Aqua, o filhote de humano escrita por Mar la


Capítulo 27
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Depois de um tempo entre guerras. Os dragões diminuíram drasticamente em quantidade. Principalmente aqueles com naturezas fortes e raras, onde eles mesmos com seus ideais e o plano de um maior fizeram o mal para si mesmos.

Como uma aliança para a paz em Aurora, os filhotes que sobraram depois de tudo, e que eram considerados os sobreviventes e mais fortes, teriam honra e nome. E seriam distribuídos pelos países para que servissem de guardiões. Mas antes disso era preciso encontrar os sobreviventes e “recrutá-los”. Quando as coisas ainda estavam se ajeitando e as decisões sendo tomadas sobre eles, que eram apenas meros filhotes influenciáveis apesar de seus poderes superiores aos que decidiam. A decisão é que enquanto as coisas ocorriam, enquanto fossem sendo encontrados ficassem juntos, e morassem juntos na capital, Arborea aos cuidados de Arla a rainha.

E numa manhã de garoa fina, uma filhote (com aparência e estatura de 7 anos) com cabelos curtinhos de tom azul esverdeado, com uma pequena chuquinha no topo de sua cabeça, junto de um enfeite de uma flor de jasmim. Se aproximou de um pequeno jardim de lírios e margaridas.

O perfume das flores eram intensos, e a garoa deixava gotinhas de água em suas pétalas e folhas. A filhote abaixou-se, ficando acocada e então pegou arrancou uma das maiores flores de lírio, segurando-o e ficando em silencio e imóvel por alguns segundos.

— Você... tem uma aura forte. Igual o perfume desse lírio. — Disse ela. Com um tom de voz calmo e gentil. Atrás de si, tentando esconder-se por trás de um dos grandes pilares do jardim, e agir em modo furtivo para não ser percebido. Outro filhote, macho, também com mesmas características de idade que ela. Mas seus cabelos eram brancos e olhos azulados, além de sua pele pálida. Ao ouvir que a filhote já sabia da sua presença. Ele desistiu de tentar se esconder e deu alguns passos para frente. Ela ouvindo tais passos, se levantou e virou-se para olhar quem seria. E ao perceber a aparência do outro, deu um sorriso e com o lírio em suas mãos ela se aproximou dele. E então mostrou-lhe a flor.

— E você também é bonito igual um lírio. A cor do seu cabelo é muito bonita. Você parece uma flor! — O filhote macho a olhou com estranheza. Acabavam de sair de uma guerra, e aquela filhote agia de forma amigável de mais. E pra ele que esteve envolto nos combates e em diversas situações. Era estranho ter este tipo de personalidade depois de ter sido ensinado a agir de forma ríspida e também ter o foco na luta. Pra ele, estar ali era só pela promessa de que ele poderia continuar fazendo o que sempre aprender e gosta de fazer. Brigar. Já a filhote, percebendo o olhar que recebeu daquele que ela tentava criar amizade. Jogou o lírio para o alto. E quando a flor começou a cair, seus olhos brilharam e o lírio começou a flutuar com a magia dela. Até o jardim e campo que antes ele estava antes de ser arrancado. Com a magia dela, ao chegar em seu caule, ele juntou-se novamente. Como se nada houvesse acontecido. Ele havia sido reconstruído.

— Meu nome é Mhonikr. Eu tenho elemento de natureza... Ou plantas, não sei. Eu acho natureza mais bonito. — Ela riu. Filhote em sua frente continuava com uma expressão fechada.

— Wan. — Ele respondeu, seco. Mhonikr sorriu para ele e o abraçou com entusiasmo. — Então agora somos amigos!

Wan não estava acostumado com afeto. Suas bochechas coraram, e sua reação de vergonha foi afastá-la e sair um pouco de sua seriedade.

— O-o que você está fazendo? Você ne-ne-nem me conhece! Eu posso matar você se eu quiser com essas suas atitudes bobas e infantis! — Ele se desaproximou um pouco dela. Olhando-a. Enquanto ela não tirava o sorriso do rosto.

— Hihi, você tá vermelho. E tudo bem, eu não sou fraca sei me defender. — Ouvir aquilo deixou-o bobo. Sem reação. Então ele só deu as costas, pensando que o melhor então era sair de perto de uma filhote louca como ela. Pois ela era diferente do seu habitual. Já Mhonikr, não deixou abalar-se e continuou a segui-lo e puxar assunto. Afinal, até então no castelo, ela havia sido a primeira filhote a ser resgatada. Wan chegou em segundo. Ela se sentia sozinha e queria um amigo. Enquanto ainda era uma incógnita de quantos eles seriam, e de quando chegariam. Com o passar dos dias. Wan foi se abrindo um pouco mais com ela. E ela o entendendo, mesmo com o jeito dele mais ríspido e quieto. Era como se eles se conhecessem a muito tempo.

Uma semana e meia depois, outro filhote chegou no castelo. Era um dragão de lava. Chamado Ravkar. Ravkar possuía uma personalidade explosiva, porém amigável. Ele ria mas em instantes queria brigar. Wan e ele devido suas magias opostas muitas vezes brigavam de forma amigável, treinando um com o outro. Apesar das personalidades um tanto opostas eles se davam bem por ambos terem um gosto enorme por duelos e provação de força. Entre os dois, as vezes um ganhava, as vezes o outro ganhava. Wan como um dragão de gelo, e Ravkar de base fogo, conseguiam explorar as vantagens e desvantagens. O fogo era capaz de derreter o gelo. Mas com um gelo forte de uma natureza forte que era a de Wan, acaba formando fumaças, água que poderia ser reutilizada a favor de Wan, e até mesmo ambas magias se apagarem. Pois o gelo conseguia apagar o fogo. E o fogo derreter o gelo. Enfim. Eram bons amigos. E Mhonikr sempre os assistia e os auxiliava com os machucados.

Apesar de estarem no castelo. A guerra ainda continuava. Terminando aos poucos. Em certas regiões mais fortes. Em outras já havia sido resolvido.

Após um bom tempo de guerra e 10 meses desde que os três primeiro filhotes chegaram no castelo. Eis que houve finalmente a notícia de que a guerra de fato havia acabado. Com o passar dos meses, os filhotes que estavam a salvo e em segurança teriam crescido, estavam com a aparência de 11 e 12 anos. Apesar de pequenos. Estes possuíam uma experiência enorme. O que leva a maturidade psicológica.

Durante uma noite, num jantar em que estavam os 3 filhotes reunidos na mesa junto de outras figuras importantes, secretários e até mesmo a própria rainha Arla. Foram 5 batidas rápidas na grande porta da sala de jantar.

—  O guarda segurança da parte de dentro olhou para a rainha esperando as ordens se poderia abri-la ou não. Todo cuidado era pouco. Arla acenou com positividade. E então o guarda o fez.
Após a porta ser aberta, um elfo entrou, tendo ao seu lado um filhote que estava com um manto e capuz. Provavelmente para não mostrar sua identidade durante o trajeto que fizeram até o castelo. O elfo olhou para a rainha e acenou com a cabeça em forma de cumprimento. Arla assim que viu quem era. Levantou-se e começou a ir em direção de ambos, com um meio sorriso no rosto e olhos curiosos.
— Ellian, que bom que voltou em segurança... E este é? — Todos que estavam na sala, observavam querendo ver quem seria. Tinham uma noção do que provavelmente era a situação. Ravkar que estava ao lado esquerdo de Mhonikr, esticou-se sobre a mesa e então cutucou Wan que estava no direito da filhote. Wan o olhou franzindo as sobrancelhas. E Ravkar sorriu e fez sinal chamando-o para que ele pudesse cochichar. Mhonikr puxou Wan pela manga da camisa e o fez aproximar de Ravkar e dela também. Afinal, ela não queria perder a conversa.

— Você tá sentindo alguma coisa? — Ravkar cochichou para os dois. Mhonikr olhou para aquele filhote que estava longe. E fez uma expressão confusa.

— Verdade, eu não consigo sentir nada da aura dele. E ele é pequenininho que fofo! — Novamente ela olhou para o filhote, mas desta vez com afeto e curiosidade. Wan se desapoximou e arrumou a roupa bagunçada pelo puxão da amiga.

— Provavelmente não é um de nós. Se não sentiríamos qualquer coisa vindo dele. Porque eu também não sinto nada. E se eu não sinto, então ele não tem nada.

— Mas não tem sentido um filhote vir pra cá se não for um dragão também! — Ravkar disse olhando para Wan e tentando argumentar.

— Ah, isso é verdade. — Disse Mhonikr. Concordando com o dragão de lava.

— A rainha é toda sentimental e caridosa com todas as espécies. Não é nada fora do normal se ela ajudar qualquer estranho por ai. — Wan estava completamente confiante do que dizia.

— Ah isso é verdade também. — Mhonikr concordou agora, com o amigo de gelo.

— Wan você é bur... — Antes que os dois começassem a discutir querendo impor suas visões sobre a situação. A voz alta de Arla interrompeu Ravkar de terminar o que iria dizer.

— Todos que estão aqui presente. Principalmente os filhotes e meus supremos. Felizmente temos toda a confirmação do fim da guerra. A participação, ajuda e paciência de todos, não foi em vão e conseguimos alcançar a paz que queríamos. Este filhote que Ellian trouxe, é o responsável pela nossa paz. E infelizmente ele é o último de alta magia sobrevivente além de vocês 3. Então, se deem bem, e acolham-no com carinho.
Apresento a vocês, este é o Aya.  

— Aah, ele é um dragão mesmo. — Mhonikr estava surpresa. — Não consigo ver ele muito bem pela roupa, mas ele é como nosso irmão mais novo, isso é muito fofo.

— Eu disse. — Ravkar olhou para Wan com deboche.


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