ambas já haviam terminado de brincar.

— Como disse? — Mariko questiona logo em seguida com o comentário do professor ao se manter levemente confusa.

— Sabe… Um nome… — Parando um pouco com o trabalho ao apertar levemente os cantos internos dos olhos, o professor revela seus primeiros sinais de cansaço, mas mesmo assim, continua a falar para a garota. — Se tem uma coisa que muitos treinadores não valorizam hoje em dia é a afinidade que se cria com os pokémons. Com o pensamento de utilizá-los somente como armas ou resolução de conflitos, as pessoas desperdiçam a força oculta deles e simplesmente jogam fora quando já deram tudo de si ou não precisam mais. Por isso estou lhe dizendo para dar um nome a Aipom, porque nomes, acima de tudo, dão um significado importante para aqueles que carregam consigo. — Parando um pouco para respirar, procura então por alguma coisa pelas gavetas da mesa, sem saber onde poderia estar. — Se quer um exemplo, só basta pensar no momento em que seus pais lhe deram o seu nome e fazer da mesma maneira… Porque eu sei que você se orgulha do seu, então dê um que faça a Aipom se orgulhar também.

— Um nome… — Repetia Mariko em forma de sussurro, entendendo claramente o que ele queria dizer. E pegando o pokémon que descansava tranquilamente em cima da cabeça com ambas as mãos, ela fica um bom tempo a observando nos olhos de modo sério. — . . . . . — Naquele momento, muitas coisas passavam na cabeça da menina, procurando por algo em sua mente que poderia ser a representação de uma característica interessante, mas no fim, acabou se tornando uma ligação especial que se formou entre treinadora e pokémon. — Samantha… — Proferindo o nome em bom tom, Mariko havia decidido como a jovem Aipom se chamaria. — A partir de agora, seu nome será Samantha. — Sorrindo de leve, parecia que a garota havia gostado, principalmente a pokémon que ficou bastante surpresa ao ponto de colocar as mãozinhas no rosto próximo a boca e manter os olhos brilhantes bem abertos.

— Samantha… É um bom nome. Tem algum significado importante? — Dizia o professor sorridente ao achar o que estava procurando e colocando em cima da mesa. Era uma maleta menor que a das pokébolas dos pokémons, podendo ser considerada como um pequeno estojo estilizado.

— Não faço ideia… Só me lembrei desse porque vi o nome esses dias na televisão enquanto via o desenho animado. — Colocando Samantha no chão, Mariko agora se levanta e se mantém na frente da mesa do Oliver. — E isso agora é o que? —

— O primeiro passo foi o nome… Agora, as ferramentas... — Abrindo então aquele pequeno estojo, o professor Oliver revelava outras pokébolas e uma espécie de aparelho celular, só que um pouco mais grande e tendo uma coloração avermelhada. — 6 pokébolas vazias para capturar pokémons e uma Pokédex para registrar pokémons. —

— Demais… — Surpresa pelos itens revelados, Mariko observa com atenção aqueles objetos novos e brilhantes.

— Por fim, os 5 tópicos importantes que você deve manter em mente… — Levantando o dedo indicador no ar, Oliver observa com seriedade Mariko, dando a entender que deve estar totalmente focada nisso. — Primeiro, temos o dinheiro. Normalmente, batalhas pokémons tem sido uma ótima forma de movimentar a economia da região, onde o perdedor dá uma quantia estabelecida antes de se realizar o combate para o vencedor. Com o dinheiro, dá pra se fazer muita coisa, mas o mais importante é que ele sirva de sustento no decorrer das viagens… Então tome cuidado e regularize bem o valor na carteira. —

— E-Entendido. — Dizia ela meio nervosa com aquilo, engolindo em seco enquanto guardava as pokébolas na mochila e a pokédex no bolso do short.

— Segundo… Os suprimentos. — O professor levantava o dedo do meio da mão. — Se não tiver água e nem comida nos pertences, há a chance de você e seus pokémons não sobreviverem nas viagens. Regularize bem seus pertences e conseguirá ir de uma cidade a outra sem problemas. —

— Certo, o que mais? — Questiona Mariko ao pegar Samantha no colo e prestar atenção nos tópicos.

— Sobrevivência… — Começa ele ao levantar o dedo anelar. — Em uma viagem, o descanso sempre é o mais importante. E por isso, centros pokémons espalhados por qualquer cidade de Kanto disponibilizam de quartos para treinadores dormirem de graça, desde que sigam jornada no dia seguinte. Entretanto, há momentos em que não se é possível chegar em um, forçando a pessoa a ter que acampar em algum lugar. E nesse momento, o perigo só aumenta através de pokémons selvagens e ladrões ousados. —

— Entendo… Então terei que tomar bastante cuidado quando eu for para outra cidade… —

— O que nos leva ao quarto tópico… Localização. — Levantando o mindinho, o professor retoma a fala. — Tenha sempre em mente sobre a rota da cidade que você está indo, pois assim te ajuda a planejar bem a quantidade de tempo que levará para chegar lá e evitar o desgaste de recursos que se possui. Muitos treinadores sofrem todos os anos porque não tem um preparo antecipado e acabam perecendo nas estradas antes mesmo de se conseguir a primeira insígnia. —

— E-Eu não sabia que treinadores morriam por causa disso… —

— Acredite, é muito mais comum do que se imagina… — Oliver suspirava em desapontamento, relembrando sobre aqueles que já passaram em seu laboratório e não conseguiram continuar na Jornada dos Mestres. — Enfim, agora o último e talvez o mais importante de todos… — Levantando o último dedo da mão, o professor mantinha agora a palma aberta completamente.

— Que seria…? — Mariko eleva uma das sobrancelhas no rosto, ficando um pouco curiosa pra saber qual seria esse último tópico.

— Se divirta. —

— ...oi? —

— O quinto tópico é que você deve se divertir com a jornada. — De forma inesperada, ele repetia tais palavras com mais ênfase após realizar um longo suspiro de satisfação, notando que a garota perdera a tensão que se criou com os outros quatro últimos.

— Creio que esse seja o mais óbvio de todos, professor… — Comenta ela com um leve sorriso de canto no rosto. — Se não fosse isso, por qual motivo os outros iriam querer se tornar um treinador pokémon? —

Para ser o melhor do mundo. — Uma nova voz se ouvia no laboratório, vindo basicamente da entrada do lugar. Pela entonação firme, dava-se para perceber o nível de seriedade do novo jovem que proferiu tais palavras naquele momento. Chamando a atenção de ambos, o mesmo começa a caminhar na direção da mesa do professor Oliver para revelar a silhueta que se escondia na sombra, mostrando então a verdadeira aparência. — Ser um treinador pokémon é muito mais do que brincar e se divertir… Não é mesmo, tio? — De cabelos castanhos curtos e lisos, rosto um pouco afeminado, roupas pra lá de estilosas e olhos negros e profundos, ele permanece ao lado de Mariko ao fazê-la perceber que o garoto não tinha um dos braços no corpo, destacado pela longa e vazia manga da camiseta azulada que tremulava com as passadas firmes. E sem nem mesmo olhar para o lado, o menino manteve a atenção fixa no homem que chamou de “tio”.

— Hibiki… — Levemente surpreso, Oliver observa o novo treinador pokémon que havia chegado no laboratório com um olhar mais sério. — Pensei que tivesse dito ontem que isso era perda de tempo… O que o fez mudar de ideia? —

— É irrelevante… — Respondendo sem nem mesmo mudar o tom de voz, continuava a fazer uma aura de imponência. — ...pokémon? —

— Aqui está. — Arremessando uma pokebola para o menino de leve, o mesmo a pega com a única mão que tinha e analisa com cuidado o objeto vermelho e branco. — Espero que seja de seu agrado… —

— Hmpf… Isso é o que veremos… — Guardando então a pokébola na mochila de lado com uma leve dificuldade, finta finalmente o olhar para a garota que não havia dado um pio. — Posso usá-la, tio? —

— A vontade… Ela também é uma treinadora pokémon igual a você. — De modo despreocupado, apenas confirma com um movimento da mão ao se levantar, sabendo do que se trata. — Vamos lá para os fundos… —

Ambos então começam a caminhar na direção de uma porta próxima que dava caminho para a parte de trás do laboratório ao se abrir com um dos botões escondidos na mesa do professor. Sem nem ao menos dizerem alguma coisa após o diálogo curto, Mariko se mantém ainda confusa com aquela situação ao permanecer imóvel no mesmo lugar, segurando firmemente a Samantha que não saiu de perto da treinadora. Hibiki, que a pouco estava ao lado da garota, só mandava um olhar de arrogância enquanto seguia para os fundos, podendo indicar o quão acabada ela estaria naquele momento… Claro que poderia ser qualquer outra coisa, mas na cabeça dela, significou basicamente isso. E com o professor parado próximo da porta, se certifica de que os dois passem pelo mesmo lugar e que não fiquem dentro do laboratório para causar algum tipo de confusão.

— Mariko? — Dizia o professor ao ver que Hibiki já havia passado e a mesma se mantinha imóvel, aparentando estar viajando na maionese. — Você tá legal? —

— O que caralhos acabou de acontecer?! — Questiona ela com um leve surto de desespero, revelando assim um pouco de medo com a situação que vai se encontrar agora. — Q-Quem é esse garoto e o que e-ele quis dizer com “usá-la”?!

— Simples… Ele é o Kobayashi Hibiki (小林響 - Eco da Pequena Floresta), meu sobrinho... E vocês vão batalhar. — Dizia ele de modo ingênuo, sem se preocupar muito com as consequências do ato daquele garoto. — E já aviso logo que não vai ser moleza… Afinal, isso aqui é a realidade e não o seu mundo de fantasia que sempre esperou vivenciar. Pode apostar que vai encontrar vários que nem ele durante a jornada, então competir com o Hibiki vai te garantir uma boa experiência para o futuro. —

— Urgh... Porque será que estou com um mau pressentimento? — Dizia Mariko com uma feição bem decepcionada com tudo isso enquanto caminha na direção da porta.


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